A digitalização dos meios de produção e os recursos tecnológicos ligados ao desenvolvimento de ferramentas cada vez mais sofisticadas impactam diretamente na prática contemporânea da arquitetura e do urbanismo. Pensar cidades e edifícios a partir do pressuposto digital representa grandes possibilidades de inovação em termos de desenho, otimização de recursos e processos, melhoria no desempenho e acompanhamento para manutenção de obras, entre outros aspectos. Muitas ferramentas estão disponíveis atualmente, e vão desde inteligência artificial à impressão 3D, passando por diversos artifícios que alteram os paradigmas da profissão e demandam uma nova postura na hora de projetar.
De modo geral, existem determinados fatores em projetos de espaços expositivos que contribuem para uma eficaz apresentação das obras: iluminação difusa, distribuição espacial e pé-direito altos são alguns deles. A combinação destas características com a capacidade de transformação dos ambientes (com a presença de elementos que possam ser perfurados, repintados e adaptados de acordo com cada exposição), são recorrentes em muitas galerias de arte e expressam o diálogo entre arte e arquitetura.
Atualmente, mais da metade da população mundial vive em cidades e se espera que esse número cresça para cerca de 70% até 2050, sendo que a maior parte das construções se concentrará em cidades localizadas na África, Ásia e América Latina, de acordo com dados das Nações Unidas (2017).
Dessa forma, as cidades ocupam papel de destaque em relação às mudanças climáticas, já que tendem a ser os locais de maior emissão de gases de efeito estufa (GEE) causado pelas atividades antrópicas e onde muitos dos impactos ocorrerão.
https://www.archdaily.com.br/br/938224/cidades-inteligentes-mudancas-climaticas-e-vulnerabilidadesLucas Rosse Caldas, Andrea Santos e Luan Santos
Arquitetos da era moderna são personagens que ainda hoje despertam as mais diversas fantasias através de seus projetos e (controversas) histórias de vida. Tomemos como exemplo a paixão que Le Corbusier nutria pela arquiteta Eileen Gray e a sua relação com o projeto da Casa E.1027, a qual ela havia projetado para seu amante, Jean Badovici, então amigo pessoal de Corbu. Sabe-se que o famoso arquiteto franco-suíço, procurando desesperadamente chamar a atenção de Gray, decidiu entrar na casa sem sem convidado, e começou a pintar grandes murais coloridos em uma das paredes brancas da sala. Além disso, sabemos que Corbusier foi um dos piores críticos da obra de Gray, desdenhando publicamente das suas qualidades como projetista, ao mesmo tempo que, contraditoriamente, à elogiava em em suas cartas de amor nunca respondidas. Algo parecido aconteceu na vida de Adolf Loos. Depois de um encontro casual em Paris com a estrela em acensão de apenas 19 anos, Josephine Baker, ele decidiu simplesmente projetar uma casa para ela. Obviamente, o projeto nunca saiu do papel.
O fascínio destes dois personagens por mulheres alheias são um resumo da história de um das mais famigeradas publicações periódicas do mundo, a revista Playboy. Entretanto, para além do seu conteúdo explicito, desde seus primórdios os editores da revista se esforçaram para promover um estilo de vida pontuado pelo design moderno, celebrando algumas das mais importantes figuras (masculinas) no mundo do design americano. Em um esforço para promover a revista como uma publicação moderna e de vanguarda, os editores entrevistavam com frequência alguns dos mitos da arquitetura americana, como Mies van der Rohe, Buckminster Fuller e Eero Saarinen, aproximando tais figuras de um público, que apesar de devoto a harmonia das formas, era totalmente iletrado em arquitetura.
É bastante comum usar o termo acessibilidade ao projetar espaços para pessoas com necessidades especiais ou para idosos. No entanto, para garantir um design universal eficaz para as crianças, é imprescindível conhecer e focar em suas necessidades específicas, com base em ergonomia, segurança, iluminação natural e artificial, cores e acessórios. Neste artigo, abordaremos os parâmetros mais importantes a serem considerados ao especificar dimensões e materiais em banheiros coletivos para crianças pequenas.
A adesão das novas tecnologias na prática da arquitetura vêm crescendo e expandido as possibilidades projetuais os últimos anos. O emprego da automação de processos e funções ligadas ao universo da construção pode ir desde as estratégias de planejamento nas cidades, até a escala mínima das demandas cotidianas de um programa doméstico, por exemplo. Um dos mais relevantes meios de incorporação das tecnologias recentes nos escritórios é por meio do que se conhece como inteligência artificial, que refere-se, em linhas gerais, ao uso de dados que podem "ensinar" as máquinas a funcionarem em níveis diversos de autonomia.
Enquanto a esmagadora maioria do mundo ainda está lutando contra o COVID-19, a situação econômica e social na China mostrou sinais de retorno a um novo estilo de vida normal nas últimas semanas. Em outro sinal de boas-novas, o governo chinês anunciou recentemente que os dois hospitais em Wuhan, que foram construídos desde o zero dentro de 10 dias fechariam suas portas no dia 15 de abril e os 30 pacientes restantes serão transferidos para outros hospitais em Wuhan para receber tratamento adicional. Outras regiões da China seguiram passos similares, também anunciando o fechamento de hospitais temporários, mostrando um sinal positivo de que a pandemia do COVID-19 finalmente está sendo derrotada no lugar onde surgiu pela primeira vez.
