Cortesia de International Union of Architects (UIA)
Como parte do plano de revitalização econômica de Trípoli, no Líbano, a União Internacional de Arquitetos (UIA), em colaboração com a Federação Libanesa de Engenheiros e Arquitetos (em nome da Zona Econômica Especial de Trípoli / TSEZ), a União de Arquitetos Mediterrâneos (UMAR), e o governo libanês, lançou um concurso internacional de arquitetura para criar um Centro de Conhecimento e Inovação na cidade.
O local de intervenção é um terreno dentro da abandonada Feira Internacional Rachid Karami, de Oscar Niemeyer, um complexo de exposições modernista que clama por restauração. O objetivo do concurso é criar um centro de tecnologia e negócios que promova e fomente pequenas empresas e empreendedores, atraindo estudantes, jovens graduados e empresas locais e internacionais para Trípoli e seus arredores.
Jardim Lapenna, São Miguel Paulista. Foto: Eduardo Silva/32xSP
Moradores do Jardim Lapenna, em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, criaram um plano de bairro participativo na capital paulista. Com 32 ações urbanísticas previstas em áreas como iluminação, segurança e pavimentação, sete delas foram eleitas como emergenciais e estão em processo de inclusão no projeto de lei orçamentária anual (PLOA) para 2019.
A arquitetura é poderosa, e assim como a energia nuclear, ela depende da forma como é utilizada. Pode criar cidades inabitáveis, mas também pode criar cidades mais seguras e melhorar nossa qualidade de vida.
Em diversos exemplos, o desenho urbano forneceu uma resposta aos espaços públicos deteriorados ou abandonados, o que não só evidencia o quanto a organização e a iluminação são imprescindíveis, mas também permite considerar os usuários e gerar espaços para o encontro.
"Favela" Cidade da Guatemala. Imagem via Shutterstock
Favela, gueto, assentamento informal, bairro de lata, musseque, ocupação informal... a lista é farta.
Pesquisa preveem que a demanda por abrigo em ambientes urbanos continuará crescendo, talvez indefinidamente, e que até o ano de 2050, mais de dois terços da população mundial viverá nas cidades. Com isso em mente, não seria este o momento de reavaliar a maneira como falamos sobre diferentes formas de urbanização?
Um consórcio formado pelas empresas Progress, Cushman & Wakefield e Miralles Tagliabue EMBT recentemente chegou à fase final de um concurso de projeto para criar um centro turístico na Rússia em parte do aterro em homenagem ao almirante Serebryakov na cidade de Novorossiysk. A proposta oferece os espaços de hospitalidade exigidos, mas também conta com instalações exclusivas, como um museu do vinho, um mercado de peixe e uma "ilha artificial", todos servindo como novos centros de atração para os moradores e visitantes da cidade. A base conceitual do projeto baseia-se em três componentes: "a ideia de uma cidade natural, a unificação das três forças da natureza e a aparência característica de Novorossiysk como uma cidade portuária".
via Wikimedia. ImageDom Luis Bridge / Porto, Portugal
Um fato infeliz da indústria AEC (arquitetura, engenharia e construção) é que, dentre todos os estágios do processo - do planejamento e projeto à construção e operações - dados críticos acabam sendo perdidos.
A realidade é que, quando você move dados entre fases, digamos, do ciclo de vida útil de uma ponte, você acaba levando esses dados entre sistemas de software que reconhecem apenas seus próprios conjuntos de dados. No minuto em que você traduz esses dados, você reduz sua riqueza e valor. Quando uma parte interessada do projeto precisa de dados de uma fase anterior do processo, arquitetos, planejadores e engenheiros geralmente precisam recriar manualmente essas informações, resultando em retrabalho desnecessário.
