
Um collage de materiais entre os troncos das bétulas na paisagem finlandesa: uma residência de hóspedes e retiro rural. Experimentação de ideias e formas, um projeto estranhamente coeso.

Um collage de materiais entre os troncos das bétulas na paisagem finlandesa: uma residência de hóspedes e retiro rural. Experimentação de ideias e formas, um projeto estranhamente coeso.

A renovação do Cour Napoleon, o pátio principal do Louvre, teve como principal intuito aliviar o congestionamento dos milhares de visitantes diários. Uma nova entrada triunfal forneceu um espaço conveniente de átrio central, separado das galerias, conformando um ponto focal para o processo cíclico da experiência através do museu.

No centro do edifício, de 30 metros de altura, situa-se o anfiteatro abobadado de 300 lugares. Ao seu redor, oito volumes, que incluem uma biblioteca, uma mesquita, um restaurante e escritórios. Construído em concreto aparente moldado in loco, as paredes são incrustadas com faixas de mármore branco.
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Bernardes Mendes da Rocha Warchavchik Niemeyer Levi Porto Costa Bratke Bo Bardi Artigas Gennaro Roberto.
Vejam quais foram os Clássicos da Arquitetura mais vistos de 2013 projetados por esses arquitetos.

O parque abrange mais de um quilômetro de comprimento e setecentos metros de largura. Abriga atividades como um Museu da Ciência e Indústria, uma Cidade da Música, teatros e espaços para concertos. O projeto consistiu em três sistemas: superfícies, que são os espaços verdes abertos; linhas, os caminhos do parque; e pontos, estruturas icônicas pintadas em vermelho sem um programa pré-definido. Inseridos numa malha ortogonal de cento e vinte metros de lado, os pontos são o denominador comum do parque e ícones do projeto.

Um volume cilíndrico de tijolos, sem aberturas laterais. Mede cinquenta metros de diâmetro e nove metros e dez centímetros de altura. Surge de um espelho d'água circular em torno do seu perímetro. Dele saem os doze arcos de raios diferentes, porém dispostos simetricamente, que sustentam o edifício. Um escultura de alumínio coroa o edifício e marca o ponto de entrada da iluminação zenital ao altar.

Integrado às colinas da Catalunha, o Cemitério de Igualada é uma terraplanagem que se mescla à paisagem, como uma característica natural do local. Projetado para ser um local de reflexão e lembranças, como uma paisagem em camadas que se desdobra como uma progressão contínua e fluida.

Por Ana Negreiros
Diante da praça aberta, apresentam-se dois volumes distintos, primeiro o Plenário de geometria sólida, maciço, opaco, que provoca contraste com o segundo volume mais recuado, este uma grande barra horizontal que se estende quase aos extremos do terreno e abriga as funções administrativas e os gabinetes dos deputados.

Por Guilherme Essvein de Almeida
Oito caixas opacas configuram o edifício. Seis delas, as mais altas, conformam os volumes predominantes da composição. Os fechamentos se dão através de planos em balanço, que ora são de argamassa armada –nos volumes mais altos– e ora são de uma espécie de gradil –nos intermediários–. Nas seis caixas superiores o alinhamento da máscara que recobre os volumes se dá por fora do emaranhado de pilares. Já nas duas inferiores, mais alongadas, o alinhamento é por dentro, se diferenciando em termos de hierarquia.

Por Adalberto Vilela e Sylvia Ficher
Passeando, ainda que de carro, por um bairro exclusivamente residencial da cidade, avistamos ao longe a Casa dos Arcos. Assim é conhecida a residência Nivaldo Borges, placidamente espraiada na topografia suave de um imenso terreno, inconfundível por sua coloração avermelhada. A tentação é grande; paradoxalmente, a ausência de grades ou portões nos intimida. Como não há como anunciar a chegada, ignoramos a desconfortável sensação de invadir propriedade alheia e seguimos em frente.

Este é o último Clássico da Arquitetura de 2013. O ano termina, então, com uma obra de Joaquim Guedes: a Residência Waldo Perseu Pereira, sobre a qual não escreverei por dois motivos:

A base quase quadrada de oito metros e trinta e cinco centímetros por oito metros e vinte e cinco centímetros produz um volume prismático de dois pavimentos de alturas quase iguais: o pavimento térreo com dois metros e oitenta centímetros, e o pavimento superior com três metros. Quatro elementos produzem a assimetria do edifício: o conjunto de planos que protege a varanda frontal, o conjunto de planos que protege a entrada lateral, o volume da cozinha posterior, e o par de linhas perpendiculares que apoia as pérgolas da varanda posterior. As aberturas no volume reforçam a assimetria. O edifício é um trabalho sobre linhas, planos e volumes.

Três volumes prismáticos de concreto aparente surgem ao lado dos antigos galpões da fábrica de tambores da Pompéia: um prisma retangular de trinta por quarenta metros de base e quarenta e cinco metros de altura; um segundo prisma retangular, menor e mais alto que o primeiro, de quatorze por dezesseis metros de base e cinquenta e dois metros de altura; e um cilindro de oito metros de diâmetro e setenta metros de altura.

Por Carlos Eduardo Comas
O Cassino de Niemeyer no lago da Pampulha assenta-se no alto de um promontório. Recepção e jogos ocorrem dentro duma caixa quase quadrada, num salão hipostilo e num mezanino. Danças e espetáculos acontecem no tambor oval sobre colunas, restaurante acima, bar abaixo. O bloco em forma de T à direita da caixa abriga a cozinha, sobre uma doca de carga e duas áreas de serviço.

O complexo é formado por quatro edifícios: 1) o Palácio da Abolição propriamente dito, a residência do governador, implantado transversalmente à longitude do terreno e em área mais próxima ao mar; 2) o Gabinete de Despacho, perpendicular ao primeiro, e conectado a ele através de uma passarela; 3) a Capela, na esquina nordeste do terreno; e 4) o Monumento e Mausoléu do Presidente Castelo Branco, disposto em balanço sobre uma praça escavada que ocupa quase um quarto do terreno.

Remate do Aterro do Flamengo, o edifício apresenta-se como uma barra horizontal configurada a partir de uma retícula ortogonal de pilares de seção circular que se evidenciam em ambas as fachadas maiores: a que configura a superfície voltada à cidade, e a que se volta à pista e à baía da Guanabara.

A Garagem de Barcos é definida por uma cobertura retangular em laje tripartida, com oito apoios dispostos simetricamente nas duas laterais extensas, amparados diretamente nos blocos de fundação sobre muros de arrimo revestidos de pedra. Um pavimento em superior dá continuidade à cota da avenida e um pavimento inferior ocupando 2/3 da área de projeção da cobertura situa-se na cota de nível do lago conformando um embasamento semi-enterrado envolto pelas paredes-arrimo.