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Desenho Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia

Fatores morfológicos da vitalidade urbana – Parte 1: Densidade de usos e pessoas / Renato T. de Saboya

Como todos os fenômenos urbanos que valem a pena ser estudados, a vitalidade urbana é um conceito complexo e multifacetado, que acontece a partir da interação entre diversos padrões sociais, espaciais e econômicos. Esta série de textos busca discutir e refletir sobre alguns desses padrões, examinando suas interfaces com a vitalidade e sua suposta capacidade de fazê-la emergir.

Reduzir a velocidade para preservar vidas

Uma das medidas adotadas para reduzir o número de mortes no trânsito é a redução dos limites de velocidade. Ao redor do mundo, mais de uma centena de países já estabeleceram o limite de 50 km/h recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para vias urbanas. Em áreas com grande circulação de pedestres e ciclistas, praticam-se velocidades ainda menores, como 30 km/h ou menos.

Reduzir os limites de velocidade é uma tendência contemporânea em cidades que priorizam o direito à vida. Todos o dias as ocorrências de trânsito, como colisões e atropelamentos, fazem novas vítimas e essa questão deve ser tratada com urgência e prioridade. O trânsito mata 1,3 milhão de pessoas por ano no mundo, o equivalente à queda, sem sobreviventes, de 2,6 mil aviões Boeing. No Brasil, é mais provável morrer em um acidente de trânsito do que em decorrência de um câncer ou mesmo por homicídio.

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Superando o clichê da "participação"

Existe o desenho participativo? Ou trata-se simplesmente de uma etiqueta de marketing que os arquitetos e urbanistas utilizam? Está é, talvez, a pergunta central por trás de muitas das intervenções e projetos que vemos nas cidades latino-americanas, mas que não sabemos responder.

Em primeiro lugar, levanta-se a pergunta sobre o que podemos definir como "participação" dentro da atuação urbana encontra-se em constante discussão. O que é o que entendemos por participação? Como se faz? Quais métodos são necessários para que, efetivamente, afirme-se que existiu participação em um determinado projeto? Sobre a linha dessas questões, em Maio deste ano promoveu-se uma discussão chamada "O desenho participativo existe?", onde o diretor da Msc Building and Urban Design in Development da University College of London, Camilo Boano, desenvolveu algumas ideias sobre o tema da participação. Aqui colocam-se algumas reflexões:

Como o desenho das cidades pode ajudar a reduzir a obesidade

Caminhar pela cidade não é apenas uma forma de conhecer os espaços urbanos, mas um estímulo a uma vida mais ativa. Para isso, é preciso que a rua seja atrativa para os pedestres. E a obesidade, doença que já afeta grande parte dos países desenvolvidos, é uma das questões que podem ser em parte solucionadas pelo desenho urbano.

Metrópole Expandida

A exposição Metrópole Expandida apresenta ensaios produzidos pelo ateliê de Mestrado em Desenho Urbano (MSAUD) da Escola de Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade de Columbia (GSAPP), na escala territorial da metrópole fluminense, com foco na Região do Médio Paraíba. Esse estudo contou com a colaboração da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FAU-UFRJ) através do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo (PROURB) e do Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB) em Volta Redonda.

Ao adotar a Região do Médio Paraíba como território de estudo, o Ateliê entende a importância de se incorporar o não-urbanizado na concepção

Índice de caminhabilidade permite avaliar ruas sob ótica do pedestre

Desde 1905 o escritor brasileiro João do Rio falava em ‘flanar’ pela cidade’. Quase 100 anos depois, o sentido de ‘flanar’ foi ressignificado, mas também trouxe um novo olhar de como podemos nos relacionar com nossa cidade. ‘Flanar’ hoje é um convite à caminhar, esbarrar, reconhecer e aprofundar-se na experiência urbana. Vivemos mesmo é na cidade, nos relacionamos com ela o dia todo, todos os dias.

Em sua origem, a rua não era apenas uma via de acesso a um local e, sim, o próprio local. Um espaço de convivência para se estar, passar o tempo, interagir com outras pessoas. Na segunda metade do século XX o planejamento urbano focou em infraestrutura para a circulação eficiente de veículos motorizados. Tal modelo tem sido questionado já há algumas décadas, por autores como Jane Jacobs e Jan Gehl, cujos trabalhos pioneiros valorizaram o pedestre e a vida urbana”, contextualiza Danielle Hoppe, gerente de Transportes Ativos e Gestão da Demanda por Viagens do ITDP Brasil.

