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Planejamento Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia

A utopia das cidades compactas e sem separação de classes / Ângelo Marcos Arruda

Lendo o artigo “Cidades: densidade e diversidade”[1], pude perceber que há algo de novo no Reino da Dinamarca na questão urbana: cidades dispersas e ricos e pobres morando distantes um do outro é tema que está na ordem do dia.

No começo pensei: teremos que mudar uns 5.000 anos de história das cidades. Será que esse assunto desperta debates? Lá pelo meio do artigo, os articulistas afirmam: “Aumentar a densidade urbana contribui não apenas para reduzir custos do transporte e impactos ambientais, mas pode amplificar as oportunidades para economias de aglomeração... O aumento da densidade frequentemente está associado ao aumento da diversidade.” E ainda confirmam que o compartilhamento da área urbana entre pessoas de diferentes níveis sociais – ricos e pobres -, significa não apenas o ideal utópico de uma democracia espacial e territorial, mas também um motor de eficiência econômica. Territórios plurais são mais eficientes do ponto de vista produtivo e é uma pauta que pode aproximar as correntes da esquerda com a direita e as agendas urbanas das pessoas, sociedades, entidades, empresas e governos, por uma nova agenda social urbana.

MVRDV + Austin-Smith:Lord selecionados para revigorar o centro de Glasgow

A Câmara Municipal de Glasgow escolheu uma equipe multidisciplinar liderada pela MVRDV e o escritório Austin-Smith:Lord, de Glasgow, para transformar o centro de Glasgow em um local "mais habitável, atraente, competitivo e sustentável". Intitulada (Y)our City Center, a estratégia pede uma regeneração do centro da cidade, com 400 hectares, que reorganizaria a circulação e as infraestruturas, proporcionando novas opções residenciais para apoiar o centro econômico da Escócia.

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Clássicos da Arquitetura: Projeto Urbano de Chandigarh / Le Corbusier

Em 15 de agosto de 1947, na véspera da independência da Índia do Reino Unido, veio uma diretiva que transformaria o subcontinente para as próximas seis décadas. A fim de salvaguardar a população muçulmana do país da maioria hindu, os líderes coloniais de partida deixaram de lado as porções noroeste e leste do território para seu uso. Muitos dos cerca de 100 milhões de muçulmanos espalhados por toda a Índia receberam pouco mais de 73 dias para se mudarem para esses territórios, as nações modernas do Paquistão e Bangladesh. À medida que as fronteiras dos novos países eram desenhadas por Sir Cyril Radcliffe (um inglês cuja ignorância da história e da cultura indianas era percebida pelo governo colonial como uma garantia de sua imparcialidade), o estado de Punjab foi dividido entre a Índia e o Paquistão, sendo que o último acabou ficando om a capital Lahore. [1] Foi na esteira dessa perda que o Punjab precisaria de uma nova capital do Estado: uma que não só servisse às exigências logísticas do estado, mas fizesse uma declaração inequívoca para o mundo inteiro de que uma nova Índia -modernizada, próspera e independente-tinha chegado.

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Existe um tamanho ideal para as cidades? Ou tudo depende de planejamento?

Nas palavras de Jane Jacobs, as cidades são a origem da inovação, diversidade, tolerância e prosperidade. A expansão territorial dos grandes centros urbanos parece refletir todo esse complexo movimento que ocorre para acomodar todas as transformações econômicas e sociais. Quanto, porém, elas podem crescer? Qual o tamanho ideal?

Um recente estudo feito por economistas do National Bureau of Economic Research dos Estados Unidos tenta responder a essas perguntas ao analisar centros norte-americanos. Entre as conclusões, está o fato de que grandes cidades dos Estados Unidos poderiam ter seu tamanho reduzido em até um terço. Mais que isso, o país pode ter atualmente duas vezes mais cidades que o necessário, fazendo com que metade da população americana viva em lugares pequenos demais.

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Como as medidas de desestímulo ao uso do automóvel melhoram a mobilidade urbana

As primeiras cidades, datadas de 3.500 AC, inauguraram espaços feitos para encontros, trocas e interações entre pessoas. No decorrer dos séculos, as cidades foram se adaptando de acordo com novos padrões de densidade, zoneamento e transporte. Mas foi no século XX, ou mais especificamente no pós-guerra, que as cidades começaram a mudar radicalmente. Com o surgimento do automóvel, sua valorização enquanto bem de consumo, e a rápida disseminação do seu uso, houve uma inversão total: as cidades foram adaptadas e desenhadas para acomodar as viagens de automóvel. As cidades para pessoas passaram a ser cidades para carros.

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O problema dos vazios urbanos em Campo Grande / Ângelo Marcos Vieira de Arruda

Inegavelmente, um dos maiores problemas urbanísticos de Campo Grande, são os vazios urbanos existentes em seu território.

