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Biomimética: O mais recente de arquitetura e notícia

Construindo resiliência: como a arquitetura reagiu aos desafios climáticos de 2023

Ao refletirmos sobre o tumultuado ano de 2023 e seus eventos, é evidente que os desafios impostos pelas condições ambientais em constante mudança deixaram uma marca indelével em todo o mundo. Em resposta, arquitetos e urbanistas passaram a procurar maneiras nas quais suas ações possam contribuir para a criação de ambientes mais seguros para as comunidades, com arquiteturas de emergência de implantação rápida e estratégias de longo prazo para construir resiliência e mitigar riscos.

Além de simplesmente responder a eventos, como os devastadores terremotos na Turquia, Síria e Marrocos, ou as enchentes generalizadas na Líbia ou no Paquistão, arquitetos estão tentando adotar abordagens proativas. Eles desenvolvem estratégias que vão desde a modelagem preditiva até a aplicação de técnicas de renaturalização, passando pela pesquisa contínua na física de estruturas mais seguras e resilientes.

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O papel da biomimética para a resiliência da arquitetura a desastres

Os termos resiliência e sustentabilidade, embora tenham significados semelhantes, referem-se a abordagens de design distintas no contexto da arquitetura e das cidades. Sustentabilidade está relacionada à preservação dos recursos naturais para manter o equilíbrio ecológico, enquanto resiliência implica a capacidade de se recuperar, adaptar e persistir em momentos de adversidade. Esses conceitos não apenas influenciam, mas também se complementam, especialmente em projetos de edifícios resilientes a desastres. Enquanto os processos de design convencionais para infraestrutura resiliente costumam se basear em princípios de robustez estrutural e integridade como medida contra desastres naturais previstos, a resiliência sustentável sugere a oportunidade de fortalecer os edifícios ao incorporá-los em sistemas biológicos e ecológicos.

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O que é "rewilding" na arquitetura? Conceitos, aplicações e exemplos

Em uma época em que o impacto negativo da humanidade sobre o meio ambiente tem se tornado cada vez mais evidente, o conceito de rewilding (renaturalização) está surgindo como uma abordagem poderosa para a conservação e a restauração ecológica. Em consonância com a crescente atenção dada à arquitetura paisagística nos últimos anos, a ideia de remover a intervenção humana de nossos ambientes naturais para restaurar um equilíbrio estável parece oferecer uma maneira relativamente simples de corrigir erros climáticos fundamentais. Mas será que a ausência de interferência na natureza é realmente tudo o que prega o rewilding? Como ele se relaciona com a arquitetura e o design? Neste artigo, analisamos seus principais conceitos, aplicações e exemplos.

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Construindo entre espécies: arquitetura como colaboração entre humanos e não humanos

Muito se fala hoje em dia sobre a importância dos processos colaborativos de projeto que envolvem a criação conjunta, afirmando um contexto no qual há cada vez menos espaço para trabalhos individuais e muito mais para a lógica do coletivo, da cocriação. Sendo assim, a ideia da obra criada única e exclusivamente pelo arquiteto já é entendida como uma distorção da realidade complexa que circunda a concepção de um projeto, extrapolando o corpo técnico para agregar também a comunidade e seus usuários.

A cidade como organismo

A natureza tem sido continuamente considerada uma musa inspiradora para os arquitetos. Cores e formas do mundo natural encontram-se embutidas em construções artificiais. Os edifícios também são moldados por padrões de vento e sol, topografia e vegetação. Enquanto a arquitetura é alimentada pelos efeitos da natureza, os edifícios têm sido propostos como objetos inertes que permanecem estáticos num mundo em evolução biológica. As “selvas” de concreto antropocêntricas são desprovidas de vida, separando os humanos dos ambientes naturais e causando desequilíbrios que se manifestaram em forma de pandemias. Mas, como seriam as cidades se não houvesse fronteiras entre humanos e ecossistemas?

