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Mudança climática: O mais recente de arquitetura e notícia

Cinco países que estão no caminho para chegar a emissões líquidas zero

Até hoje, mais de 90 países estabeleceram metas para emissões líquidas zero, comprometendo-se a contribuir para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Mas permanecem dúvidas quanto à credibilidade de muitos desses compromissos e se essas metas serão de fato cumpridas.

Juntos, os países que estabeleceram metas de zerar emissões líquidas – um grupo de inclui China, Estados Unidos e Índia – são responsáveis por quase 80% das emissões globais de gases do efeito estufa. Além deles, milhares de outras regiões, cidades e empresas também estabeleceram suas metas. Nunca antes tivemos tanta ambição e um momento tão propício para reduções tão profundas nas emissões.

Climate Tile: uma calçada que coleta água da chuva

Climate Tile é um projeto-piloto para capturar e redirecionar 30% da água pluvial extra esperada por conta das mudanças climáticas. Criado pela THIRD NATURE com a IBF e a ACO Nordic, o projeto será inaugurado em um trecho de 50 metros de calçamento em Nørrebro, em Copenhague. A primeira calçada foi criada como um projeto climático inovador que utiliza o Climate Tile para conformar uma paisagem urbana bonita e adaptável. Destinado a cidades densamente povoadas, o piso manuseia a água através de um sistema técnico que trata a água como um recurso valioso.

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Edifício à beira-mar da 3XN presta homenagem à cultura da pesca de Lemvig, Dinamarca

A 3XN, trabalhando em colaboração com Orbicon e SLA, ganhou um concurso pelo projeto de um novo climatorium em Lemvig, na Dinamarca. A proposta busca criar uma interpretação moderna da natureza da área e da cultura de pesca, enquanto é também influenciada pelas condições climáticas locais.

A proposta predominantemente em madeira equilibra o duplo papel de uma utilidade pública servindo à ciência e às artes e um laboratório de trabalho voltado para a mitigação das mudanças climáticas.

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Projetos vencedores para concurso na Bay Area, em San Francisco

Um ano após o lançamento do desafio Resilient by Design Bay Area, liderado pelo TLS Landscape, foram apresentados os nove conceitos finais de projeto. O desafio Bay Area foi lançado com uma chamada à ação para “reunir residentes locais, organizações comunitárias, funcionários públicos e especialistas locais, nacionais e internacionais para desenvolver soluções inovadoras que fortaleçam a resiliência da região ao aumento do nível do mar, tempestades severas, inundações, e terremotos". A ideia formulada como um “diagrama à resiliência” pode ser replicada e utilizada local e globalmente. Outros desafios urbanos também serão abordados, incluindo moradia, transporte, saúde e disparidade econômica como forma de não apenas proteger as regiões atuais, mas fortalecê-las.

As equipes colaborativas incluem projetistas de renome mundial como BIG, Mithun e HASSELL+.

Leia mais sobre cada um dos conceitos finais de projeto.

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Arquitetos renomados apresentam suas ideias para salvar Nova Iorque das mudanças climáticas

A New York Magazine perguntou a alguns renomados arquitetos de Nova Iorque como eles fariam para melhorar a cidade e salvá-la das mudanças climáticas. Veja, a seguir, as respostas.

Barcelona planeja uma transformação verde para tratar problemas climáticos

Barcelona, a segunda maior cidade espanhola, já virou referência em muitos aspectos devido ao planejamento urbano voltado às altas densidades, às medidas de redesenho urbano e a ações pela qualidade de vida da população. Grande parte das iniciativas fazem parte dos esforços para combater a poluição do ar e seus consequentes problemas. Agora, ao observar a distribuição dos espaços verdes, Barcelona traçou um plano que deverá transformar a cidade.

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Projeto propõe solução para inundações, estacionamentos e áreas verdes em uma única estrutura

A população global continua crescendo, gerando, consequentemente, um contínuo aumento no número de automóveis e de questões relacionadas às mudanças climáticas. Estima-se que cerca de 30% dos veículos parados em congestionamentos urbanos sejam motoristas à procura de vagas para estacionar. A cultura do carro tem pressionado as cidades para que se construam mais estacionamentos, impondo esta necessidade em detrimento de outras benfeitorias urbanas. Enquanto isso, as mudanças climáticas continuam a desafiar as nossas cidades a lidar com o escoamento das águas pluviais. A temporada de furacões no Atlântico em 2017 é prova disso - até a última segunda-feira, 13 tempestades tropicais se formaram no oceano Atlântico, custando 210 vidas até agora.

A THIRD NATURE, um escritório de arquitetura da Dinamarca, projetou uma solução para lidar com as questões urbanas modernas à relacionadas às inundações, estacionamentos e falta de espaços verdes através de seu projeto POP-UP. Uma série de espaços verdes, um estacionamento e um reservatório de água, sobrepostos de cima para baixo, respectivamente. A proposta utiliza o princípio de Arquimedes para armazenar água enquanto cria um espaço flutuante para abrigar os veículos.

