A Global Designing Cities Initiative (GDCI) lançou um Guia Global de Desenhos de Ruas para ajudar urbanistas na difícil tarefa de incluir em seus projetos todos os atores dos cenários urbanos. A publicação se tornou uma referência e ganhou agora um guia especial, destinado às crianças. O guia Desenhando Ruas para Crianças, tradução para o português do original em inglês Designing Streets for Kids, já está disponível em diferentes idiomas, inclusive o português.
Na maioria dos países do mundo as edificações antigas são valorizadas. Há algo na história, na originalidade e no charme de uma casa antiga que faz com que seu valor às vezes seja superior ao de novos projetos. Mas no Japão, o oposto é quase sempre a preferência. As casas recém-construídas são as mais procuradas em um mercado imobiliário onde as moradias raramente são vendidas e a obsessão por demolir e reconstruir é tanto uma questão cultural quanto uma questão de segurança, colocando as casas de 30 anos em um mercado sem valor.
O fenômeno da criação de novas cidades ao redor do mundo parece ganhar cada vez mais destaque na busca por amenizar os efeitos das mudanças climáticas, conter migrações massivas de população e fuga de intelectuais, ou melhorar a qualidade de vida oferecida por algumas cidades e que tem se tornando mais evidente após os períodos de confinamento produzidos pela pandemia, entre muitos outros motivos. Os urbanistas e profissionais da arquitetura, engenharia e outras disciplinas enfrentam, sem dúvida, grandes desafios onde vale a pena perguntar se devemos concentrar todos os nossos esforços na criação de novos centros urbanos ou antes focar a nossa atenção na melhoria das condições e na resolução dos problemas que já existem?
Imagem: Ariane Azevedo, via Flickr. Cortesia de Caos Planejado
A população mundial está envelhecendo e uma das grandes questões que se abrem com essa nova composição etária, com mais idosos que crianças pequenas, é se os municípios estão adequados para que esses cidadãos possam usar os espaços urbanos com segurança e acessibilidade e sentirem-se incluídos na vida social e cívica de suas comunidades.
Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o número de indivíduos com 65 anos ou mais deve duplicar até 2050, passando de 727 milhões (dado de 2020) para cerca de 1,5 bilhão — representando 16% do número total de pessoas no planeta.
https://www.archdaily.com.br/br/981114/como-tornar-uma-cidade-amigavel-para-os-idososSomos Cidade
Verão, carnaval e aumento da passagem: o começo de ano no Brasil é geralmente quando as prefeituras e governos estaduais anunciam o aumento das tarifas de transporte público. Com a pandemia de coronavírus essas tarifas foram congeladas em 2021, porém muitas cidades voltaram a sofrer esse aumento agora em 2022. Entenda o impacto do aumento das tarifas de transporte público na nossa sociedade.
Há algo mágico em ver uma cidade do alto. Ter um novo ponto de vista e olhar através de um horizonte em vez de olhar para ele é um dos sentimentos mais poderosos e inspiradores que existem. As plataformas de observação não são apenas maravilhas arquitetônicas, mas também uma espécie de ícone cívico, orgulho de uma cidade. Hoje em dia não é apenas a altura que atrai as pessoas, mas também a programação de bares, passeios e bungee jump.
Arco do Triunfo. Created by @benjaminrgrant, source imagery: @digitalglobe
Na teoria, o planejamento urbano é um processo de elaboração de soluções que visam tanto melhorar ou requalificar uma área urbana já existente, como também criar uma nova urbanização em determinada região. Como disciplina e como método de atuação o planejamento urbano lida com os processos de produção, estruturação e apropriação do espaço urbano. Nesse sentido, seu objetivo principal é sinalizar quais são as medidas que devem ser tomadas para melhorar a qualidade de vida dos habitantes, incluindo questões como transporte, segurança, oportunidades de acesso e até mesmo a interação com o meio ambiente natural.
Escola Aberta no Galpão: Festival Sexta no Galpão - Rogério Quintanilha conversa com Fabrício Forganestoncini. Produção Gráfica: Leandro Mendes
O QUE É O SEXTA NO GALPÃO?
O programa da Escola Aberta no Galpão tem como objetivo abordar temas relativos à cultura, arte, cidades e os modos de ser e viver na contemporaneidade, Promovendo o encontro entre especialistas de determinadas áreas do conhecimento para debaterem entre si e com o público.
No ano de 2022 serão realizados 08 encontros digitais e gratuitos com o tema:
DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS NO INTERIOR PAULISTA: INTERFACE TERRITORIAL DA CULTURA
encontro 3: arquitetura e urbanismo
O QUE VAMOS CONVERSAR?
A roda de conversa do mês de maio trata da cidade como campo de disputas de narrativas.