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5 conselhos de desenho urbano, por Jan Gehl

O arquiteto dinamarquês Jan Gehl é uma referência a nível mundial em temáticas referentes ao desenho urbano e aos espaços públicos. Este reconhecimento foi obtido a partir da publicação de uma série de livros e, posteriormente, a partir de sua consultora Gehl Architects que, fundada em sua cidade natal, Copenhague, busca desenhar cidade para as pessoas.

O Papel das ruas compartilhadas: Como recuperar a qualidade de vida no espaço público / Guillermo Tella e Jorge Amado

Durante o século passado temos construído as ruas para os automóveis, para assegurar o seu deslocamento. No entanto, a partir de uma mudança de paradigma no uso e fruição da rua e em consonância com os recentes debates internacionais, nossas cidades têm começado a devolver os espaços públicos aos cidadãos. Trata-se, de fato, da aplicação do conceito das "Ruas compartilhadas" que apela ao projeto de espaços nos centros urbanos para melhorar sua qualidade de vida.

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3 protótipos de pontos de ônibus que favorecem a mobilidade sustentável

A mais recente publicação da Associação Nacional de Funcionários de Transporte de Cidade, NACTO, é o "Guia de Desenho de Trânsito de uma Via", no qual são apresentados conceitos e propostas a respeito de como é possível melhorar os espaços viários através do projeto urbano.

O foco das ideias é priorizar a mobilidade sustentável para que, tanto as cidades membro da organização, quanto as que tenham acesso a este documento, possam melhorar suas práticas em relação aos espaços públicos, à mobilidade e ao transporte.

Vídeos: Quatro propostas para transformar vias para automóveis em ciclovias

O arquiteto e planejador urbano, Jeff Speck, dedica-se a elaborar propostas que têm um objetivo em comum: fazer das cidades lugares mais sustentáveis.

A partir desse enfoque, a maioria de suas ideias convergem na necessidade de que as cidades devem primar pela mobilidade sustentável, tal como aborda em seu livro “Walkable Cities”, em que, dentre outros temas, apresenta oito técnicas para que as cidades sejam mais transitáveis.

Dessa maneira, busca evitar a expansão urbana e mudar a mentalidade, passando de uma cultura centrada nos automóveis a uma que privilegie as caminhadas e o uso da bicicleta como meio de transporte. Seguindo essa ideia, produziu uma série de quatro vídeos onde mostra como pode-se redesenhar as ruas para dar mais espaço aos ciclistas.

A seguir mostramos cada uma das quatro propostas em vídeos.

Dérive Lab disponibiliza gratuitamente seu primeiro manual de ruas compartilhadas

O conceito de espaço compartilhado começa a tomar cada vez mais força em nossas cidades. Uma noção que supõe a mudança do paradigma do modo como vivemos e pensamos as ruas - este espaço público tão fundamental para todas pessoas que vivem nos centros urbanos. 

"Devemos esquecer da segregação por velocidade, sinais de trânsito e obstáculos para começar a pensar em espaços e ruas verdadeiramente compartilhadas, onde seja possível negociar o espaço de uma forma pessoal", afirma a organização Dérive Lab na primeira edição em espanhol de seu Manual de Ruas Compartilhadas.

As 20 cidades mais preparadas para o ciclismo urbano segundo o Ranking Copenhagenize 2015

Há mais de 100 anos os daneses desfrutam de uma cultura ciclista que durante as últimas décadas conferiu-lhes o título de líderes no assunto. Por isso, não é estranho que um dos índices mais respeitados sobre a taxa do uso da bicicleta, a qualidade da infraestrutura ciclista e outros temas relacionados seja elaborado por um escritório local, o Copenhagenize Design Company. 

Esta empresa se dedica a assessorar os governos, elaborar planos territoriais e a criar soluções de desenho urbano que têm um objetivo comum: promover o uso da bicicleta como meio de transporte.

Em 2011, este escritório desenvolveu o Ranking Copenhagenize, um estudo de uso interno que escolheu quais são as 20 cidades mais amigáveis do mundo segundo 13 categorias. Dois anos depois, fez-se uma nova edição que, foi de fato publicada, e liderada por Amsterdam, cidade destronada na versão 2015, que apresentaremos neste artigo.

Identificar padrões idiossincráticos: uma maneira de conservar a identidade

Por Daniela Hidalgo, arquiteta, mestre em arquitetura e planejamento rural. Candidata ao doutorado na Universidade de Tsinghua, Pequim. Trabalhou no escritório do arquiteto japonês Kengo Kuma. Atualmente é pesquisadora da Universidade de Tsinghua.

