Uma plataforma habitável semienterrada, cuja cota superior estaria posicionada a meia altura em relação ao transeunte da Rua Colômbia, abriga boa parte do programa solicitado e pode ser entendida como uma continuação do piso urbano, qual praça semi-elevada e aberta, possibilitando franco acesso às arquibancadas do ginásio coberto; desde o clube, a praça é também mirante, terraço que devolve ao uso comum a área livre e aberta anteriormente existente e agora ocupada pelo ginásio, realizando assim o entendimento corbusiano do teto-jardim como instrumento de recuperação urbana do espaço privativamente ocupado da cidade.
A materialidade do edifício é o tijolo. Ele prevalece sobre todos os outros materiais e configura em grande medida o caráter da casa. A estrutura é em concreto armado. Ele marca a retícula estrutural do edifício e sobressai em elementos de destaque: externamente, as marquises horizontais; e internamente, a escada principal.
O edifício surge ao redor a uma antiga jaqueira. O terreno situa-se na esquina de uma bifurcação e apresenta um leve aclive. Uma rampa curva contorna a esquina e um dos lados, e sobe aos fundos do terreno. É o acesso principal da casa: leva através do mesmo caminho à entrada social da casa e à garagem. O edifício é rodeado pela rampa do automóvel. Do lado oposto, uma escada sinuosa leva à entrada de serviço.
Dois edifícios interceptam-se perpendicularmente: uma barra horizontal de cento e cinco metros de comprimento por vinte e seis metros de largura e doze metros de altura, e uma lâmina vertical de setenta e oito metros de altura, setenta e três metros e cinquenta centímetros de comprimento, e vinte um metros de largura. Ambos edifícios apresentam áreas abertas em pilotis que separam as áreas fechadas do pavimento térreo. Configura-se um T formado por volumes fechados nas três pontas e no ponto de cruzamento separados pelas áreas abertas e fluidas dos pilotis.
Os pilares são quadrados. Medem oitenta e cinco centímetros de lado. Estão dispostos sob uma retícula de dez por dezessete metros: dezoito pilares em três linhas de seis. Sobre eles, uma laje retangular em caixão perdido de cinquenta por cinquenta e oito metros, e um metro e meio de altura, configura a cobertura do edifício.
Destituída de ornamentação e formada por volumes prismáticos brancos, a obra precisou ser ornamentada em seu projeto para obter aprovação junto à prefeitura. Após sua conclusão, foi alegado falta de recursos para completá-la.
A modulação estrutural, em pilares, vigas e lajes de concreto armado, dá unidade visual ao edifício, e permite um jogo de recuos, avances, aberturas e vazios, criando um contraste harmônico entre rigidez e ordem estrutural e liberdade volumétrica, espacial e material. Reforça a presença do edifício em meio à natureza, e deixa que ela adentre seus espaços.
O edifício se divide em três alas: duas laterais e uma central. As alas laterais são similares: formadas por seis abóbadas de berço, independentes entre elas e apoiadas cada uma em quatro pilares perimetrais. A ala central retrocede numa das frentes duas abóbadas, criando um patio de entrada. As fachadas são extremamente homogêneas, segundo o ritmo das abóbadas e seus pilares, e o espaço entre elas.
O arquiteto Aldo van Eyck projeta o Amsterdam Orphanage em 1960. Eyck procura o balanço de forças que crie um lar e uma pequena cidade no subúrbio de Amsterdã.
O edifício surge de uma planta em U que configura uma área central com vistas ao rio Cherwell. Apresenta pilotis e mais quatro pavimentos. Cada um avança ou retrocede em relação ao outro, configurando fachadas escalonadas e inclinadas. O último pavimento é o único de limites ortogonais: para enfatizá-los, seu pé-direito é duplo.
O pequeno porte do futuro edifício, por outro lado, gerou uma oportunidade: a inclusão de uma torre de escritórios. Dois volumes visualmente separados e funcionalmente independentes, embora integrados pela implantação e unificados pela utilização de um elemento estético-funcional moderno: o brise.
O concreto aparente conforma a materialidade do edifício, que ergue-se monumental no entorno aberto e vasto de Chandigarh. A estrutura reticulada ortogonal e homogênea marcam as laterais da obra: brises horizontais e verticais dispostos diagonalmente. Na coberta, cúpulas e volumes de desenhos inusitados geram a forma do edifício, que não é senão uma base para o jogo de objetos sobre ela.