Bairro Next / 15 Minute City por Gehl Architects. Imagem cortesia de 3XN
O planejamento e o projeto de bairros e empreendimentos de uso misto estão em alta. Muitos dos lugares que frequentamos apresentam uma variedade de programas, trazendo muitas das atividades do nosso cotidiano para um só lugar. Mas os espaços de uso misto fazem mais do que apenas criar uma diversidade de experiências nas cidades – eles também podem contribuir para reduzir as taxas de criminalidade.
As cidades têm um papel fundamental na busca por soluções e políticas para reduzir os problemas que resultam nas atuais mudanças climáticas globais. As áreas urbanas são, hoje, responsáveis por mais de 70% das emissões de dióxido de carbono (CO₂) — uma das principais causas do efeito estufa e de suas consequências para o meio ambiente e para a vida de todos.
Em seu livro mais recente, Survival of the City, o economista Edward Glaeser faz um diagnóstico dos conflitos de interesses que permeiam o debate urbano. Segundo ele, há uma oposição essencial entre os insiders — moradores tradicionais, interessados na manutenção do status quo e na valorização de seus imóveis — e os outsiders — novos moradores, interessados em moradia acessível e novas alternativas de trabalho, consumo e espaço urbano.
https://www.archdaily.com.br/br/980769/nimby-e-yimby-duas-visoes-da-cidadeAndrey Barbosa, Gabriel Nunes, Guilherme Pereira e Pedro Portes
Você sabe o que são fazendas urbanas? Já pensou em cultivar seu próprio alimento em casa no seu jardim ou em freezers especializados? O transporte de alimentos para consumo nas cidades é um dos grandes problemas de poluição ambiental (além de financeiro) do mundo hoje.
Um dos grandes teóricos da arquitetura, cidade e natureza faleceu recentemente, dia 17 de março de 2022, aos 85 anos. Nascido em Viena em 4 de outubro de 1936, Christopher Alexander viveu uma longa vida de contribuições e singularidades, com proposições visionárias sobre cidades e, ao mesmo tempo, subversivas ao mainstream da prática arquitetural.
https://www.archdaily.com.br/br/981171/christopher-alexander-o-legado-de-um-urbanista-visionarioVinicius M. Netto
Cidades com deficiências são aquelas que apresentam espaços e ambientes que impedem ou dificultam o acesso, a participação e a interação do cidadão, independentemente de qualquer perda ou anormalidade relacionada à sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatómica. Convido os leitores para que, comigo, mudem o foco da abordagem sobre as deficiências, transferindo para as cidades e os ambientes construídos a incapacidade em atender de maneira digna e eficaz a diversidade das habilidades e capacidades inerentes aos seres humanos.
Mapa do mundo de 1300. Imagem via Wikicommons, sob domínio público
A cartografia consiste na representação geométrica plana, simplificada e convencional da superfície terrestre, apresentada em forma de mapas, cartas ou plantas. Por se tratar de uma representação bidimensional de algo que é tridimensional, todas as representações sofrem algum tipo de deformação, de modo que a escolha por um método leva em conta não apenas aspectos técnicos, mas também políticos.
Greenwich Village, Nova York. Imagem: Jim Nix/Flickr. Licença CC BY-NC-SA 2.0
A gentrificação é o processo onde os imóveis se tornam mais desejados e, portanto, mais caros. Os preços crescentes afastam os moradores mais antigos, substituindo-os por de renda mais alta. Isso não deve ser confundido com a remoção forçada de cidadãos por meio de desapropriações ou remoções forçadas. Expulsar moradores por decreto oficial é um problema diferente.
https://www.archdaily.com.br/br/981523/filtragem-a-gentrificacao-ao-contrarioAnthony Ling e Jeff Andrade-Fong
O design dos mapas e a importância dos ambientes construídos continuam a ser essenciais para a experiência dos jogadores dentro dos mundos virtuais dos videogames, principalmente no gênero de tiro em primeira pessoa (FPS), como em Valorant, da Riot Games. A Riot, que tem como característica tentar romper paradigmas que a indústria dos videogames usa há décadas, continua a surpreender e a desafiar as expectativas de seus antecessores no gênero de tiro.
O palco está montado em uma das cenas mais icônicas dos filmes de “fim do mundo”: cidadãos de Nova York estão subindo por cima de táxis, tentando rapidamente escapar do tsunami gigante que se move lentamente em sua direção. No espelho retrovisor de um ônibus, uma onda gigante pode ser vista atropelando porções da cidade. Procurando por terrenos mais altos, os personagens principais, Sam e Laura, sobem as famosas escadas da Biblioteca Pública de Nova York e, assim que as portas giratórias se fecham atrás deles, a pressão da água quebra as janelas e a água começa a subir. Sabemos que a cidade de Nova York e sua icônica arquitetura serão destruídas em breve.