A arquitetura é realizada através do projeto. Profissionais que enfrentam uma tela vazia e passam a preenchê-la com traços que expressam desejos, técnica e beleza, conhecem todos os desafios que existem nessa atividade. O ato de projetar envolve um emaranhado de referências, sabedorias e cultura, por isso, quando compartilhamos uma obra sabemos que mais do que um edifício, estamos contando uma história e inspirando o público. Em onze anos de existência, o ArchDaily Brasil já publicou mais de 23 mil projetos, sabendo a importância de cada um e como ajudam a transformar visões a partir do que se propõem, influenciando não apenas a arquitetura local, mas levando sua discussão e inventividade a todo o mundo.
Durante o período moderno observou-se a mudança do protagonismo dos edifícios que utilizavam os tradicionais telhados inclinados com telhas, escoando as águas o mais rápido possível, para dar lugar às conhecidas ‘lajes planas impermeabilizadas’. Ao mesmo tempo que essa solução proporciona uma estética limpa e austera ao projeto, proporcionando a utilização da última laje como um espaço de estar e contemplação, ela pode ser uma tremenda dor de cabeça aos futuros ocupantes da edificação, quando a execução e o detalhamento não forem cuidadosos. Não é por acaso que histórias de infiltrações em famosos edifícios modernos são conhecidas, como na Ville Savoye e na Casa Farnsworth, de grandes mestres da arquitetura. Atualmente, a indústria da construção civil já desenvolveu produtos e técnicas mais sofisticadas que reduzem drasticamente as possibilidades de infiltrações posteriores. Mas pode-se dizer que lajes planas impermeablizadas continuam sendo pontos frágeis nas edificações. O escritório Brasil Arquitetura aprimorou uma solução inventiva e muito simples para evitar infiltrações em lajes planas, muito usada na década de 70 por arquitetos como Paulo Mendes da Rocha, Vilanova Artigas e Ruy Ohtake, preenchendo-as com vegetação. Conversamos com eles para entender melhor o sistema.
Nada mais representativo para um escritório do que carregar o nome do país na sua identidade. Longe de parecer banal, a arquitetura do Brasil no Brasil Arquitetura passa por uma análise minuciosa que destaca aspectos de nossa cultura e sociedade.
A arquitetura de povos originários manifesta uma profunda relação com o contexto no qual está inserida, de modo que os materiais encontrados no local são trabalhados e testados empiricamente até se desvendarem técnicas de construção e modos de habitar que melhor satisfazem os sentidos de abrigo e simbólico de uma comunidade. Na Amazônia, não é diferente. Com diversos povos habitando o seu território - seja na terra ou nas águas -, foram tecidas muitas sabedorias construtivas que são buscadas por arquitetos que trabalham nessas regiões. Assim, conjuntamente, há uma troca de conhecimentos que se embasam em culturas ancestrais para trazer novas alternativas arquitetônicas para a região.
Marcelo Ferraz, sócio fundador, juntamente com Francisco Fanucci, do Brasil Arquitetura, escritório que vem acumulando prêmios nacionais e internacionais, frutos do reconhecimento por seus projetos extremamente sensíveis ao lugar, e ainda sim, contemporâneos em sua essência, é o convidado da semana no Arquicast.
Imagem produzida pela organização do doCACAU. Apresenta uma fotografia do Museu Cais do Sertão, em Recife, com as informações do evento.
Promovido pelo Centro Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF (CACAU UFJF), o programa de audiovisual doCACAU visa a democratização do ensino da Arquitetura para a comunidade, em conjunto com o saber cultural e social, como forma de transmitir o conhecimento obtido para fora dos muros da Universidade. Este conta com vertentes internas voltadas para a produção audiovisual e diálogos sobre arquitetura, também para serem publicados nas mídias do Centro Acadêmico. Com o objetivo contribuir no cenário de produção e disseminação do conhecimento em arquitetura e urbanismo, o doCACAU realizará na próxima terça-feira, dia 30 de março, uma conversa
Compreender a relação entre o corpo e o espaço é fundamental para propor as mais diversas experiências que a arquitetura pode proporcionar. Para refletir sobre distintas escalas que abrangem o ofício do arquiteto, do edifício construído ao mobiliário, entrevistamos Marcelo Ferraz, sócio fundador do Brasil Arquitetura e da Marcenaria Baraúna. Aqui, sua perspectiva e experiência ilustram como o corpo e os símbolos que ele carrega em si são fundamentais no momento de pensar o projeto independentemente de sua escala.
O arquiteto brasileiro Marcelo Ferraz, fundador do escritório Brasil Arquitetura, é o primeiro convidado do Studio Casa, série de entrevistas realizada pela Casa da Arquitectura - Centro Português de Arquitectura.
https://www.archdaily.com.br/br/937066/o-que-me-fascina-na-arquitetura-e-o-trabalho-humano-casa-da-arquitectura-entrevista-marcelo-ferrazEquipe ArchDaily Brasil
Na Casa da Arquitectura os sons do Brasil fazem-se ouvir todos os dias na Exposição “Infinito Vão – 90 Anos de Arquitetura Brasileira”, mas em abril vai ser reforçado este cruzamento entre música e arquitetura. Zuza Homem de Mello, figura maior do jazz no Brasil, musicólogo, jornalista, radialista e produtor musical, é a figura central desta programação que inclui uma Aula Ilustrada e Musicada “90 Anos da Canção Brasileira – 1928 a 2018”, o concerto “Músicas Brasileiras, Músicos Portugueses”, a apresentação e exibição do Documentário “Zuza Homem de Jazz” e também um ato poético inspirado em Clarice Lispector protagonizado pela atriz Camila Pitanga.
