A arquitetura religiosa sempre teve um poder único para transcender o reino físico, transportando os visitantes para uma jornada espiritual. Em muitos sistemas de crença, ela funciona como um espaço entre o terreno e o divino universal. Essa experiência projetada muitas vezes pode ser facilitada por meio de diferentes escolhas, onde a luz, a forma, a materialidade e a circulação desempenham papéis essenciais. Além disso, a arquitetura e o design têm um profundo impacto na experiência espiritual vivenciada por cada indivíduo.
Esta exploração da arquitetura religiosa no sul global destaca a integração entre tradição e inovação contemporânea. Seja na Mesquita Omanense, onde a herança e a tradição islâmica são honradas, ou na Abrahamic Family House, que apresenta uma mesquita, uma igreja e uma sinagoga em diálogo e coexistência. A forma e o acesso público são explorados por meio de um projeto no Brasil, enquanto um mosteiro em Uganda expande seu tamanho para servir aos hóspedes e noviços.
Nas últimas décadas, o termo "reuso adaptativo" ganhou enorme popularidade como uma abordagem de construção ecológica. Mas e se houvesse algo mais poético em reestruturar um espaço e suas histórias para novos usuários? Estes arquitetos mostram que fachadas, paredes e texturas antes consideradas descartáveis podem obter novos significados por meio de combinações ousadas e inteligentes. Essas adaptações exibem com orgulho suas conversões e camadas de pátina histórica sob elas, como um distintivo de honra e falam da permanência dos edifícios e de sua impermanência no uso e na interpretação. Por meio de movimentos formais sutis e escolhas materiais audaciosas, eles transformaram estruturas que de outra forma teriam sido demolidas e as reimaginaram de maneiras novas e intrigantes.
Espaços imersivos são ambientes altamente sensoriais destinados a criar experiências impactantes criadas por meio de uma arquitetura com curadoria de luzes, imagens, sons e às vezes até mesmo cheiros. "Imergir" é ser envolto em um mundo moldado por estímulos sensoriais imediatos. Usar ferramentas digitais para criar esses ambientes e exibir arte, exposições cativantes e apresentar eventos de performance tornou-se cada vez mais popular. Experiências evocativas como essas podem oferecer um alívio da inundação de conteúdo digital personalizado e promover encontros compartilhados e fundamentais. O projeto desses ambientes pode existir na interseção da arquitetura, do design gráfico, da arte visual, do design de iluminação, da música e da performance. Eles destacam o poder da colaboração interdisciplinar para criar momentos memoráveis. Então, qual é o papel da arquitetura na formação desses ambientes?
Qatar Museums acaba de revelar a lista de designers e exposições da edição inaugural do Design Doha. Aberto ao público de 24 de fevereiro a 5 de agosto de 2024, o Design Doha é uma nova Bienal de Design que apresenta mais de 100 profissionais do Oriente Médio e Norte da África. O anúncio destaca seis exposições que serão lançadas durante a primeira semana, apresentando a inovação do Qatar e da região.
Desde sua introdução ao público, as tecnologias de inteligência artificial parecem propensas a mudar o cenário de trabalho para profissionais em todos os campos, e a arquitetura e o planejamento urbano não são exceção. Enquanto muitos temem seu impacto negativo, as tecnologias de IA também podem ser vistas como um conjunto diferente de ferramentas no arsenal de arquitetos e designers. Por mais revolucionárias que sejam, há uma infinidade de aplicativos e plataformas sendo desenvolvidos não para substituir, mas para ajudar, descarregar tarefas repetitivas e ajudar a visualizar ideias ou grandes conjuntos de dados, tudo para fornecer uma base para o processo de tomada de decisão do arquiteto.
Historicamente, diversas cidades pelo mundo foram assentadas e construídas sobre encostas, em que se é possível notar os inúmeros desafios urbanos enfrentados por elas, em razão de suas condições topográficas. Mas para além de questões relativas à suas infraestruturas urbanas ou aos seus sistemas de transportes, que podem tornar-se mais complexos devido à geografia do local, a ocupação urbana de encostas também costuma envolver diversas interseções de questões sociais, ambientais e econômicas.
Muitas vezes, essas ocupações são realizadas por comunidades vulneráveis e de baixa renda, impulsionadas por uma série de motivações. Com frequência, a falta de informações sobre certos perigos, aliada à escassez de políticas habitacionais adequadas, resulta em decisões e ações que colocam essas comunidades em situações de alto risco, especialmente durante o período de chuvas, resultando em um ciclo que afeta desproporcionalmente os residentes mais marginalizados.