O uso do aço na arquitetura é considerado um dos desenvolvimentos mais inovadores da história da construção civil, permitindo que os arquitetos criassem estruturas em escalas nunca antes imaginadas. Hoje em dia, o aço continua sendo um dos materiais mais importantes no campo da construção, mas há muito mais neste material do que apenas resistência à tração e durabilidade. Alguns arquitetos estão bem cientes do potencial do aço e o transformaram em uma enorme diversidade de itens, de luminárias e elementos decorativos a fachadas e acabamentos.
Veja, a seguir, 15 projetos que exploram o aço para além de suas qualidades estruturais, buscando aplicações variadas e, por vezes, inesperadas.
Ao pensarmos em fachadas reflexivas, imediatamente nossa mente parece imaginar arranha-céus e seus vidros ultrareflexivos. No entanto, indo além, uma série de outros materiais com acabamento polido, como é o caso do alumínio por exemplo, e espelhos, veem sendo aplicados em projetos arquitetônicos e oportunizado uma gama de estímulos visuais, ora pela ilusão de desaparecimento do objeto arquitetônico no espaço, mimetizando-o através da reflexão da paisagem adjacente, ora permitindo qualidades óticas. Pensando nisso, reunimos um compilado de nove projetos que utilizam materialidades reflexivas em suas fachadas e que conquistaram resultados surpreendentes. Confira a seguir!
"Eu vi um Brasil na TV" foi o tema do debate que no dia 8 de novembro de 2018, reuniu um conjunto de arquitetos participantes na Exposição "Infinito Vão - 90 Anos de Arquitetura Brasileira" no Instituto Moreira Salles, em São Paulo.
https://www.archdaily.com.br/br/917692/eu-vi-um-brasil-na-tv-com-jo-vasconcellos-gustavo-penna-e-francesco-perrotta-boschCasa da Arquitectura
Os patinetes são a última tendência da nova mobilidade. É provável que você tenha visto alguém passando por um desses pequenos, mas ágeis veículos de duas rodas, em alguma grande cidade. Após o crescimento explosivo dos aplicativos de transporte sob demanda e das bicicletas compartilhadas, chegou a vez dos patinetes, que registraram 38,5 milhões de viagens nos Estados Unidos apenas em 2018.
https://www.archdaily.com.br/br/917744/os-patinetes-que-estao-tomando-conta-das-cidades-sao-seguros-um-olhar-para-as-evidenciasAlejandro Schwedhelm, Anna Bray Sharpin e Claudia Adriazola-Steil
O vocábulo “gentrificação” é um aportuguesamento do inglês gentrification, usado pela primeira vez, provavelmente, pela socióloga britânica Ruth Glass na obra London: aspects of change (1964), onde a autora descreveu e analisou determinadas mudanças na organização espacial da cidade de Londres. O termo ganhou popularidade após seu uso em trabalhos acadêmicos sobre a temática, acompanhando um fenômeno urbano presente em diversas temporalidades e espacialidades: o deslocamento, processual ou súbito, de residentes e usuários com condições de vida precárias de uma dada rua, mancha urbana ou bairro para outro local para dar lugar à apropriação de residentes e usuários com maior status econômico e cultural.
Desde 1980, com a primeira exposição dedicada exclusivamente à arquitetura, intitulada A presença do passado e dirigida por Paolo Portoghesi, a Bienal de Veneza se posicionou como um dos pontos de inflexão da história da arquitetura contemporânea. Desde então, 16 edições já ocuparam os espaços do Giardini e do Arsenale, abordando temas que vão dos elementos fundamentais da arquitetura ao futuro da disciplina.
Há alguns meses temos realizado a publicação de um compilado de projetos residenciais brasileiros numa variedade temática em nossa série Casas Brasileiras. No entanto, pensando nos diferentes desafios e escalas que regem a profissão em arquitetura e, sobretudo, do morar contemporâneo, iniciamos a partir de hoje nosso primeiro artigo da série Apartamentos Brasileiros, onde exploraremos os desafios projetuais nesta tipologia, soluções inovadoras e usos de novas materialidades.
Ainda que o livro A Arquitetura da Felicidade não tenha causado muito alvoroço logo após a sua publicação no início dos anos 2000, o conceito defendido pelo seu escritor, Alan de Botton, de que a arquitetura é um elemento fundamental para a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, parece estar ganhando cada vez mais força e seguidores ao longo dos últimos anos. Pensando nisso, o Canadian Centre for Architecture de Arquitetura (CCA), em parceria com o curador Francesco Garutti, está apresentando uma exposição questionando as maneiras pelas quais a "indústria da felicidade" tem passado a explorar e controlar a vida das pessoas depois da crise financeira de 2008.