Copilamos uma lista com os hospitais temporários construídos nos primeiros dois meses de 2020, desenhados especificamente para tratar pacientes com sintomas de COVID-19. No total, a China construiu mais de 30 hospitais temporários em todo o país. A velocidade a qual completaram essas instalações médicas foi alcançada graças ao árduo trabalho de dezenas de milhares de pessoas que trabalharam 24 horas por dia.
https://www.archdaily.com.br/br/937809/conheca-os-hospitais-chineses-construidos-para-controlar-a-pandemia-de-covid-19Milly Mo
As expressões regionais da cultura de um país representam um dado significativo que ajuda a entender a relação do contexto e das condições específicas com as mais diversas formas de manifestação social. Essas nuances e singularidades dentro do âmbito da construção se traduzem no que pode ser entendido como arquitetura vernacular. Apesar de sempre ter existido, esse universo dos exemplares locais de arquitetura a partir de materiais, técnicas e soluções construtivas regionais veio a ser bastante estudado no Brasil na segunda metade do século XX, em um projeto de traçado da história arquitetônica nacional encabeçado por Lucio Costa.
O ArchDaily criou uma lista com os melhores artigos sobre dicas e recomendações que você precisa saber sobre materiais, construção, projeto, educação, trabalho (e a vida em geral).
Como forma de promover maiores distâncias entre as pessoas e incentivar formas alternativas de transporte tanto para profissionais de atividades essenciais que continuam trabalhando no período da pandemia do novo coronavírus, como para os cidadãos que podem sair para se exercitar, cidades ao redor do mundo estão revisando políticas de transporte e revertendo vias destinadas a veículos motorizados para o uso de ciclistas e pedestres.
Reaproveitar uma pré-existência, atribuindo-lhe novo uso ou simplesmente melhorando suas condições, poder ser uma estratégia inteligente em nosso contexto ambiental de acelerado consumo de recursos. Pensar em modos de recuperar um edifício é tarefa da arquitetura, mas a missão se complexifica quando a pré-existência é imbuída de altos valores e significados culturais e históricos, já que intervir – e alterar – o patrimônio arquitetônico significa redesenhar o passado e prescrever um futuro, que pode ou não conter novos modos de usar a estrutura.
Agora que as varandas adquiriram uma grande relevância em todo mundo ao serem oficializadas como plataformas para a dispersão e a interação social em regiões onde a quarentena obrigatória - medida importa em um grande número de países para frear o contágio do COVID-19 - que não permitem que os habitantes saiam de seus apartamentos, é um momento oportuno para pensar nas ferramentas que temos para desenhar e qualificar esses espaços.
Casa Meche / ENSUSITIO Arquitectura. Image Cortesía de ENSUSITIO Arquitectura
O artigo a seguir faz parte de uma série desenvolvida por Nikos A. Salingaros, David Brain, Andres M. Duany, Michael W. Mehaffy e Ernesto Philibert-Petit, que explora as particularidades da habitação social na América Latina. Nesta ocasião, os autores lidam com o papel da participação nos processos de projeto e construção de um tecido urbano saudável baseado na experiência de Christopher Alexander.
https://www.archdaily.com.br/br/915738/estrategias-de-construcao-para-habitacao-social-na-america-latinaNikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy & Ernesto Philibert-Petit
Você conhece a expressão canto alemão? Frequentemente utilizado em bares e restaurantes, diz respeito ao uso de sofá ou banco fixo diretamente sobre a parede junto a mesa de jantar, de modo que há economia de espaço, uma vez que dispensa circulação dos dois lados daqueles que estão sentados. Por esse motivo, o recurso anteriormente utilizado somente em espaços comerciais, passou a ser incorporado como solução em ambientes residenciais, sobretudo aqueles com o espaço reduzido.
Dentre a diversidade de programas e tipologias nos quais a prática de arquitetura e urbanismo permite atuar, talvez os projetos de cunho público e cultural sejam aqueles que tenham o maior impacto na vida urbana. Este tipo de programa é, certamente, estimulante, uma vez que se coloca em jogo a possibilidade de projetar edifícios e espaços que serão apropriados por um significativo número de usuários com demandas e formas de usar diversas.
Projeto 'Três Morros para São Paulo', de Laura Sobral e Raphael Franco
As cidades são potencializadoras de encontros e oportunidades, atraindo pessoas em busca de maior escala e diversidade. Agora, sendo restritos os encontros, o que se escancara é a interdependência e a importância dos lugares onde se sustentam trocas e convívios. Explico-me a partir de algo simples, porém nem por isso menos significativo do momento: a maioria dos espaços públicos do Brasil — praças, parques, calçadas — quando existentes, são desertificados. Ou seja, não têm infra-estrutura para a permanência de pessoas.
Todos estão ansiosos para voltar à nova rotina do futuro que está por vir. A pandemia da COVID-19 tem exigido diariamente não só inovação, como também adaptação na forma como vivemos. As soluções são as mais diversas! Muitas delas já estavam disponíveis, porém – em condições normais – talvez demorassem anos para serem testadas e aprovadas. Outras, não só são velhas conhecidas, como há muito defendidas e solicitadas por nós. Agora que tiveram que ser implementadas em tempo recorde, a única certeza que temos é: nada será como antes.
https://www.archdaily.com.br/br/938086/mobilidade-a-pe-em-tempos-de-pandemiaWans Spiess, Kelly Fernandes e Ana Carolina Nunes
Com o novo Twinmotion 2020, você pode criar visualizações ainda mais convincentes e experiências imersivas com seus modelos CAD e BIM. Além de muito mais realismo, uma área que recebeu melhorias significativas na nova versão é a revisão de projetos, com vários recursos para acelerar a revisão e a apresentação de designs BIM.