BEFORE/AFTER, ou, em português, ANTES/DEPOIS, documenta as mudanças drásticas, tanto físicas quanto psicológicas, que ocorreram durante a reforma do Hutong Fangjia em Pequim entre abril e setembro de 2017. Em 2019, o escritório OPEN Architecture foi convidado a participar da "Cidade Desconhecida: Arquitetura e Imagem da China Contemporânea”, exposição de abertura do Pingshan Art Museum, com a sua obra BEFORE/AFTER.
Com o crescimento populacional, adensamento das cidades e aumento do preço dos imóveis, arquitetos e urbanistas têm buscado alternativas de novas configurações espaciais para a ocupação e habitação nos centros urbanos. A profusão de moradias e espaços de trabalho compartilhados é um dos exemplos de como o campo da arquitetura está se adaptando às novas formas de viver em sociedade.
Residências unifamiliares têm passado por uma transformação silenciosa nos últimos anos. Os custos crescentes dos terrenos, o cresciment urbano e a falta de espaço disponível para construção provocaram um aumento no desenvolvimento de moradias de uso misto. Como resultado, arquitetos passaram a incorporar com mais frequência programas de uso comunitário em projetos residenciais privados, sendo possível encontrar, em algumas partes do mundo, casas que integram usos comerciais, culturais, educacionais ou até mesmo industriais.
Esses projetos podem se desenvolver tanto verticalmente – em dois ou mais pavimentos – quanto horizontalmente, em lotes adjacentes ou ao redor de um espaço aberto. A seguir, 12 exemplos de casas contemporâneas de uso misto.
A indústria do entretenimento costuma oferecer à arquitetura alguns de seus programas mais inusitados. De parques temáticos que exploram tempos perdidos e mundos ainda não descobertos a Las Vegas, cidade já muito estudada por suas características urbanas particulares e numerosos edifícios de hotéis e cassinos que apresentam, lado a lado, uma infinidade de estilos arquitetônicos.
No Brasil não é diferente e o impulso em explorar a economia do entretenimento resultou, em meados do século XX, em um singular edifício em estilo normando-francês, construído na serra do Rio de Janeiro: o Palácio Quitandinha
Elementos vazados como cobogós e muxarabis são comumente utilizados para proteger os espaços internos de um edifício da radiação solar direta sem bloquear a ventilação, uma característica favorável sobretudo a locais de clima predominantemente tropical, como o Brasil. Menos comum é o uso destes elementos em interiores, mas nestes casos os elementos vazados permitem flexibilizar a divisão entre os ambientes internos, sem segregá-los completamente.
Como bem disse o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han: toda época está marcada por suas mazelas emblemáticas. Estes malesrepresentam alguns dos desafios mais importantes da história da humanidade, adversidades que trazem consigo uma série de mudanças não apenas no que se refere à saúde pública, mas principalmente em termos econômicos e políticos, revelando a complexidade oculta por trás daquilo que costumamos chamar de “normalidade”.
Cidade do México implementou 40 km de ciclovias temporárias na Avenida Insurgientes, uma das mais extensas do mundo. Foto: Manuel Solá Pacheco/SEMOVI
Cidades têm implementado ciclovias temporárias para viabilizar deslocamentos seguros durante a pandemia de COVID-19 e evitar que usuários do transporte coletivo migrem para carros e motos. Aos poucos, a prática ganha corpo na América Latina, inclusive no Brasil. É uma oportunidade de ouro para fortalecer a mobilidade urbana por bicicleta – mas para isso, é preciso que as intervenções emergenciais incorporem boas práticas de segurança viária.
https://www.archdaily.com.br/br/946450/ciclovias-temporarias-a-resposta-de-cinco-cidades-do-brasil-e-america-latina-a-covid-19Andressa Ribeiro e Fernando Corrêa
O Relatório Brundtland, de 1987 -“Nosso Futuro comum”- trouxe a noção de que o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas". Desde então, o termo sustentabilidade tem sido cada vez mais popularizado e, muitas vezes, banalizado nos nossos cotidianos. Na indústria da construção civil isso não é diferente. Por mais que saibamos que para construir, precisamos destruir, de que forma é possível mitigar os impactos na construção, durante a vida útil e na demolição das edificações? Um edifício sustentável, na sua concepção, construção ou operação, deve reduzir ou eliminar os impactos negativos e podendo até criar impactos positivos no clima e meio ambiente, preservando recursos e melhorando a qualidade de vida dos ocupantes. Dizer que um edifício é sustentável é algo fácil e até sedutor. Mas o que torna, exatamente, uma construção sustentável?
