A Qatar Museums divulgou imagens que mostram o futuro Museu de Lusail, projetado pelo escritório de arquitetura suíço Herzog & de Meuron. O museu abrigará uma das maiores coleções de arte orientalista, explorando o movimento de pessoas e ideias ao redor do mundo e ao longo dos séculos. A nova instituição também visa proporcionar oportunidades de estudo avançado para acadêmicos, formuladores de políticas e curadores. O edifício é concebido como "um souk em camadas verticais, ou uma cidade em miniatura contida dentro de um único edifício", visando incentivar conversas, debates e reflexões sobre questões globais.
O Museu FENIX, projetado por MAD Architects, está previsto para inaugurar em 2025 no porto da cidade de Roterdã. O espaço pretende contar as histórias das migrações globais através do encontro entre arte, arquitetura, fotografia e história. O museu começou a ser construído em 2020, quando as primeiras imagens do projeto foram divulgadas. A MAD Architects está também colaborando com o Bureau Polderman para restaurar um armazém histórico de 1932, que será a base e o ponto inicial da experiência museológica.
Em 2018, o OMA inaugurou a Fondazione Prada em Milão, Itália, localizada em uma antiga destilaria de gin construída em 1910. O projeto, que inclui uma fachada revestida com folha de ouro 24 quilates e espelhos camuflados, compreende a reabilitação de sete edifícios no complexo industrial Largo Isarco, na zona sul de Milão, fazendo da fundação algo que não é nem um projeto de preservação histórica nem uma arquitetura completamente nova. Recentemente, o fotógrafo Bahaa Ghoussainy registrou o projeto em sua série de fotografias.
O Powerhouse Parramatta, o novo e maior museu de Sydney, tem inauguração prevista para o início de 2025. Projetado pela Moreau Kusunoki em colaboração com a prática local Genton, o museu estará localizado na margem sul do rio Parramatta, na região oeste de Sydney, e é o maior projeto de infraestrutura cultural na cidade desde a Ópera de Sydney.
Preservar, difundir e criar expressões culturais. Quando visitamos museus, galerias, bibliotecas e distintos centros culturais entendemos outras visões de mundo. É desta forma que ampliamos nossa subjetividade, empatia e ganhamos novos saberes. Em Portugal, um país de história milenar que cruza diversas camadas culturais, da comida às artes, há um constante investimento em equipamentos que ajudam a compartilhar e reforçar seu passado e presente. E, como não poderia ser diferente, a arquitetura é fundamental para tecer estas narrativas.
David Chipperfield, vencedor do Prêmio Pritzker em 2023, projetou mais de uma dúzia de museus ao longo de sua carreira, com alguns ainda a serem concluídos. Como uma tipologia de grande impacto urbano e social, Chipperfield e sua equipe aproveitaram com habilidade cada comissão para transformar bairros e cidades, respeitando a essência do local e de suas pré-existências. Seus museus fazem declarações poderosas sem serem invasivas, e isso se reflete na escolha de materiais e soluções construtivas usadas.
Como um minimalismo de grandes dimensões, Chipperfield oferece aos materiais espaço para se desenvolverem e serem compreendidos. Em suas galerias e museus, os materiais parecem expostos, limpos e destacados através do contraste. Eles dão caráter ao espaço enquanto destacam a arte em exibição, gerando atmosferas adequadas para sua apreciação. A regularidade, a continuidade e a repetição ajudam a moldar esse fundo, enquanto a luz filtrada termina a construção da cena certa.
Selecionado dentre uma restrita lista de dez propostas, o projeto de David Chipperfield venceu o concurso pelo Museu Arqueológico Nacional de Atenas, na Grécia. Abrigando uma das coleções mais importantes do mundo de arte pré-histórica e antiga, o museu passará por obras de reforma e ampliação, incluindo um piso subterrâneo e um terraço verde. A proposta foi desenvolvida em conjunto com a Wirtz International, Tombazis & Associate Architects, wh-p ingenieure, Werner Sobek e Atelier Brückner.
O maior evento de ficção científica do mundo, a Worldcon, acontecerá no Museu da Ficção Científica de Chengdu, projetado por Zaha Hadid Architects. Em construção, a edificação de 59 mil metros quadrados que sediará a 81ª Convenção Mundial de Ficção Científica e o Hugo Awards, será um vibrante centro de inovação e encontro para a “principal incubadora de escrita de ficção científica da China”. Com efeito, a cidade de Chengdu, com mais de 20 milhões de habitantes, está se transformando em um importante centro global de inovação e pesquisa científica.
A reforma do Museu de Belas Artes de Bilbao, projetada por Foster + Partners após um concurso internacional em 2019, teve suas obras iniciadas no final do ano passado. O projeto inclui a restauração do edifício do século XX e a ampliação dos espaços atualmente disponíveis, com um novo átrio público e uma galeria de arte contemporânea organizada num pavilhão flutuante. O projeto também destaca a relação entre a cidade e o museu, criando um novo percurso para pedestres. O caminho conecta o edifício original de 1945 à extensão dos anos 1970 e a um novo centro de visitantes, tornando o local mais permeável no nível da rua.
O Museu de Belas Artes do Arkansas em Little Rock, EUA, está pronto para abrir ao público em 22 de abril de 2023. Projetado pelo escritório de arquitetura Studio Gang em colaboração com Polk Stanley Wilcox e arquitetura paisagística e escritório de design urbano SCAPE. A nova identidade arquitetônica do Museu visa mostrar o seu papel de instituição artística de referência na região. Uma das características mais notáveis do Museu, o telhado dobrado de placas de concreto, agora está completo. A nova linha de cobertura abrange toda a extensão do edifício, conectando a nova construção e os espaços reformados para criar um caráter arquitetônico coerente para a instituição cultural.
