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Desenho Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia

Detroit: mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade [III parte]

Com este terceiro artigo finalizamos a série de postagens, “Detroit: Mais leve, mais rápido, mais barato, a regeneração de uma cidade”. Para ler as postagens anteriores clique nos seguintes links: Parte I e a Parte II

O futuro da cidade de Detroit: a criação de uma estrutura conceitual para a Regeneração LQC (Lighter, Quicly, Cheaper / mais leve, mais rápido e mais barato)

Detroit tem trabalhado duro na construção de uma estrutura conceitual que sirva de base para a revitalização da cidade. O projeto “Detroit Future” influenciou o Plano Diretor de Detroit Future City (DFC) no início de 2013, originando a partir disso um documento forte, íntegro e inovador, destinado a servir de guia para a remodelagem da cidade nos próximos 50 anos. Também se converteu na base conceitual na qual está se erguendo um importante esforço de Placemaking em toda a cidade.

Detroit: Mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade [II parte]

A primeira parte de “Detroit: Mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade” pode ser lida aqui.

O foco nas atividades e nos usos do espaço público são as estratégias que atraem habitantes de toda a região de Detroit ao centro da cidade. Segundo Gregory, mais de um bilhão de dólares investidos no setor imobiliário tem reflutuado a área ao redor do Campo de Marte em menos de uma década. E Gregory, que iniciou sua carreira trabalhando no entorno empresarial da indústria automobilística na cidade de General Motors antes de unir-se ao DDP, é rápido em apontar que o Parque do Campo de Marte foi o resultado do investimento privado com consciência cívica, um presente para a cidade no aniversário de seus 300 anos, este sim, diretamente ligado à construção do novo edifício da sede de Compuware, quando a empresa de tecnologia decidiu se mudar para o centro.

12 ideias para fazer das cidades lugares mais adequados para crianças

O caminho entre a casa e a escola é um dos primeiros contatos das crianças com sua cidade. Dependendo de como o fazem - a pé, de carro, de bicicleta ou em algum transporte público - altera o que sabem de seu entorno e como o vêem, como mostrou um estudo feito pela Universidade de Aarhus (Dinamarca). A pesquisa demonstrou que uma criança que vai ao colégio a pé ou de bicicleta sabe mais de seu bairro e tem níveis de concentração mais elevados durante as quatro horas seguintes em comparação com outras crianças que vão de carro.

Vídeo “Kapital Creation”: um questionamento à urbanização na China

Pequim é uma cidade de costumes e tradições de centenas (se não milhares) de anos, porém, nas últimas décadas a capital chinesa vem sendo a protagonista de um acelerado processo de urbanização questionado em muitas frentes. Embora alguns apoiem as transformações culturais que tem ocorrido como resultado da urbanização, outros não estão de acordo com a perda da parte antiga da cidade e de seus espaços verdes.

Como trazer à vida os lugares abandonados da cidade?

Costuma-se chamá-los de "lotes vagos". Aparentemente, em todos os lugares do mundo as pessoas e diferentes grupos tentam dar vida a estes espaços que, por fins comerciais ou legais, não possuem um uso formal.

Recentemente nossos parceiros da PPS publicaram um artigo que relata diversas ações nestes locais. Veja abaixo estas experiências.

“Inter-Active Dwellings” em Bogotá: construindo bairros baseados em redes sociais

A forma em que nos relacionamos nas nossas cidades tem sido modificada pela Internet, fazendo com que muitas vezes nos comuniquemos mais através desse meio do que pessoalmente. Com base nisso, o arquiteto italiano Paolo Francesco Ronchi desenvolveu seu projeto “Surfing Architecture 2.0” que busca entender como seria possível construir novos espaços que sigam as condições operativas da Internet e que consigam induzir as pessoas a se relacionarem cara a cara.

Uma das propostas incluída no projeto é o sistema de residências Inter-Active Dwelling que foi projetado para a parte leste de Bogotá (Colômbia). Como esse setor é caracterizado pela sua fragmentação urbana, a idéia é que as residências misturem espaços públicos, privados e divididos, como ocorre nas redes sociais da Internet, criando, assim, comunidades mais integradas.

Mais detalhes desse projeto, a seguir.

E se construíssemos nossas cidades em torno dos lugares?

O arquiteto e autor Christopher Alexander cunhou uma frase The Timeless Way of Building”, “A Maneira Atemporal de Construir” que afeta estes anseios comuns e como as pessoas os tem utilizado de forma intuitiva para construir lugares agradáveis para viver. O processo de construção das cidades de hoje se tornou tão institucionalizado, que as pessoas raramente têm a opção de usar sua intuição e suas ideias nos projetos. Em PPS, acreditamos que dessa maneira atemporal os edifícios e os espaços podem ser revitalizados, e oferecemos uma forma de senso comum para fazê-lo: através da capacitação das pessoas para iniciar melhorias no lugar que habitam. Estes pequenos passos para animar as ruas, os parques e outros espaços públicos são os blocos da construção de uma cidade próspera.

