1. ArchDaily
  2. Architecture Classics

Architecture Classics

Clássicos da Arquitetura: Três Terminais Modernos

Vários terminais de transporte foram construídos no Brasil entre as décadas de 1950 e 1970. Muitos optaram pelo concreto armado aparente como materialidade principal do edifício e pelo pilar isolado como elemento escultórico. Entre esses terminais, três se destacam: o Terminal Ferroviário de Ribeirão Preto, inaugurado em 1965, obra de Oswaldo Bratke, o Terminal Rodoviário de Fortaleza, de 1973, projetada por Marrocos Aragão, e o Terminal Rodoviário de Jaú, do mesmo ano, de Vilanova Artigas. Outras características comuns são evidentes: as superfícies reversas nas lajes de cobertura –paraboloides hiperbólicos nas coberturas de Riibeirão Preto e Fortaleza– ou nos pilares –de Jaú–, a superfície contínua da cobertura que se separa do resto do edifício, a iluminação zenital –como rasgos entre os módulos das coberturas de Riibeirão Preto e Fortaleza, ou como aberturas circulares no eixo vertical central dos pilares de Jaú–.

Relembre cada um desses três Clássicos da Arquitetura Moderna Brasileira.

Clássicos da Arquitetura: Estação Ferroviária de Ribeirão Preto / Oswaldo Bratke

Por Ana Carolina Gleria Lima

Trinta e oito módulos de cobertura delimitam o espaço. Um paraboloide hiperbólico de concreto armado cuja projeção quadrada mede dez metros e sessenta centímetros de lado é sustentada por um pilar central, de seção quadrada cujo lado mede quarenta e cinco centímetros. Configuram o módulo de cobertura. Os módulos estão distanciados por um vão de quarenta centímetros, fechado no encontro das laterais por uma chapa de cimento vibrado. A altura livre do pilar é de seis metros; a altura total do módulo é de sete metros e cinquenta centímetros.

Clássicos da Arquitetura: Vila Serra do Navio / Oswaldo Bratke

Clássicos da Arquitetura: Vila Serra do Navio / Oswaldo Bratke - Habitação Coletiva, Fachada, PortaClássicos da Arquitetura: Vila Serra do Navio / Oswaldo Bratke - Habitação Coletiva, Jardim, Porta, Fachada, EscadaClássicos da Arquitetura: Vila Serra do Navio / Oswaldo Bratke - Habitação Coletiva, Fachada, VigaClássicos da Arquitetura: Vila Serra do Navio / Oswaldo Bratke - Habitação Coletiva, FachadaClássicos da Arquitetura: Vila Serra do Navio / Oswaldo Bratke - Mais Imagens+ 18

Por Luis Espallargas

Vila Serra do Navio se estrutura segundo um núcleo linear e distendido que reúne e ordena todas as edificações e atividades de interesse coletivo, além de associar, com áreas verdes urbanizadas, dois afastados setores habitacionais. A concisão parece ter sido alcançada com remanejamento posterior, quando o setor esportivo faz a ligação dos dois grupos de moradia. Em oposição a essa espinha dorsal e estrutural acusada pelo gentil caminho para pedestres, há setores envolventes recortados ora por vias locais, ora por cul-de-sacs que concentram, segundo duas classes funcionais, as categorias residenciais e unifamiliares dos funcionários. O sistema viário, sempre externo, é o escudo, garante o afastamento da floresta e está complementado pela trilha interna de pedestres que cumpre a ligação retilínea e econômica entre setores.

Clássicos da Arquitetura: Cinco Casas dos anos 50

Selecionamos cinco ícones da arquitetura residencial dos anos 1950, cinco Clássicos da Arquitetura Moderna Brasileira. No ano de 1951 coincide a construção de três das cinco casas: a Residência no Morumbi, de Oswaldo Bratke, a Residência Lota de Macedo Soares, de Sérgio Bernardes, e a Casa de Vidro, de Lina Bo Bardi. Em 1954, Oscar Niemeyer finaliza sua Casa das Canoas. E em 1959, Rino Levi inaugura a Residência Castor Delgado Perez.

Relembre a seguir cada um dos Clássicos.

Clássicos da Arquitetura: Edifício Acal / Pedro Paulo de Melo Saraiva

Por Michelle Schneider Santos

O edifício tem dupla fachada: a oculta e a exposta. A fachada oculta é composta de quatro faces de vidro, tipo cortina, com caixilharia em alumínio. O distanciamento entre montantes é de um metro e trinta e dois centímetros. A fachada exposta é de concreto aparente, composta por sete módulos simétricos de dois metros e sessenta e cinco centímetros de largura e igual altura, no sentido horizontal, e doze módulos idênticos no sentido vertical. Cada face tem dezoito metros e setenta e cinco centímetros de largura e trinta e dois metros de altura, a partir do primeiro pavimento. Os módulos de concreto possuem duas barras diagonais, que resultam em um X inscrito em um quadrado, para o travamento estrutural, conformando uma grelha com o total de oitenta e quatro unidades em cada fachada. Trata-se de quatro planos suspensos com treliças tubulares, distantes sessenta centímetros do plano interno de vidro e sem intersecção nas arestas.

