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Desenho Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia

ABCP lança manual para a construção de calçadas

Abordando algumas questões ligadas ao desenho dos espaços públicos das cidades, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) produziu e disponibilizou um guia prático para a construção de calçadas. Em 25 páginas são tratados temas como acessibilidade, estratégias de desenho, tipos de pavimentação e a criação de calçadas verdes através de textos, cálculos e ilustrações que explicam e exemplificam detalhadamente cada um dos tópicos.

Definindo a calçada ideal como "aquela que garante o caminhar livre, seguro e confortável de todos os cidadãos", o guia inicia com as principais características que uma calçada deve apresentar: ser acessível, ter uma largura adequada, apresentar fluidez e, evidentemente, proporcionar segurança aos pedestres.

Rocco Yim revela o segredo para a diminuição das emissões de carbono nas cidades em desenvolvimento

Durante a conferência “Alternatives for Low Carbon City Architecture and Life” dessa semana, em Shenzhen, China, nós nos reunimos com Rocco Yim para lhe perguntar - impulsionados por seu interesse em conectar culturas - como seu trabalho está relacionado com a busca por baixas emissões de carbono ou por um design sustentável. Yim explica os valores fundamentais que motivam a sua abordagem para projetar, revelando suas atitudes em relação a soluções tecnológicas de projeto. Leia mais para saber o que Yim acredita ser a essência dos espaços urbanos bem sucedidos.

JolasPlaza: a brincadeira como ferramenta de desenho urbano

Envolver as crianças e jovens no planejamento urbano é uma prática definida como necessária pela legislação alemã, de acordo com Päivi Kataikko, responsável pelos assuntos regionais e internacionais do coletivo Jugend Architektur Stadt (JAS), dedicado a promover a participação cidadã.

Ainda que a descrição dessa tarefa e o que ela implica possam parecer mais complexos do que realmente são, tudo se torna bastante simples para as crianças quando a abordagem é realizada através da brincadeira. Foi essa a estratégia empregada pelo coletivo JAS em várias cidades alemãs e pela plataforma Arkitente no projeto JolasPlaza, na cidade de Portugalete, País Vasco.

Do que se trata e como foi realizado o projeto JolasPlaza?

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Quatro dicas para projetar cruzamentos mais seguros

Se considerarmos que em 2013 o número de automóveis da cidade de São Paulo superou os 5,4 milhões de veículos, e que o excesso de velocidade e a irresponsabilidade dos condutores e pedestres estão entre as principais causas de mortes no trânsito, se faz cada vez mais necessário que as cidades tenham ruas mais seguras. 

Para ter uma ideia de como avançar nesse sentido, apresentamos a seguir quatro propostas para o projeto de cruzamentos que podem servir de exemplo para aumentar a segurança dos pedestres, ciclistas e motoristas.

Saiba mais, a seguir.

Prefeitura de Recife aprova novo plano urbano para o Cais José Estelita

Após um longo e controverso processo, a Câmara dos Vereadores de Recife aprovou na última segunda-feira o Plano Específico para o Cais Santa Rita, José Estelita e Cabanga, com 23 votos a favor. O projeto foi votado em pauta extra e não estava na ordem do dia, o que levou os opositores ao plano a pedir que a votação fosse adiada para o dia seguinte; pedido negado pelo vereador Vicente André Gome, presidente da Câmara.

O documento aprovado divide a região em dez zonas mapeadas e delimitadas com especificações para cada forma de intervenção. O parque ferroviário, incluindo os trilhos e componentes do Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, o vazio urbano restante da ligação ferrovia-porto e a frente d'água, e a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Cabanga deverão ser destinados à implantação de parques públicos com programas de parques infantis e píeres, ciclovias ou ciclofaixas, bicicletários, áreas para corrida, caminhada skate e patins, sanitários públicos, quiosques e edificações de pequeno porte destinadas a atividades de suporte aos parques, à biblioteca pública e, ao menos, uma edificação destinada a atividades culturais.

Oito passos para projetar calçadas melhores

Segundo os resultados da última Pesquisa Origem Destino elaborada pelo Ministério de Transportes e Telecomunicações do Chile (MTT), dos 18,4 milhões de deslocamentos diários que acontecem na região metropolitana de Santiago, 6,3 milhões correspondem a caminhadas.

Essa cifra faz desse tipo de deslocamento o mais frequente, seguido pelos deslocamentos de automóvel (25,7%) e de ônibus (22,6%).

