A intersecção entre neurociência e arquitetura/design vem apresentando inovações no ato de projetar espaços. Recentemente, a relevância do design inclusivo e regenerativo ganhou destaque, abordando a necessidade de criar ambientes que acolham a diversidade humana, incluindo idosos e pessoas com neurodiversidade. Este enfoque não só amplia a acessibilidade como também promove a regeneração ambiental e o bem-estar dos usuários.
Biofilia: O mais recente de arquitetura e notícia
Design inclusivo e regenerativo: projetando ambientes para idosos e neurodiversos
Interiores biofílicos: 21 projetos que misturam arquitetura com natureza
Os humanos são programados para responder positivamente à natureza; o som crepitante do fogo, o cheiro de chuva fresca no solo, as características medicinais das plantas e da cor verde, a proximidade dos animais etc. Isso, junto com as condições ambientais críticas de hoje e a rápida urbanização, mudou o foco dos arquitetos para projetos ecologicamente conscientes que aproximam as pessoas da natureza. Eles exploraram várias abordagens: estruturas de taipa, materiais e móveis reciclados, projetos guiados pela luz solar... A prática foi tão impulsionada pela onda verde que as linhas se confundiram entre o que é verdadeiramente sustentável e ecológico e o que é greenwashing. Mas o que proporcionou a conexão biológica mais inata com a natureza foi a biofilia e o ato de "trazer o exterior para dentro" através do design.
Projetar o cuidado: a importância da humanização nos espaços de saúde
Corredores silenciosos e intermináveis, salas brancas e frias, uma atmosfera impessoal e distante: essa é uma imagem fortemente enraizada na nossa concepção cultural de ambientes hospitalares. A alvura desses espaços, que tenta reforçar uma ideia de esterilidade e limpeza tão necessárias, também pode ser capaz de criar uma sensação de desconforto e ansiedade para os pacientes e suas famílias.
A importância da humanização dos projetos de hospitais, clínicas e consultórios é um tema cada vez mais discutido e relevante na área da saúde, e que vai muito além da estética desses edifícios. Ela considera a necessidade de criar ambientes acolhedores que promovam o bem-estar dos pacientes, familiares e profissionais, reconhecendo que a arquitetura pode desempenhar um papel fundamental na recuperação e no conforto dessas pessoas em momentos de vulnerabilidade.
Dia Mundial da Arquitetura 2023: promovendo comunidades resilientes
Toda primeira segunda-feira de outubro, celebramos o Dia Mundial da Arquitetura e o Dia Mundial do Habitat, datas que servem como um lembrete para a comunidade global de sua responsabilidade coletiva pelo bem-estar do ambiente construído. Esta edição, assim como nos anos anteriores, lança luz sobre o campo da arquitetura e os desafios enfrentados por nossas cidades, introduzindo novos temas, contemplando o estado de nossas áreas urbanas e propondo estratégias construtivas.
Uma vez que as economias urbanas enfrentaram dificuldades significativas este ano, o Dia Mundial do Habitat promovido pela ONU concentra-se em no tema Economias Urbanas Resilientes: cidades como impulsionadoras do crescimento e da recuperação. Lançando o Outubro Urbano, este evento busca reunir diversos atores para deliberar políticas que ajudem as cidades a se recuperarem após os impactos econômicos duplos causados pela pandemia de Covid-19 e conflitos em todo o mundo. Alinhado a esse conceito, o Dia Mundial da Arquitetura, criado pela UIA em 1985, foca em Arquitetura para Comunidades Resilientes, enfatizando o papel e o dever da arquitetura em promover a existência próspera entre comunidades, ao mesmo tempo em que inicia um diálogo global sobre a interconexão das regiões urbanas e rurais dentro de cada país.
Reconectar com a natureza: usando madeira em projetos de interiores
Diante de um mundo cada vez mais inserido nas dinâmicas dos agitados ambientes urbanos e tecnologias digitais, uma maior conexão com a natureza parece ter se tornado mais importante para o bem-estar físico e emocional das pessoas, o que perpassa, de maneira direta e fundamental, os espaços em que elas convivem. Discussões e estudos acerca de temas como a neuroarquitetura e a biofilia são cada vez mais presentes e populares no campo da arquitetura e do design de interiores contemporâneos, levantando reflexões importantes sobre uma escolha mais assertiva e consciente de uma série de elementos projetuais que compõem os ambientes que mais convivemos.
