Aos 60 anos, Brasília continua chamando a atenção. Ninguém parece ficar indiferente aos defeitos e qualidades da primeira cidade contemporânea a se tornar Patrimônio Cultural da Humanidade. No aniversário da capital brasileira, escolhemos falar da caminhabilidade, para mostrar que as polêmicas sobre a falta de urbanidade têm razão de ser.
Há 50 anos atrás Clarice Lispector já apontava o quão difícil era desvendar Brasília: "os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil; eles ergueram o espanto deles, e deixaram o espanto inexplicado". Hoje, a capital federal completa 60 anos e continua intrigante para estudiosos, curiosos e qualquer pessoa que se permita tentar conhecê-la melhor. A fim de compreender parte do cotidiano que ali existe convidamos seis profissionais - de diferentes lugares do campo da arquitetura e do urbanismo -, que habitam a cidade, para compartilhar conosco suas visões e trazer mais algumas camadas que ajudam a construir uma interpretação sobre a utopia e realidade que Brasília representa atualmente.
O uso da inteligência artificial (AI) se embasa na ideia de otimizar, dinamizar e ampliar o alcance das mais diversas operações. Seus sistemas são programados para identificar padrões e, com isso, tornarem-se aptos à realizar previsões e ações com velocidade e acurácia. A eficiência dos modelos depende da quantidade e qualidade dos dados, que podem ser obtidos por aplicativos, câmeras, sensores etc. No âmbito urbano, a tecnologia baseada no uso da inteligência artificial tem sido vista como forma de aperfeiçoar o gerenciamento destes territórios, sobretudo daqueles mais densos e de maior extensão.
Quando se fala em indígenas sempre parece algo longe de nós, que não nos pertence, que está lá longe, na mata, na história etc. Para essa parcela da população, é reservado somente preconceitos e estereótipos. Até mesmo o termo “cultura indígena” costuma ser usado de forma romântica por quem se diz do meio, por desconhecimento, falta de acesso a informações mais coerentes ou preguiça. Mas o fato é: sempre tivemos indígenas entre nós.
https://www.archdaily.com.br/br/937793/indigenas-no-espaco-urbano-nao-foi-a-aldeia-que-chegou-na-cidade-mas-a-cidade-que-chegou-na-aldeiaDanielle Klintowitz, Fernanda Correia e Marcos Aguiar
Como um de seus principais atrativos, a madeira é um material que tem por característica a capacidade de trazer a sensação de aquecimento visual do espaço, tornando-o mais acolhedor e confortável. Por isso, é muito comum que arquitetos e designers de interiores especifiquem este material para o revestimento de pisos e paredes em seus projetos numa variedade de espécies, padrões e tonalidades. Porém, indo além do uso tradicional, tem se tornado cada vez mais comum a aplicação deste material em forros residenciais, auxiliando na ambiência acolhedora e sensação de rebaixamento do forro, mas sobretudo, nos parâmetros de comodidade acústica.
À medida que cidades em todo o mundo ficam paralisadas por conta do surto de COVID-19, muitas pessoas foram solicitadas a ficar em casa, deixando apenas trabalhadores essenciais continuando a sair para manter o mundo funcionando. Grande parte das famílias e indivíduos passaram a maior parte do tempo em casa, autorizados a sair apenas para comprar mantimentos essenciais. Como muitos podem sentir ansiedade devido ao confinamento e à falta de interação, sugerimos maneiras diferentes de animar sua casa durante o distanciamento social, melhorando o espaço interior por meio de atividades produtivas.
As máquinas são capazes de projetar? Embora esta seja uma pergunta recorrente, ela está cada vez mais presente nas discussões sobre arquitetura e o futuro da inteligência artificial. Mas o que exatamente é a inteligência artificial hoje? À medida que descobrimos mais sobre aprendizado de máquina e design generativo, começamos a ver essas formas de "inteligência" se estenderem para além de tarefas repetitivas e operações simuladas. Elas passaram a abranger a produção cultural e, por sua vez, o próprio projeto.
No mundo altamente conectado em que vivemos hoje, a tecnologia influencia e impacta quase todas as decisões que tomamos. Big Data,Inteligência Artificial (IA), e a Internet das Coisas (IoT) têm aperfeiçoado nossas vidas no âmbito digital, nos ajudado a entender melhor os espaços em que vivemos. Além dos sistemas e equipamentos inteligentes que já fazem parte de nossa vida cotidiana – os quais foram sendo incorporados ao nosso dia-a-dia ao longo das últimas décadas –, uma série de outras tecnologias estão surgindo e prometem revolucionar também os nossos espaços de trabalho, as quais – mais cedo ou mais tarde –, também deveremos nos adaptar. Frequentemente, o objetivo dessas novas tecnologias é a otimização de todos os processos, fornecendo dados para que as empresas possam tomar decisões mais acertadas e compreendendo melhor o fluxo de trabalho de seus funcionários.
Apresentamos uma seleção das melhores fotografias de projetos construídos em taipa. São 15 obras que mostram o potencial estético dessa técnica que consiste na sobreposição de camadas de terra comprimida e sem revestimento. Embora pouco utilizada na construção civil, esta técnica de origens vernaculares voltou a ser empregada por alguns escritórios nos últimos anos.
Veja, a seguir, fotografias de obras em taipa feitas por nomes como Filip Dujardin, Cade Hayes e Nic Lehoux.
Les Avanchets é uma cidade na Suíça onde a maioria das pessoas cultivam os seus próprios alimentos em hortas caseiras. Além do cultivo, a troca de alimentos também é muito comum: quem tem cenouras sobrando troca por couves ou limão e assim todos garante uma alimentação saudável e variada, sem agrotóxicos.
