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Arquitetos: Lina Ghotmeh Architecture
- Área: 6413 m²
- Ano: 2020
A mais recente iniciativa do Design Miami, em parceria com Architects for Beirut, reuniu uma coleção de mais de 100 desenhos arquitetônicos originais e obras de arte doados por mais de 90 renomados arquitetos de diferentes partes do mundo. Os trabalhos colocados à venda incluem peças exclusivas de Zaha Hadid, David Chipperfield, Toyo Ito, Steven Holl, Tatiana Bilbao, Adjaye Associates e Renzo Piano, para citar alguns, e a verba arrecadada será direcionada aos esforços de reconstrução de Beirute.
Na segunda parte de sua entrevista com o ArchDaily, Hashim Sarkis reflete sobre o futuro da arquitetura ao abordar a questão atemporal da Bienal de Veneza de 2021. O curador da Bienal, que propõe o tema “Como viveremos juntos?”, discute o papel da profissão em meio a todos esses novos paradigmas, afirmando que “os arquitetos mudam o mundo [...] criando [... ] imagens de desejos do que o mundo poderia ser."
Neste artigo, o curador da esperada bienal e reitor da Escola de Arquitetura e Planejamento do MIT apresenta suas visões sobre a evolução da arquitetura e os novos rumos que o mundo acadêmico deve tomar para refletir "a complexidade dos problemas urbanos de hoje". Sarkis também menciona Beirute, discutindo abordagens de reconstrução, sociedade civil e a noção exasperante de resiliência.
Por definição, “espaço público” é uma terminologia que aborda a noção de propriedade da terra, sugerindo que esse não pertence a ninguém em particular, mas ao próprio estado e portanto, a todos e cada um de nós. Isso significa que a manutenção destes espaços é uma obrigação que recai sobre as administrações públicas, seja em âmbito municipal, estadual ou federal. Abertos, gratuitos e acessíveis, espaços públicos encontram a sua relevância não apenas em suas definições legais, mas principalmente quando assumem um papel ativo em direção à mudança.
Espaços públicos são lugares de protestos e manifestações – poderosas ferramentas de expressão social e transformação política. Desde a marcha em Washington por melhores oportunidades e liberdade de expressão em 1963, passando pela Primavera Árabe em 2010 até a mais recente onda mundial de manifestações em defesa da vida e contra toda forma de discriminação racial, historicamente, espaços públicos operam como uma importante ferramenta de transformação social. Em momentos como esse, enquanto ainda precisamos “ir às ruas” para lutar por nossos direitos, para nos fazer ouvir e sermos vistos, os espaços públicos finalmente voltam à estar no centro das atenções – lançando uma nova luz sobre o seu importante papel na construção da identidade coletiva e como ferramenta de expressão social.
O arquiteto Amale Andraos e seu escritório WORKac foram selecionados para projetar o BeMA, o novo Museu de Arte de Beirute no Líbano. Com localização central no coração de Beirute, o projeto será posicionado no local que marcou a linha divisória da guerra civil libanesa. A coleção permanente do museu incluirá obras de arte modernas e contemporâneas do Líbano, da diáspora libanesa e da região mais ampla. O novo projeto contará com 70 varandas dispostas como uma avenida vertical que combina espaços interiores e exteriores para criar um museu aberto para a cidade.
Com sua volumetria monumental, diagonais marcantes e passarelas elevadas, o edifício do Instituto Issam Fares na American University of Beirut, projetado por Zaha Hadid Architects, enfatiza o movimento e evoca a velocidade da vida contemporânea. Iniciado em 2006 e concluído em 2014, o premiado edifício de concreto e vidro da Hadid apresenta um ousado balanço que se projeta 21 metros para frente da fachada, criando um espaço coberto. As passarelas elevadas cruzam os galhos de enormes árvores de mais de um século de idade.
Quando o arquiteto espanhol Rafael Moneo ganhou o Prêmio Pritzker em 1996, o júri identificou sua capacidade de ver os edifícios como entidades construídas de forma duradoura - suas vidas se estendendo além dos desenhos arquitetônicos - como parte integrante de seu sucesso. O South Souks, projeto de Moneo de 2009 em Beirute, no Líbano, responde uma longa história e antecipa um futuro duradouro. Depois que o souk histórico da cidade foi destruído durante a Guerra Civil Libanesa, a área comercial da cidade começou a ser reconstruída em 1991. Como parte do projeto, Moneo projetou um distrito comercial em arcadas que segue a antiga malha helenística e mantém os nomes originais das ruas.
O projeto efêmero de estudantes de arquitetura da Universidade Americana de Beirute para abordar a falta de conscientização sobre a biodiversidade marinha e o uso responsável do litoral de Tire, é uma proposta configurada com uma estrutura leve e desdobrável, constituindo-se um ponto de reunião programático e informações sobre a areia.
O projeto, materializado com madeira, laços metálicos e cordas, aborda a possível aplicação de sistemas leves e temporários para gerar ao mesmo tempo um grande impacto social e um impacto físico mínimo no terreno.
27 anos após a Guerra Civil Libanesa (1975 – 1990), Beirute encontra-se como uma cidade de personalidades conflitantes. Uma noite de verão passeando pela recentemente finalizada Marina Zaitunay Bay, pode-se observar o embelezamento em curso da capital. O que, me matéria da revista GQ chama de "o destino escolhido para jovens e ricas crianças em todo o mundo", é agora salpicado com reluzentes arranha-céus revestidos de vidro, clubes noturnos, grupos de turistas estrangeiros e arquitetura de alto nível. Um yacht club projetado por Steven Holl fica a alguns minutos do Beirut Terraces de Herzog & de Meuron, um arranha-céu e condomínio de luxo com vista panorâmica à beira-mar em que o resort referencia-a como uma "praia urbana". No entanto, o desenvolvimento do centro da cidade tem gerado extremas consequências na periferia, como claramente mostrado neste ensaio fotográfico de Manuel Alvarez Diestro.
Nesta série, o fotógrafo Julien Lanoo volta suas lentes para a Fundação Aishti, projetada pelo escritório Adjaye Associates em Beirute, um centro comercial e museu que exibe a coleção particular de arte contemporânea de Tony Salamé, fundador da luxuosa loja Aishti, do Líbano.
Localizado em um terreno costeiro no centro Beirute, o edifício integra os dois programas, estabelecendo o que os arquitetos chamam de "celebração de vistas nos espaços, bem como uma paginação homogênea de azulejos que apresenta uma linguagem que unifica o piso, fachada e cobertura do edifício." Os espaços internos são organizados em torno de um átrio central reflexivo, enquanto que uma paisagem ondulante recupera o espaço público à beira-mar e abre perspectivas para a cidade.
Veja a série completa de fotografias, a seguir.
BAD. Built by Associative Data, em colaboração com o MARZ Studio, divulgou os planos para seu mais novo projeto, o No. 5, um espaço de uso misto no coração de Jonah, em Beirute, no Líbano. Projetado levando em conta estudos paramétricos, o projeto considera orientações de vistas, radiação solar, infiltração de ventos e programa através de seus vários níveis de massa.
Localizado ao lado do importante Estádio Camille Chamoun em uma das esquinas mais movimentadas da área, o edifício é "muito presente e visível do nível da rua, daí a massa pixelada da proposta".