10 Intervenções contemporâneas em museus históricos

Não são poucos os edifícios históricos ao redor do mundo que necessitam, não sem certa urgência, de um projeto de reforma, restauro ou reaproveitamento. Ao longo das últimas décadas, centenas de estruturas obsoletas foram reinventadas, expandidas ou re-significadas para acolher novos usos e programas, permitindo-as a seguir existindo em um mundo onde tudo aquilo que não é mais útil, desaparece. Museus são as principais entidades que "adotam" este tipo de edifícios, trazendo-os de volta à vida. Alguns edifícios históricos insistem em não se render às agruras do tempo, muitos deles passam a ser re-significados para abrigar novos usos. Eles se transformam, evoluem para assumir novas formas que dão voz a resiliência do legado histórico da humanidade. Projetos de intervenção e adaptação tem demonstrado que até mesmo diferentes estilos de arquitetura, ou diferentes camadas temporais sobrepostas, são muito bem vindas quando se trata de proteger o nosso patrimônio arquitetônico.

A seguir, listamos dez projetos que ilustram este tipo de intervenção arquitetônica, onde passado, presente e futuro se sobrepõe para recriar e dar novo significado a estruturas históricas que um dia, estiveram ameaçadas de desaparecimento.

600 Telhas cinéticas reinventam a cabana finlandesa tradicional (mökki)

Shiver House é uma reinvenção radical da cabana finlandesa tradicional (mökki). O projeto é uma estrutura cinética que se adapta às forças naturais circundantes. Trata-se de uma exploração da ideia de que a arquitetura pode ser usada como um meio de criar um vínculo emocional mais próximo entre seus habitantes e o mundo natural em que se encontra. Além disso, o projeto aborda que a arquitetura pode parecer "viva" com a intenção de que isso gere um relacionamento emocional mais profundo e duradouro entre as pessoas e as estruturas que elas habitam.

Avaliando resiliência e risco: não podemos salvar todos

Discussões sobre resiliência, hoje, sugerem que arquitetos e urbanistas podem ser capazes de - e, de fato, espera-se isso deles - salvar todos os edifícios e espaços públicos em risco. No entanto, a triste verdade é que não podemos, e provavelmente não devemos. As mudanças climáticas e o aumento do nível do mar irão redesenhar radicalmente as margens urbanas, forçando-nos a tomar decisões difíceis. Mesmo se tivéssemos todo o dinheiro necessário para proteger o precário cenário atual, isso ainda não seria suficiente para evitar o inevitável.

Arquiteturas temporárias: 13 espaços públicos que ativam a cidade

De modo geral, os esforços na indústria da construção se voltam a projetos de espaços permanentes e duráveis. No entanto, em algumas ocasiões, a criação de espaços temporários pode ser de grande ajuda não apenas ao oferece uma opção de infraestrutura rápida em casos emergenciais, mas também ao ativar espaços residuais ou abandonados de nossas cidades. Para exemplificar o potencial dessas intervenções, apresentamos 13 espaços públicos temporários bem sucedios. 

Como as cidades podem ajudar e ser ajudadas pelas abelhas?

A produção de alimentos depende diretamente das abelhas, e seu desaparecimento deve gerar efeitos catastróficos à humanidade. Por toda internet circulam textos alarmantes de como esses pequenos insetos estão morrendo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 75% dos cultivos destinados à alimentação humana no mundo dependem das abelhas. Por exemplo, um morango suculento e bem formado só é possível se dezenas de abelhas passem pela flor na época certa e o polinizem. Sem elas, ele pareceria mais como uma uva passa.

Arquitetura pós-desastre: 10 exemplos inspiradores

Após um desastre natural ou um conflito, a arquitetura desempenha um papel fundamental não apenas na reconstrução da infraestrutura perdida, mas também na necessidade de conforto e segurança para os afetados. Uma arquitetura pós-desastre bem-sucedida deve atender tanto à necessidade de abrigo imediato a curto prazo quanto às necessidades de reconstrução e estabilidade a longo prazo. Oito anos após o terremoto de 2010 no Haiti, os desalojados continuam residindo em abrigos temporários sem acesso adequado a encanamentos e eletricidade, revelando a importância crítica de atender às necessidades de longo prazo após desastres e conflitos.

Julho no ArchDaily: Resiliência na Arquitetura

Resiliência tornou-se cada vez mais comum em nosso vocabulário quando falamos de pessoas, edifícios, cidades ou mesmo sociedades inteiras que superam todos os tipos de problemas. Na verdade, as pesquisas do Google relacionadas à resiliência continuam a crescer desde 2004 em inglês, espanhol e português.

Veja o aumento da temperatura nas maiores cidades do mundo até 2050

Em 2050, o clima em Madri será muito semelhante ao atual clima de Marrakech no Marrocos. Estocolmo será mais parecida com Budapeste, Londres a Barcelona, ​​Moscou com Sofia, o clima em Seattle será como em San Francisco enquanto que Tóquio, apresentará condições climáticas como aquelas da cidade de Changsha, na China.

10 Soluções de Fachadas Adaptativas para uma Arquitetura Resiliente

O termo “resiliência” tem sido utilizado para os mais distintos assuntos. Sua definição científica é a capacidade de uma substância ou objeto retornar à forma depois de sofrer algum trauma. Ou seja, é bem diferente da resistência, pois trata-se da capacidade de adaptação e recuperação. Na ecologia, a resiliência trata da capacidade de um ecossistema em responder a uma perturbação ou a distúrbios, resistindo a danos e recuperando-se rapidamente. Já na arquitetura, desenhar algo tendo a resiliência em mente pode levar a diversas abordagens. Um projeto resiliente é sempre localmente específico. Prever os possíveis cenários típicos de uso da edificação e mesmo as situações de desastre que poderiam desafiar a integridade do projeto e dos ocupantes é um importante ponto de partida. Além disso, podemos abordar sobre as estruturas e materiais adaptáveis que podem “aprender” de seus ambientes e se reinventar continuamente. Se pensamos em programas e robôs com logaritmos que aprendem com o contexto, porque não podemos usar o mesmo raciocínio em nossas construções?

Por que mitigar ao invés de reconstruir? O exemplo da resiliência chilena

O Chile é um país acostumado tanto com desastres naturais quanto com processos de reconstrução. No entanto, a frequência desses ciclos tem aumentado ao longo dos anos. De acordo com o Ministério do Interior, 43% de todos os desastres naturais registrados no Chile desde 1960 ocorreram entre 2014 e 2017. Inclusive o governo já está envolvido em vários processos de reconstrução em todo o país.

Reconstrução da Vila Jintai / Rural Urban Framework

A vila Jintai está localizada próxima a Guangyuan, província de Sichuan, um dos lugares mais afetados pelo terremoto de Wenchuan, de 12 maio de 2008. O desastre deixou quase 5 milhões de pessoas sem lar e calcula-se que 80% de todos os edifícios na área afetada foram destruídos. Foram realizados grandes esforços de reconstrução, entretanto, em julho de 2011, após fortes chuvas e deslizamentos de terra na região ao redor da aldeia de Jintai, muitas casas recém reconstruídas e algumas em processo foram destruídas mais uma vez. Com o apoio do governo local e as ONGs, este projeto demostra um modelo social e ambientalmente sustentável para a reconstrução no caso de terremotos ao mesmo tempo que examina os numerosas nuances da reconstrução de uma comunidade.