O Parque Tecnológico de Vitória é um desejo de grande parte da comunidade empreendedora e uma necessidade para que a capital possa mudar sua matriz econômica e passe a gerar produtos e serviços com alto valor agregado por meio da inovação. Mas para que um empreendimento de tamanha magnitude saia do papel, é fundamental a cooperação de todos os envolvidos – proprietários dos terrenos, poder público, academia, planejadores urbanos, setor produtivo, comunidades do entorno, ecossistema de inovação e, toda a população que será impactada.
O Concurso ZPT, organizado pelo escritório Nós Arquitetos e Engenheiros Associados, é um concurso de Ideias
Vital para que o planejamento de qualquer cidade gere prosperidade e qualidade de vida à sua população, a participação social precisa estar inserida nas tomadas de decisão. Cada cidadão precisa ter seu espaço para contribuir com novas ideias, eleger prioridades e também acompanhar o andamento dos projetos de seu município. Para facilitar essa troca, o Consul, uma plataforma desenvolvida pela cidade de Madri, está sendo disponibilizada gratuitamente para qualquer cidade ao redor do mundo. No Brasil, uma oficina promovida pelo WRI Brasil apresentou a ferramenta a cidades brasileiras interessadas e que já trabalham na sua implantação.
Uma semana após seu criador ter sido premiado com o Leão de Prata na Bienal de Veneza de 2016, a Escola Flutuante de Makoko entrou em colapso e naufragou depois que fortes chuvas assolaram a cidade de Lagos, na Nigéria. Projetada pelo arquiteto nigeriano Kunlé Adeyemi, da NLÉ Architects, a escola estava localizada em plena baía da maior cidade do país. Quase dois anos depois, a escritora Allyn Gaestel, natural de Lagos, publicou uma investigação sobre a vulnerável comunidade costeira e sobre o arquiteto por trás do projeto naufragado, uma narrativa cativante intitulada "Things Fall Apart".
Apesar da habitação ser mais acessível na periferia, os custos com o transporte se sobressaem a essa economia. Foto: Kasper Christensen/Flickr. Licença CC BY-SA 2.0
Muitas famílias que trabalham por longas horas gastam mais do que podem pagar em habitação e transporte, ficando com poucos recursos disponíveis para outros bens essenciais, como alimentação e cuidados com a saúde. Isso é um problema sério. Consequência, em parte, de políticas públicas que favorecem opções caras de habitação e transporte em relação a alternativas mais acessíveis.
Skyline de Mumbai. Imagem via Pixabay usuário PDPics (domínio público)
A Missão Cidade Inteligente do governo indiano, lançada em 2015, prevê o desenvolvimento de cem "cidades inteligentes" até 2020 para apresentar soluções para a rápida urbanização do país;trinta cidades foram adicionadas à lista oficial na semana passada, levando o número total atual de iniciativas planejadas para noventa. A missão de US$ 7,5 bilhões abrange o desenvolvimento geral de infraestrutura básica — abastecimento de água, eletricidade, mobilidade urbana, habitação a preços acessíveis, saneamento, saúde e segurança — ao mesmo tempo que incluem "soluções inteligentes" baseadas em tecnologia para impulsionar o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos nas cidades.
Em um país imerso em corrupção, a missão foi elogiada pelo uso transparente e inovador de um nacional "Desafio Municipal" para dar financiamento às melhores propostas dos órgãos municipais locais. Seu manifesto utópico e implementação, no entanto, são motivos de grande preocupação entre os planejadores urbanos e tomadores de decisão hoje, que questionam se a própria ideia de cidade inteligente indiana é inerentemente falha.
Da pedra cinza de Montreal ao calcário de Jerusalém, cada cidade tem sua própria identidade. Ao escanear a arquitetura da cidade alemã de Nördlingen, que completou 1.120 anos, as casas de madeira, os telhados inclinados vermelhos e as ruas sinuosas parecem idênticas em quase todos os aspectos a muitas comunidades medievais pitorescas que povoam o território europeu.