 Esta é a ideia da Gran Iniciativa de Ciudades de PPS. A vitalidade de qualquer cidade depende da ação dos cidadãos, como os grupos de vizinhos que reclamam por seus parques locais, as ruas comerciais e tantas outras questões que acontecem na cidade. Muitas vezes as comunidades precisam apenas de um pequeno empurrão na direção correta para colocar este processo de revitalização em movimento. E em pouco tempo, todo o bairro pode ser objeto de uma mudança de tendência, com os habitantes tendo conforto e orgulho de seus espaços públicos.

MAD prevê cidades chinesas mais "naturais" no futuro

Ma Yansong do estúdio MAD apresentou recentemente uma proposta urbana de 600 mil m² para a cidade de Nanjing intitulada "Shanshui Experiment Complex", na 2013 Bi-City Biennale of Urbanism / Architecture em Shenzhen, China. O conceito considera a cultura, a natureza e a história de Nanjing, ao passo que reconsidera a metodologia com a qual as cidades chinesas vem sendo construídas.

Anunciados os vencedores do Urban Living Award

Foram anunciados os vencedores do Urban Living Awards 2013, um esforço conjunto entre o Departamento de Desenvolvimento Urbano e o Deutsche Wohnen AG.

A competição tem como objetivo inspirar arquitetos para melhorar a qualidade de vida urbana através do design e, ao mesmo tempo, estimular a cooperação urbana. Embora tenha sido fundada há pouco tempo (2010), já se tornou uma das competições mais respeitadas do mundo. De fato, as 240 inscrições em 2013 vieram de mais de 20 países europeus - um enorme crescimento em relação aos anos anteriores.

Saiba mais sobre os vencedores...

O espaço público, esse protagonista da cidade.

O que é o Espaço Público? 

O Espaço Público é o lugar da cidade de propriedade e domínio da administração pública, o qual responsabiliza ao Estado com seu cuidado e garantia do direito universal da cidadania e a seu uso e usufruto. 

O plano de Hamburgo para eliminar o uso do automóvel nos próximos 20 anos

Cerca de 40% da área de Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha, é coberta com áreas verdes, como cemitérios, centros esportivos, jardins, parques e praças. Para uni-los em conjunto com passeios e ciclovias, a cidade lançou o plano Rede Verde, que tem como objetivo eliminar a necessidade de automóveis para o deslocamento das pessoas nos próximos 20 anos.

Pela localização dos espaços verdes na cidade, o projeto seria o primeiro a conectar essas áreas que não estão no centro da cidade e que, segundo Angelika Fritsch, ajudaria na "criação de um sistema integrado."

Mais detalhes a seguir.

Guia de desenho urbano de ruas: Uma nova proposta pensada nas pessoas

Dezesseis cidades estadunidenses estão agrupadas no NACTO, uma organização que busca melhorar o transporte, público ou privado, e o desenho das ruas para que estas se foquem nas necessidades reais das pessoas.

Para conseguir isso, acabam de lançar o “Guia de Desenho Urbano de Ruas”, um documento que apresenta ferramentas e técnicas para fazer cidades com ruas mais habitáveis, seguras e mais atrativas em termos comerciais. Por isso, o guia funciona como um roteiro para que outras cidades possam implementar estratégias que já tem dado certo.

O guia trata de seis temas: Ruas, Intersecções, Elementos de Desenho de Ruas, Elementos de Desenho de Intersecções, Estratégias de Desenho Provisórias e Controles de Desenho:

Desenho ativo: fazendo a experiência da calçada

O departamento de Planejamento da Cidade de Nova York publicou recentemente dois documentos sobre o desenho ativo nas calçadas e outras vias. Ambos apresentam a obra não a partir daqueles que a constroem, mas aqueles que realmente a utilizam. É centrado no ponto de vista do pedestre, ou seja, se priorizou a pessoa que habita e experimenta a calçada. Em “Desenho Ativo: Fazendo a experiência da calçada”, foi utilizado o marco conceitual da “sala de calçada” para lidar com a complexidade das políticas urbanas, os usuários e a forma física da configuração da experiência dos pedestres neste espaço público.

Diller Scofidio + Renfro vence competição Zaryadye Park

O Instituto Strelka anunciou o resultado da competição internacional para o Zaryadye Park, primeiro parque construído em Moscou nos últimos 50 anos. O escritório vencedor é Diller Scofidio + Renfro.

