Uma miragem pode referir-se a um fenômeno óptico causado pela refração da luz em determinadas superfícies – em geral, a propagação da luz dá o efeito de liquefazer a superfície –, ou pode ter o sentido de ilusão, algo que aparenta ser algo que não é. Paul Clemence se aproveita dessa dualidade em seu ensaio fotográfico Miragem Moderna, no qual retrata a Casa do Baile (atual Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design), o Museu de Arte e a Igreja da Pampulha através de seus reflexos no espelho d’água do conjunto moderno projetado por Oscar Niemeyer em Belo Horizonte (MG).
Manifesto Workshop Arquitetura na cidade, Divulgação AAP
Workshop Arquitetura na cidade 2021 Pampulha, Belo Horizonte, Brasil
Coordinador: Alberto Collet Colaboradores: Mirian Maia e Felipe Sanquetta
Tema: O atelier coordenado pelo arquiteto italiano Alberto Collet irá desenvolver os conteúdos definidos no programa através de uma intervenção arquitetônica e urbanística de média escala no conjunto urbano da Pampulha, tombado pela Unesco, em 2016, como Patrimônio Cultural da Humanidade. A abordagem propõe uma investigação sobre o processo de requalificação de áreas urbanas, enfatizando a integração entre o edifício e a cidade, principalmente no que diz respeito às possibilidades de conexões alternativas que a presença da Lagoa da Pampulha propicia e que podem contribuir para a
Um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte, a Igreja da Pampulha, projetada por Oscar Niemeyer, recebeu um minucioso trabalho de restauro e será reaberta ao público hoje, dia 4 de outubro. O edifício estava fechado desde junho do ano passado, quando se iniciou a intervenção nas infiltrações, incluindo um complexo trabalho de substituição do forro de madeira da nave central, além de manutenções gerais, como a limpeza e recuperação do revestimento externo das pastilhas cerâmicas, repintura da capela e recuperação dos passeios da calçada portuguesa.
Praça de Serviços da UFMG – vista de um dos acessos às varandas (Loggias). Fonte: Centro de Informação Técnica da UFMG, 2018 / Foto: Junia Mortimer, 2012
Ao tomarmos a arquitetura como a atividade que modifica o sítio natural e o transforma em um ambiente apropriado para o convívio humano – seja com um prédio ou a urbanização de um território – podemos compreender a ação do arquiteto como algo que deve servir às pessoas. Invoca-se, nesse sentido, o conceito histórico do humanismo e do republicanismo – a coisa pública, no latim.
A Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte reabriu o Museu de Arte da Pampulha após interrupção dos projetos e exposições e do Bolsa Pampulha. Desde o dia 16 deste mês, os visitantes podem participar do projeto Museu por Dentro, que oferece uma aproximação à história, arquitetura e acervo do museu, bem como à paisagem que o envolve.
O novo projeto oferece diferentes atividades, como uma visita guiada pelas dependências internas do edifício e a observação por meio de lunetas do Conjunto Moderno da Pampulha, composto pela Igreja São Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube, a Casa Kubitschek e o próprio Museu de Arte.
A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte lançou um edital para receber propostas de ocupação da Casa do Baile, projeto de Oscar Niemeyer na Pampulha. As propostas enviadas pelos interessados devem estar relacionados com as temáticas de arquitetura, urbanismo e design.
Croqui do Conjunto da Pampulha, feito por Oscar Niemeyer. Via CAU/BR
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, ganhou da Organização das Nações Unidas em 2016 o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Essa conquista só foi possível ao trabalho dedicado e meticuloso de arquitetos e urbanistas de várias instituições brasileira, que planejaram uma série de reformas e a gestão do principal ponto turístico da capital mineira.
Dayane Coelho, Isabela Ziviane, Laila Faria, Maria Del Rocio Gonzalez Ferraez, Natália Oliveira, Waleska Campos Rabelo
Ano do projeto
2014
Fotografias
Courtesy of Horizontes Arquitetura e Lucas Silva
Dos arquitetos: No inicio dos anos 40, na primeira metade do século XX, o passeio de Niemeyer e JK pela margem desocupada da lagoa da Pampulha mudaria a imagem de Belo Horizonte, Minas Gerais e do Brasil para sempre. A partir deste encontro Kubitschek concebeu e Niemeyer projetou o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que foi construído em 1942 e em 2016 foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Projetado em 1940 em torno de um lago artificial, o Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte - MG, teve seu dossiê de candidatura a Patrimônio Mundial da UNESCO aprovado. A notícia chegou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nesta semana. O conjunto conta com obras de Oscar Niemeyer, jardins criados por Roberto Burle Marx, painéis de Cândido Portinari e esculturas de Alfredo Ceschiatti.
Olhando para a Casa do Baile não é de todo fundamental referir o nome do autor, pois ele por si próprio emana o seu jeito de fazer arquitetura. A curva é algo que lhe é natural, mas é na forma como se integra e funde com a paisagem que afirmamos determinantemente a identidade do autor.
Implantada numa ilha artificial junto à também artificial lagoa da Pampulha em Belo horizonte (criada para o efeito) a casa foi ligada à avenida Otacílio Negrão de Lima por uma ponte de concreto de cerca de 11 metros. De facto, o concreto é um material muito presente não só neste projecto mas em todo o conjunto de Pampulha.
O estado de Minas Gerais está mais próximo de ter mais um monumento entre a lista de Patrimônio Cultural da Humanidade. O complexo arquitetônico da Pampulha, de Oscar Niemeyer, teve sua candidatura aceita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o que significa que toda a documentação, enviada no final do ano passado pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, foi considerada completa, condição que dá início a outros procedimentos de avaliação.
Segundo a prefeitura da capital mineira, a Unesco enviará, entre os meses de julho e setembro, uma comissão para avaliar o espaço a ser incluído em sua lista, da qual já fazem parte, de Minas Gerais, o centro histórico de Ouro Preto e de Diamantina e o Santuário do Bom Jesus do Matozinhos, em Congonhas.
A proposta do Concurso #008 do Portal Projetar.org é que os estudantes projetem um Infopoint – Central de Informações Turísticas – na Lagoa da Pampulha, destinado a receber com conforto visitantes de todo o mundo.
Oscar Niemeyer nunca foi um erudito, nunca lhe interessou as teorias, os jargões, os clichês. Seu traço torto sempre foi preciso. Sempre levou consigo o peso de suas ideais. Ou, talvez, era somente uma ideia que tinha, simples e inocente: presentear beleza ao mundo. E assim o fez. Presenteou mais de quinhentas obras aos homens de diversas nações, durante seus cento e quatro anos de vida dedicados à arte da arquitetura.
O Cassino de Niemeyer no lago da Pampulha assenta-se no alto de um promontório. Recepção e jogos ocorrem dentro duma caixa quase quadrada, num salão hipostilo e num mezanino. Danças e espetáculos acontecem no tambor oval sobre colunas, restaurante acima, bar abaixo. O bloco em forma de T à direita da caixa abriga a cozinha, sobre uma doca de carga e duas áreas de serviço.