Ao redor do mundo, os museus funcionam como símbolos culturais - espaços de significado que frequentemente se tornam símbolos da paisagem arquitetônica de uma cidade. Exemplos históricos como o Museum de Fundatie, na Holanda, e o Museu do Louvre, na França continuam a atrair milhões de visitantes, com as intervenções arquitetônicas contemporâneas sobre eles redefinindo suas contribuições espaciais a seus contextos locais.
Organizado pelo Departamento Cultural do Abrigo do Marinheiro (DCAMN), em parceria com a Marinha do Brasil e o Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/RJ), o concurso nacional para o Museu Marítimo do Brasil teve como vencedora a equipe composta pelos escritórios messina | rivas (São Paulo, Brasil) e Ben-Avid (Córdoba, Argentina). O grupo binacional apresentou um projeto que busca "retomar a proximidade com a água e o que ela pode representar como espaço comum entre as diferenças". Conheça a proposta a seguir.
Trecho da planta térrea do Museu Anahuacalli (à esq.) e trecho da planta térrea do Solar do Unhão (à dir.). Ilustração feita por Beatriz Sallowicz e Teodoro Saldanha
Em 1963, a exposição “Nordeste” inaugurou o Museu de Arte Popular do Unhão em Salvador. Apesar do fortuito cenário para que Lina Bo Bardi deslanchasse o projeto do museu nas dependências restauradas do Solar do Unhão, suas atividades foram interrompidas após um ano de existência. A mostra temporária e única aberta ao público contou com empréstimos de diferentes coleções particulares e acervos museológicos para apresentar uma extensa reunião de objetos variados, baixo um convite ao público geral para compreender o valor do fazer técnico popular. A exposição que a gosto da arquiteta teria sido intitulada ‘Civilização Nordeste’ acusou posturas de classe pouco relacionadas com o conhecimento do que qualificou como a "atitude progressiva da cultura popular ligada a problemas reais". (BO BARDI, 1963)
Poucos lugares no mundo reúnem tantos equipamentos culturais e artísticos como o arquipélago composto pelas ilhas de Naoshima, Teshima e Inujima, localizadas no Mar Interior de Seto, no Japão. Dezoito museus, galerias e instalações compõem o Benesse Art Site Naoshima, um complexo dedicado às artes idealizado pelo magnata Soichiro Fukutake ainda na década de 1980.
À época, Fukutake convidou ninguém menos que o arquiteto Tadao Ando para projetar o Benesse House Museum, na ilha de Naoshima, um equipamento que ofereceu mais que um impulso econômico para a região, mas um estilo de vida mais lento e simples – evidentemente, para aqueles que podem pagar – distante das megalópoles japonesas.
Memorial do Holocausto. Foto de Alessio Maffeis, via Unsplash
Tudo aquilo que é construído, pela força e trabalho físico e intelectual do homem, tem significado. É na matéria que encontramos resquícios de antigas civilizações, e a partir desses registros entendemos suas características, as tecnologias envolvidas e sua organização social. As cidades e os grandes centros urbanos têm camadas e camadas de acontecimentos que ficam registrados em suas ruas, edifícios, praças e parques. Muitas vezes, a depender do desenvolvimento do lugar, essas evidências vão sendo apagadas, desconsideradas e alteradas.
Hoje, 18 de maio, é celebrado o Dia Internacional dos Museus sob o tema "O Futuro dos Museus: Recuperar e Reimaginar". No cenário pandêmico imposto pela Covid-19, alguns museus reabriram com grandes limitações, muitos outros permaneceram fechados. De qualquer modo, essas instituições passaram a reconsiderar seus modelos e a redefinir seu papel na sociedade, nesse sentido, a pandemia catalisou a mudança nas formas de expor, trazendo novas soluções e inovações ao público, sendo uma delas os tours virtuais.
https://www.archdaily.com.br/br/961885/dia-internacional-dos-museus-visite-mais-de-40-exposicoes-onlineEquipe ArchDaily Brasil
O desenvolvimento de um projeto de iluminação para os espaços expositivos de museus pode revelar-se uma tarefa bastante desafiadora, pois, ao mesmo tempo, a luz deve ser responsável por valorizar o espaço, preservar ao máximo a integridade das obras e enfatizá-las de forma a fornecer ao visitante as melhores condições para a sua fruição.
Além de possuir o mais alto CRI (Índice de reprodução de cor), a luz solar atribui uma sensação de conforto e bem-estar aos usuários de determinado espaço. Assim, em espaços expositivos, a iluminação natural é importante tanto para revelar com precisão as cores dos objetos expostos — o que adquire particular relevância ao tratar-se de obras de arte — como para proporcionar uma maior sensação de conforto aos visitantes, possibilitando uma leitura clara daquilo que está exposto.
Transformando a experiência artística típica em instituições de arte, o escritório Snøhetta divulgou um projeto de renovação do Museu de Arte de Blanton na Universidade do Texas em Austin. A ampla remodelação visa “unificar e requalificar o campus do museu, [...] através de melhorias arquitetônicas e paisagísticas”. A construção deverá ser iniciada ainda na primeira metade de 2021 e tem conclusão prevista para o fim de 2022.