Quando o período de confinamento e de ampla contaminação da epidemia estiver encerrado não seremos mais os mesmos. Esta frase vem sendo dita e repetida, e realmente a sociedade mundial não será mais a mesma. Possivelmente muitas relações de trabalho irão mudar, e muitas legislações poderão sofrer adequações permitindo que a tecnologia passe a ser uma aliada nas relações entre empregador e funcionário, resultando inclusive em um impacto positivo nos aspectos de mobilidade, meio ambiente e consumo de energia.
https://www.archdaily.com.br/br/937529/como-a-pandemia-de-covid-19-vai-nos-desafiar-a-criar-novos-espacos-publicosAna Paula Wickert
No processo de formação acadêmica, arquitetos iniciantes são educados e incentivados a desenvolverem projetos e trabalhos nos softwares mais “tradicionais”, sejam pelas parcerias que essas empresas fazem com os laboratórios das universidades, pela falta de tempo para aprender um novo programa, ou pelo decorrente da cultura de se manter utilizando softwares mais populares.
Até 2050, a população mundial deverá ultrapassar os 10 bilhões de habitantes, fazendo a superlotação das cidades uma das questões mais prementes da atualidade. A análise de dados, os algoritmos de aprendizado de máquinas, o desenvolvimento de novos sistemas de transporte e a rápida evolução das novas tecnologias estão causando um impacto cada vez maior na maneira com que as pessoas se relacionam com o espaço urbano, algo que influenciará decisivamente o futuro das nossas cidades, e em maior medida, a vida de todos nós.
A arquitetura brutalista responde a um momento histórico. Terminava a Segunda Guerra Mundial e das cinzas surge uma nova forma de Estado, junto com um nova ordem global que vai incluir, com maior protagonismo, a Estados periféricos.
A arquitetura brutalista nasce como resposta a ideias de estados benfeitores, estados robustos que vão sustentar e dirigir a nova sociedade de massas. Como disse o crítico Michael Lewis "o brutalismo é a expressão vernacular do estado benfeitor".
Com o sentido perdido, as cidades buscam novos significados. Hoje dependemos das redes sociais digitais para acessar bens comuns como cultura, lazer, encontros significativos - mas como podemos usufruir das tecnologias para permitir o direito à cidade em tempos de pandemia? Vivemos um movimento global de diminuição do ritmo do desenvolvimento urbano: o esvaziamento das cidades na Índia, o êxodo urbano na França, o retorno às menores cidades e às áreas rurais, onde há menor densidade populacional e maior qualidade de vida. O que significa a cidade se não a promessa do acesso aos bens comuns que ela oferece?
Os arquitetos de hoje enfrentam uma tarefa comum que desafia a intuição - como equilibrar o desempenho da construção e metas estritas de carbono e custos. A sustentabilidade nas edificações é certamente uma meta digna e necessária, mas a quantidade de opções pode ser avassaladora e os custos proibitivos, especialmente aos olhos dos proprietários. Como os projetistas podem convencer melhor seus clientes a integrar sustentabilidade em um projeto? Manter os custos baixos e fazer decisões com análise baseada em fatos são os primeiros passos sólidos.
Ainda que a alguns anos a tecnologia BIM pudesse ser considerada como uma grande novidade ou até um futuro muito distante, o fato é que o termo BIM é hoje algo pra lá de familiar dentro dos escritórios de arquitetura e também de engenharia. Entretanto, vocês já se perguntaram por que o uso dos sistemas BIM cresceu tanto ao longo dos últimos anos? Acontece que os chamados modelos de informação da construção simplificaram e muito o trabalho dos diferentes atores envolvidos nos processos de projeto e construção, uma vez que não apenas facilitam o processo de projeto mas também simplificam a análise global de todos os componentes de um edifício, fazendo da compatibilização de projetos uma brincadeira de criança além de minimizar todos os possíveis erros e conflitos que possam existir em um projeto de arquitetura.
Graças as ferramentas BIM, atualmente é possível trabalhar de maneira colaborativa e simultânea, maximizando a eficiência da gestão e administração de projetos desde a micro à macro escala, permitindo que arquitetos e engenheiros possam compartilhar seus modelos paramétricos que incluem, evidentemente, informações em 2D, 3D e o que é melhor, dados quantitativos e precisos sobre todos os componentes de um edifício.
https://www.archdaily.com.br/br/937749/curso-online-gratuito-de-revit-para-arquitetos-e-estudantes-durante-a-quarentenaGoPillar Academy
Construção do estádio Al Wakrah. Imagem cortesia do Supreme Committee for Delivery & Legacy
Entre fevereiro de 2014 e setembro de 2015 – poucos meses antes de seu precoce e inesperado falecimento – a arquiteta Zaha Hadid esteve no centro de um acalorado e polêmico debate. Debate esse que teria como foco, de um lado as crescentes e cada vez mais graves denúncias sobre as condições de trabalho no Qatar de forma geral, e em específico nas obras empreendidas para a realização da Copa FIFA – Fédération Internationale de Football Association, de 2022 (ITUC, 2014; Amnesty International, 2016); e do outro o projeto do Al Wakrah Stadium – elaborado pelo escritório de arquitetura sediado em Londres que leva seu nome, e assinado por Hadid e Patrik Schumacher, para o referido evento.
https://www.archdaily.com.br/br/937775/arquitetura-forma-e-trabalho-reflexoes-sobre-zaha-hadid-e-as-obras-do-estadio-para-a-copa-2022-no-qatarMarianna Boghosian Al Assal