O estúdio Urban Radicals apresentou o pavilhão temporário “A Brick for Venice” (Um tijolo para Veneza) como parte do programa “Time Space Existence” do Centro Cultural Europeu, uma iniciativa paralela à Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023. Todas as paredes do pavilhão foram feitas com barro dos canais da cidade de Veneza. A instalação é o primeiro protótipo para o novo material de construção à base de resíduos desenvolvido pelo estúdio.
No seu livro Curadoria: o poder da seleção no mundo do excesso, Michael Bhaskar define curadoria como "usar atos de seleção e organização (mas também refinar, reduzir, exibir, simplificar, apresentar e explicar) para agregar valor." Originário da palavra latina "curare", que significa "cuidar", o papel do curador em dissecar nossa compreensão do mundo ao nosso redor não pode ser negligenciado. Ao longo do tempo, à medida que a definição se transforma, a prática da curadoria continua a evoluir, desempenhando o papel de cuidadora de nosso ambiente construído.
Após a Segunda Guerra Mundial, a falta de moradia se espalhou por grande parte da Europa e Milão não foi uma exceção. Vários planos e soluções foram concebidos para enfrentar essa crise, e comunidades satélites para acomodar entre 50.000 e 130.000 residentes foram erguidas. A primeira dessas comunidades começou a ser construída em 1946, apenas um ano após o fim da guerra: o projeto Gallaratese.
No final de 1967, o renomado Studio Ayde, liderado por Carlo Aymonino, foi escolhido para projetar o Gallaratese 2. Aymonino convidou Aldo Rossi para contribuir com suas visões singulares para uma comunidade microcósmica ideal. Juntos, os dois arquitetos italianos começaram uma jornada para moldar um ícone habitacional inovador e historicamente significativo para Milão. Registrada pelas lentes de Kane Hulse, a obra e sua importância para a arquitetura são revisitadas nesta série de fotografias.
A Sun Tower, da OPEN Architecture, projetada como um marco para a cidade costeira chinesa de Yantai, atingiu sua altura máxima — 50 metros — no mês passado, no dia do solstício de verão. A inauguração está prevista para 2024. Projetada para ser um espaço cultural, o edifício se propõe a redefinir o entendimento comum de "projetar com a natureza".
A firma Henning Larsen Architects venceu um concurso para projetar o novo edifício do campus universitário de Torshvan, nas Ilhas Faroe. O campus de oito mil metros quadrados é inspirado principalmente nos assentamentos vernaculares locais, aproveitando as antigas técnicas construtivas desenvolvidas para condições climáticas extremas.
A Graham Foundation divulgou sua lista de organizações contempladas com suporte financeiro. Este ano, 38 projetos de diferentes partes do mundo receberão apoio da fundação. Os projetos incluem exposições, publicações e outras atividades do universo das artes e da cultura que exploram temas e questões diversas no discurso contemporâneo da arquitetura. A seleção busca destacar o trabalho de arquitetos, artistas, curadores, designers, educadores e outros profissionais que trabalham com organizações ao redor do mundo em lugares tão distantes como Chicago, Tijuana e Beirute.
Os finalistas do Festival Mundial de Arquitetura (WAF) de 2023 foram anunciados, destacando os projetos de arquitetura mais relevantes em todo o mundo. O anúncio antecede o evento ao vivo, que será realizado em Singapura em Marina Bay Sands de 29 de novembro a 1º de dezembro. O WAF é um programa de premiação de arquitetura com avaliação ao vivo, no qual os finalistas apresentam seus projetos a um painel de jurados durante o festival internacional. Alguns dos finalistas incluem Foster + Partners, Biroe Architecture, COX Architecture, Dabbagh Architects, MAD Architects, entre outros.
Copenhague sediou por cinco dias o maior encontro no campo da arquitetura sustentável, reunindo mais de 6.000 participantes de 135 nações. O Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2023 teve como foco o tema "Futuros Sustentáveis - Não Deixar Ninguém para Trás". O evento serviu como um fórum para pesquisadores e profissionais renomados de diversas áreas e idades se aprofundarem em métodos de criação de edifícios que abordam as mudanças climáticas, fortalecem a biodiversidade e promovem a inclusão social. À medida que o congresso chegava ao fim, foram reveladas as “lições de Copenhague": dez princípios destinados a facilitar o progresso rápido e transformador no campo da construção sustentável.
