A interseção entre arquitetura e neurociência, conhecida como neuroarquitetura, emerge como um campo inovador, trazendo à tona a influência significativa do design, seja de espaços urbanos ou de edifícios, na percepção humana, incluindo o aspecto de segurança. Esta área de estudo ganha relevância em um contexto em que a arquitetura urbana não é apenas uma questão estética ou funcional, mas também um elemento crucial na criação de ambientes que promovam bem-estar e segurança.
Imagem: Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Via Caos Planejado
Acredito que muitos leitores aqui passam pelo mesmo, digamos, “constrangimento” que eu: basta sairmos da nossa “bolha” e a defesa de questões urbanísticas que, para nós, parecem óbvias (como a necessidade de eliminação de grades e muros, a adoção de fruição pública, de permeabilidade visual, uso misto e fachada ativa, por exemplo), sempre esbarra no mesmo obstáculo — a falta de segurança pública.
https://www.archdaily.com.br/br/1010041/as-grades-do-condominio-sao-para-trazer-protecao-o-dilema-dos-prisioneiros-urbanosVitor Meira França
As casas inteligentes (smart homes) se apropriam da tecnologia para brindar mais praticidade, economia, conforto e segurança para seus moradores. Com o ambiente automatizado, a rotina do lar é facilitada. Se antes isso parecia pertencer a um futuro muito distante, hoje os dispositivos inteligentes já estão mais acessíveis e podem ajudar a criar outro tipo de interação entre a moradia e seu habitante por meio das conexões Wi-Fi e Bluetooth.
https://www.archdaily.com.br/br/1010109/como-criar-uma-casa-inteligente-guia-completo-para-iniciantes-na-automacao-residencialArchDaily Team
Estamos prestes a terminar o ano mais quente dos últimos 125 mil anos. Nos últimos dias, as altas temperaturas têm influenciado negativamente o cotidiano de uma grande porção da população, principalmente aquela que passa a maior parte do dia nas ruas, longe dos espaços climatizados. O excesso de calor tem distintas fontes, entre as naturais e as catalisadas pelo homem, e com um futuro nada promissor em relação a este tema, é necessário buscar por medidas de forma estrutural para combater o modo como ele pode agravar a saúde da população.
Projetar uma casa é sempre um grande desafio. O domínio técnico e construtivo deve estar alinhado com as expectativas do seu futuro morador, abraçando gentilmente sua rotina e tarefas diárias. Dessa forma, mapear as necessidades e rituais que terão a casa como palco é fundamental para o êxito da tarefa. Na profusão de personalidades, de preferências e de manias, a arquitetura residencial precisa mediar as intenções e acolher as diversidades.
Fabricantes: Atlas Piscina, DS Esquadrias de Alumínio, Deca, Gibi Indústria de Comércio de Madeiras, Incepa, +3MARMOLUX, Marcenaria Ricardo Theodoro, Roca-3
No País dos Arquitectos é um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.
Neste episódio da sexta temporada, Sara conversa com os arquitetos Matilde Cabral e Francisco Adão da Fonseca, do escritório Pedrêz, sobre a prática experimental do estúdio. Ouça a conversa e leia parte da entrevista a seguir.
Mais do que paisagens inertes ou cenários inanimados, as cidades constituem-se enquanto personagens ativas e significativas para a construção de muitas narrativas televisivas. Seja em séries ou em telenovelas, mais do que apenas um local onde as tramas se desenrolam, os ambientes urbanos desempenham um papel fundamental para os desdobramentos dos enredos, suas criações, diretrizes e contextos. Mas se, por um lado, as cidades e suas culturas urbanas contribuem para a composição de diversas tramas das telinhas, por outro lado, os programas televisivos também podem ajudar a moldar um certo imaginário idealizado sobre esses espaços urbanos, que geram expectativas irrealistas e reiteram uma série de estereótipos sobre as cidades representadas.
Ao considerar o recorte da população idosa a partir dos 60 anos, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 contabilizou o total de 32.113.490 pessoas idosas, cerca de 15,6% da população atual. Em 2010, o mesmo grupo etário representou 10,8%, ou seja, um aumento de 4,8% em apenas 12 anos. A idade média da população brasileira aumentou 6 anos desde 2010, atingindo 35 anos em 2022, e o índice de envelhecimento subiu, indicando 55,2 pessoas idosas para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, em comparação ao ano de 2010, com 30,7 para 100 infantis.
Edifícios que são projetados para contar histórias e memórias, evocar um senso de aspiração, definir narrativas culturais e construir uma identidade nacional sempre serão importantes em todas as sociedades. Quando os edifícios têm esse poder de moldar comunidades, impactar a imagem de uma cidade e mudar o curso do crescimento socioeconômico, então podem ser identificados como icônicos. Embora o termo "icônico" seja subjetivo, é uma palavra que expande os limites da arquitetura em qualquer contexto. Ele exige originalidade espacial, propõe uma tecnologia de materiais inovadora e necessita de um investimento socioeconômico considerável para ser realizado.
No entanto, uma vez que as economias dos países em desenvolvimento do sul global nem sempre podem atender aos requisitos dessas estruturas arquitetônicas, seria possível existir um modelo socioeconômico mais adequado para estruturas monumentais nesse contexto? Os princípios graduais de mudanças e crescimentos pequenos e adaptáveis podem ser aplicados à aspiração finita e icônica dessa arquitetura?