O Prêmio Pritzker é o reconhecimento mais importante que um arquiteto(a) pode receber em vida. A honraria é outorgada todos os anos a arquitetos e arquitetas cuja obra construída "tenha produzido significativas contribuições para a humanidade ao longo dos anos", segundo explica a própria organização responsável pela premiação. Por esta razão, o júri presta homenagem a pessoas e não a escritórios, como já aconteceu em 2000 (Rem Koolhaas ao invés do OMA), 2001 (Herzog & de Meuron), 2010 (SANAA), 2016 (Elemental) e 2017 (RCR Arquitectes), premiando seus fundadores (como no caso do SANAA), o então, um deles (Elemental).
À medida que as cidades crescem e evoluem, surge a questão de preservar, reabilitar ou adaptar locais históricos. A intervenção em tais edifícios requer um delicado equilíbrio entre honrar sua patrimônio e atender às demandas contemporâneas. Muitas vezes, as soluções mais inovadoras e radicais surgem quando os arquitetos tentam renovar um prédio mantendo sua pegada original e o máximo possível de suas características. Em seguida, eles criam extensões modernas que tanto harmonizam quanto contrastam com a estrutura original. Esta abordagem não apenas revitaliza o edifício, mas também celebra a sinergia entre o passado e o presente, incluindo materiais, tecnologia de construção, movimentos arquitetônicos, histórias e qualidade geral do edifício. A sobreposição de elementos antigos e novos por meio de harmonia ou contraste requer uma abordagem inteligente e sensível que confere ao edifício uma estética única e um novo significado.
A arquitetura paisagística está vivendo um momento especial. Recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos decidiu credenciar o campo de atuação com a prestigiosa designação STEM. Como parte das disciplinas educacionais de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) que se enquadram nessa categoria, os estudantes de arquitetura paisagística agora podem passar 24 meses procurando emprego em um período de treinamento, além dos 12 meses garantidos a qualquer recém-graduado de qualquer curso. O título também promete mais prestígio para os formandos, salários iniciais mais altos e maior flexibilidade de carreira. Torey Carter-Conneen, CEO da American Society of Landscape Architects (ASLA), entende a iniciativa como um avanço significativo para a "educação e prática da arquitetura paisagística, e isso é ótimo para a América e para a comunidade global".
A notícia corresponde a uma ênfase crescente na arquitetura paisagística como disciplina fundamental em todo o mundo nos últimos anos - uma prática intimamente ligada às noções de saúde pública, paisagismo, biofilia, sustentabilidade e rewilding ou restauração ecológica. Ela também destaca a relação íntima entre tecnologia e paisagismo. As propostas paisagísticas cada vez mais dependem da ciência e tecnologia avançadas para prever como as intervenções ecológicas podem alterar um terreno existente e determinar quais medidas produzirão o maior benefício tanto para os seres humanos quanto para a natureza em geral. O ideal contemporâneo de prados selvagens e florestas biodiversas pode existir livre de influências externas, mas o caminho para chegar lá a partir de um ponto de partida urbano requer assistência.
Muita gente precisa de abrigo. Guerras, eventos climáticos extremos, fome… Infelizmente estes eventos são frequentes e geram migrações em grande escala. Receber pessoas que estão em uma situação extremamente vulnerável é um desafio. Garantir conforto, bem-estar e acolhimento é uma questão humanitária. Hoje são cerca de 103 milhões de pessoas deslocadas no mundo, e as mudanças climáticas podem aumentar muito este número.
Escola Newport. Imagem Cortesia de The Norman Foster Foundation
Em maio deste ano, o Centro Pompidou em Paris vai estrear a maior retrospectiva da obra de Norman Foster das últimas seis décadas. A exposição abrange cerca de 2.200 metros quadrados, explorando as várias fases da carreira do renomado arquiteto. Obras essenciais, incluindo a sede da Hong Kong and Shanghai Baking Corporation (Hong Kong, 1979–1986), o Carré d'Art (Nîmes, 1984–1993), o Aeroporto Internacional de Hong Kong (1992–1998) e o Apple Park (Cupertino, Estados Unidos, 2009-2017) estarão em exibição.
