"Os detalhes não são os detalhes. Eles fazem o design." -Charles Eames. A criação de espaços atraentes que antecipem as necessidades dos usuários depende de vários fatores: escala, circulação, funcionalidade e conforto. No entanto, as últimas décadas provaram que o apelo visual de um projeto também é muito importante para o espaço interno. Neste artigo, exploraremos o lado estético do design de interiores, analisando estilos populares em todo o mundo e como arquitetos e designers usam elementos como cores, móveis, acessórios e acabamentos para definir sua identidade espacial.
Há muito tempo a história das civilizações vem sendo contada e ensinada de forma linear, com um sentido evolutivo, em prol de uma apreensão facilitada por uma didática mais direta. É fato que, muitas vezes, questionou-se esse método de pensar e organizar a forma como os eventos ou manifestações culturais aconteceram no decorrer do tempo, nas diversas partes do mundo, com suas especificidades que, muitas vezes, são deixadas de lado nas grandes narrativas históricas produzidas, sobretudo, no âmbito ocidental e, mais ainda, europeu.
The Chrysler Building - Interior, Manhattan, New York . Imagem Cortesia de Dorff / Wikicommons CC BY-SA 3.0
Art Deco ou Arts Décoratifs originou na década de 1920, após a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernesrealizada em Paris (1925). No entanto, somente na década de 1930 o movimento ganhou força na Europa e nos EUA, ampliando o Art Deco e abrangendo todos os elementos da arte decorativa, incluindo mobiliários, design de interiores, joias e arquitetura. Sua popularidade decorre de suas origens únicas. Em vez de um movimento de design impulsionado por forças políticas ou filosóficas, ele foi criado pelo desejo de uma mudança glamourosa e atraente, um reflexo da era de ouro em Hollywood e um boom econômico generalizado.
Caracterizado por sua decadência, rica aplicação de cores e formas geométricas, o movimento é influenciado pela descoberta de artefatos de civilizações antigas e pela introdução e admiração do automóvel. Como um movimento fortemente influído por aspectos em voga, procurou criar uma forma de modernidade luxuosa, a um passo de uma arquitetura mais tradicional, enfatizando elementos artesanais e projetados individualmente, raramente produzidos em massa.
A síntese entre arte e arquitetura remonta à origem da própria disciplina. Das formas elaboradas do barroco à estrutura geométrica do modernismo, a arte tem sido historicamente uma determinante fonte de inspiração para muitos arquitetos, os quais se tornaram responsáveis por traduzir estilos, técnicas e conceitos em estruturas habitáveis. Pensando nisso, neste artigo procuramos explorar a influência de cinco dos principais movimentos da história da arte na arquitetura, observando a forma como os arquitetos se apropriaram de algumas de suas características mais elementares para criar as suas próprias composições arquitetônicas.
Em novembro de 1930, em Indiana, Estados Unidos, uma das grandes façanhas da engenharia moderna foi realizada: uma equipe de arquitetos e engenheiros transportou uma central telefônica de 11.000 toneladas sem nunca suspender as operações e suprimentos básicos para os 600 funcionários que trabalhavam no interior.
"Chrysler Building NYC NY" by dog97209 is licensed under CC BY-NC-ND 2.0
A arquitetura Art Déco deriva de um estilo artístico homônimo que surgiu na Europa nos anos 1920 influenciando – além da arquitetura – o cinema, moda, design de interiores, design gráfico, escultura, pintura, entre outras vertentes artísticas. Historicamente, este estilo teve como marco principal a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas realizada em Paris em 1925, da qual derivou, inclusive, seu próprio nome.
Depois de quase um século do surgimento do Art Déco, parece que este icônico estilo do início do século XX está voltando à moda. Como podemos observar em muitos dos novos projetos de interiores e mobiliário que estampam as páginas das principais revistas de arquitetura ao redor do mundo, é impossível não associar o glamour, o brilho e a elegância dos anos 1920 com este revivalismo tardio do Déco em pleno século XXI. Com isso em mente, seria importante refletirmos sobre a influência da estética Art Déco na arquitetura contemporânea e de que maneira esta retomada poderia transformar a maneira como nos relacionamos com um estilo que parecia esquecido no passado.
No dia 6 de julho, às 19h, ocorre o lançamento do livro “Brasil de dentro – Heartland Brazil” da fotógrafa Elaine Eiger. O evento é acompanhado de um debate com a autora, Elaine Eiger e os convidados Adélia Borges, José Marconi Bezerra de Souza e Fernando Serapião.
Villino Florio, em Palermo. Edifício no estilo liberty, combinando elementos medievais, barrocos, nórdicos e contemporâneos. Obra do arquiteto Ernesto Basile. Créditos: GiuseppeT em Wikimedia Commons
Art nouveau, ou arte nova, foi um movimento artístico surgido na Bélgica do final do século XIX e que rapidamente se difundiu por diversos países do continente europeu e nos Estados Unidos. Arte “nova” porque rejeitava cânones e demarcava uma ruptura com o passado. Estimulados pelos resultados e mudanças trazidas à sociedade pela Segunda Revolução Industrial, os artistas do movimento buscavam criar uma linguagem que acompanhasse os avanços desse contexto e superasse a antiguidade, o academicismo e o conservadorismo na estética. Assim, em suas obras, elementos clássicos surgiam combinados a itens contemporâneos e diferentes estilos eram mesclados para formar um conjunto original.
