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Um laboratório de arquitetura: a história das exposições mundiais

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Exposição Universal de 1889. Image © wikimedia commons

Exposições Mundiais têm sido importantes no avanço da inovação e do discurso arquitetônico. Muitos dos nossos monumentos mais amados foram projetados e construídos especificamente para as feiras mundiais, apenas para permanecerem como objetos icônicos nas cidades que os hospedam. Mas como as Expos já criaram marcos arquitetônicos tão duradouros, e esse ainda é o caso hoje? Ao longo da história, cada nova Expo ofereceu aos arquitetos uma oportunidade de apresentar ideias radicais e usar esses eventos como um laboratório criativo para testar inovações ousadas em tecnologia de projeto e construção. As feiras mundiais inevitavelmente encorajam a concorrência, com todos os países se esforçando para dar o melhor de si a qualquer custo. Essa carta branca permite que os arquitetos evitem muitas das restrições programáticas das comissões diárias e se concentrem em expressar ideias em sua forma mais pura. Muitas obras-primas como o Pavilhão Alemão de Mies van der Rohe (mais conhecido como o Pavilhão de Barcelona), para a Exposição Internacional de Barcelona de 1929 são tão dedicadas à sua abordagem conceitual que só poderiam ser possíveis no contexto de um pavilhão de exposições.

Reunimos algumas das mais importantes Exposições Mundiais da história para observar mais de perto o impacto delas no desenvolvimento arquitetônico.

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Guia de arquitetura da região Norte do Brasil

Se nos fosse incumbido sintetizar a arquitetura brasileira em poucas obras emblemáticas, nos veríamos diante de uma tarefa exaustiva e, muito provavelmente, impraticável. A escala continental do país e as incalculáveis especificidades locais resultam em tantas diferentes respostas arquitetônicas que eleger poucos exemplares como representativos de uma suposta identidade arquitetônica nacional única acaba sendo leviano - ou, no mínimo, ingênuo.

Com o objetivo de fazer ver uma produção frequentemente esquecida, e sabendo que o destaque da mídia é quase sempre a arquitetura das regiões Sudeste e Sul, apresentamos aqui uma espécie de guia, ou compilado de obras arquitetônicas, da região Norte do Brasil. 

Como serão os zoológicos no futuro? Concurso de projeto propõe repensar o conceito

Archstorming anunciou os projetos vencedores do "Coexist: Rethinking Zoos," seu concurso recente para pensar conceitualmente o zoológico do século 21. O edital pedia aos participantes que redefinissem o zoológico tradicional e transformassem o espaço para algo que não fosse apenas uma exibição de animais, mas também uma ferramenta educacional e um lugar para pesquisa e conservação. A equipe de jurados internacionais selecionou três vencedores de mais de 40 países que enviaram ideias.

O local da proposta era o zoológico de Barcelona, que se comprometeu a priorizar o bem-estar de seus animais. Para promover o bem-estar dos animais e da natureza, as equipes vencedoras criaram alternativas imaginativas para os métodos tradicionais de interação do zoológico, como caminhos não intrusivos e até mesmo animais virtuais em 3D. Os vencedores mostram que há novas formas de os visitantes entenderem animais, de forma ecologicamente correta e sustentável.

Confira as inscrições vencedoras a seguir.

Morphosis divulga masterplan para novo hub tecnológico em Unicorn Island, na China

O escritório Morphosis divulgou detalhes de seu masterplan vencedor do concurso para a Unicorn Island em Chengdu, China. Vencendo juntamente com outras três propostas, o projeto do Morphosis foi elogiado por seu “parque caminhável que mescla espaços corporativos, infraestrutura verde e estilo de vida saudável” para oferecer as condições ideais para que grandes e pequenas empresas prosperem naquela região.

À medida que a economia chinesa transita de um sistema baseado na produção para outro impulsionado por serviços, o plano diretor da Unicorn Island é uma iniciativa encomendada pelo governo de Chengdu para oferecer recursos e redes de última geração tanto para empresas iniciantes como para empresas chamadas "unicórnios", com um valor de mercado estimado em mais de um bilhão de dólares americanos.

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SOM projetará dois arranha-céus sobre fundações de edifício abandonado de Calatrava em Chicago

Desde que as obras da Chicago Spire foram interrompidas - projeto de Santiago Calatrava na 400 N Lake Shore Drive - o fosso que viria a se tornar a fundação da torre se tornou alvo de piadas e até mesmo de propostas irônicas de projeto. Mas segundo uma matéria publicada pelo Chicago Tribune, o destino desse buraco pode estar prestes a mudar; as fontes do jornal na administração municipal confirmaram uma proposta em andamento para erguer dois arranha-céus no local, projetados por David Childs, do escritório SOM.

Ferramenta de VR converte ideias preliminares em espaços na escala 1:1

Comunicar a intenção do projeto e transmitir a espacialidade para os clientes sempre foi um desafio para os arquitetos. Felizmente, avanços como a realidade virtual (VR) estão começando a preparar o caminho para novas ferramentas que ajudam a enfrentar esse desafio.