Foster + Partners, Norman Foster Foundation e Norman Foster estão trabalhando para desenvolver e executar a retrospectiva completa. Através das lentes dos sete temas escolhidos: Natureza e Urbanidade, Pele e Ossos, Cidade Vertical, História e Tradição, Planejamento e Localização, Redes e Mobilidade, e Futuro, a exposição se prepara para se tornar uma compilação completa do trabalho do arquiteto.
Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia após uma grande escalada do conflito que existia desde 2014. Um ano depois, a guerra ainda está em andamento. Tanto soldados quanto civis foram vítimas, além de milhões de pessoas que se tornaram refugiados, migrando para áreas mais seguras na Europa ou na própria Ucrânia. Instalou-se, assim, uma grave crise humanitária e de refugiados. Os conflitos também ameaçaram o patrimônio cultural e arquitetônico da Ucrânia, já que museus, monumentos e marcos históricos se tornaram alvos.
As implicações também estão atingindo a Europa e o mundo, à medida que os recursos energéticos e os suprimentos de alimentos se tornam mais escassos, prejudicando algumas economias. Ainda assim, os países ocidentais permaneceram unidos em seu apoio à Ucrânia, conforme relatado por agências de notícias internacionais. Apesar das dificuldades econômicas, o apoio internacional foi mobilizado por meio de várias iniciativas na esperança de ajudar os deslocados, proteger o patrimônio cultural e traçar um plano de reconstrução.
A reforma do Museu de Belas Artes de Bilbao, projetada por Foster + Partners após um concurso internacional em 2019, teve suas obras iniciadas no final do ano passado. O projeto inclui a restauração do edifício do século XX e a ampliação dos espaços atualmente disponíveis, com um novo átrio público e uma galeria de arte contemporânea organizada num pavilhão flutuante. O projeto também destaca a relação entre a cidade e o museu, criando um novo percurso para pedestres. O caminho conecta o edifício original de 1945 à extensão dos anos 1970 e a um novo centro de visitantes, tornando o local mais permeável no nível da rua.
O escritório Foster + Partners divulgou o projeto para um novo empreendimento de uso misto no centro de Londres. O edifício está localizado na Queensway, em frente à famosa loja de departamentos Whitley, que também está sendo requalificada pela Foster + Partners como parte de um projeto de renovação urbana. Chamado de The William, em homenagem a William Whiteley, o fundador homônimo dos famosos Whiteleys, o projeto inclui seis pavimentos de escritórios, lojas e 32 unidades residenciais, 11 das quais terão preços acessíveis.
O Museu Guggenheim de Bilbao, está celebrando seu 25º aniversário em outubro de 2022. Situado à beira do rio Nervión no País Basco, Espanha, o Guggenheim de Frank Gehry impulsionou a economia da cidade com seu sucesso surpreendente e mudou seu papel no desenvolvimento da cidade. Vinte e cinco anos depois, o Efeito Bilbao continua desafiando pressupostos sobre transformações urbanas, inspirando a construção de peças arquitetônicas icônicas que elevam o status das cidades e atraem visitantes e investidores.
A Foster + Partners revelou os projetos do Marine Life Institute na costa noroeste da Arábia Saudita. Como parte do desenvolvimento da Triple Bay AMAALA, um destino turístico de luxo na orla do Mar Vermelho, o projeto acomodará um centro de pesquisa, laboratórios, galerias e espaços educacionais para oferecer aos visitantes uma amostra das maravilhas do ambiente marinho da costa. Reproduzindo a forma das formações de corais, o edifício será a primeira instituição marinha totalmente imersiva do mundo, onde os visitantes poderão caminhar debaixo d'água, mergulhar com espécies raras e vivenciar uma exposição de corais dentro do edifício.
Embora as Nações Unidas venham incitando arquitetos, engenheiros e modeladores de cidades a colocar a agenda de 2030 e os ODS em ação, e pesquisas do IPCC tenham revelado intensificação das mudanças climáticas, provocando ampla discussão sobre ações insuficientes, a 83ª sessão da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa - Comitê de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Gerenciamento de Terras da UNECE, que ocorre em San Marino, acaba de emitir uma declaração especial sobre "como construir cidades melhores, com mais segurança, mais inclusão e mais resiliência", à frente da COP27. Este conjunto de “Princípios para Design e Arquitetura Urbana Sustentáveis e Inclusivos”, ou Declaração de San Marino, reuniu as assinaturas de Norman Foster e Stefano Boeri.