Os padrões idiossincráticos são uma série de variáveis constantes de traços, temperamento, caráter etc., distintivos e próprios de um indivíduo ou coletivo. Antes de iniciar uma proposta, o planejador deveria realizar um estudo de como as pessoas interatuam no espaço para, assim, conhecer os limites da comunidade. Isto é, identificar os locais por onde as pessoas mais circulam, atividades e pontos de interesse. Além disso, buscar padrões de porquê um espaço é bem quisto ou não por seus habitantes. E, finalmente, mapear como as pessoas realizam qualquer tipo de atividade comum no espaço. 

Proposta visa transformar uma ilha abandonada em centro de estudos na Filadélfia

O "Better Philadelphial Challenge" é um evento internacional organizado desde 2006 pelo Centro de Arquitetura local, filiado ao AIA, que convida estudantes universitários a propor soluções de desenho urbano a serem implementadas na Filadélfia e, possivelmente, em outras cidades.

Este ano o projeto vencedor foi "Delaware Valley Foodworx”, uma proposta elaborada por uma equipe da Universidade de Cornell que pretende converter a pequena ilha Petty, que é atualmente usada como depósito de containers e tanques de petróleo, e, um "paraíso sustentável".

Conheça a proposta, a seguir.

Vídeo: A visão de sete prefeitos dos EUA sobre os benefícios de investir em infraestrutura cicloviária

“A principal razão para intervir em ciclovias e infraestrutura cicloviária é porque a bicicleta é um meio de transporte essencial. Quando alguém vai em uma reunião, às compras, ao trabalho ou à escola, a bicicleta pode ser a forma mais eficiente em termos de custo e tempo."

Esta frase, dita no vídeo por Paul Soglin, prefeito de Madison, Wisconsin, reflete a importância que está sendo atribuída à bicicleta na mobilidade desta cidade.

Este enfoque de planejamento é compartilhado pelos prefeitos de outras cidades norte-americanas, como Filadélfia, Indianápolis, Memphis e Pittsburgh, que no vídeo destacam os benefícios de intervir em infraestrutura cicloviária, já as mudanças positivas não se refletem apenas na experiência do ciclista, mas também no resto da cidade.

Primeira etapa do “The Goods Line" é inaugurada em Sydney

Recentemente, foi inaugurada em Sydney a primeira etapa do "The Goods Line", um projeto inspirado no High Line de Nova Iorque que transformou uma antiga linha férrea em um novo espaço público elevado. Quando concluído a cidade australiana contará com um equipamento de 500 metros de extensão entre a Praça de Trenes e o Porto Darling.

A abertura do setor norte do projeto significou que o corredor de trens voltaria a fazer parte da cidade, após permanecer isolado por mais de um século.

Saiba mais sobre o projeto, a seguir.

Primeira etapa do “The Goods Line" é inaugurada em Sydney - Image 1 of 4Primeira etapa do “The Goods Line" é inaugurada em Sydney - Image 2 of 4Primeira etapa do “The Goods Line" é inaugurada em Sydney - Image 3 of 4Primeira etapa do “The Goods Line" é inaugurada em Sydney - Image 4 of 4Primeira etapa do “The Goods Line é inaugurada em Sydney - Mais Imagens+ 5

Arquivo: Infraestrutura para Pedestres

Nesta semana, ao buscar por temas no Arquivo do ArchDaily Brasil, optamos pela seleção de dez obras de infraestrutura pública que priorizam o uso pedonal. Equipamentos da cidade que servem de apoio ao trânsito de pedestres, como pontes e passarelas, e que possuem diferentes configurações, formas e materiais.

Veja todos os projetos selecionados, a seguir.

Arquivo: Infraestrutura para Pedestres - Image 1 of 4Arquivo: Infraestrutura para Pedestres - Image 2 of 4Arquivo: Infraestrutura para Pedestres - Image 3 of 4Arquivo: Infraestrutura para Pedestres - Image 4 of 4Arquivo: Infraestrutura para Pedestres - Mais Imagens+ 6

7 dicas para projetar cidades mais seguras

Como parte da iniciativa "Mobilidade Urbana Sustentável" da EMBARQ, o WRI Ross Center for Sustainable Cities criou um guia de referência global chamado Cities Safer by Design "para ajudar as cidades a salvarem vidas dos acidentes de trânsito através do projeto de ruas melhores e do desenvolvimento urbano inteligente."

Causando mais de 1,24 milhões de fatalidades todos os anos, acidentes de trânsito são a oitava principal causa de mortes no mundo, posição que deve passar para quinta até 2030.

Com esses números alarmantes em mente, o guia Cities Safer by Design discute meios de tornar as cidades menos perigosas, particularmente em sua seção "7 Proven Principles for Designing a Safer City” [7 Princípios Provados para Projetar uma Cidade Mais Segura]. Conheça esses 7 princípios, a seguir.