A XIV Bienal de Arte e Design de Florença premiou Santiago Calatrava com o Lifetime Achievement Award, um "tributo a um dos arquitetos mais influentes de nossos tempos e um reconhecimento à sua audaciosa experimentação, talento extraordinário e habilidade engenhosa de combinar arquitetura e arte em projetos imaginados e desenhados em harmonia com a natureza e orientados para os ideais de beleza."
Um ambiente árido remete a regiões específicas caracterizadas por uma severa falta de água disponível e condições climáticas extremamente secas. Por definição, as regiões áridas são as que recebem menos de 25 centímetros de chuva por ano. Na imensa vastidão dos ambientes áridos, onde climas extremos trazem grandes desafios, o papel da água na arquitetura assume uma nova dimensão.
Por séculos, arquitetos e designers inventaram técnicas, tecnologias e novas estruturas para lidar com paisagens desérticas áridas e a necessidade de água. Além disso, é preciso criatividade para aproveitar, coletar e resfriar a água em ambientes áridos.
Mario Cucinella Architects anunciou o projeto para a nova Piazza dei Navigatori em Roma, na Itália. Planejada como um empreendimento de uso misto, majoritariamente para espaços residenciais, com um componente de varejo e escritório, estacionamento e "salas de plantas". Está localizado em uma área rica em elementos naturais, aspecto que inspirou o projeto.
A última parte da série The Architect's Studio, promovida pelo Museu de Arte Moderna da Louisiana, apresenta o trabalho do Cave_bureau, um estúdio de arquitetura do Quênia. A exposição explora as cavernas vulcânicas do país, enfatizando o conceito de "futurismo reverso". O Cave_bureau acredita que, ao se debruçar sobre o passado, pode desenvolver soluções sustentáveis para o futuro.
Cortesia de Abeer Seikaly | Foto por Hussam Da’na.
Um grupo de 31 arquitetos, escritórios e designers foram convidados a participar da Trienal de Arquitetura de Sharjah, de 11 de novembro a 10 de março de 2024. Para sua segunda edição, o evento visa explorar soluções de projeto inovadoras que surgem das condições de escassez no sul global. Os participantes, representando 27 países, oferecem uma resposta diversa e internacional ao tema, abordando suas implicações para o futuro da arquitetura. A Trienal tem curadoria de Tosin Oshinowo e gira em torno do tema A Beleza da Impermanência: Uma Arquitetura de Adaptabilidade.
O concurso para o novo Teatro Griegkvartalet em Bergen, Noruega, selecionou recentemente cinco equipes finalistas. A expectativa é que o projeto se torne um centro cultural de prestígio no país, abrigando expressões multidisciplinares de arte, como ópera, teatro musical, balé, dança e concertos, além de conferências e outros eventos. A competição enfatiza a importância da relação com o meio ambiente, com o espaço urbano, a eficiência energética e a viabilidade econômica.
Cairo, a vibrante capital do Egito, é uma síntese única de arquitetura histórica e contemporânea. Uma das cidades mais populosas da África, essa aglomeração urbana movimentada possui uma longa e rica história e abriga quase 20 milhões de pessoas. Além das famosas Pirâmides de Gizé e da Esfinge, que atraem turistas há séculos, a cidade tem sido um caldeirão de culturas, histórias e arquiteturas.
A cidade do Cairo passou por várias eras, cada uma caracterizada por estilos arquitetônicos únicos. Após os antigos egípcios, o período islâmico viu o surgimento de prédios icônicos, como a Mesquita de Ibn Tulun e a Mesquita do Sultão Hassan. Esses foram seguidos pelo período mameluco, durante o qual foram construídas estruturas como a Mesquita Al Rifai e a Mesquita Madraça do Sultão Barquq, com belíssimos entalhes em pedra, minaretes imponentes e motivos decorativos complexos. A era otomana trouxe seus próprios marcos, incluindo a Mesquita de Muhammad Ali e a Cidadela de AlQalaa. No final do século XIX e no século XX, Cairo testemunhou uma influência colonial que resultou na construção de estruturas notáveis, como a Ópera do Cairo e a Torre do Cairo.