Espera-se que as cidades africanas tenham um aumento significativo da população nos próximos 30 anos. De acordo com as projeções das Nações Unidas, essas cidades receberão mais 900 milhões de habitantes até 2050. Essa mudança demográfica criará oportunidades e desafios que remodelarão a natureza e a estrutura dessas cidades. Esses desafios incluem a necessidade de crescimento econômico, aumento da demanda por habitação e infraestrutura e o desenvolvimento de sistemas de transporte complementares. Até agora, a maioria das cidades africanas respondeu a esse rápido crescimento populacional com padrões de crescimento horizontal que expandem as periferias da cidade, aumentam a fragmentação social e, por fim, levam a uma maior dependência do carro.
Projetado pela URB, a LOOP é uma rodovia de 93 quilômetros de extensão que visa incentivar os moradores de Dubai a optar por um meio de transporte saudável. A estrutura oferece um ambiente climatizado durante todo o ano para fazer da caminhada ou da bicicleta o meio de transporte preferido na cidade. A iniciativa está alinhada com a iniciativa de tornar Dubai uma "cidade de 20 minutos", que espera que 80% dos moradores de Dubai se desloquem para o trabalho a pé ou de bicicleta. O projeto está atualmente em fase de pesquisa e desenvolvimento.
De smartphones a foguetes espaciais e carros autônomos, o poder da tecnologia nesta era digital moderna é enorme (e praticamente ilimitado). Isso impactou todos os aspectos de nossas vidas e continuará a abrir possibilidades que hoje não podemos nem vislumbrar. Quando aplicada de maneira social e ambientalmente responsável, a tecnologia tem o poder de melhorar a produtividade, a comunicação e a sustentabilidade, permitindo que as comunidades globais funcionem com eficiência, atendendo às necessidades cotidianas das pessoas e melhorando sua qualidade de vida. Simplificando, a boa tecnologia serve para a humanidade. E, assim como as indústrias de saúde ou manufatura aproveitaram isso, o mundo da arquitetura, design e construção não pode ficar para trás.
Como resposta a desafios globais como mudanças climáticas, discriminação e vulnerabilidade física, designers e engenheiros de todo o mundo desenvolveram materiais de construção inovadores que colocam o bem-estar humano em primeiro lugar em projetos urbanos, de arquitetura e de interiores.
Paris vem estampando manchetes há anos com suas diretrizes agressivas para melhorias urbanas anti-carro e pró-pedestre. Diante do aumento da poluição do ar e em uma tentativa de recuperar as ruas para meios alternativos de deslocamento, conforme descrito em seu plano para uma cidade de 15 minutos, a capital francesa é vista como líder em estratégias urbanas do futuro. Recentemente, o departamento de transportes fixou um prazo para as elevadas metas de eliminar o tráfego de suas ruas. Dentro de apenas dois anos, a tempo de a capital francesa sediar os Jogos Olímpicos, Paris planeja proibir o tráfego não essencial no centro da cidade, eliminando efetivamente cerca de 50% da mobilidade veicular. O que diz o plano? E como outras cidades poderiam utilizar esta estratégia para solucionar suas próprias questões urbanas?
Enquanto a cidade continua a evoluir e se transformar, cantos mortos na paisagem urbana começam a emergir, reduzindo, em consequência, os níveis de atividades no nosso ambiente construído. Essas "zonas mortas" se referem a áreas onde falta engajamento ativo, elas permanecem vazias e privadas de pessoas, já que não se mostram mais úteis ou atraentes. Enquanto a pandemia de Covid-19 se aproxima do fim, a primeira questão que podemos enfrentar após a pandemia é a retomada do nosso ambiente urbano. Um sopro de vida em uma paisagem urbana cansada e desatualizada...
O elemento focal na criação de um ambiente urbano ativo e saudável é o aumentar a vitalidade através da ocupação e criação de espaços. Criar lugares diversos e interessantes para morar, florescer, e trabalhar. Aqui estão cinco estratégias regenerativas que animam a paisagem urbana e produzem ambientes resilientes, atraentes e flexíveis.
Ao longo do último século, os carros foram o elemento dominante no planejamento de cidades e municípios. Pistas para veículos, expansão de faixas, estacionamentos e garagens foram sendo criados e usados enquanto continuamos nossa dependência pesada em carros, deixando os planejadores urbanos com a tarefa de desenvolver maneiras criativas para tornar as ruas mais seguras para ciclistas e pedestres. Mas muitas cidades, especialmente algumas na Europa, se tornaram exemplos de ideologias progressistas sobre como projetar novos espaços para nos tornarmos livres dos carros e repensar as ruas para torná-las mais amigáveis aos pedestres. Será que já estamos experimentando a morte lenta dos automóveis pelo mundo e favorecendo os que preferem caminhar ou andar de bicicleta? E se sim, como isso pode ser feito em uma escala ainda maior?