Desde os primórdios dos planos diretores, diversas diretrizes tentaram regular a produção do espaço urbano, levando em conta sempre a necessidade de urbanizar os vazios, de sorte a permitir que a mancha urbana fosse contínua. A partir da década de 1970, a cidade recebeu contingentes populacionais em função de sua futura condição de capital de Mato Grosso do Sul em 1979 e, com isso, acelerou-se a urbanização descontrolada e os limites do perímetro foram sendo ampliados e os parcelamentos novos surgindo, disputando espaço com os conjuntos habitacionais públicos e com as ocupações irregulares em curso. Resultado ao fim da década, a cidade teve quase 200 favelas, mais de 10 mil novas casas construídas e uns 120 mil lotes vazios ao fim dos anos 1990.

Vincent Callebaut Architectures propõe eco-vizinhança em Bruxelas

Vincent Callebaut Architectures lançou os planos para o empreendimento de um bairro ecológico radical na Tour & Taxis, em Bruxelas, na Bélgica. Abrangendo uma área de 135.000 metros quadrados, a proposta inclui a reconversão da Gare Maritime do início do século XX, e a construção de três "florestas verticais" residenciais atingindo 100 metros de altura. A visão final do arquiteto é um bairro que abrange o progresso tecnológico, princípios de construção sustentável e renovação do patrimônio construído.

Situado a noroeste do centro da cidade de Bruxelas e construído em 1907, o parque industrial de Tour & Taxis operou originalmente como um complexo marítimo e aduaneiro. Embora a abertura das fronteiras europeias tenham tornado obsoleta a sua função original, o Gare Maritime (Terminal Marítimo) ainda encarna a arquitetura da era industrial.

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Série fotográfica mostra a arquitetura soviética fossilizada da Bielorrússia

A história do que é agora a República da Bielorrússia é turbulenta. O país fez parte do Império Russo, ocupado pelos alemães durante as duas Guerras Mundiais, dividido entre a Polônia e a União Soviética, tendo, finalmente,declarado sua independência em 1991. Embora a Bielorrússia seja agora uma nação independente, é também um pais isolado que se manteve inalterado desde a década de 1990, sendo amplamente visto como uma espécie de lapso temporal, a janela mais conservada para a vida na antiga União Soviética.

O fotógrafo Stefano Perego documentou recentemente o legado soviético pós-guerra da arquitetura da Bielorrússia dos anos 60-80 e compartilhou conosco suas fotografias. Veja-as a seguir.

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Tinder do planejamento urbano ajuda cidades a tomarem decisões

Fotos de pretendentes vão surgindo na tela do celular, e você diz se tem ou não interesse. É assim que funciona o aplicativo Tinder; e é dessa forma que a cidade de Santa Monica, nos EUA, resolveu descobrir o que os seus habitantes pensam. Parece simplista, mas foi o jeito encontrado para consultar a população sobre temas pertinentes (sem apelar à burocracia das leis municipais). A tecnologia não é a solução para todos os problemas urbanos, mas pode ser uma aliada do velho sonho de tornar os governos mais democráticos e abertos à opinião de seus cidadãos. Tem até “Pokemon Go” do urbanismo na lista de possibilidades.

O “tinder” de Santa Monica – batizado CitySwipe, algo como “deslizar a cidade” – não é um aplicativo para celular, mas uma página na internet. A pessoa informa se é moradora da cidade, do entorno ou turista. Sempre com perguntas de “sim” e “não”. Em seguida vem uma pesquisa de mobilidade urbana: anda a pé? De transporte público? Carro? Táxi ou Uber? E aí questões sobre preferências urbanísticas. A pessoa responde se um ou outro edifício é condizente com a paisagem local, se gostaria de ver bares com mesas na calçada etc.

Captura da mais valia urbana: Uma fonte de financiamento pouco utilizada / Víctor Rocco

Ao estudarmos modelos de localização entendemos a acessibilidade como a facilidade com a qual se podem realizar atividades e como se dá o vínculo entre os sistemas de transporte e os usos do solo [1.] A acessibilidade é medida, usualmente, como o número de atividades que podem ser realizadas em um determinado tempo. A duração do deslocamento entre as atividades espacialmente distribuídas é chave na eleição de onde e com que frequência realizá-las. Além disso, influenciam na decisão do lugar onde viver. Por isso, existe a natural disposição a pagar, ceteris paribus, por melhor acessibilidade. A construção de novas obras de infraestrutura e transporte público melhora a acessibilidade e aumenta o valor dos imóveis. Mas isso requer fundos que, no caso de corredores de transportes ou linhas de metrô, alcançam cifras significativas. Por isso é relevante discutir sobre alternativas para seu financiamento.