Segundo a proposta do The City Fix Brasil, blogue independente da organização para mobilidade sustentável WRI Brasil Cidades Sustentáveis. as caminhadas poderiam se tornar ainda mais frequentes nas cidades se as calçadas fossem melhores, algo que pode ser alcançado através dos oito passos mostrados a seguir formulados pela organização.

Saiba mais a seguir.

6 exemplos de espaços compartilhados bem sucedidos

Eliminar a sinalização de trânsito, os semáforos e os limites espaciais entre os diferentes meios de transporte para criar espaços compartilhados, essa é a aposta de algumas cidades para garantir que suas ruas sejam mais seguras para seus cidadãos.

Embora essa medida possa, à primeira vista, parecer drástica, a experiência de algumas cidades demonstra que as ruas não apenas ficam mais seguras para todos, como também se convertem em lugares que atraem mais pessoas.

Veja, a seguir, o caso de seis cidades que investiram na criação desses espaços compartilhados.

Condomínios temáticos, um fenômeno em expansão em Buenos Aires

Apesar das críticas oriundas de todas as partes, o avanço dos condomínios fechados parece não ter limite na região metropolitana de Buenos Aires. Hoje já existem cerca de 600, que somam uma população de 150 mil habitantes em uma superfície de 500km², equivalente a mais que o dobro da área ocupada pela cidade de Buenos Aires e apenas 1% de sua população metropolitana.

A derrubada de árvores, a eliminação de espaços públicos, a pavimentação indiscriminada, a secagem de zonas úmidas e o fechamento da foz de alguns rios constituem parte  dos efeitos que um condomínio fechado gera em sua conquista do território. 

Após o sucesso de certos modelos residenciais de prestígio, como o "country club", o "clube de chácaras", o "bairro semi-fechado" e a "torre country", que evidenciam a hegemonia da oferta residencial para setores médios da população, surgiu recentemente uma nova tendência: os "condomínios fechados temáticos", que tentam envolver em glamour e requinte o desenvolvimento imobiliário da região.

Oito ideias para melhorar a vida nas cidades

O Prêmio TED é concedido anualmente pela organização homônima àqueles que desenvolveram projetos que ajudam a provocar alguma mudança global em áreas relacionadas às ciências, urbanismo, educação, economia, meio ambiente, política, entre outros.

Em 2012, a organização decidiu que não premiaria os líderes, mas as próprias ideias através do prêmio City 2.0, que reconhece as iniciativas que permitem que as cidades se tornem lugares mais habitáveis e sustentáveis.

A seguir, assista aos vídeos de oito palestras TED que oferecem ideias para melhorar a vida urbana.

Chicago criará seu primeiro “Espaço Compartilhado” sem sinais de trânsito

Em 2004, algumas cidades da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Inglaterra começaram a criar Espaços Compartilhados, ou seja, ruas e calçadas onde não há sinais de trânsito. 

Apesar da primeira coisa a se pensar sobre estes lugares é que eles não são seguros, a experiência das cidades que já contam com esse tipo de espaço demonstra que estes são mais seguros, pois todos os usuários das vias devem prestar mais atenção, o que acaba diminuindo o número de acidentes. 

É por isto que, desde sua criação, diversas cidades já adotaram esta iniciativa, removendo os sinais de trânsito das ruas. Esse é o caso de Chicago, que aprovou seu primeiro Espaço Compartilhado em Argyle, onde, além de eliminar alguns sinais, reduzirá a velocidade dos veículos para 24 km/h, um limite ainda inferior ao das Zonas 30.

Veja a opinião dos especialistas sobre estes espaços e sobre o caso de Chicago, a seguir.

“A arrogância do espaço”: A distribuição desigual do espaço público em relação aos pedestres, ciclistas e automóveis

A distribuição desigual do espaço público, em relação aos pedestres, ciclistas e condutores de automóveis, é um assunto que o especialista em mobilidade urbana, Mikael Colville-Andersen, qualifica como “a arrogância do espaço”.

Do ponto de vista desse planejador urbano e fundador do Copenhagenize, este termo pode ser aplicado às ruas que são dominadas pela engenharia de trânsito do século passado, isto é, aquelas que estão planejadas prioritariamente para os automóveis.

Para exemplificar seu posicionamento, Mikael analisou a quantidade de espaço que possui cada um desses grupos, além do espaço “morto” e dos edifícios, em algumas ruas de Calgary, Paris e Tóquio através da comparação de cada setor com diferentes cores.

Confira as imagens a seguir.

Vídeo: As iniciativas de Buenos Aires para se tornar uma cidade mais humana

"A cidade é para as pessoas e devemos mudar o uso das ruas, dos automóveis para as pessoas."

