Ao edifício entra-se pelo lado do sol. Uma marquise quadrada cujo lado mede vinte e um metros sombreia o acesso principal e as vias de embarque e desembarque. A fachada frontal noroeste, a mais extensa, e as fachadas laterais sudoeste e nordeste configuram-se como um muro espesso de seção trapezoidal, marcado por reentrâncias, nichos, e pequenas aberturas recuadas. Incorporam recintos de serviço em seu interior de modo a ampliar sua espessura, e assim sua inércia térmica. Formam um U, ou um grampo, que circunda e encerra o interior do edifício.
O edifício caracteriza-se por um volume de concreto aparente com vinte e cinco metros de altura e planta triangular com lado de cinquenta metros de comprimento, sustentado por três pilares que nascem com uma seção trapezoidal e se abrem plasticamente na forma de V para criar dois pontos de apoio. As partes internas dos pilares servem de ligação e suporte para a torre metálica, composta por uma pirâmide de base hexagonal variável e altura de cento e noventa e dois metros, completando os duzentos e dezessete metros totais do projeto.
Obra cujo projeto foi aprovado no mesmo ano do concurso do Plano Piloto de Brasilia, e concluída quando a nova capital se consolidava, a sede do Jockey Club Brasileiro (1956-72) é um curioso contraponto ao Ministério da Educação assinado pelo mesmo autor (e equipe) a duas quadras e uns quinze anos antes (1936-45). Tanto o Ministério quanto o Jockey ocupam toda uma quadra na mesma Esplanada do Castelo. Mas o Ministério abriga uma instituição pública, e constitui uma exceção à legislação dominante, que impõe o quarteirão fechado, construído no perímetro com um ou dois pátio centrais. Com um partido em T, o Ministério resulta num quarteirão quase aberto, singular e por isso mesmo memorável, monumental. Abrigo de instituição privada e necessitada de renda, o Jockey é uma variante do quarteirão fechado padrão, com o pátio central ocupado por uma garagem em altura para 785 carros.
Por Letícia de Oliveira Neves O edifício é composto por dois blocos, um principal e um anexo, que possuem cota única de implantação. A ligação entre os diversos ambientes fechados se dá por pátio e corredores cobertos, tudo organizado embaixo de uma cobertura única, em concreto, que é dividida em módulos e dá suporte estrutural ao conjunto. Dentro do edifício principal há um jardim interno, que ocupa o espaço de dois módulos.
O edifício permanece inteiramente suspenso cinco metros acima do solo. Engasta-se em duas torres laterais idênticas, de onde partem tirantes que colaboram na estabilidade do edifício, que se desenvolve em balanços simétricos de volumes invertidos.
O conjunto de secretarias é composto por cinco edifícios construídos segundo os mesmos princípios construtivos, aspectos materiais, espaciais, e elementos formais: pré-fabricação e modulação; concreto aparente, fechamentos em vidro, e detalhes metálicos; volume elevado do solo, com traçado sinuoso; e caixas vazadas sobrepostas e escalonadas. A diferença entre eles está basicamente no traçado e extensão da planta, na disposição das caixas externas, e na cor dos elementos metálicos.
O conjunto edificado está dividido em três volumes principais distintos. O primeiro é predominantemente horizontal e acompanha o traçado irregular do terreno: a oficina. O segundo volume é vertical: uma torre de escritórios com cinco pavimentos. Os dois volumes estão conectados por meio de corredor externo protegido por uma cobertura plana em concreto. O terceiro volume abriga o posto de gasolina.
Hoje seria o 83º aniversário de João Filgueiras Lima, o Lelé. Para celebrar, inauguramos hoje com o Hospital de Taguatinga nossa seção dos Clássicos da Arquitetura de 2015 com uma série de projetos do arquiteto, que serão apresentados nas próximas semanas.
Após a publicação do Jóquei Clube de Goiás, com três fotos de sua autoria, o fotógrafo Lucas Jordano gentilmente resolveu voltar ao Jóquei e nos enviar um novo levantamento fotográfico. Confira as novas imagens.
Em 07 de maio de 2014 o arquiteto baiano Diógenes Rebouças, muito influente entre o final dos anos 1940 e o início dos anos 1960,completaria 100 anos. Para celebrar essa data tão importante, resolvemos apresentar a Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAUFBA), confira.
O edifício é constituído por um conjunto de cilindros em argamassa armada que abrigam um restaurante. O terreno no qual está implantado é um polígono irregular muito próximo a um triângulo retângulo com catetos medindo dezoito metros e quarenta centímetros, e quatorze metros e setenta centímetros, e hipotenusa de vinte e três metros e cinqüenta e cinco centímetros.
https://www.archdaily.com.br/br/758645/classicos-da-arquitetura-ladeira-da-misericordia-lina-bo-bardiCamila Dias
Hoje celebraríamos o 100º aniversário de Lina Bo Bardi. Para comemorar, selecionamos quatro clássicos da arquiteta ítalo-brasileira já publicados pelo ArchDaily Brasil.
O Pavilhão dos Produtores é o maior e principal edifício do conjunto. O edifício é formado por uma repetição contínua de um mesmo elemento: uma abóbada de tijolo armado com dupla curvatura. São quarenta e uma abóbadas intercaladas por aberturas de iluminação.
Os edifícios são grandes blocos longitudinais que apresentam continuidade nos espaços, e são organizados de acordo com a modulação interna do edifício seguindo a regularidade do volume externo. O acesso aos ambientes é facilitado pela presença de circulações horizontais externas, que também reúnem a circulação vertical, e protegem os ambientes contra a incidência solar e intempéries.