Ecocapsule: uma casa autossuficiente que pode ser levada à locais remotos

Às vezes, falamos de projetos tão interessantes e futurísticos que parecem que eles nunca vão sair do papel. Felizmente, nos surpreendemos positivamente. Este é caso do projeto Ecocapsule, uma casa que gera toda a energia que precisa e pode ser levada para qualquer lugar do mundo, que acaba de fazer sua estreia internacional.

Foram lançadas 50 moradias para clientes que vivem nos Estados Unidos, Japão, Austrália e União Europeia. Quem vê de fora não imagina que as minúsculas casas têm tantas vantagens: sua superfície é coberta por placas fotovoltaicas, uma pequena turbina eólica e ainda é capaz de coletar e filtrar sua própria água.

Kjellander Sjöberg vence concurso para um novo marco sustentável na Suécia

Kjellander Sjöberg Architects venceu o concurso para o Nacka Port, um novo bloco urbano sustentável e dinâmico. A empresa de arquitetura premiada, uma das principais da Escandinávia, construirá o projeto em uma área entre Nacka e Estocolmo, na Suécia.

Dos três escritórios de arquitetura que foram convidados a participar, a proposta de Kjellander Sjöberg sobressaiu-se com um “contexto urbano vibrante com um programa convidativo e variado”.

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"Becoming": pavilhão da Espanha na Bienal de Veneza 2018

Após obter o Leão de Ouro na última Bienal de Veneza com a proposta Unfinished dos arquitetos Carlos Quintáns e Iñaqui Carnicero - que mostrava a arquitetura reinventada após a crise da construção no país - o Pavilhão da Espanha aborda, nesta edição, o futuro da arquitetura a partir do ponto de vista dos pesquisadores.

Assim nasceu becoming, a exposição com curadoria da arquiteta espanhola Atxu Amann, que abre as portas para mostrar ações, discursos e produções dos estudantes de arquitetura que foram desenvolvidas entre 2012 e 2017. Segundo os curadores, "becoming faz alusão a um vetor futuro, com uma origem comum de formação na Escola, que se estende a outros espaços e tempos de aprendizado em diálogo com outras disciplinas".

Toshiko Mori busca um diálogo que transcende tempo e espaço

Dando sequência à série de vídeos Time-Space-Existence que antecedem a Bienal de Veneza deste ano, o PLANE-SITE publicou uma nova conversa com a arquiteta e ex-diretora de arquitetura da Harvard GSD, Toshiko Mori. Cada vídeo destaca as ideias que impulsionam o trabalho desses conhecidos designers e arquitetos, com esse episódio focando na filosofia de comunicação visual de Mori, seu diálogo com a história e as considerações do futuro em seu trabalho.

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Souks de Beirute de Rafael Moneo, pelas lentes de Bahaa Ghoussainy

Quando o arquiteto espanhol Rafael Moneo ganhou o Prêmio Pritzker em 1996, o júri identificou sua capacidade de ver os edifícios como entidades construídas de forma duradoura - suas vidas se estendendo além dos desenhos arquitetônicos - como parte integrante de seu sucesso. O South Souks, projeto de Moneo de 2009 em Beirute, no Líbano, responde uma longa história e antecipa um futuro duradouro. Depois que o souk histórico da cidade foi destruído durante a Guerra Civil Libanesa, a área comercial da cidade começou a ser reconstruída em 1991. Como parte do projeto, Moneo projetou um distrito comercial em arcadas que segue a antiga malha helenística e mantém os nomes originais das ruas.

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Pavilhão da China na Bienal de Veneza 2018 investiga possibilidades para um futuro rural

Como parte de nossa cobertura da Bienal de Arquitetura de Veneza 2018, apresentamos a proposta para o Pavilhão Chinês. Abaixo, os participantes descrevem sua contribuição em suas próprias palavras.

A motivação para esta exposição é mais do que apenas xiangchou, termo chinês que se refere à nostalgia das terras rurais. Voltamos ao campo onde a cultura chinesa surgiu para recuperar valores e possibilidades esquecidos; a partir daí, construiremos um futuro rural.
– Li Xiangning (Curador)

Um dos principais desafios enfrentados pelas cidades contemporâneas é o futuro do desenvolvimento rural. Na China, o campo se tornou uma nova fronteira para experimentos nessa área, e o país está desenvolvendo uma zona rural a uma velocidade e escala inéditas. Atraídos pela promessa de oportunidades ilimitadas, arquitetos, artistas, empreendedores - bem como fluxo de capital - estão convergindo para áreas rurais em todo o país.

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Pavilhão do Egito na Bienal de Veneza 2018 explora tema dos mercados urbanos

Como parte de nossa cobertura da Bienal de Arquitetura de Veneza 2018, apresentamos a proposta para o Pavilhão do Egito. A seguir, os participantes descrevem sua contribuição.