Elizabeth Tower (também conhecida como "Big Ben"). Imagem cortesia de Flickr user Eric Huybrechts
Em 2022, Sua Majestade, a Rainha Elizabeth II, tornou-se a primeira monarca britânica a celebrar o Jubileu de Platina, marcando 70 anos desde sua ascensão ao trono. Durante sua coroação, a primeira cerimônia desse tipo a ser televisionada, jornais e emissoras de TV falaram sobre uma “Nova Era Elizabetana” que ressuscitaria a Grã-Bretanha da escuridão do pós-guerra. Agora, sete décadas depois, as comemorações deste aniversário sem precedentes são uma oportunidade para as pessoas se reunirem para homenagear a rainha e refletir sobre seu legado em termos de cultura, tecnologia e arquitetura.
O Royal Institute of British Architects (RIBA) anunciou que o arquiteto britânico Norman Foster presidirá o júri do Prêmio Stirling de 2021. O júri também incluirá Simon Allford, presidente do RIBA, a arquiteta Annalie Riches, vencedora do Prêmio RIBA Stirling de 2019 e a artista Dame Phyllida Barlow, assessorada pela arquiteta e especialista em sustentabilidade Mina Hasman.
Entre 1914 e 1915, Le Corbusier projetava a Maison Dom-Ino, uma proposta de sistema estrutural que subvertia os modelos de então substituindo densas paredes portantes por pilares e lajes de concreto reforçado com aço. Muito mais leve e composto por elementos esbeltos, a este sistema se uniria o uso de grandes superfícies de vidro que garantiriam, de uma só vez, a entrada de higiênica luz solar nos espaços interiores e uma almejada transparência arquitetônica que diluiria as fronteiras entre interior e exterior – ao menos, metaforicamente.
The Louvre Pyramid. Photo by Daniele D'Andreti on Unsplash
Não são poucos os edifícios históricos ao redor do mundo que necessitam, não sem certa urgência, de um projeto de reforma, restauro ou reaproveitamento. Ao longo das últimas décadas, centenas de estruturas obsoletas foram reinventadas, expandidas ou re-significadas para acolher novos usos e programas, permitindo-as a seguir existindo em um mundo onde tudo aquilo que não é mais útil, desaparece. Museus são as principais entidades que "adotam" este tipo de edifícios, trazendo-os de volta à vida. Alguns edifícios históricos insistem em não se render às agruras do tempo, muitos deles passam a ser re-significados para abrigar novos usos. Eles se transformam, evoluem para assumir novas formas que dão voz a resiliência do legado histórico da humanidade. Projetos de intervenção e adaptação tem demonstrado que até mesmo diferentes estilos de arquitetura, ou diferentes camadas temporais sobrepostas, são muito bem vindas quando se trata de proteger o nosso patrimônio arquitetônico.
A seguir, listamos dez projetos que ilustram este tipo de intervenção arquitetônica, onde passado, presente e futuro se sobrepõe para recriar e dar novo significado a estruturas históricas que um dia, estiveram ameaçadas de desaparecimento.
Concebido pela Foster + Partners em parceria com o arquiteto paisagista Mark Rios, o One Beverly Hills é um projeto que pretende se transformar no novo portão de entrada oeste de Beverly Hills. Composto por dois edifícios residenciais, um hotel cinco estrelas, um pavilhão de restaurantes e lojas de luxo além de amplos jardins acessíveis, o mais novo empreendimento da Foster + Partners nos Estados Unidos visa tornar-se um projeto de referência para toda a região.
O projeto Maestrosrealizou uma entrevista com Norman Foster em que o arquiteto discute assuntos relacionados à sua vida, sua abordagem profissional e as histórias por trás de seus edifícios. Concebida, produzida e publicada pela Fundación Arquia, a série Maestros é um programa cultural que visa criar uma plataforma na qual arquitetos renomados possam comunicar "suas opiniões às futuras gerações".