Our Happy Life, Architecture and Well-being in the Age of Emotional Capitalism (Nossa Vida Feliz, Arquitetura e Bem-estar na Era do Capitalismo Emocional) é uma exposição de projetos de arquitetura, obras de arte e fotografias. Samuel Medina, editor da Metropolis Magazine, conversou com Garutti para esclarecer os conceitos por trás da exposição do CCA, o impacto das mídias sociais em nossas vidas e o significado da arquitetura nos dias de hoje.
O fotografo Manuel Sá compartilhou conosco seu ensaio do Restaurante Coati, projetado em 1987 por Lina Bo Bardi, João Filgueiras Lima - Lelé (pré-fabricados de argamassa armada), Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki. O conjunto completo, um restaurante, um bar e três casarões que seriam transformados em nove apartamentos com uso comercial no térreo, está na região do Pelourinho em Salvador e faz parte do Projeto piloto para o Plano de Recuperação do Centro Histórico da Bahia proposto por Lina. O restaurante está, infelizmente, abandonado e em processo de arruinamento, assim como o restante do conjunto.
https://www.archdaily.com.br/br/917357/restaurante-coati-projetado-por-lina-bo-bardi-e-lele-pelas-lentes-de-manuel-saPedro Vada
O que acontece quando a cidade imbuída de sensores adquire a capacidade de enxergar - quase como se tivesse olhos? Antes da Bienal de Urbanismo e Arquitetura de 2019 em Shenzhen (UABB), intitulada "Urban Interactions" [Interações Urbanas],o Archdaily está trabalhando com os curadores da seção "Eyes of the City” [Olhos da Cidade] na Bienal para estimular uma discussão sobre como as novas tecnologias – e Inteligência Artificial em particular – pode afetar a arquitetura e a vida urbana. Aqui você pode ler a declaração curatorial “Eyes of the City” de Carlo Ratti,Politecnico di Torino e SCUT. Se você se interessar em participar da exposição na UABB 2019, envie sua proposta para a Chamada Aberta “Eyes of the City” até 31 de maio de 2019: www.eyesofthecity.net
Sem a cidade, a modernidade nunca poderia ter sido inventada. O que estamos descobrindo agora é se a modernidade pode sobreviver em uma cidade transformada pela revolução digital. A cidade pode oferecer segurança e comunidade, mas o que não permite aos seus habitantes é a possibilidade de serem diferentes, um fenômeno que é tão verdadeiro agora quanto era durante a era das bruxas.
A indústria da construção civil movimenta recursos econômicos consideráveis em todo o mundo, gera inúmeros empregos e muita receita. Ao mesmo tempo, também implica em impactos negativos que vão desde o consumo dos recursos naturais, até a elevada geração de resíduos, seja durante a etapa construtiva e nas demolições. Para se ter uma ideia, no Brasil estima-se que 61% do total de resíduos gerados sejam representados pelos Resíduos de Construção e Demolição e 28% pelos resíduos domiciliares [1].
Ainda que a arquitetura esteja sempre em constante estado de transformação, ela nunca estará desassociada de seu passado. A herança construída pelo trabalho coletivo ao longo dos séculos, estará sempre acessível no presente para inspirar e proporcionar maior profundidade à temporalidade da arquitetura. A integração entre a paisagem natural e aquela construída pelo homem também não é nenhuma novidade na história da arquitetura.
Pensando nisso, Amey Kandalgaonkar, arquiteto e fotógrafo de arquitetura baseado em Xangai, foi buscar inspiração no túmulo de Madain Saleh na Arábia Saudita - uma estrutura escavada na rocha em uma montanha no meio do deserto. Apropriando-se desta histórica obra de arquitetura e patrimônio da humanidade, ele resolveu revistar o passado e projetar duas casas contemporâneas com uma abordagem bastante parecida.
O artigo a seguir faz parte de uma série desenvolvida por Nikos A. Salingaros, David Brain, Andres M. Duany, Michael W. Mehaffy e Ernesto Philibert-Petit, que explora as particularidades da habitação social na América Latina. Nesta ocasião, retomam exemplos de estratégias de projeto.
https://www.archdaily.com.br/br/917333/estrategias-de-projeto-para-habitacao-social-na-america-latinaNikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy & Ernesto Philibert-Petit
Caminhar pelas ruas de uma cidade observando a sucessão de edifícios do tempo e no espaço, é uma verdadeira aula de história, uma viagem no tempo. A história da arquitetura pode ser contada através destes percursos à céu aberto. A cidade de Nova Iorque talvez, seja um dos melhores exemplos disso, um livro aberto da história da arquitetura, uma experiência que vai muito além de apenas algumas jóias da arquitetura moderna, como a Lever House ou o Sagram Building.