O pavilhão egípcio, com curadoria dos arquitetos Islam El Mashtooly e Mouaz Abouzaid, e do professor de arquitetura Cristiano Luchetti, propõe o tema do redesenvolvimento e estratégias de requalificação de espaços comerciais espontâneos em todo o país. O fenômeno do comércio "livre", não estruturado, muitas vezes abusivo e ilegal é predominante em muitas áreas urbanas e suburbanas. O souk tradicional não está mais confinado a ruas estreitas e espaços intersticiais do tecido histórico. De fato, o espaço do comércio estende seus tentáculos sem problemas ao longo das linhas de fluxos urbanos sem qualquer regra aparente. O projeto para o pavilhão se concentra nessas espacialidades estratégicas, mas também em seu conteúdo. O comércio de Roba Becciah é uma grande parte de todas as atividades do mercado. Os itens em desuso produzidos e descartados pelas sociedades consumistas são primeiro coletados e depois empilhados em grandes áreas para criar enclaves monofuncionais para fins comerciais futuros. Roba Becciah representa para os curadores uma importante metáfora da condição antropológico-urbana do mundo contemporâneo.

As casas de Joaquim Guedes

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Residência Liliana e Joaquim Guedes © José Moscardi

Joaquim Manoel Guedes Sobrinho foi um arquiteto urbanista brasileiro formado em 1954 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) na terceira turma da instituição e foi um expoente da chamada “escola paulista”. Em sua atuação profissional destaca-se a sociedade com sua esposa, Liliana Marsicano, com quem estabeleceu uma duradoura parceria em uma série de projetos até 1974.

Celebre o Dia Internacional dos Museus com nossa seleção de projetos

Nem todos os arquitetos têm a chance de projetar um museu. Por questões de orçamento, escala e forças externas ao campo da arquitetura que tornam complexa a realização de um equipamento desse tipo, conseguir a encomenda de um museu e concretizá-lo de fato talvez seja, para alguns escritórios, o ponto alto de suas trajetórias profissionais.

Para celebrar o Dia Internacional dos Museus, hoje, 18 de maio, compilamos algumas das obras de arquitetura museográfica mais relevantes publicados no ArchDaily no último ano. Veja-as, a seguir:

Projetos de Adjaye Associates, BIG e DS+R divulgados para o Adelaide Contemporary Museum

Arts South Australia divulgou seis projetos selecionados para um concurso para o Adelaide Contemporary, um novo destino cultural na quinta cidade mais populosa da Austrália. A lista, que foi anunciada em janeiro, apresenta uma lista de práticas internacionais repleta de estrelas, juntando algumas das empresas mais famosas da Austrália, como Woods Bagot, HASSELL e Durbach Block Jaggers, com nomes internacionais como Adjaye Associates, BIG, Diller Scofidio + Renfro, David Chipperfield Architects e Ryue Nishizawa.

O Adelaide Contemporary vem sendo pensado para transformar o local do antigo Royal Adelaide Hospital (oRAH) e contará com espaços de exposição, pesquisa e educação situados em um parque público de esculturas e local de encontro da comunidade. O museu também abrigará notavelmente a Galeria do Tempo, um espaço inédito para exibir arte aborígine ao lado de arte da Europa e da Ásia, convidando os visitantes a ver a arte australiana em um contexto global. Os seis projetos estão sendo expostos em uma galeria online criada pelo organizador do concurso, Malcolm Reading Consultants, e em uma exposição pública realizada em Adelaide, na Art Gallery of South Australia.

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Congresso tira vagas no Iphan para criar 231 cargos para intervenção federal no Rio de Janeiro

O Congresso aprovou esta semana a criação de 231 cargos para o gabinete do interventor federal no Rio de Janeiro e para o Ministério Extraordinário de Segurança Pública - para custear os novos cargos, serão extintas vagas no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Dos cargos criados, todos comissionados, 67 deles serão alocados no gabinete do interventor, o general Walter Braga Netto, e 164 serão escolhidos pelo ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Arquitetura hackeada? Fachada responde a estímulos e poluição do ar

São Paulo, assim como tantas cidades brasileiras, possui uma arquitetura estandardizada, monótona, cinza, com sua estética definida por incorporadoras e construtoras, com baixíssimo valor arquitetônico.

É claro que temos edifícios de grande relevância -entre eles, os clássicos do centro histórico, como o edifício Martinelli, os exemplares modernos de Rino Levi e Artacho Jurado, em Higienópolis, e os experimentos contemporâneos na Vila Madalena, assinados por Isay Weinfeld e a Triptyque. Infelizmente são poucos exemplos, que se reduzem a quase zero quando avançamos para a periferia.

Estou obcecado com a ideia de que podemos mudar essa realidade, hackeando edifícios existentes, estimulando uma nova identidade urbana, elevando a autoestima, melhorando a qualidade de vida e promovendo inovação e sustentabilidade a custos viáveis.