A bicicleta não é mais utilizada apenas para esportes ou atividades recreativas. Cada vez mais, as pessoas optam por ela como principal meio de transporte.
A arquitetura cumpre um papel fundamental no incentivo do uso da bicicleta, já que uma cidade equipada com ciclovias seguras, bicicletário e áreas livres para lazer inspira as pessoas a deixarem seus automóveis.
Um estudo publicado recentemente pelo Institute for Transportation and Development Policy (ITDP) revela quais são as melhores cidades do mundo para quem não quer usar o carro para encontrar serviços básicos como escolas e centros de saúde, além ter acesso a pé para outras facilidades.
Entre as cidades mais indicadas para pedestres estão Londres, Paris, Hong Kong e Bogotá. Mais de mil cidades foram avaliadas de acordo com o acesso que oferecem a quem precisa encontrar produtos e serviços sem depender de outros meios de transporte, a não ser os próprios pés. Segundo o relatório, as cidades americanas estão entre as menos adequadas aos pedestres, com a sua expansão urbana.
O 2 Finsbury Avenue, primeiro projeto do escritório 3XN no Reino Unido, desenvolvido em parceria com o GXN, consiste em um complexo arquitetônico composto por um embasamento de 12 pavimentos e duas torres – a East Tower com 35 pavimentose a West Tower com 20. O projeto será construído no bairro de Broadgate, próximo à movimentada estação intermodal Liverpool Street Station. Este primeiro projeto compõe uma ampla iniciativa de transformar a área em uma atrativa região de uso misto.
O UNStudio revelou imagens das primeiras estações concluídas na nova rede de metrô de Doha, um dos sistemas autônomos mais avançados e rápidos do mundo. A primeira fase do Projeto Ferroviário Integrado do Catar (QIRP) envolveu a construção de três linhas de metrô (Vermelha, Verde e Dourada), com 37 estações concluídas.
Mind the Step - Jardim Nakamura, São Paulo, Brazil. Image Cortesia de UN-Habitat
A ONU-Habitat ou Agência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos e Desenvolvimento Urbano Sustentável, cujo foco principal é lidar com os desafios da rápida urbanização, tem desenvolvido abordagens inovadoras no campo do desenho urbano, centrado na participação ativa da comunidade.
Descubra neste artigo a primeira lição a ser aprendida com a ONU-Habitat, sobre como projetar com e para as pessoas. Para criar espaços públicos melhores, o único segredo é ouvir a comunidade. Refletindo sobre “como podemos projetar juntos”, este artigo apresenta casos em Gana, Brasil e Índia, com foco em projetos de implantação de ruas, mercados e espaços públicos abertos.
Trabalhando em parceria com a Ernst&Young em um projeto que vem sendo desenvolvido desde 2018, o escritório Carlo Ratti Associati (CRA) divulgou detalhes de sua mais recente empreitada, um arrojado projeto de expansão urbana para a cidade de Brasília que reinterpreta as superquadras e o plano diretor modernista concebido por Lúcio Costa em um “novo distrito de inovação e tecnologia imerso em natureza”.
O escritório 100architects desenvolveu uma proposta para recuperar a ponte peatonal Puji Road em Xangai, China. Intitulado High Loop, o projeto procura transformar a plataforma de 1km de extensão em um equipamento lúdico e colorido, sem alterar profundamente sua estrutura.
Hoje, dia 08 de agosto, é comemorado o Dia Mundial do Pedestre. A data ficou reconhecida pela foto icônica dos Beatles atravessando a Abbey Road, em 1969. Estamos em 2020, mais de cinquenta anos se passaram e ainda encontramos muitas dificuldades em ser pedestre nas cidades: quantas vezes você enfrentou o desafio de atravessar a rua? Ou de ter que caminhar por calçadas estreitas e mal iluminadas?
Bjarke Ingels Group e a WXY architecture + urban design, em colaboração com a Downtown Brooklyn Partnership, imaginaram um novo futuro para a região centra do Brooklyn, em Nova Iorque. A proposta apresenta uma abordagem mais verde e segura voltada para um bairro que privilegie os pedestres.
Nos últimos anos, as prioridades de mobilidade dos habitantes dos EUA apresentaram notórias mudanças, sobretudo entre os jovens. Se antes, a opção quase unânime de deslocamento era o automóvel, agora as opções incluem caminhadas, bicicletas ou o transporte coletivo, segundo apontam pesquisas recentes.
Foto de archer10 (Dennis), via Flickr. Used under Creative Commons
A Associação de Pesquisa e Planejamento Urbano de San Francisco (SPUR), é uma ONG que se dedica a elaborar estratégias que procuram melhorar a qualidade de vida urbana, especificamente nas cidades que conformam a região da Baía de San Francisco.