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M CO Design divulga projeto de infraestrutura inspirado em dragões para Hong Kong

M CO Design lançou seus projetos para o "Dragon's Link", uma nova infraestrutura de uso misto inspirada no dragão, no lado sul da ilha de Hong Kong". Ela servirá a grande parte da comunidade e reforçará um monumento histórico local", a barragem de Tai Tam, que festeja seu 100º aniversário em fevereiro deste ano.

Inspirando-se nas tradições locais e na topografia natural de Hong Kong, o projeto criará novas conexões dentro de uma rede existente de estradas e trilhas no Tai Tam Country Park, em "uma justaposição do antigo e do novo", para melhorar a experiência do usuário e a infraestrutura.

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De espaços mortos a espaços públicos: Como os becos podem melhorar nossas cidades

Esse artigo foi publicado originalmente por Redshift, da Autodesk, como "Reincarnated Architecture: Through Green Alleys, Dead Space Can Live Anew."

Aprovado o masterplan do OMA para Feyenoord, em Roterdã

O OMA divulgou imagens de seu projeto para Feyenoord, em Roterdã, depois que o plano foi aprovado pelo prefeito e vereadores da cidade. Desenvolvido para o clube de futebol Feyenoord, o projeto consistirá de um distrito de uso misto centrado em torno de um novo estádio de 63.000 lugares para a equipe, localizado ao longo do rio Maas.

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Vídeo aéreo mostra o rio Los Angeles antes de sua transformação

Em sua melhor face, a arquitetura tem o poder de enfrentar as questões ambientais e sociais mais urgentes do mundo. O rio de Los Angeles converge muitas destas questões, graças aos planos de longa data para transformá-lo de um canal concreto em um espaço social e eixo ecológico e também devido à sua posição como um símbolo da árida Califórnia. Neste vídeo produzido pelo cineasta Chang Kim, toda a extensão do rio é exposta, explorando um recurso natural que é tema de muito debate na região de Los Angeles.

Sasaki vence concurso para remodelar Suzhou Creek em Xangai

O escritório Sasaki, sediado nos EUA, venceu o concurso internacional para redesenhar Suzhou Creek - também conhecido como o Rio Wusong - em Xangai, China, que foi historicamente uma das rotas aquáticas mais vitais da cidade, mas que nas últimas décadas sofreu da poluição e negligência. Depois de receber uma subvenção do Banco Asiático de Desenvolvimento, a hidrovia foi limpa e agora está em processo de se tornar uma nova peça central para Xangai.

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Planejamento urbano e acesso ao transporte também afetam a saúde mental

A cidade pede atenção, os carros pedem passagem, o barulho invade o espaço físico e mental. Nenhum desses pedidos vem com aviso prévio e muitas vezes sequer são percebidos. O cenário urbano infiltra-se na rotina por todos os lados e vieses. Ainda que esses elementos passem despercebidos ou assimilados de forma natural, eles requerem atenção e esforço mental. Isso, somado à perspectiva de que 70% da população esteja morando nas cidades até 2050, faz com que cada vez mais sejam feitos estudos que refletem a relação entre planejamento urbano, arquitetura e saúde mental.

Os estudos somam esforços para entender como a vida urbana afeta o desenvolvimento cognitivo dos habitantes e qual o papel da cidade no desenvolvimento de transtornos mentais. Por outro lado, existem também pesquisas que pontuam os aspectos positivos dos centros urbanos. Elas analisam a inter-relação entre a vida humana e o ambiente que escolhemos para morar, do estresse causado por engarrafamentos até o bem-estar proveniente da arborização urbana.

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Campo de olivas é convertido em projeto habitacional ecológico

O escritório Philippe Barrière Collective (PB + Co) criou o plano urbano para um novo empreendimento semi-rural / semi-urbano em Manouba, Tunísia. Ocupando um campo de olivas, o projeto inclui pavilhões de habitação coletiva e prevê a recuperação de 4.475 oliveiras.

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Thom Mayne conclui pesquisa sobre o futuro da cidade de Houston

O arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker, Thom Mayne, concluiu recentemente uma pesquisa sobre o futuro da cidade de Houston em relação ao seu espraiamento urbano e rápido crescimento. O estudo, desenvolvido juntamente com 21 estudantes da Universidade de Houston e os professores Matt Johnson, Peter Zweig e Jason Logan, foca em modos de abordar os problemas que surgem com a história falta de planejamento da cidade em conjunto com o desregulado crescimento industrial. Estas abordagens incluem a remodelação da atual infraestrutura de energia, mudando o mercado imobiliário e a densidade urbana através de leis de zoneamento e novas ideias.