Nesse cenário, o uso de materiais como a madeira, seja em ambientes residenciais, comerciais ou corporativos, têm demonstrado efeitos positivos em como sentimos e experienciamos os espaços ao nosso redor, ao suscitarem alguma conexão com o meio natural, reconfigurando a forma como percebemos nossos ambientes de vida e de trabalho e como somos afetados por eles. Ao incorporar elementos de madeira em nossos espaços, somos capazes de criar locais de maior tranquilidade que nos permitem desconectar do estresse e da agitação da vida urbana.
Por que o paisagismo é mais importante hoje do que nunca
A arquitetura paisagística está vivendo um momento especial. Recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos decidiu credenciar o campo de atuação com a prestigiosa designação STEM. Como parte das disciplinas educacionais de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) que se enquadram nessa categoria, os estudantes de arquitetura paisagística agora podem passar 24 meses procurando emprego em um período de treinamento, além dos 12 meses garantidos a qualquer recém-graduado de qualquer curso. O título também promete mais prestígio para os formandos, salários iniciais mais altos e maior flexibilidade de carreira. Torey Carter-Conneen, CEO da American Society of Landscape Architects (ASLA), entende a iniciativa como um avanço significativo para a "educação e prática da arquitetura paisagística, e isso é ótimo para a América e para a comunidade global".
A notícia corresponde a uma ênfase crescente na arquitetura paisagística como disciplina fundamental em todo o mundo nos últimos anos - uma prática intimamente ligada às noções de saúde pública, paisagismo, biofilia, sustentabilidade e rewilding ou restauração ecológica. Ela também destaca a relação íntima entre tecnologia e paisagismo. As propostas paisagísticas cada vez mais dependem da ciência e tecnologia avançadas para prever como as intervenções ecológicas podem alterar um terreno existente e determinar quais medidas produzirão o maior benefício tanto para os seres humanos quanto para a natureza em geral. O ideal contemporâneo de prados selvagens e florestas biodiversas pode existir livre de influências externas, mas o caminho para chegar lá a partir de um ponto de partida urbano requer assistência.
Água no design de interiores: 18 projetos que incorporam a água em seus espaços
A arquitetura sempre teve uma relação complementar - às vezes codependente - com a água. A Domus Romana, as Termas de Diocleciano e Caracalla em Roma e a Villa Adriana em Tivoli são alguns exemplos históricos de como a água influenciou o desenho da arquitetura. Em um contexto mais moderno, Frank Lloyd Wright projetou um retiro residencial onde a água é protagonista, redefinindo a relação entre o homem, a arquitetura e a natureza. Hoje em dia, à medida que os arquitetos mudam o foco para uma prática mais contextual, sustentável e orientada para o usuário, o uso da água na arquitetura tornou-se imprescindível para resfriar espaços interiores, tornando-se um ar-condicionado natural quando combinada com plantas, transmitindo a sensação de tranquilidade e servindo como um elemento decorativo orgânico.
Neuroarquitetura e o potencial do ambiente construído para a saúde cerebral e a criatividade
Hoje, passamos mais de 90% do nosso tempo dentro de edifícios. Agora também sabemos que nosso cérebro e corpo são influenciados pelo contato com a arquitetura, e o interesse em entender o impacto do meio ambiente no bem-estar humano é crescente. Há diversos novos estudos sobre este tema lançados a cada ano, e os escritórios de arquitetura estão empregando cada vez mais os serviços de pesquisadores e consultores de design da experiência humana.
Neuroarquitetura e demência: estratégias de design residencial para qualidade de vida e bem-estar emocional
A neuroarquitetura pode ser valiosa para ajudar pessoas com demência a manter sua autonomia. Criar ambientes estimulantes, de apoio e seguros os ajudará a permanecer engajados e independentes por mais tempo. É importante projetar uma casa prática e de suporte que promova a função cognitiva, o bem-estar emocional e a interação social.
