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Histórias do início do mundo / Álvaro Domingues

Em tempos muito remotos, os humanos vagueavam em grupos mais ou menos organizados, caçando e comendo do que havia. Não tinham ainda descoberto como domesticar animais e cultivar plantas; não produziam excedentes e não havia cidades. Um dia, do alto de uma colina um chefe de um desses grupos viu ao longe uma nuvem de pó que avançava e pensou: se matarmos aqueles, toda a caça e mantimentos que eles possuem será um excedente para nós. Assim fizeram e continuaram na colina exercitando armas. Quando avistaram outro grupo, pensaram melhor: matamos a maior parte e escravizamos os mais fortes para ficarem a trabalhar para nós a ver se domesticam aquelas cabras bravas. Tal qual. Pelo sim, pelo não, e porque aquela colina era estratégica e os outros invejavam suas riquezas e posição, fortificaram o lugar e ergueram uma torre no meio. Tinha nascido a primeira cidade.

Como as cidades deveriam se preparar para o envelhecimento da geração "boomer"?

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, um dos maiores agentes de mudança social foi a geração "boomer", aqueles que nasceram nos anos que sucederam a guerra e que, devido ao grande aumento na taxa de natalidade, representam uma quantidade desproporcional da população. Mas qual será o efeito do envelhecimento desse grupo em nossas cidades? Nesse artigo, originalmente publicado na Metropolis Magazine como "How Boomers Will Shape the Future of Our Cities" o diretor da CannonDesign, Peter Ellis, destaca as necessidades de sua geração ao passo que ela envelhece.

Sou um arquiteto e projetista de cidades. Também faço parte da geração boomer, a faixa demográfica com mais de 65 anos que, por conter um grande número de pessoas, está criando uma imensa bolha no topo da pirâmide populacional.

Todavia, não estamos envelhecendo como as gerações que nos precederam. "Seremos capazes de dar às pessoas uma década a mais de saúde plena, graças ao que podemos fazer nos laboratórios agora", diz Brian Kennedy, Presidente e CEO do Buck Institute for Research on Aging em Novato, Califórnia. As ameaças primárias de muitas doenças podem ser controladas, permitindo que as pessoas continuem produtivas aos oitenta, noventa anos e além.

Como esse "revolução" na longevidade humana afetará nossas cidades? Diferentemente de nossos pais, boomers não mudaram para comunidades de aposentados, preferindo, por outro lado, permanecer o maior tempo possível em seus bairros urbanizados - onde podem continuar a ter uma vida ativa.

As redes colaborativas da Bauhaus nas décadas de trinta e quarenta

Após o fechamento da Bauhaus em 1933 pelo governo nazista - o qual considerava que tratava-se de um "centro de intelectualismo comunista"- vários de seus membros fugiram do país. E, embora se saiba que os Estados Unidos receberam Walter Gropius e Ludwing Mies van der Rohe, ainda é pouco conhecida a importância que a Bauhaus teve em países como o Japão e Israel, e, é claro, sua influência em vários países da América Latina.

Nesta colaboração, David F. Maulén investiga os detalhes por trás do projeto interdisciplinar liderado pela historiadora da arte Magdalena Droste, colocando sob análise o início das novas redes de intercâmbio surgidas em distintos pontos do planeta nas décadas de 1930 e 1940, forjadas por emigrantes da Alemanha nazista no contexto do fechamento involuntário das portas da Bauhaus.

Saiba como acontecia essa colaboração, a seguir:

Um projeto interdisciplinar de Magdalena Droste (história da arte) e Patrick Rossler (ciências da comunicação), coordenado por Anke Blumm (história da arte), em colaboração com mediaarchitecture.de.

Pritzker 2015: Frei Otto e a importância da experimentação na arquitetura

O júri do Prêmio Pritzker deste ano escolheu o arquiteto Frei Otto como quadragésimo vencedor do maior prêmio de arquitetura do mundo, fazendo dele o segundo arquiteto alemão a receber a honraria e o primeiro da história a recebê-la postumamente.

Os jurados o descreveram em seu comunicado oficial como um profissional que levou seu trabalho além dos limites da disciplina. Um arquiteto que foi, ao mesmo tempo, um inventor, engenheiro, construtor, pesquisador, ecologista e humanista.

Queremos conhecer com maior profundidade esse notável arquiteto a partir de sua conversa com Juan María Songel em 2004, na qual Otto ressalta a importância da experimentação na arquitetura, colocando-a na posição de eixo central de sua obra. Como ele bem colocou, "A pesquisa bem sucedida deve ser ousada!".

Arquitetas Invisíveis apresentam 48 mulheres na arquitetura: Arquitetura Sustentável

Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.

Hoje, no último post da série, estão presentes as arquitetas que abordam a sustentabilidade em seus projetos.