Responder isso pode não ser tão simples. É por isso que nos últimos 30 anos foram criadas diversas certificações de sustentabilidade de edificações, que através de avaliações terceirizadas e imparciais de diversas esferas, são verificados os aspectos sustentáveis de uma construção. Cada uma delas concentra-se em aspectos particulares e, muitas vezes, são mais focadas em determinadas regiões do mundo. Enquanto há certificações que atestam se a edificação atende ou não a critérios de eficiência ou impactos, outras criam distintas classificações, segundo a pontuação recebida pela edificação para os diferentes aspectos. Abaixo, listamos algumas das principais certificações de sustentabilidade existentes no mundo, alfabeticamente, suas principais aplicações e uma breve explicação:
A arquitetura moderna portuguesa tem reconhecida tradição em buscar soluções que exploram as virtudes da paisagem, seja integrando, seja tensionando os elementos naturais para criar paisagens outras que resultam da sobreposição da cultura com a natureza. Exemplos facilmente lembrados são a Casa de Chá Boa Nova e as Piscinas de Marés de Leça da Palmeira, ambas projetadas por Álvaro Siza, ambas respondendo, cada uma à sua maneira, à paisagem marítima e rochosa onde se situam.
Mas não é apenas a arquitetura moderna que se preocupa com a paisagem. Em Portugal, a produção contemporânea têm mostrado exemplos instigantes de como é possível lidar com o entorno natural, explorando suas potencialidades sem comprometer sua integridade. Como exemplo, reunimos a seguir 12 projetos contemporânos que exploram, a partir de diferentes recursos, a relação entre o natural e o construído.
Gatos simplesmente não se importam. Eles não se importam se você comprou comida gourmet, se seu mobiliário é feito sob medida ou se você tem caixas de papelão espalhadas pela casa, e eles definitivamente não se importam se estão invadindo sua sessão de fotos.
A seguir, reunimos uma série de fotografias de arquitetura em que os gatos, mais uma vez, não se importaram de roubar a cena.
Em Yucatan, arquitetos estão revivendo uma antiga técnica de estuque maia para edifícios contemporâneos, combinando arquitetura moderna com história e cultura regional. A técnica é chamada de “chukum”, um termo derivado do nome popular da árvore Havardia albicans nativa do México. Feito com a casca dessa árvore de chukum, o material tem várias qualidades definidoras que o separam do estuque tradicional, incluindo propriedades impermeáveis e uma cor natural terrosa. Embora o chukum inicialmente tenha caído em desuso após a conquista espanhola da civilização maia, foi redescoberto e reempregado por Salvador Reyes Rios do escritório de arquitetura Reyes Rios + Larrain Arquitectos no final dos anos 1990, iniciando um ressurgimento do uso na área.
https://www.archdaily.com.br/br/946352/a-beleza-rustica-do-chukum-na-arquitetura-mexicana-modernaLilly Cao
Um bom projeto de arquitetura deve ser acessível a todas as pessoas, independente de suas capacidades físicas e cognitivas. Para aumentar a conscientização sobre esses problemas e ajudá-lo no processo projetual, compilamos algumas operações básicas que devem ser concluídas para que as pessoas possam habitar espaços residenciais confortavelmente e sem obstáculos.
É importante lembrar que cada país tem suas próprias normas em relação ao desenho universal, portanto, as dimensões específicas apresentadas abaixo - baseados no Guia de Acessibilidade Universalda Ciudad Accesible– são conceituais e podem variar em cada projeto. Antes de projetar uma casa acessível, reveja as normas locais e aprofunde as necessidades e exigências de seus usuários, garantindo assim uma boa qualidade de vida para eles a longo prazo.
Esta semana, apresentamos uma seleção de algumas das melhores fotografias de casas de tijolo publicadas em nossos sites. Estes 11 projetos mexicanos revelam a inventividade dos arquitetos no uso deste que é um dos materiais construtivos mais utilizados na América Latina. Veja a seguir uma série de fotos feitas por nomes como Carlos Berdejo Mandujano, Onnis Luque e Patrick Lopez.
O Valle de Bravo é uma região do Estado de México localizada poucos quilômetros à sudoeste da capital do país. Caracterizada pela presença de um grande lago artificial criado em 1947 com a construção da barragem Miguel Alemán, o Valle de Bravo é hoje responsável pelo abastecimento de água para boa parte da população da Cidade do México e Toluca. Por sua proximidade à capital, a represa é um importante destino de viagens de final de semana, o que acabou despertando o interesse de muitos arquitetos e arquitetas, responsáveis por projetos de arquitetura que encontram ressonância na paisagem oferecendo uma experiência única junto à natureza exuberante de um dos principais vales da planície central mexicana.
