
O concreto aparente marca a estrutura e enquadra os painéis de aço cortén. Com uma dimensão horizontal maior, os painéis levam a uma leitura horizontal do edifício, mesmo com a marcação vertical dos pilares.

O concreto aparente marca a estrutura e enquadra os painéis de aço cortén. Com uma dimensão horizontal maior, os painéis levam a uma leitura horizontal do edifício, mesmo com a marcação vertical dos pilares.
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Um pilar hexagonal central sustenta toda a casa. O nível térreo é livre: um piso circular configura um patio aberto e coberto. A casa desenvolve-se no segundo piso como uma expansão da forma do pilar hexagonal. Surgem ambientes trapezoidais e romboidais. Toda a configuração do edifício surge de um módulo de triângulo equilátero.
O material escolhido para concretizar o projeto foi o alumínio. Leveza física e visual, aptidão à reciclagem, eficiência de montagem são as características que levaram a essa decisão.
O pilar hexagonal central não é apenas o núcleo de sustentação física do edifício. Suas funções são múltiplas: elevador de acesso ao nível superior, caixa d'água, iluminação indireta através de refletores, renovador e climatizador de ar, núcleo de instalações.


O vidro espelhado da fachada reflete os contornos da Catedral de St. Sthepen à sua frente. O edifício procura ser discreto, ainda que com forte presença urbana. A pedra e o vidro marcam essa dualidade.

O edifício ergue-se como uma tenda. Três pontas criam as formas hiperbólicas vindas de uma simples equação matemática. Uma fina casca composta por painéis de concreto pendurados por cabos de aço compõe o revestimento da estrutura, criando uma textura que enfatiza o movimento das formas com as diferentes direções em cada plano.

Pensar uma casa para padres usando exaustivamente as possibilidades do tijolo (paredes, estrutura, tetos). Facilitar condições para uma participação criativa dos operários no canteiro de obras. Revisitar velhas técnicas construtivas buscando novos espaços. Essas foram ideias que nortearam o projeto de Batatais

Retângulos e quadrados saltam da fachada principal. Independentes da estrutura interna, alguns emolduram e protegem grandes panos de vidro, outros simplesmente enquadram as vistas. Os marcos em concreto combinam-se com a natureza ao redor.

Por Sílvia Leão, professora doutora do Departamento de Arquitetura da UFRGS.
Em 1951, o arquiteto carioca Sérgio Bernardes, então com apenas 32 anos de idade, projeta uma residência que se destaca por sua singularidade no panorama arquitetônico brasileiro. Em estrutura e telhas metálicas, muito leves, era vedada por pedra bruta, vidro e tijolo. A cobertura original era em sapê, resultando numa mistura de materiais inusitada para a modernidade arquitetônica da época.

Nos dois percussos que levam à praça do edifício, a perspectiva simétrica é ponto fundamental em suas configurações. Num deles, o espelho d'água, que abriga na sua extremidade uma escultura em arco. No outro, um extenso percurso tem como vista o edifício em toda sua extensão e uma fonte no centro ao fundo.

A Villa Tugendhat foi projetada para um rico e jovem casal judeu Grete & Fritz, de uma família da indústria têxtil de Brno. Interessados em uma habitação espaçosa com formas simples, o conceito de planta livre de Mies era perfeito para o gosto dos Tugendhats, que conheceram em Berlim em 1927, com seu projeto para a Zehlendorf House de Edward Fuchs.

Uma mudança de materiais e de escala marca a transição entre o exterior e interior. Da opacidade metálica exterior à luminosidade e naturalidade da madeira interior. Uma cobertura de acesso e um alto pátio interior fazem a transição. A estrutura de concreto armado aparente, visível por todo o edifício, é o elemento que lhe dá unidade e carácter.

Um ginásio de hóquei de planta retangular simples, com 61 metros de comprimento por 25,9 de largura, tem sua cobertura como ponto característico. É carinhosamente conhecido como a Baleia de Yale (the Yale Whale).