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Como Andrés Jaque, vencedor do MoMA PS1, planeja politizar a água

Seguindo a tradição dos vencedores do MoMA PS1 Young Architects Program, o plano de Andrés Jaque para "COSMO" aborda uma necessidade ecológica através de uma instalação arquitetônica. Enquanto o "Hi-Fi" de 2014 explorava o uso de tijolos orgânicos e o projeto "Wendy" de 2012 abordava a poluição atmosférica, Jaque pretende lidar com algo aparentemente muito mais político: a água. Esse artigo, originalmente publicado pela Metropolis Magazine como "The Politics of Water: Andrés Jaque on His 2015 MoMA PS1 YAP Winning Design", examina como Jaque espera transformar sua instalação em um ponto de discussão política.

À primeira vista, o Janicki Omniprocessor de Bill Gates e a proposta vencedora de Jaque para o MoMA PS1 Young Architects Program (YAP) de 2015 compartilham o mesmo objetivo - ambos abordam o problema de escassez de água no mundo, que foi potencializada por mudanças climáticas, disputas políticas e diversos outros fatores. Mas enquanto o Omniprocessor se parece com uma fábrica de cimento em miniatura, o projeto de Jaque une seu objetivo social - mudar o modo como compreendemos a infraestrutura contemporânea de água - a uma estética quase psicodélica.

Arquitetas Invisíveis apresentam 48 mulheres na arquitetura: Paisagismo

Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.

Hoje, apresentamos as paisagistas.

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Elementos e Teoria da Arquitetura: Princípios Diretores / Julien Guadet

Eu poderia resumir em um mote minha lição de abertura: procurei fazer-lhes ver toda a elevação de seus estudos. Se vocês houverem saído dessa sessão com o coração mais alto, o pensamento mais ambicioso, eu não haverei perdido meu tempo.

Hoje me propus expor-lhes – tanto que possível – os princípios gerais que deverão sempre presidir seus estudos. Quero que percebam vocês mesmos a unidade desses estudos em aparência tão diversos. Vocês exercitarão hoje uma igreja, amanhã um teatro; seus programas são ora severos, ora mundanos; seus terrenos, restritos e fechados numa vila, ou livres e aerados à campanha: essa diversidade é necessária para criar em vocês a versatilidade e a engenhosidade; mas além desses estudos do dia e da hora presente, há o estudo superior e permanente: o de sua arte, em todas as ocasiões, o de vocês mesmos. Esse estudo é a meta verdadeira, e é a unidade de seus trabalhos; é o domínio desses princípios dos quais falei, que serão suas guias, sua salvaguarda, sua luz.

Concurso para a Ponte de Battersea de Londres é o símbolo de uma cidade dividida

A publicação recente dos 74 projetos enviados para o concurso da Ponte em Nine Elms teve, sem dúvida, a intenção de causar um circo da mídia, na esperança de emular o furor que envolveu o concurso para o Guggenheim de Helsinki em que foram publicados na internet os 1.715 projetos recebidos em outubro do ano passado. O concurso, que propunha o desenho de "um dos marcos mais expressivos e visíveis em Londres," é o mais recente de uma série de mudanças dramáticas neste trecho da margem sul do Tâmisa. Esta nova comunidade, um dos novos bairros mais prestigiados de Londres, inclui a nova Embaixada dos Estados Unidos de Keiran Timberlake e uma série de empreendimentos residenciais, que culminou na renovação altamente elogiada da Battersea Power Station, acompanhada de edifícios desenhados por Foster + Partners e Frank Gehry, e um espaço público projetado pelo BIG.

As reações iniciais dos projetos enviados para o concurso foram mistas, na melhor das hipóteses. O crítico de arquitetura do The Guardian, Oliver Wainwright aproveitou a oportunidade para zombar de uma série de desenhos, usando seus poderes consideráveis no jogo de palavras para dublar títulos como The Greenhouse Funhouse (O Parque de Diversões Estufa), The Spaffy Tangle (O Emaranhado), Razorwire Party Bridge (Ponte Fio de Navalha), e The Flaming Mouth of Hades (A Boca Ardente do Inferno). Da mesma forma, City Metric espalhou a notícia em um artigo intituladoOs 12 projetos mais ridículos para a Nova Ponte Battersea", o que provocou um debate no Reddit" em que os usuários marcavam os projetos como "diferentes graus de loucura" e "doodles ridículos." Mas além de todos estes joviais xingamentos, estes projetos são sintomáticos de uma abordagem que Londres parece incapaz (ou talvez não) de resolver.

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Rua da Estrada do Brasil / Álvaro Domingues

A Rua da Estrada do Brasil é hiper-realista. Aquilo que noutro lugar seria apenas uma mínima manifestação de qualquer coisa apenas esboçada, toma aqui um visual transbordante como nos ambientes da realidade aumentada: estacionar na berma pode ser de frente, de lado e de viés; as cores e as letras multiplicam-se numa cacofonia de signos, códigos e suportes fixos ou ambulantes; o asfalto vai incerto por esbatidos limites de vias, valetas e passeios. Nos fios que se penduram nos mesmos postes, Ariadne não saberia encontrar solução para Teseu que até podia não ser comido pelo Minotauro mas morreria electrocutado ou permaneceria eternamente no labirinto sem nunca perceber se o fio era de telefone, de electricidade, fibra óptica ou pesca à linha.