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Casa Macaco / Atelier Marko Brajovic

Casa Macaco / Atelier Marko Brajovic - Fotografia de Exterior, Casas, Jardim, Floresta
© Rafael Medeiros

Casa Macaco / Atelier Marko Brajovic - Fotografia de Interiores, Casas, Dormitório, Viga, Cadeira, MesaCasa Macaco / Atelier Marko Brajovic - Fotografia de Interiores, Casas, Viga, Porta, Mesa, Iluminação, FlorestaCasa Macaco / Atelier Marko Brajovic - Fotografia de Interiores, Casas, FachadaCasa Macaco / Atelier Marko Brajovic - Fotografia de Interiores, Casas, Viga, Fachada, Arco, Porta, FlorestaCasa Macaco / Atelier Marko Brajovic - Mais Imagens+ 20

  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  86
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2020
  • Fabricantes Marcas com produtos usados neste projeto de arquitetura
    Fabricantes:  Docol, Mekal

O que é arquitetura biomimética?

O que é arquitetura biomimética? - Image 1 of 4O que é arquitetura biomimética? - Image 2 of 4O que é arquitetura biomimética? - Image 3 of 4O que é arquitetura biomimética? - Image 4 of 4O que é arquitetura biomimética? - Mais Imagens+ 3

Em 1941, o engenheiro suíço George de Mestral, acompanhado de seu cão, fazia uma das suas caminhadas recorrentes pelos Alpes quando observou que as sementes de uma determinada espécie dotada de espinhos e ganchos colavam constantemente na sua roupa e no pelo de seu cachorro. Foi a partir dessa observação e do estudo de tal planta que, sete anos mais tarde, ele criou o conhecido velcro, um tecido repleto de minúsculos ganchos que possibilitam a sua fixação em determinadas superfícies.

Repensando recifes artificiais através de impressão 3D de argila

Repensando recifes artificiais através de impressão 3D de argila  - SustentabilidadeRepensando recifes artificiais através de impressão 3D de argila  - SustentabilidadeRepensando recifes artificiais através de impressão 3D de argila  - SustentabilidadeRepensando recifes artificiais através de impressão 3D de argila  - SustentabilidadeRepensando recifes artificiais através de impressão 3D de argila  - Mais Imagens+ 17

Corais são fundamentais à vida marinha. Às vezes chamados de florestas tropicais do mar, formam alguns dos ecossistemas mais diversos da Terra. Eles servem como área de refúgio, reprodução e alimentação de dezenas de espécies no mar, e sua ausência afeta a biodiversidade local. Da mesma forma que a humanidade polui e destrói, também pode remediar e incentivar a criação de mais vida. É por isso que, frequentemente, são noticiados naufrágios de embarcações antigas ou o afundamento de estruturas de concreto para a criação de recifes artificiais. Em Hong Kong, pesquisadores vêm  desenvolvendo estruturas impressas em 3D com materiais orgânicos que podem favorecer a criação de novas oportunidades no fundo do mar.   

Como viveremos juntos com todas as outras espécies?

Hashim Sarkis, curador da 17ª Exposição Internacional de Arquitetura, organizada pela La Biennale di Venezia, lançou um impressionante tema visionário no início deste ano: “Como viveremos juntos?”. Esta questão fundamental finalmente transcende todas as disciplinas e abre um portal existencial para a humanidade. Não se refere apenas aos seres humanos, mas a todas as espécies - os organismos não humanos também.

Biomimicry Institute lança novos cursos online de biomimética para arquitetos

O Instituto de Biomimética e a Biomimética da África do Sul lançaram um novo curso que aborda os fundamentos da biomimética. Chamado "Aprenda Biomimética", o curso on-line foi lançado como apoio à chamada da Earth Day Network por soluções criativas, inovadoras e corajosas necessárias para regenerar e reparar os danos causados ao planeta.

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Bio-urbanismo: cidades do futuro inspiradas na natureza

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© Andrew Nunes. Hi-Fi

Se pensarmos em uma cidade como um organismo vivo, o que podemos aprender da natureza sobre como gerenciar um sistema tão complexo? Podemos aplicar ideias da biologia para construir cidades melhores e mais sustentáveis? E se sim - quais poderiam ser essas ideias?

O emocionante campo do bio-urbanismo tenta responder a essas perguntas explorando a interseção entre as cidades e o mundo natural ao nosso redor.