Com isso em mente, as autoridades de Buenos Aires propuseram intervenções em alguns espaços públicos da cidade, particularmente no centro, com o objetivo de promover uma cidade mais amigável, sustentável e saudável.

Através da implementação de corredores de ônibus na Avenida 9 de Julho, a principal da cidade, o tempo de alguns trajetos foi reduzido de 55 para 18 minutos. Além disso, foram criadas diversas zonas peatonais e foi restringido o tráfego de automóveis no centro. Outra inciativa foi a construção de uma rede de ciclovias e a criação de um sistema público de bicicletas, que colocou o veículo de duas rodas entre as opções viáveis de transporte urbano diário.

Saiba mais detalhes sobre essas intervenções a seguir.

Palestra e exposição “Urbanização da Orla do Rio Cotinguiba”, na FAUUSP

O Coletivo de Arquitetos convida todos os interessados para o evento de inauguração da exposição “Urbanização da Orla do Rio Cotinguiba” que será realizado hoje, 22 de agosto, na sede da pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

A importância do transporte público para os espaços urbanos

Uma das características dos espaços públicos bem projetados é que as pessoas querem visitá-los e gostam de permanecer neles. Para que isto ocorra há vários fatores envolvidos, como a influência exercida pela arquitetura, os edifícios históricos e os monumentos, as atividades que existem no lugar, a facilidade de acessá-lo, entre outros.

Em relação a este último ponto, não apenas os deslocamentos são importantes, mas também os acessos através das conexões oferecidas pelo transporte público. Portanto, tem-se um equilíbrio entre desenho urbano e transporte planejado que influencia o caráter e causa um impacto social nos espaços públicos. 

Conheça, a seguir, três espaços bem sucedidos nesse aspecto: 

Vídeo: Qual o valor dos nossos passos?

“Quanto estamos dispostos a pagar pela caminhabilidade? Muito.”

Categórico a tal ponto é o vídeo que apresentamos acima, que pontua as possibilidades de deslocamento a pé rápido e seguro oferecidas pelos bairros. Para as medições é utilizado um Walk Score, um indicador que, numa escala de 1 a 100, atribui valores às opções de caminhada na cidade.

Assim, o vídeo mostra que as pessoas estão dispostas a pagar até US$ 850 a mais pelo aluguel de um imóvel que esteja localizado num bairro caminhável, em comparação com outras localidades menos adequadas aos deslocamentos a pé. É por isso que Nova Iorque atinge 85,6 pontos em contraste com Charlotte, que marcou apenas 34,3 pontos.

Vídeo “Daylight”: Esquinas mais seguras para os pedestres

Os veículos estacionados nas esquinas estão dentre os principais obstáculos visuais entre motoristas, ciclistas e pedestres. Por este motivo, diversas opções de desenho urbano têm surgido, como as propostas do planejador Nick Falbo ou outras temporárias apresentadas durante o Park(ing) Day, que mostram novas formas de se aproveitar esses espaços e torná-los mais seguros.

No vídeo a seguir, a organização Streetfilms explica a estratégia “Daylightning”, ou “Iluminação do Dia”, que promove a segurança dos pedestres. Esta consiste em proibir os automóveis de estacionarem próximo às intersecções, fazendo com que os veículos que estejam em movimento na rua tenham maior campo de visão antes de chegar à esquina.

Ideias cidadãs para melhorar a segurança em torno da Ponte do Brooklyn

A ponte de Brooklyn é uma das mais emblemáticas infra-estruturas do século XIX em Nova Iorque, conectando o Brooklyn a Manhattan passando sobre o East River. Quando foi inaugurada, em 1883, era a maior ponte suspensa do mundo, com 1.800 metros de comprimento.

Detroit: mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade [III parte]

Com este terceiro artigo finalizamos a série de postagens, “Detroit: Mais leve, mais rápido, mais barato, a regeneração de uma cidade”. Para ler as postagens anteriores clique nos seguintes links: Parte I e a Parte II

O futuro da cidade de Detroit: a criação de uma estrutura conceitual para a Regeneração LQC (Lighter, Quicly, Cheaper / mais leve, mais rápido e mais barato)

Detroit tem trabalhado duro na construção de uma estrutura conceitual que sirva de base para a revitalização da cidade. O projeto “Detroit Future” influenciou o Plano Diretor de Detroit Future City (DFC) no início de 2013, originando a partir disso um documento forte, íntegro e inovador, destinado a servir de guia para a remodelagem da cidade nos próximos 50 anos. Também se converteu na base conceitual na qual está se erguendo um importante esforço de Placemaking em toda a cidade.