Projeto propõe solução para inundações, estacionamentos e áreas verdes em uma única estrutura -  Sustentabilidade E Design EcológicoProjeto propõe solução para inundações, estacionamentos e áreas verdes em uma única estrutura -  Sustentabilidade E Design EcológicoProjeto propõe solução para inundações, estacionamentos e áreas verdes em uma única estrutura -  Sustentabilidade E Design EcológicoProjeto propõe solução para inundações, estacionamentos e áreas verdes em uma única estrutura -  Sustentabilidade E Design EcológicoProjeto propõe solução para inundações, estacionamentos e áreas verdes em uma única estrutura - Mais Imagens+ 9

Harvard HouseZero - Um projeto que responde às mudanças climáticas

Como parte de um esforço global e interdisciplinar para combater as mudanças climáticas, os arquitetos estão dedicando recursos para otimizar a eficiência energética de edifícios antigos e novos. Este esforço é mais do que justificado, uma vez que os edifícios representam quase 40% das emissões do Reino Unido e dos EUA. Embora a sustentabilidade seja agora uma marca registrada de muitos novos projetos arquitetônicos, a ineficiência energética das estruturas dos séculos XVIII e XIX ainda contribui para as emissões globais de carbono em uma grande escala.

Para enfrentar o desafio da adaptação inteligente dos edifícios existentes, o Harvard Center for Green Buildings (CGBC) da Harvard University Graduate School of Design, em colaboração com Snøhetta e a Skanska Technology, está adaptando a sede do CGBC em uma fábrica de estrutura de madeira anterior a 1940, com o objetivo de criar um dos edifícios sustentáveis mais ambiciosos do mundo. HouseZero é conduzido por metas de desempenho intransigentes, como ventilação 100% natural, 100% de autonomia de luz natural e quase zero energia necessária para aquecimento e resfriamento. O resultado será um protótipo de ultra-eficiência, reduzindo a dependência de tecnologia intensiva em energia, criando simultaneamente um confortável ambiente interno.

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Nova Iorque submersa: vídeo mostra as consequências de um aumento de 2°C na temperatura global

James Hansen, professor de Ciências da Terra e do Meio Ambiente da Universidade de Columbia, ex-funcionário da NASA e notável climatologista, foi um dos primeiros a alertar sobre a mudança climática durante seu depoimento em 1988 no Congresso dos EUA. Desde então, ele continuou a falar do problema através de palestras, entrevistas, conversas TED e seu blog. Advertiu que um pequeno aumento de 2 graus célsius na temperatura global poderia resultar em um aumento do nível do mar de cinco a nove metros até o final do século, inundando boa parte das as cidades costeiras e tornando-os inabitáveis.

Inspirados por Hansen, os cineastas do estúdio Menilmonde imaginaram Manhattan submersa. Os vídeos anteriores da dupla francesa apresentam subversões sutis do mundo real, e este mais recente, intitulado two ° C New York City, é indiscutivelmente o mais poderoso até agora.

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Cofre com sementes de todo o mundo é inundado após altas temperaturas na Noruega

No início deste ano, o Global Seed Vault em Svalbard foi inundado após altas temperaturas no inverno terem causado o derretimento de parte do gelo permanente que cerca o edifício, relatou o The Guardian. O túnel de entrada do edifício foi inundado e depois congelou, dificultando sua entrada. Felizmente, a caixa-forte em si não foi violada, significando que nenhum dano chegou ao precioso conteúdo do edifício. No entanto, o incidente levantou questões sobre se o edifício será capaz de cumprir seu objectivo a longo prazo.

Arquitetos peruanos buscam aprender das florestas do mundo: uma viagem pela Indonésia, Camarões, Honduras e Peru

Paradoxalmente, os projetos mais interiorizados com seu país transcendem suas fronteiras. Pois, precisamente, seu trabalho de conexão interna e introspecção com as tradições das comunidades mais antigas e ocultas, leva-os a buscar mais conexões e ressonâncias fora dos limites. Esta viagem dentro-fora nos concerne a todos, vejamos o porquê...

O projeto "A través de las selvas del mundo", da associação peruana sem fins lucrativos Construye Identidad, é um trabalho multidisciplinar que vem sendo desenvolvido há mais de um ano nas comunidades da floresta peruana de Junín, documentando os desafios que enfrenta a arquitetura vernacular e o habitar da selva, na era da globalização e mudanças climáticas.

Agora começou a etapa seguinte, onde a equipe viajará ao longo da Franja Climática Tropical do mundo para visitar as selvas de quatro continentes, um país por continente: Indonésia, Camarões, Honduras e Peru. Estes foram selecionados com base na similaridade das características tanto geográficas como demográficas, os desafios econômicos e da riqueza cultural; a fim de evidenciar as problemáticas compartilhadas ao longo dos bosques tropicais do mundo.