Arquitetas Invisíveis apresentam 48 mulheres na arquitetura: Arquitetura Social

Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.

Hoje, apresentamos as arquitetas que se destacam no campo social.

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Informal – além do hype / ateliermob

Numa das entrevistas que fomos fazendo ao longo dos últimos meses, a primeira pergunta de um jornalista, habituado a entrevistar e escrever sobre o que se entendeu chamar “arquitectura portuguesa”, imediatamente após visitar connosco o Monte Xisto, foi: “o que fazem aqui?”

Arquitetas Invisíveis apresentam 48 mulheres na arquitetura: Urbanismo

Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.

Hoje, apresentamos as arquitetas relevantes no campo do urbanismo.

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Arquitetas Invisíveis apresentam 48 mulheres na arquitetura: Arquitetura

Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.

Hoje, apresentamos as arquitetas que se destacaram pela excelência de suas obras.

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O direito a ter uma casa - As políticas de habitação em Portugal durante o século XX e o sonho do 25 de Abril / ateliermob

Derrubada a monarquia, uma das primeiras medidas de fundo de reorganização da sociedade, tomada pelo governo republicano, foi dirigida às questões da habitação. Até 1910, as classes trabalhadoras viviam em habitações arrendadas com contratos precários. Os despejos eram fáceis e recorrentes. A Lei do Inquilinato, publicada cinco semanas após a implantação da República, tornou os despejos mais difíceis e regulou o aumento das rendas – até aí um mercado totalmente liberal. Os primeiros governos republicanos – houve 45 governos em 16 anos –, sobretudo os liderados por Sidónio Pais, foram muito activos a planificar uma intervenção no plano da habitação a custos controlados. Mas em 1922, o governo empossado quis romper com as políticas dos seus antecessores e propôs um programa de austeridade em que abdicava do plano de construção de novos bairros operários. Quatro anos depois, dar-se-ia o golpe militar que abriria caminho à ditadura de Salazar.

Arquitetas Invisíveis apresentam 48 mulheres na arquitetura: "Nas Sombras"

Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.

Hoje, apresentamos as arquitetas que viveram "nas sombras" de grandes nomes da arquitetura mundial.

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Arquitetas Invisíveis apresentam 48 mulheres na arquitetura: As Pioneiras

O dia internacional das mulheres é celebrado no dia 8 de março em homenagem às 130 mulheres que foram queimadas vivas em uma fábrica em Nova Iorque em 1857. A violência foi uma resposta às reinvindicações por melhores condições de trabalho exigidas pelas tecelãs.

O que começou com pequenos protestos, acabou tomando proporções mundiais e desencadeou, ao longo dos tempo, em uma séria de conquistas políticas, econômicas, trabalhistas e sociais para as mulheres. Infelizmente, essas conquistas ainda não garantem igualdade de gênero na prática (e em alguns países ainda há leis que favorecem os homens). Constatamos isso diante da violência física e psicológica sofrida pelas mulheres, da falta de reconhecimento, das imposições ocupacionais, diferenças salariais, além de tantas outras. Esse panorama diz respeito às mulheres de todo o mundo, mas também dentro da arquitetura há estatísticas que comprovam como as mulheres ainda não são valorizadas social e profissionalmente. São poucas as mulheres que conseguem reconhecimento internacional, o que as torna desconhecidas para profissionais e estudantes de arquitetura, desencadeando a sensação de que elas não existem.

Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.

Navotas: lugar dos mortos, cidade dos pobres

Branco e reluzente, o caixão adornado de flores, balões e recordações é carregado por quatro jovens escoltados por uma lenta procissão de familiares que percorre os corredores do cemitério público de Navotas (Filipinas), esquivando-se do lixo, das crianças e dos galos que cruzam livremente a caravana fúnebre. Há alguns dias, um jazigo ocupado há cinco anos foi limpo para receber o ocupante do caixão branco. Terminado o funeral, uma camada de tijolos garantirá a estadia do finado ao menos pelos próximos cinco anos.

Evento de rotina, a procissão é seguida pelos olhares de dezenas de crianças que têm nessa necrópole seu bairro. Aqui vivem seus pais e avós há mais de trinta anos, literalmente sobre as covas ou jazigos do cemitério banhado pela baía de Manila. 

"Os visitantes e moradores têm uma boa relação. Eles só querem que as tumbas sejam respeitadas e que ninguém as use como banheiro", conta um dos coveiros de Bagong Silang, assembléia do bairro que ocupa o cemitério. 

Saiba mais sobre a história do cemitério público de Navotas, a seguir.

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