Dentro do conjunto de debates no campo da arquitetura, a relação entre o desenvolvimento projetual e a educação – especialmente infantil – tem ganhado destaque. A relação entre o campo da arquitetura junto à sociologia e filosofia, por exemplo, é notória. Muitas vezes, ao desenvolver um projeto, discussões entre estes campos são imbuídas projetualmente como instrumento potencializante das relações entre espaço e usuário. Quando pensamos especificamente na tipologia educacional dedicada a crianças, tomamos mecanismos que vão muito além de questões físicas de ergonomia, mas pensamos na arquitetura como ferramenta educacional.
Mind the Step - Jardim Nakamura, São Paulo, Brazil. Image Cortesia de UN-Habitat
A ONU-Habitat ou Agência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos e Desenvolvimento Urbano Sustentável, cujo foco principal é lidar com os desafios da rápida urbanização, tem desenvolvido abordagens inovadoras no campo do desenho urbano, centrado na participação ativa da comunidade.
Descubra neste artigo a primeira lição a ser aprendida com a ONU-Habitat, sobre como projetar com e para as pessoas. Para criar espaços públicos melhores, o único segredo é ouvir a comunidade. Refletindo sobre “como podemos projetar juntos”, este artigo apresenta casos em Gana, Brasil e Índia, com foco em projetos de implantação de ruas, mercados e espaços públicos abertos.
A Arquitetura é frequentemente atribuida à ideia de abrigo, desde as construções primórdias. No entanto, o memorial é um dos poucos tipos de arquitetura cuja função fundamental não é abrigar, mas sim, lembrar. Espaço que respeitosamente tem como objetivo dar memória àqueles que se foram em atos heróicos ou lamentavelmente vítimas de cruéis eventos históricos, que pode então ser entendido como um monumento ou edifício cujo propósito é fundamentado em materializar a emoção do intangível, criando uma memória coletiva e lembrada através do tempo.
As interfaces que estabelecem a relação entre dentro e fora nos projetos de arquitetura têm um papel fundamental para reiterar ou negar os graus possíveis dessa conexão. Nesse sentido, um dos fatores centrais na concepção das fachadas é o nível de opacidade dos materiais que as compõem, já que a partir disso criam-se situações absolutamente diversas em relação à luz, vistas e efeitos na atmosfera dos ambientes. Os materiais ou elementos translúcidos representam uma estratégia interessante para uma mediação entre interno e externo que sugere um efeito diáfano, etéreo, com certo mistério promovido por um tipo de superfície que deixa a luz entrar mas, ao mesmo tempo, não conforma uma imagem nítida sobre as superfícies para quem vê.
A desigualdade que marca a nossa sociedade é refletida no espaço urbano. Assim, a vivência plena da cidade é uma realidade para apenas uma parcela da população, questionando a ideia do espaço público como um local plenamente democrático.
Essa reflexão traz consigo a urgência de serem estabelecidas propostas que possibilitem cidades mais acolhedoras nos debates da arquitetura e do urbanismo contemporâneo.
Na cúpula do Panteão em Roma, diversos artifícios foram usados para permitir que uma construção tão ousada se mantivesse de pé. Um deles diz respeito à composição do concreto (nesse caso, um concreto não-armado) com densidades distintas no decorrer da estrutura. Quanto mais próximo do topo, pedras mais leves foram utilizadas na mistura, diminuindo o peso próprio da cúpula, mas mantendo-a sólida na base. Outro artifício foi a inclusão dos “cofres”, que nada mais são que subtrações no concreto, permitindo a construção da abóbada mantendo uma seção transversal suficientemente robusta para suportar o seu próprio peso. Construído há quase 1.900 anos, esse edifício ainda continua surpreendendo-nos pela genialidade das soluções. Utilizar a quantidade dos materiais somente onde cumprem suas função primordial, criando estruturas inteligentes, é apenas uma das lições que esse edifício proporciona.
As lâmpadas LED tornaram-se massificadas devido ao seu baixo consumo de energia, durabilidade e preços cada vez mais acessíveis. Mas a necessidade de iluminar pode jogar contra nós se não soubermos os efeitos deste tipo de luz no corpo.
Se em outras ocasiões temos tratado de temperaturas da luz, luzes quentes e frias e os perigos da luz azul, em termos de ciclos de sono e cansaço visual, adicionamos agora a fototoxicidade da luz azul.
Na arquitetura, para a concepção dos espaços físicos e tangíveis, os aspectos efêmeros e intangíveis são considerações essenciais a serem analisadas no processo projetual. Um dos elementos mais importantes neste sentido é a iluminação natural, responsável por proporcionar conforto, qualidade de vida e saúde àqueles que habitam ou habitarão o espaço.