Dado o rápido crescimento da população idosa mundialmente, estudos mostram que mais de um terço dos idosos vivem em suas casas, apesar do declínio de suas habilidades cognitivas e físicas. No entanto, nem todos podem ser considerados totalmente autônomos, pois precisam da ajuda de terceiros para realizar suas algumas de suas atividades diárias.
Neurodiversidade, arquitetura e inclusão no ambiente corporativo: princípios e estratégias de design
De fato, a principal responsabilidade do arquiteto é proteger a saúde, a segurança e o bem-estar do público, que inclui uma população diversificada com graus variados de habilidades físicas e intelectuais.
A neurodiversidade refere-se a essa variabilidade intelectual e cognitiva que incluem uma mistura de pessoas neurotípicas e neurodivergentes. Os “divergentes” são normalmente conhecidos como aqueles com diferenças na comunicação, aprendizado ou comportamento. Logo, o objetivo de um arquiteto não é projetar um edifício exclusivamente para populações neurotípicas ou neurodivergentes, mas sim um edifício onde todos os usuários se sintam bem-vindos e confortáveis.
Paisagismo biofílico em espaços educacionais: estimulando a aprendizagem, bem-estar e criatividade
Ambientes que inspiram, promovem o bem-estar e estimulam a conexão com a natureza. O paisagismo biofílico em espaços de aprendizagem reconhece a importância desse vínculo para o desenvolvimento dos estudantes, uma vez que ele beneficia o bem-estar, o desempenho acadêmico e a saúde das pessoas. Selecionamos oito projetos que trazem elementos naturais para a sala de aula, ou que a colocam diretamente na natureza, para ilustrar as qualidades que estes espaços podem conter.
Casas tropicais: criando um diálogo entre a natureza e o ambiente construído
O clima tropical é famoso pela exuberância de sua flora. Não à toa, projetos arquitetônicos realizados na região mantém um constante diálogo entre a natureza e o ambiente construído. Afinal, não é novidade como a biofilia agrega diversos benefícios para o usuário. No entanto, altas temperaturas, chuvas frequentes e elevados níveis de umidade do clima apresentam desafios únicos para conciliar a conexão entre interior e exterior com a construção de casas que sejam confortáveis e eficientes ao longo do tempo. Na busca por soluções que atendam às necessidades e demandas, fizemos uma seleção com projetos residenciais que se apropriam do contexto para se tornarem únicos nesse ambiente.
Bem-estar como medida de qualidade: o movimento “wellness” na arquitetura
Na teoria, a sensação de bem-estar pode ser definida como um estado de satisfação plena das exigências do corpo e do espírito, evocando sentimentos de segurança, conforto e tranquilidade. Na prática, a sensação de bem-estar pode ser fomentada por diferentes estratégias, desde hábitos individuais até a forma como o ambiente é construído.
4 Maneiras de incorporar a biofilia nos espaços de trabalho urbanos
A biofilia nos espaços de escritório não é uma tendência passageira. Pelo contrário, representa uma grande mudança na forma como projetamos e construímos nossos espaços corporativos e ambientes de trabalho, abrangendo desde gigantes multinacionais da indústria até as menores startups. Mas esse universo de espaços de trabalho empáticos e focados no bem-estar ainda tem muito a ser explorado.
Design biofílico na arquitetura contemporânea: sete projetos nas Filipinas
Desde as primeiras civilizações, a natureza tem sido um pilar fundamental para servir a humanidade como um habitat natural, oferecendo abrigo, alimentos e outros recursos. Nos tempos modernos, as revoluções industriais e tecnológicas tomaram conta da paisagem, remodelando a forma como os humanos interagem com a natureza. No entanto, hoje, e devido aos eventos que experimentamos enquanto sociedade, é cada vez mais necessário focar na criação de cidades e espaços que integrem a natureza à vida cotidiana
O que é o design biofílico? Apartamentos no México que integram estes princípios
Desde as primeiras civilizações, a natureza tem sido um pilar fundamental para servir de habitat natural para a humanidade, fornecendo abrigo, alimento e medicamentos. Nos tempos modernos, as revoluções industriais e tecnológicas tomaram conta da paisagem, remodelando a forma como os seres humanos interagem com a natureza. No entanto, hoje, devido aos desenvolvimentos que vivemos como sociedade, é necessário focar na criação de cidades e espaços que integrem a natureza à vida cotidiana.