O consórcio liderado pelo estúdio novaiorquino venceu uma impressionante lista de finalistas. TPO Reserve, da Rússia, ficou com o segundo lugar, e o escritório holandês MVRDV em terceiro.

Zaryadye Park, 13 acres de terra a apenas um minuto de caminhada do Kremlin e da Praça Vermelha, deverá "projetar uma nova imagem de Moscou e da Rússia para o mundo". Veja a proposta vencedora de Diller Scofidio + Renfro para o mais novo espaço público de Moscou, a seguir...

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"A Country of Cities": um manifesto para uma América urbana

A Escola de Arquitetura, Planejamento e Preservação da Universidade de Columbia (GSAPP) abrigou recentemente o tão esperado evento que recebeu acadêmicos e profissionais respeitados da arquitetura e do mercado imobiliário. Vishaan Chakrabarti, sócio do escritório SHoP Architects e diretor do Center for Urban Real Estate de Colúmbia, palestrou sobre seu novo livro A Country of Cities: A Manifesto for an Urban America (Um País de Cidades: Um Manifesto para uma América Urbana).

Após vinte minutos de palestra, uma lista de reconhecidos arquitetos e historiadores - que inclui Kenneth Frampton, Gwendolyn Wright, Bernard Tschumi, Laurie Hawkinson e Reinhold Martin - discutiram o trabalho de Chakrabarti.

Avaliação comparativa de trafegabilidade em cidades globais

Vivemos em um mundo que se urbaniza a uma taxa surpreendente: há 100 anos, somente 20% das pessoas vivia na cidade, em 2010, mais da metade da população mundial vivia em áreas urbanas, e para 2050, espera-se que a cifra aumente para 70%. Conforme estas megacidades se tornam mais densas e superlotadas, seus sistemas de transporte lutam para enfrentar a enorme quantidade de pessoas se deslocando. Por isso, muitas cidades ao redor do mundo estão começando a despertar para o fato de que precisarão ser transitáveis e incentivar o uso da bicicleta, para simplesmente poder funcionar no futuro..

Mais detalhes a seguir.

Como trazer as cidades-fantasma da China de volta à vida

Neste artigo, publicado originalmente no blog Point of View da revista Metropolis como "The Real Problem with China's Ghost Towns", o autor Peter Calthorpe explica os problemas dessas cidades, prevê o seu futuro sombrio e explora como o planejamento cuidadoso por trás da cidade de Chenggong poderia oferecer uma alternativa mais sustentável.

Nós todos vimos os relatórios sobre a evolução das “cidades-fantasma” na China, mostrando áreas imensas de arranhas céus e shopping centers vazios. Estas cidades estéreis parecem particularmente irônicas em um país onde planeja-se mover 250 milhões de pessoas do campo para as cidades nos próximos 20 anos. Mas essa demanda massiva e sem precedentes foi distorcida por uma série de fatores exclusivos da China. Incentivos financeiros falhos para as cidades e empreendedores, juntamente com a pobre oferta de serviços, comodidades e postos de trabalho cria a maioria dos problemas. Além disso, a classe média emergente chinesa está muito confortável (talvez demasiadamente) investindo no mercado imobiliário. Muitas vezes compram apartamentos em bairros incompletos, mas esperam para se mudar, com a esperança de que os valores subam. O resultado é uma sequência de grandes empreendimentos que permanecem como investimentos especulativos vazios, em vez de habitações e comunidades reais. Estes edifícios são uma preocupação atual, mas os problemas reais podem aparecer quando estes estiverem habitados.

Embora seja difícil obter dados sobre os níveis de vacância na China, há certamente muitos exemplos anedóticos em todo o país. Um exemplo bastante típico é Chenggong, a nova cidade planejada para 1,5 milhão de pessoas nos arredores de Kunming, no oeste do país. Esta cidade recém-construída ostenta a crescente Universidade de Yunnan, atualmente com 170 mil alunos e professores, um novo centro do governo, e uma indústria leve emergente. Ainda em construção estão a nova estação ferroviária de alta velocidade da cidade e duas linhas de metrô que conectam o centro histórico da cidade.

Como ser um cidadão "placemaker": pensar mais leve, mais rápido e mais econômico

Imagine viver em um lugar verdadeiramente vivo: um bairro alegre, dos sonhos! Imagine-se nas ruas, na praça local, na orla ou no mercado público. Pense nas cores, nas panorâmicas, nos odores, nos sons. Imagine as crianças brincando, a atividade no exterior das lojas e dos espaços de trabalho, vendedores de comida, eventos culturais locais e festivais ao ar livre. Pare um minuto, agora mesmo, feche os olhos e realmente imagine.

E agora a pergunta: nesta visão, o que você vem fazendo para colaborar com esta comunidade?