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Imersão em Biomimética

Se inspirar na natureza para criar projetos inovadores é o principal conceito da Biomimética. Esta é uma ciência que estuda como a natureza desempenha uma grande quantidade de estratégias para que os seres vivos sobrevivam e se reproduzam no planeta. Através do conhecimento destas estratégias que é possível gerar inovação em todas formas de design. Usamos a jornada criativa chamada Biomimicry Thinking , que torna possível a criação inspirada na natureza mesmo para as pessoas que não tem familiaridade com ciência.

Serão três dias em um parque de Mata Atlântica, o Legado das Águas, com extensas áreas de mata preservada

Jean Nouvel e OXO Architectes projetam conjunto de uso misto inspirado na forma de uma montanha

Os arquitetos do Ateliers Jean Nouvel trabalharam em conjunto com o escritório francês OXO Architectes na elaboração de um conjunto de uso misto localizado no Parque Tecnológico Sophia Antipolis, em Antibes, na França. Nomeado Ecotone Antibes, o projeto será a porta de entrada do parque tecnológico onde estão instaladas mais de duas mil empresas.

Descrita como um campus ecológico do século XIX para a França, a estrutura de  mais de 40 mil metros quadrados é coberta por vegetação e abrigará escritórios, comércios, serviços e espaços de coworking. O projeto busca refletir o rico entorno da região, trazendo uma atmosfera natural para este campus de tecnologia.

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Semaphore: uma utopia ecológica proposta por Vincent Callebaut

Em seu mais recente projeto de arquitetura, a Vincent Callebaut Architectures desenvolveu uma espécie de utopia ecológica, um edifício de 8.225 metros quadrados destinado a abrigar a sede da Soprema na cidade de Estrasburgo, na França. O edifício, chamado de Semaphore, é descrito pelos arquitetos como um “amplo espaço verde e flexível para o trabalho em equipe”, voltado especialmente ao bem-estar dos funcionários e à agricultura urbana.

Através de sua arquitetura eco-futurista, os arquitetos buscaram inspiração na biomimética com o principal objetivo de transformar o edifício do Semaphore em um ícone da arquitetura eco-futurista, além de servir como uma vitrine para a empresa e toda a sua linha de produtos de isolamento, impermeabilização e tecnologias voltadas à sustentabilidade na construção civil. O projeto desenvolvido pela equipe de Vincent Callebaut será um protótipo ecológico da cidade verde do futuro a medida que busca encontrar o equilíbrio perfeito entre o homem e a natureza.

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Inspiração na natureza muito além da forma: a biomimética na arquitetura

A biomimética na arquitetura não define a forma ou busca que seja parecido com isso ou com aquilo. O objetivo é que tenha na arquitetura uma solução que desempenhe a estratégia que foi observada na natureza. Não é exatamente a forma pela forma, não se pretende copiar formas, e sim uma razão mais profunda das formas. E vai muito além de se inspirar somente em formas. Se observa contexto, sistemas, inter-relações e  é nestas associações que está a verdadeira beleza da biomimética. A criação arquitetônica é livre pois está apenas sendo inspirada por um design principle, que é a estratégia de como a natureza faz o que o projeto busca como desempenho para uma determinada demanda. É um processo de co-criação entre a biologia e a arquitetura, é de fato transdisciplinar.

As cidades no fim do mundo

Caminhar por São Paulo sem ver carros e caminhões me deixa com uma felicidade quase real, imaginando por um instante que a cidade deu certo, que o sonho de Jane Jacobs se realizou. E, com sincronia, um outro sentimento estético aflora inevitavelmente, uma sensação de “fim do mundo”. Este segundo impulso, se materializa num pensamento construtivo que não tem nada a ver com o fatalismo moral ou ainda menos a tragédia. Simplesmente é o fim de um mundo no qual a revolução industrial junto ao capitalismo liberal nos “educou” por dois séculos a aceitar. Este foi o mundo dos “recursos” naturais infinitos, do sonho da fartura energética e desejos de consumo voraz. Sonhos que nem eram nossos.