Embora da aparição da cidade no clássico de 1971, Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate, possa parecer seu feito mais notável, há algo inteiramente original sobre a arquitetura desse local do sul da Alemanha. Nördlingen foi literalmente feita de diamantes - milhões de diamantes microscópicos para ser exato - com a própria cidade construída dentro de uma antiga cratera de meteoro.
Há quase dois anos, a América do Sul foi atingida por uma crise na saúde pública que afetou centenas de milhares de mulheres. No Brasil, mais de 2.600 crianças nasceram com microcefalia – uma malformação que torna o crânio menor do que o normal – e outras complicações resultantes da infecção pelo vírus Zika. Os brasileiros se acostumaram com o nome pouco familiar da doença, que se rapidamente se espalhou pelo nordeste do país e cruzou as fronteiras com Colômbia e Venezuela. Porém, à medida que a doença se tornou uma preocupação internacional, ficou claro também que se tratava de um problema muito maior para alguns grupos do que para outros.
Descrito como um "espaço de crescimento" que permitirá que a empresa expanda sua presença na Europa, a nova sede abrangeria quatro edifícios em King's Cross Central - a mesma região da cidade onde a Google está construindo seu campus de 11 andares, projetado pelos estúdios BIG e Heatherwick.
Foram anunciados 20 finalistas para o Open International Competition for Standard Housing, na Rússia. Com o plano de fornecer 30 milhões de residentes russos com novas residências até 2025, o concurso visa descobrir novas soluções inovadoras para melhorar o planejamento e os projetos residenciais nos novos empreendimentos. O concurso foi organizado pelo Governo da Federação da Rússia, pelo Instituto Nacional para a Fundação do Desenvolvimento da Habitação e pelo Ministério da Construção da Rússia trabalhando em conjunto para criar um novo padrão para habitação a preços acessíveis.
Você já ouviu falar do termo Arquitetura hostil? Cunhado em junho de 2014 pelo repórter Ben Quinn no jornal britânico The Guardian, a matéria originalmente intitulada Anti-homeless spikes are part of a wider phenomenon of 'hostile Architecture(As pontas de ferro anti-desabrigados são parte de um fenômeno mais amplo conhecido como "arquitetura hostil") [1] surpreendeu cidadãos de todo o mundo que passaram a notar em seus contextos as práticas listadas por Quinn. Ali ele discorreu sobre como o desenho urbano têm influenciado o comportamento e o convívio, criticando como a abordagem ao mesmo tem buscado excluir moradores em situação de rua dos centros urbanos.
https://www.archdaily.com.br/br/888722/arquitetura-hostil-a-cidade-e-para-todosEduardo Souza e Matheus Pereira
Cidades ativas são aquelas em que a população pode fazer escolhas mais saudáveis e sustentáveis. Para que isso seja possível, as cidades devem proporcionar acesso a espaços públicos e serviços de qualidade a todas as pessoas, garantindo que possam passear, descansar, brincar e se exercitar em praças, parques e equipamentos. Cidades ativas são também compactas, nas quais a proximidade entre a moradia e o trabalho, escola, serviços, lazer faz com que as redes de mobilidade a pé, cicloviária e de transporte público sejam mais eficientes e melhores distribuídas no território. Assim, a escolha pelo modal a pé ou bicicleta nos deslocamentos diários se torna viável. Por isso, cidades ativas são, necessariamente, mais caminháveis.
"...Brasília é a execução, em alta modernidade, da ideia nutrida pelo Ocidente do que fora a plenitude grega" (Paulo Emilio Salles).
Sempre que, no eixo monumental, cruzo a linha imaginária que liga o Congresso Nacional ao Palácio do Itamaraty e vislumbro a Praça dos Três Poderes do alto da rampa que nela desemboca, me vem uma emoção genuína, que não se desgasta pela sua repetição. A visão privilegiada do conjunto da Praça, ladeada pelos seus três edifícios principais e adornada com a perspectiva do Itamaraty, à direita, é uma imagem que só se compara com a dos grandes espaços urbanos icônicos da humanidade.