Clássicos da Arquitetura: Clube XV / Francisco Petracco e Pedro Paulo de Melo Saraiva

Memoria Descritivo para o Concurso

I. O Problema

1. A cidade: Santos, em função de sua litorânea, tem a peculiaridade de dispensar ao seu principal clube a necessidade de grandes áreas livres para recreação e esporte, que são normalmente praticados nas praias.

Rodoviária de Jaú, a doze mãos

Durante o II Workshop ArchDaily Brasil, realizamos um texto a doze mãos sobre a Rodoviária de Jaú, Clássico da Arquitetura de Vilanova Artigas. Um texto criado em voz alta a partir da observação de doze arquitetos a um único detalhe: o encontro das vigas com o pilar. Em seguida, os participantes aprofundaram a observação através de novos textos complementares e novos desenhos.

Os resultados desse experimento você lê a seguir.

Clássicos da Arquitetura: Ginásio de Guarulhos / Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi

Clássicos da Arquitetura: Ginásio de Guarulhos / Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi - Escolas, PilarClássicos da Arquitetura: Ginásio de Guarulhos / Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi - Escolas, Fachada, EscadaClássicos da Arquitetura: Ginásio de Guarulhos / Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi - Escolas, Corrimão, Escada, BancoClássicos da Arquitetura: Ginásio de Guarulhos / Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi - Escolas, FachadaClássicos da Arquitetura: Ginásio de Guarulhos / Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi - Mais Imagens+ 11

Por Jamile Weizenmann

O edifício é formado por um volume único retangular organizado por uma malha regular cujo módulo é um quadrado de nove metros de lado. Na sua totalidade possui treze módulos no sentido longitudinal e quatro módulos no sentido transversal.

Clássicos da Arquitetura: Caraíba / Joaquim Guedes

Clássicos da Arquitetura: Caraíba / Joaquim Guedes - Plano Diretor, Urbano, CostaClássicos da Arquitetura: Caraíba / Joaquim Guedes - Plano Diretor, Fachada, Porta, ArcadaClássicos da Arquitetura: Caraíba / Joaquim Guedes - Plano Diretor, Fachada, PortaClássicos da Arquitetura: Caraíba / Joaquim Guedes - Plano Diretor, FachadaClássicos da Arquitetura: Caraíba / Joaquim Guedes - Mais Imagens+ 38

Por Rogério Quintanilha

A cidade está organizada a partir de um sistema de seis pequenas praças setoriais localizadas junto a pré-escolas ou parques infantis, e seis praças centrais distribuídas em uma malha ortogonal que define quadras retangulares de duzentos e setenta e seis metros por sessenta metros.

Clássicos da Arquitetura: Fórum de Itapira / Joaquim Guedes

Os dois volumes paralelos distam seis metros entre si. Estão separados por um jardim central descoberto e unidos em uma de suas extremidades por uma escada fechada. Suas paredes externas são feitas de tijolo maciço e apenas pintadas de branco. Os elementos estruturais e algumas superfícies diferenciadas deixam à vista o concreto armado e as marcas de suas fôrmas.

Clássicos da Arquitetura: Residência Cunha Lima / Joaquim Guedes

Clássicos da Arquitetura: Residência Cunha Lima / Joaquim Guedes - Casas, Fachada, BalcãoClássicos da Arquitetura: Residência Cunha Lima / Joaquim Guedes - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Residência Cunha Lima / Joaquim Guedes - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Residência Cunha Lima / Joaquim Guedes - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Residência Cunha Lima / Joaquim Guedes - Mais Imagens+ 30

Quatro pilares quadrados definem a estrutura do edifício em concreto armado aparente. Seus lados medem trinta centímetros. Estão dispostos de tal modo que formam com suas faces externas um retângulo cujos lados medem quatro metros, e quatro metros e dez centímetros. Este é o centro do edifício. A partir dele, quatro vigas ortogonais apoiadas em cada par de pilares, cuja largura e altura livre também medem trinta centímetros, avançam aos quatro lados, ampliando o perímetro do edifício. Sob estas regras se desenvolvem as três lajes que definem os quatro pavimentos do edifício.

Clássicos da Arquitetura: Residência Castor Delgado Perez / Rino Levi

Clássicos da Arquitetura: Residência Castor Delgado Perez / Rino Levi - Casas, Cozinha, Porta, Pia, BancadaClássicos da Arquitetura: Residência Castor Delgado Perez / Rino Levi - Casas, Fachada, CadeiraClássicos da Arquitetura: Residência Castor Delgado Perez / Rino Levi - Casas, Fachada, Porta, CadeiraClássicos da Arquitetura: Residência Castor Delgado Perez / Rino Levi - Casas, Fachada, PortaClássicos da Arquitetura: Residência Castor Delgado Perez / Rino Levi - Mais Imagens+ 10

Por Ana Elísia da Costa

A casa ocupa um lote de meio de quadra, estreito e comprido.  A partir do recuo frontal, são dispostos três volumes: na parte frontal do lote, um pequeno bloco sobre pilotis, que abriga a garagem e as dependências de empregada; ao centro, um grande prisma retangular, com pequenos recuos laterais, que organiza o corpo principal da casa; e, na parte posterior do lote, uma edícula, que absorve a irregularidade geométrica do terreno e acomoda dependências de hóspedes e salão de festas. A volumetria resultante do conjunto é pura e ganha expressão através da contraposição entre a horizontalidade do prisma principal e a verticalidade do volume sobre pilotis.