O lobby, conhecido também como vestíbulo ou hall, é um espaço projetado para a recepção que se localiza de forma contínua em relação ao acesso de um edifício residencial ou uma casa individual, oficializando a área de transição entre o entorno urbano público e o programa privado.
Ele costuma estar localizado nos térreos dos edifícios, em vínculo direto com a rua, definindo-se como a "face visível" do projeto para o exterior. Por conta disso, suas características, seu desenho, sua estética, e todos aqueles elementos que o compõem são de grande relevância. Sua função é relativamente flexível, podendo ser utilizado como lugar de reunião, recepção ou espera.
O artista André Chiote compartilhou conosco sua mais recente série de ilustrações, desta vez, retratando a arquitetura art déco e moderna de Goiânia. Realizadas a pedido 31º Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica na capital goiana, as ilustrações de Chiote fazem uso das cores do logotipo oficial do congresso para representar alguns dos ícones mais celebrados do patrimônio de Goiânia.
John Donnelly, arquiteto da Irlanda do Norte, abriu recentemente um escritório dedicado à produção de maquetes detalhadas que explorem a diversidade do ambiente construído de Belfast. Model Citizen foi fundado buscando promover um maior entendimento apreciação da arquitetura e dos trabalhos manuais das cidades irlandesas.
O escritório vê suas esculturas e maquetes como um “mecanismo para enfatizar a beleza e o significado do nosso patrimônio”, traduzindo os estilos art déco, brutalista e internacional em objetos esculturais tangíveis que podem ser manuseados e explorados.
Em um estado de permanente transitoriedade arquitetônica, a cidade de Nova Iorque continua recebendo novos arranha-céus a cada dia que passa. Historicamente impulsionada pela prosperidade financeira aliada à demanda por espaço comercial, a única maneira de continuar a construir foi explorando a verticalidade. O mapa mais recente da Blue Crow Media, "Art Deco New York Map", exibe mais de sessenta edifícios da época, celebrando a natureza eclética da arquitetura Art Déco tão profundamente enraizada na história da cidade.
Ao abrir suas portas pela primeira vez em uma noite chuvosa de inverno em 1932, o Radio City Music Hall, em Manhattan, foi proclamado tão extraordinariamente lindo que não precisava de artistas. O primeiro componente construído do enorme Rockefeller Center, o Music Hall tem sido o maior teatro de rua do mundo há mais de oitenta anos. Com os seus elegantes interiores Art Deco e maquinário de palco, o teatro desafiou a tradição, definindo um novo padrão para locais de entretenimento modernos que permanecem até hoje.
Enquanto houver edifícios, a humanidade continuará a procura por construir o seu caminho para o céu. De pirâmides de pedra aos arranha-céus de aço, sucessivas gerações de arquitetos criaram maneiras cada vez mais inovadoras de aumentar os limites verticais da arquitetura. Seja em pedra ou aço, cada tentativa de atingir alturas sem precedentes representou um vasto empreendimento em termos de materiais e trabalho - e quanto mais complexo o projeto, maior a chance das coisas darem errado.
O fotógrafo Balint Alovits compartilhou conosco sua mais recente série de fotografias, intitulada Time Machine, que registra escadas em estilo Art Déco e Bauhaus de edifícios em Budapeste, Hungria.
Mostradas a partir da mesma perspectiva central, as fotografias "criam uma nova dimensão ao separar espaço e tempo, permanecendo dentro dos limites visuais do conceito do projeto, ao passo que a percepção dos detalhes arquitetônicos evocam a ideia de infinito."
"Sempre gostei de edifícios Art Déco e Bauhaus", disse Alovits. "Sempre que eu passo em um desses caracóis, sinto uma certa energia que me faz olhar para cima ou para baixo. Eu queria coletar e mostrar todas as formas e cores diferentes destas escadas."
Mesmo em Manhattan, o Edifício Empire State destaca-se. Desde a sua conclusão em 1931 tem sido um dos mais emblemáticos monumentos arquitetônicos nos Estados Unidos, permanecendo como a estrutura mais alta do mundo até as Torres Gêmeas do World Trade Center serem construídas no centro de Manhattan, quatro décadas depois. Sua construção nos primeiros anos da Grande Depressão, empregando milhares de trabalhadores e exigindo vastos recursos materiais, foi impulsionada por mais do que interesse comercial: o Edifício Empire State seria um monumento à audácia dos Estados Unidos da América ", a Terra que alcançou o céu com seus pés no chão." [1]
No ano de 2006 foi publicado o livro “Guia de Bens Tombados de Belo Horizonte”, uma importante iniciativa para a divulgação do patrimônio cultural que tornou-se excelente instrumento de divulgação e educação patrimonial no município, por reunir informações sobre cada edificação tombada.
O guiadobem.orgapresenta-se como um álbum de fotografias em versão contemporânea digital, acessível a todos, de qualquer lugar, sendo uma ferramenta digital para conhecimento, divulgação e proteção dos bens tombados de Belo Horizonte.