"Before The Flood": documentário sobre a mudança climática de Leonardo DiCaprio

Atualização: infelizmente não é mais possível assistir ao documentário gratuitamente. Ele esteve disponível por tempo limitado e a National Geographic removeu o vídeo. Se você não o assistiu, ainda é possível ver o DVD. No lugar do documentário, incluímos aqui o trailer do filme.

Os arquitetos são grandes entusiastas de iniciativas sustentáveis. Portanto, uma boa notícia para muitos é que recentemente houve o lançamento gratuito do último documentário sobre as mudanças climáticas. Realizado pela National Geographic, você pode assistir "Before the Flood" no Youtube, Facebook ou Twitter.

Apresentado pelo ator Leonardo DiCaprio, recém nomeado embaixador climático da ONU, o documentário talvez seja o filme mais ambicioso sobre a mudança climática desde "An Inconvenient Truth" de Al Gore, lançado em 2006. No filme de 90 minutos, DiCaprio viaja por todo o mundo para ver os danos causados pelos primeiros sinais de uma mudança climática irreversível, desde o derretimento de geleiras até cidades que recentemente sofreram com inundações. Conversando com diferentes líderes mundiais, entre eles Barack Obama e o Papa, o objetivo do ator não é convencer aos espectadores sobre a existência da mudança climática, mas investigar até que ponto avançamos pelo caminho errado, e se há alguma esperança de reverter a situação.

Porsche Design Tower de Miami: um pequeno monumento da arrogância para com a catástrofe climática

A Flórida é um estado em negação. Miami está no meio de uma das maiores explosões de edifícios na história da região. O skyline da cidade é repleto de guindastes que se elevam de torres com revestimentos dourados, brancos e verde-água sem fim de uso residencial ou hoteleiro. Este massivo fluxo de investimentos em dólares é absolutamente paradoxal, considerando a iminente calamidade que rodeia o sul da Flórida: o National Oceanic and Atmospheric Administration prevê que o nível do mar poderia, possivelmente, aumentar quase 0,89 metros até a metade do século. Se esta tendência persistir, este número será elevado a 2 metros até o ano de 2100, ameaçando a habitação de toda a região metropolitana.

Dado este angustiante cenário, Miami ou está se recusando a tomar conhecimento do inevitável, ou está desesperadamente tentando se tornar relevante o suficiente para ser salva—não que salvar a cidade seja realmente possível. A região se assenta numa rocha calcária extremamente porosa que claramente descarta a opção de uma barragem no estilo da dos Países Baixos. Se o Atlântico não pudesse fazer nenhuma incursão, a crescente maré iria simplesmente se desmontar por baixo. A topografia plana de Miami não tem nenhuma chance.

Alban Guého cria a instalação "Flood" para a "Nuit Blanche 2015" em Paris

A instalação "Flood", criada pelo arquiteto Alban Guého para o festival "Nuit Blanche 2015" em Paris, serve como um lembrete austero da mudança climática e do impacto da humanidade no planeta. A instalação de 50 metros quadrados é composta por filamentos que conectam o forro ao teto. Um líquido espesso e escuro (como óleo ou tinta preta) escorre lentamente por cada uma das cordas, gotejando em uma piscina escura. Flood aborda o tema central da Nuit Blache deste ano, que ecoa as questões discutidas no COP21, Fórum de Inovação Sustentável de Paris.

Alban Guého cria a instalação "Flood" para a "Nuit Blanche 2015" em Paris - Image 1 of 4Alban Guého cria a instalação "Flood" para a "Nuit Blanche 2015" em Paris - Image 2 of 4Alban Guého cria a instalação "Flood" para a "Nuit Blanche 2015" em Paris - Image 3 of 4Alban Guého cria a instalação "Flood" para a "Nuit Blanche 2015" em Paris - Image 4 of 4Alban Guého cria a instalação Flood para a Nuit Blanche 2015 em Paris - Mais Imagens

Cidades e a arquitetura da mudança climática

As atividades humanas nas cidades impactam de maneira direta a mudança climática. Abaixo seguem quatro razões pelas quais o Protocolo de Kyoto esta em débito conosco.

A demanda energética, o modelo de desenvolvimento econômico insustentável, o aumento da população, o transporte e os processos de urbanização são alguns dos exemplos que explicam por que as cidades geram cerca de 70% das emissões totais de CO2 no mundo. Ao mesmo tempo, entretanto, as cidades são o local apropriado para reduzi-las. Porém, o tema da cidade como ator relevante para atenuar a mudança climática não consta na agenda de ação internacional que lidera a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC, sua sigla em inglês) e seu respectivo protocolo: Kyoto.