Oitenta e cinco anos depois, a casa branca implantada na East 48th Street, projetada por William Lescaze ainda impressiona. Suas Imaculadas paredes brancas e formas puras faz com que ela se destaque em um entorno especialmente marcado por edifícios soturnos, construídos em pedra e tijolo. Ela salta aos nossos olhos assim como se destaca do plano de fachada de seus edifícios vizinhos, avançando sobre a calçada, um objeto deslocado no tempo e no espaço, uma jóia encrustada entre um típico edifício residencial de meia altura e a universal arquitetura miesiana dos arranha-céus norte-americanos. A ruptura na pureza do volume branco, atravessada por dois consistentes e desajeitados panos de tijolos de vidro, é compensada pela plasticidade da marquise de concreto e de suas formas sinuosas dos seus pavimentos inferiores. Os cinco pontos da nova arquitetura definidos por Le Corbusier e publicados em 1926 são facilmente identificáveis neste projeto (menos a cobertura jardim). Construída em 1934 a partir do que sobrou de uma antiga casa da era da Guerra Civil americana, esta foi a primeira casa modernista edificada nas ruas da cidade de Nova Iorque.
Dentro da arquitetura, a água evoca sentimentos de calma e bem-estar. O elemento influenciou os projetos através de sua natureza dinâmica e fluida. Com os recentes avanços tecnológicos, os arquitetos criaram algumas das intersecções mais inesperadas e inovadoras entre os projetos e a água.
Abaixo, fornecemos um conjunto de piscinas internas que destacam a aplicação da água em diferentes espaços, mostrando sua relação com a materialidade e o uso.
Na proteção passiva contra incêndio, os forros são considerados mais um revestimento, juntamente com estruturas de suporte, fixações e outros materiais de isolamento. Geralmente, comete-se o erro de não considerá-lo como um elemento estrutural, mas como uma superfície que oculta a parte inferior da estrutura da cobertura ou o piso de um andar superior.
Os forros podem ser ancorados diretamente a um elemento estrutural, suspensos no teto ou autoportantes, e contribuem para a compartimentalização horizontal de uma sala específica. No entanto, este elemento horizontal é extremamente importante porque evita a propagação de fogo e gases quentes de um andar para o outro, possibilitando tempo para as pessoas localizadas na parte mais alta de um edifício - o mais perigoso em caso de incêndio - escaparem com segurança.
O projeto Passeia, Jardim Nakamura é uma iniciativa piloto de legibilidade cidadã; onde, ao utilizar-se do engajamento comunitário como forma de estabelecer vínculos, co-criou e implantou, juntamente com os moradores, um sistema de sinalização no bairro Jardim Nakamura, localizado no Jardim Angela em São Paulo/SP. O projeto foi desenvolvido pelo Instituto COURB e o SampaPé!, contando com o apoio financeiro do Fundo Casa Cidades. Com a proposta, se objetivou promover o reconhecimento do bairro pelos moradores, bem como a conquista de maior conforto e segurança nos deslocamentos a pé, o estímulo a conexões na relação com o espaço e a apropriação das histórias locais. O projeto buscou, nessa perspectiva, facilitar a leitura do território, fomentando o reconhecimento das histórias e dos próprios atores do bairro; além de também indicar os lugares mapeados, as distâncias a pé e o recorte territorial.
https://www.archdaily.com.br/br/917049/legibilidade-cidada-e-engajamento-comunitario-o-projeto-passeia-jardim-nakamuraCOURB Brasil
A necessidade de reduzir substancialmente nosso impacto no planeta deve se traduzir em uma mudança significativa em nosso estilo de vida e hábitos. Uma delas é consumir com responsabilidade e considerar que o desperdício não existe, mas que todo o material pode ser transformado em algo útil novamente seguindo um sistema ecológico circular.
Em seu livro Upcycling Wood, Reutilización creativa de la madera, o arquiteto e artista Bruno Sève escreve e edita um guia sobre os usos e possibilidades da madeira recuperada, como uma estrutura para a reutilização responsável; de pequena escala, como móveis ou telas de artistas, a escala média, com uso em interiores e fachadas. Este livro visa sensibilizar os profissionais e cidadãos em geral, através da análise do ciclo de vida, exemplos de usos e processos de acabamento, levando a uma estrutura ecológica e responsável. O livro é ilustrado por numerosas equipes de design e arquitetura que seguem as diretrizes do design ecológico com madeiras recuperadas.