Três Pavilhões de Sérgio Bernardes

Sérgio Bernardes, arquiteto inquieto, de traço fino e primoroso, sempre preocupado com a geometria, os materiais e o processo construtivo, projetou e construiu vários pavilhões durante sua vida. Deixamos aos nossos leitores uma revisita aos três pavilhões que já publicamos, uma singular sequência da Arquitetura Moderna Brasileira na década de 1950: o Pavilhão de Volta Redonda em São Paulo, de 1954, o Pavilhão de São Cristóvão no Rio de Janeiro, de 1957, e o Pavilhão Brasileiro da Feira Internacional de Bruxelas, de 1958.

Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de São Cristóvão / Sérgio Bernardes

Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de São Cristóvão / Sérgio Bernardes - Arquitetura Cultural, UrbanoClássicos da Arquitetura: Pavilhão de São Cristóvão / Sérgio Bernardes - Arquitetura CulturalClássicos da Arquitetura: Pavilhão de São Cristóvão / Sérgio Bernardes - Arquitetura CulturalClássicos da Arquitetura: Pavilhão de São Cristóvão / Sérgio Bernardes - Arquitetura Cultural, Fachada, UrbanoClássicos da Arquitetura: Pavilhão de São Cristóvão / Sérgio Bernardes - Mais Imagens+ 12

Clássicos da Arquitetura: Planetário de Brasília / Sérgio Bernardes

Clássicos da Arquitetura: Planetário de Brasília / Sérgio Bernardes - Planetário, Fachada, Porta, Corrimão, Iluminação, CadeiraClássicos da Arquitetura: Planetário de Brasília / Sérgio Bernardes - Planetário, FachadaClássicos da Arquitetura: Planetário de Brasília / Sérgio Bernardes - Planetário, CadeiraClássicos da Arquitetura: Planetário de Brasília / Sérgio Bernardes - Planetário, ArcoClássicos da Arquitetura: Planetário de Brasília / Sérgio Bernardes - Mais Imagens+ 34

Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Volta Redonda / Sérgio Bernardes

Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Volta Redonda / Sérgio Bernardes - Pavilhão Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Volta Redonda / Sérgio Bernardes - Pavilhão Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Volta Redonda / Sérgio Bernardes - Pavilhão Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Volta Redonda / Sérgio Bernardes - Pavilhão Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Volta Redonda / Sérgio Bernardes - Mais Imagens+ 9

Duas pontes arqueadas idênticas e paralelas definem a base estrutural e os elementos de acesso ao edifício. Distam dez metros entre si e vencem um vão de trinta metros, com uma flecha ascendente de três metros e meio, através de duas vigas metálicas perimetrais paralelas de trinta centímetros de altura, distanciadas quatro metros e meio. O distanciamento entre as pontes e o vão vencido por elas definem o piso retangular do edifício, cujas vigas longitudinais, também metálicas de trinta centímetros de altura, se apoiam sobre as vigas internas das pontes, diretamente em seu centro e configurando treliças nas laterais.

As Três Casas Modernistas de Warchavchik

Em três anos consecutivos, a finais da década de 1920, Gregori Warchavchik constrói seus três manifestos arquitetônicos, e mais que isso, as primeiras obras de Arquitetura Moderna construídas no Brasil, as denominadas Casas Modernistas: a Casa Modernista da Rua Santa Cruz, de 1928, construída para ser sua própria residência; a Casa Modernista da Rua Itápolis, de 1929; e a Casa Modernista da Rua Bahia, de 1930. Definiram em seu momento um novo caminho a seguir pela Arquitetura nacional, e mantêm até os dias atuais um caráter contemporâneo. As três obras são reconhecidas como patrimônio histórico pelo IPHAN.

Reveja os posts que preparamos para cada Casa Modernista.

Clássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik

Clássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Casas, Banheiro, Porta, Pia, BancadaClássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Mais Imagens+ 22

Dois blocos prismáticos justapostos lateralmente através de uma parede comum elevam-se sobre um declive de onze metros. Deslocam-se entre si e definem alturas diferentes. O mais alto deles ultrapassa um pavimento em relação ao outro. Mede cinco metros e vinte centímetros por dez metros e quarenta centímetros, e incorpora um volume prismático secundário, alinhado à sua face frontal, ampliando-a dois metros e dez centímetros. Configura-se um volume opaco, branco, de poucas e pequenas aberturas laterais distribuídas com pouca regularidade. Uma abertura única marca a fachada da rua: uma seteira translúcida de nove metros de altura por um metro e vinte centímetros de largura atravessa os três pavimentos iluminando o percurso da escada interna.