A Brasil Arquitetura, formada em 1979, é uma associação de arquitetos liderada por Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, tendo executado projetos emblemáticos como o Bairro Amarelo em Berlim, Alemanha, Museu Rodin em Salvador-BA e a Praça das Artes em São Paulo, entre muitos outros. Os dois arquitetos estiveram muito próximos a Lina Bo Bardi em momentos importantes de sua vida profissional, incluindo a construção do Sesc Pompéia. Em diversos projetos, encararam o desafio de reabilitar edifícios antigos, como o Museu do Pão, a Praça das Artes, o Museu Rodin e o próprio Sesc Pompéia. Nessa direção conversamos um pouco com o escritório para saber mais sobre esse tipo de intervenção.
https://www.archdaily.com.br/br/890674/brasil-arquitetura-trabalhar-com-reabilitacoes-e-atender-as-reais-demandas-da-sociedadePedro Vada
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Museu do Trabalho e do Trabalhador será implantado num terreno cerca de dez mil m² onde se situava o antigo Mercado, ao lado do Paço Municipal de São Bernardo do Campo. Seu terreno funcionará como uma extensão do Parque do Paço Municipal, em meio a um jardim que, entre árvores e flores, será habitado por máquinas, instrumentos, ferramentas, artefatos: objetos que nos remetem às origens, às vivências, à idéia do trabalho ao longo da história da humanidade.
Este “jardim público do trabalho” adentra sob o corpo edificado principal sobrelevado do museu e revela o seu grande espaço central de acolhimento. Espaço-rua que dá acesso e cruza o terreno e o edifício, ligando a Av. Armando Ítalo Setti e a Rua dos Vianas, inserindo-se no tecido da cidade.
Museu do Trabalho e do Trabalhador em São Bernardo do Campo. Image via Google Street View
Projetado pelo escritório Brasil Arquitetura, o Museu do Trabalho e do Trabalhador se localiza na cidade de São Bernado do Campo e deverá abrigar, quando tiver suas obras concluídas, registros da "memória do mundo do trabalho, desde a chegada dos portugueses até os dias de hoje." Com 5.500 metros quadrados já construídos, as obras foram paralisadas e o espaço encontra-se abandonado há cerca de um ano e meio.
Cartaz de divulgação do evento. Autoria: Teresa Carvalho
A Revista Contraste, publicação independente desenvolvida pelos alunos de graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), anuncia o lançamento de sua 5a edição, de tema Educação. Para a ocasião, convidamos a todos e todas a participarem do debate Centros Educadores: a Arquitetura dos Espaços Culturais na Cidade de São Paulo. O evento integra a série de atividades organizadas pela revista, pautando a temática da educação através de diversas abordagens.
A discussão contará com a presença dos arquitetos Marcelo Ferraz (Brasil Arquitetura), Marta Moreira (MMBB), Milton Braga (MMBB), Vinícius Andrade (Andrade Morettin) e Abílio Guerra -
Em reação a isso, e por ocasião do aniversário de 464 anos da cidade de São Paulo, o escritórios Brasil Arquitetura e Urbeflux Engenharia Consultiva divulgaram uma carta aberta à cidade de São Paulo em que pontuam diretrizes para a "necessária mudança de rumos no tratamento das águas urbanas", com o objetivo de superar o impasse sobre o destino do terreno "em benefício do interesse maior dos seus cidadãos e da cultura brasileira".
Depois da intervenção de Lucio Costa no sítio histórico de São Miguel das Missões, com seu assertivo projeto e construção do museu (hoje Pavilhão Lucio Costa), fica muito claro que qualquer nova intervenção deve seguir as diretrizes – explícitas e subjetivas – de respeito e conformidade com o bem que se quer preservar, seja do ponto de vista físico – ruínas, muros, pedras e o próprio museu -, seja do ponto de vista do que se imagina ter sido a epopeia das missões guaranis do século XVIII, justamente a partir destes elementos remanescentes na paisagem.
Como parte das comemorações de seus 30 anos em 2016, a Baraúna receberá no dia 17 de maio uma exposição retrospectiva sobre as luminárias desenhadas e produzidas pelo arquiteto André Vainer. Na mesma data lançaremos nossa linha de aparadores Harmonia, desenhados por Claudio Corrêa.
Para marcar o evento, faremos um talk intitulado "Design de Arquiteto", pensando quais as particularidades, mercados e perspectivas dessa produção. Participarão da mesa: André Vainer, Claudio Corrêa, Ricardo Heder e os anfitriões Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz. A mediação ficará a cargo de Baba Vacaro.