Ferramentas contemporâneas de visualização oferecem imagens excepcionais e se mostram cruciais para a representação arquitetônica hoje em dia. No entanto, alguns optam por explorar o tema de outras formas, em vez de mergulhar na "colagem pós-digital", abrindo diferentes instâncias do desenho.
Criado como uma experimentação de narrativas visuais, (ab)Normal é uma colcha de retalhos gráfica que expressa design, cenografia, ilustração, arquiteturas e utopias sociais de uma cultura que gira em torno da internet, jogos e religião. As imagens iconográficas, que se concentram particularmente na representação arquitetônica, exploram os potenciais de renderização, desconstrução e remontagem do foto-realismo com novas hierarquias.
Inovação e tecnologia geralmente são apresentadas como dois conceitos semelhantes, quando não utilizadas como sinônimos. Entretanto, quando se trata de resolver os atuais problemas de nossas cidades, tecnologia nem sempre é a melhor solução.
A inovação, por outro lado, deve ser uma atuação responsiva, a qual considera todas as funções e processos de uma cidade, incluindo suas carências e potencialidades. Tecnologia pode sim ajudar, mas isso não significa que devemos confiar cegamente em tudo aquilo que surge com a promessa de resolver todos os nossos problemas.
O trabalho em BIM propõe que a produção de desenhos técnicos seja uma consequência ou resultado de um trabalho de modelagem com informações em três dimensões. O resultado disso, em geral, são modelos 3D que, ao levá-los às planimetrias, não conseguem expressar o nível de detalhamento e complexidade que o trabalho com as metodologias BIM permite. Para isso, é necessário desenvolver configurações que permitam gerar desenhos técnicos expressivos e, assim, representar nossos projetos da melhor forma possível.
Neste artigo, você encontrará um arquivo de projeto de arquitetura no Revit com uma série de modelos de visualização (View Templates) configurados. Orientado a arquitetos que estão apenas começando a trabalhar com o Revit e sistemas BIM, este arquivo permitirá que você incorpore View Templates em seus projetos Revit, transmitindo de uma maneira melhor as idéias e conceitos que estão por trás das plantas e cortes.
O arquiteto italiano Gaetano Boccia vem pesquisando desenhos e representações arquitetônicas nos últimos dois anos. O projeto Pdda (piccoli disegni di architettura) [pequenos desenhos de arquitetura] nasceu com a intenção de compartilhar suas reflexões, que ele sempre registrou mas manteve em cadernos.
Sem se referir a nenhum edifício em particular, estes desenhos têm inspiração no complexo contexto da vida cotidiana de Nápoles e da cultura italiana de maneira geral.
Projetado pelo EAA – Emre Arolat Architecture, o hotel de 199 quartos em Antakya, na Turquia, foi construído com módulos pré-fabricados encaixados em uma enorme trama de vigas e colunas de aço.
Caminhamos todos os dias por calçadas e ruas, vagando pela superfície da terra sem saber os mistérios que ela oculta. Em algumas cidades, o passado permanece protegido e esquecido, enterrado em baixo do solo. Em outras porém, seus segredos brotam da terra como as flores da primavera. Escavar é redescobrir a história. Na cidade de Antakya, por exemplo, quando removemos uma pedra de lugar, revelam-se relíquias inestimáveis de um passado glorioso. Como aconteceu durante as obras do recém-inaugurado Antakya Museum Hotel, projetado pelo escritório de Emre Arolat (EAA). O projeto transformou este desafio em uma nova e ousada estratégia de preservação histórica.
À medida que os habitantes urbanos se conscientizam mais dos impactos ambientais da produção e transporte dos alimentos, além da origem e a segurança do que consomem, a agricultura urbana está fadada a crescer e atrair os olhos públicos e políticos. Trazer a produção de alimentos para mais perto é, além de sustentável, pedagógico. No entanto, geralmente com dimensões reduzidas e outras restrições, as preocupações do cultivo de alimentos em cidades difere um pouco da agricultura tradicional.
Hortas urbanas podem ocupar uma infinidade de locais e ter escalas variadas - peitoris de janelas e varandas, lajes e terrenos baldios, pátios de escolas, parques públicos e até em locais improváveis, como em túneis de metrô. Também podem ser comunitárias ou individuais. Seja qual for o caso, é importante considerar algumas variáveis: