O clima tropical brasileiro, que predomina em maior parte do território, apresenta alguns desafios quanto ao conforto térmico por ser quente e úmido. Uma das soluções bioclimáticas passivas adotada por arquitetos para responder a tal contexto é elevar a casa do solo, pois trata-se de uma decisão projetual que facilita a troca de calor - refrescando os ambientes - através da circulação de ar que ocorre no vão que se abre e desfaz o contato direto da edificação com o solo úmido. A fácil implantação da obra no terreno e a passagem de tubulações abaixo do piso, são outros benefícios que podem ser citados junto da questão estética -uma vez que ao suspender o volume do solo, gera-se uma sensação de leveza na construção.
https://www.archdaily.com.br/br/957507/casas-elevadas-do-solo-solucao-funcional-e-estetica-em-7-casas-brasileirasArchDaily Team
As ruas de Milão transbordaram no início desde mês com milhares de arquitetos, designers, fabricantes, artistas e artesãos nacionais e internacionais para a tradicional Semana de Design, explorando inovações e trocando ideias sobre design de interiores, móveis e iluminação. Como todos os anos, o Salone del Mobile, que acontece na Fiera Milano, serve como "um laboratório de experimentação e um lugar para novas oportunidades de reflexão sobre o mundo da arquitetura e do design". Com a presença de mais de 262.000 visitantes em seis dias, e mais de 3.500 jornalistas credenciados de todo o mundo, o evento deste ano superou todas as expectativas em termos de participação, confirmando que a exposição ainda é uma influência proeminente na indústria da arquitetura e do design.
Em 2021, o Brasil tornou-se o quinto maior produtor de energia solar, saltando da 9ª posição que ocupou em 2020. O país terminou o ano com cerca de 13 GW: as novas adições (5,5 GW) foram puxadas principalmente pela geração distribuída (4GW), quando os painéis fotovoltaicos são instalados no local em que a energia será consumida. O setor residencial foi responsável pela maior parte das contratações (77,4%).
Uma das obras icônicas do arquiteto japonês Kazuo Shinohara, projetada sob o chamado "Primeiro Estilo" foi reconstruída no Vitra Campus em Weil am Rhein. A Umbrella House, originalmente construída em Tóquio em 1961, será um local para pequenas reuniões, oferecendo aos visitantes informações sobre a arquitetura japonesa moderna. Após a cúpula geodésica de Buckminster Fuller/George Howard em 1975 e um posto de gasolina de Jean Prouvé em 1953, o projeto é a terceira edificação histórica a ser reconstruída no Vitra Campus.
O presidente da La Biennale di Venezia, Roberto Cicutto, e o curador da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura, Lesley Lokko de Jacopo Salvi. Imagem cortesia de La Biennale di Venezia
De 20 de maio a 26 de novembro de 2023, a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura ocupará os espaços do Giardini, Arsenale e outros locais de Veneza. Intitulada O Laboratório do Futuro, a mostra foi anunciada hoje pelo presidente da Biennale di Venezia, Roberto Cicutto, e pela curadora da exposição, Lesley Lokko.
O tema e título desta edição considerará o continente africano como protagonista do futuro. “Há um lugar neste planeta onde todas essas questões de equidade, raça, esperança e medo convergem e se unem. África. A nível antropológico, somos todos africanos. E o que acontece na África acontece com todos nós”, explica Lokko.
A densa paisagem de Manhattan acaba de receber mais um arranha-céu, desta vez projetado por um Pritzker português. Com 137 metros de altura e 35 pavimentos, o 611 West 56th Street, primeiro edifício de Álvaro Siza em Nova Iorque, foi externamente concluído. O condomínio de luxo, que é também a primeira obra de Siza nos Estados Unidos, conta, ainda, com diversos equipamentos para seus residentes, como uma piscina, um spa, uma academia, um playground para crianças e espaços para eventos.
O Prêmio Aga Khan de Arquitetura (AKAA) anunciou 20 projetos finalistas para a edição de 2022. Concorrendo ao prêmio de US$ 1 milhão, um dos maiores da arquitetura, os 20 projetos localizados em 16 países diferentes foram selecionados pelo júri dentre 463 obras indicadas ao 15º Ciclo de Prêmios (2020-2022). O júri, do qual fazem parte Anne Lacaton, Francis Kéré, Nader Tehrani e Amale Andraos, se reunirá novamente este ano para visitar os projetos e escolher os vencedores.
Balkrishna Doshi foi formalmente presentado, em 15 de junho, com a 2022 Royal Gold Medal for Architecture pelo presidente do RIBA, Simon Allford. Concedido pelo Royal Institute of British Architects, em nome de Sua Majestade a Rainha, o prêmio anual é “oferecido a uma pessoa ou grupo de pessoas que tiveram uma influência significativa direta ou indiretamente no avanço da arquitetura”.
Figura principal na formação da arquitetura indiana e suas regiões adjacentes, conhecido especialmente por seu planejamento urbano visionário e projetos de habitação social, Balkrishna Doshi “combinou o modernismo pioneiro com o vernáculo”, enquanto seus edifícios carregam “uma profunda apreciação das tradições da arquitetura, clima, cultura e artesanato da Índia”. Com 70 anos de carreira, mais de 100 projetos construídos e sua atuação na educação, tornou-se reconhecido internacionalmente por suas contribuições no cenário arquitetônico. Aos 90 anos e ainda atuando, Balkrishna Doshi “continua tão prolífico quanto inspirador”, afirma o Comitê de Honra do RIBA de 2022.
Ma Yansong, sócio principal da MAD Architects, revelou sua última obra de arte "Flow" na recém-inaugurada 8ª Trienal de Arte Echigo-Tsumari. Inaugurada neste verão no Japão, a instalação reinventa parte da obra de arte “Tunnel of Light” que foi concluída em 2018. Por meio de uma série de plataformas imersivas, os arquitetos abstraíram e capturaram o espírito do rio Kiyotsu, proporcionando aos visitantes uma experiência imersiva e espacial dinâmica. A Trienal espera melhorar a economia local por meio da arte e promover uma relação mais harmoniosa entre o homem e a natureza.
Kiev, Ucrânia, setembro de 2021: Praça Maidan Nezalezhnosti - vista aérea de drones. Monumento da Independência. Imagem via Shutterstock
Sexta-feira, 3 de junho, marcou 100 dias de guerra na Ucrânia. Um dos muitos efeitos devastadores tem sido a destruição de ambientes urbanos e rurais. O patrimônio cultural e arquitetônico da Ucrânia está sob ameaça. Em 30 de maio, a UNESCO verificou danos em 139 locais afetados pela guerra em andamento. A lista inclui 62 locais religiosos, 12 museus, 26 edifícios históricos, 17 edifícios dedicados a atividades culturais, 15 museus e sete bibliotecas. Segundo a UNESCO, os edifícios mais afetados incluídos na lista estão em Kiev. Ainda assim, os danos também são encontrados nas regiões de Chernihiv, Kharkiv, Zaporizhzhya, Zhytomyr, Donetsk, Lugansk e Sumy. Isso representa uma avaliação preliminar de danos para bens culturais feita através da verificação cruzada dos incidentes relatados com várias fontes confiáveis. Os dados publicados serão atualizados regularmente.
O Prêmio Mies Crown Hall Americas (MCHAP) anunciou os 48 projetos finalistas selecionados pelo júri do MCHAP 2022. Dos projetos indicados, foram escolhidos 38 para a categoria MCHAP e 10 para a categoria MCHAP.emerge. O quarto ciclo de prêmios considera obras construídas concluídas nas Américas entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021, indicadas por uma rede anônima de especialistas e profissionais internacionais.
Marina Otero foi a vencedora do Prêmio Wheelwright de 2022, promovido pela Harvard University Graduate School of Design (Harvard GSD). O prêmio de US$ 100.000 financiará dois anos de pesquisa e viagens para estudos sobre arquitetura contemporânea, com ênfase na pesquisa global. A proposta vencedora, “Future Storage: Architectures to Host the Metaverse”, explora um novo paradigma para arquitetura para armazenamento de dados digitais. O projeto investiga como as infraestruturas digitais pode dar respostas às demandas sem precedentes que o mundo enfrenta hoje. A pesquisa de campo, coleta de dados e desenvolvimento de protótipos resultarão em um manual de código aberto para projeto de arquitetura de data center contendo exemplos de modelos de armazenamento de dados ecológicos, circulares e igualitários.
O SescTV lançou a série Territórios da Resistência sobre os movimentos de permanente violência e exploração dos territórios com objetivo de estabelecer um controle hegemônico que desconsidera os modos de existência, os direitos e saberes de seus habitantes. Dividida em quatro episódios construídos a partir do longa-metragem homônimo, fruto de uma parceria entre o Sesc Ipiranga, o Museu do Ipiranga e a Universidade de São Paulo, a série também discute o papel ativo dos espaços físico e simbólico do museu na construção de narrativas, memórias e processos de resistência.
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Black Chapel, o Serpentine Pavilion de 2022 projetado pelo artista de Chicago Theaster Gates, foi aberto ao público no dia 10 de junho. Em exibição até 16 de outubro, o projeto é realizado com o apoio do escritório Adjaye Associates e patrocinado pela Goldman Sachs. Em 2021, o programa do pavilhão foi elaborado para refletir o trabalho de Gates e relacionar arquitetura com música, enfatizando particularmente as explorações artísticas de sons e hinos monásticos. O pavilhão funcionará como plataforma para a programação do Serpentine durante todo o verão, oferecendo um espaço público de reflexão, conexão e alegria.
No Dia Mundial da Bicicleta, celebrado no dia 3 de junho, a Prefeitura de São Paulo, em parceria com as empresas Tembici, Itaú Unibanco e iFood, lançou o primeiro projeto de bicicletas elétricas compartilhadas com sistema de estações fixas na capital paulista.
As 500 bikes elétricas começam a chegar ao sistema de forma gradual na semana passada, em modelo similar ao já em operação no Rio de Janeiro. Até o final do ano, o número deve subir para 1000 unidades. São Paulo possui 700 quilômetros de ciclovia e, conforme o Plano e Metas da Prefeitura, terá em dezembro de 2024 mil quilômetros.
A Foster + Partners revelou seu mais recente projeto comercial na mundialmente famosa Shibuya Crossing, em Tóquio, no Japão. Apelidado de Loja de Departamentos Shibuya Marui, o empreendimento de varejo de nove andares deve se tornar um novo espaço para marcas que vendem um estilo de vida sustentável, adotando os mais altos padrões de sustentabilidade e princípios fundamentais de responsabilidade ambiental e bem-estar. O design da estrutura de madeira e a seleção de materiais reduzirão significativamente o carbono incorporado do edifício, ao mesmo tempo em que criarão uma experiência acolhedora e aberta para os visitantes.
A Global Designing Cities Initiative (GDCI) lançou um Guia Global de Desenhos de Ruas para ajudar urbanistas na difícil tarefa de incluir em seus projetos todos os atores dos cenários urbanos. A publicação se tornou uma referência e ganhou agora um guia especial, destinado às crianças. O guia Desenhando Ruas para Crianças, tradução para o português do original em inglês Designing Streets for Kids, já está disponível em diferentes idiomas, inclusive o português.
O fenômeno da criação de novas cidades ao redor do mundo parece ganhar cada vez mais destaque na busca por amenizar os efeitos das mudanças climáticas, conter migrações massivas de população e fuga de intelectuais, ou melhorar a qualidade de vida oferecida por algumas cidades e que tem se tornando mais evidente após os períodos de confinamento produzidos pela pandemia, entre muitos outros motivos. Os urbanistas e profissionais da arquitetura, engenharia e outras disciplinas enfrentam, sem dúvida, grandes desafios onde vale a pena perguntar se devemos concentrar todos os nossos esforços na criação de novos centros urbanos ou antes focar a nossa atenção na melhoria das condições e na resolução dos problemas que já existem?
A cidade espanhola de Valência está usando pictogramas para ajudar seus moradores autistas a atravessarem a rua com segurança. A medida teve início no bairro La Torre, onde estão sendo pintadas 44 faixas de pedestres.
MVRDV revelou as imagens do seu primeiro projeto na América do Sul. The Hills é um edifício residencial localizado na orla do rio Guayas, em Guayaquil, Equador, composto por seis torres residenciais dispostas em uma base de uso misto, criando a imagem de um vale. As torres variam em altura, de 92 a 143 metros, elevando-se à medida que se afastam da orla. Toda a composição é inspirada na paisagem local que mescla o ambiente natural e urbano.
Contar a história do design brasileiro e apresentar a produção contemporânea a um público internacional sem cair em estereótipos foi o desafio assumido pelo arquiteto e curador Bruno Simões na exposição Poesia do Cotidiano, principal ação do Brasil na Semana de Design de Milão 2022. Reunindo obras que vão do carrinho de chá de Lina Bo Bardi às esculturas de celulose reciclada de Domingos Tótora e o icônico filtro de barro São João, a mostra é organizada pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) em parceria com a ApexBrasil.
Projetada por Rotterdam Rooftop Days e MVRDV, a Rotterdam Rooftop Walk finalmente abriu ao público. A instalação proporciona aos visitantes uma nova perspectiva da cidade, com uma passarela aérea de 30 metros de altura que se estende pelos telhados da cidade, desde a cobertura da loja de departamentos The Bijenkorf até o topo do embasamento do World Trade Center. O projeto tem como objetivo mostrar como as coberturas podem fornecer uma camada adicional de infraestrutura pública em uma cidade densa, onde o espaço público é escasso. A Rotterdam Rooftop Walk fica aberto de 26 de maio a 24 de junho, das 10h às 20h.
A 60ª edição do Salone del Mobile.Milano acontece de 7 a 12 de junho de 2022 no Rho Fiera Milano. Esta edição foi construída coletivamente e se baseia nas linhas fundamentais de pensamento e trabalho dos designers, como: as oportunidades e a responsabilidade do design, a inclusão e a responsabilidade ambiental, a demanda e a cultura do design. A exposição servirá como uma vitrine para mostrar ao público o progresso feito por criativos e designers, pelas marcas e empresas.
Stand Up for the Seas! é uma instalação projetada por Rozana Montiel Estudio de Arquitectura para a exposição Terre! Land in Sight da Cité de l'architecture et du patrimoine no âmbito da 2ª edição da Biennale d'Architecture et du Paysage d'Île-de-France (Bap, 2022) em Versalhes. A peça é feita de materiais reciclados (aço, redes e solo) e convida o visitante a caminhar dentro de uma rede de pesca submarina para experimentar o que é estar preso. Stand Up for the Seas! confronta o conflito da poluição dos mares.