A Usina Hidrelétrica Belo Monte, quarta maior hidrelétrica do mundo e 100% brasileira foi inaugurada em novembro de 2019 na bacia do Rio Xingu, no norte do Pará. O projeto da obra, operado pelo Consórcio Norte Energia S.A. estava inserido no PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) – programa do governo federal estabelecido em 2007 que visa à implementação de grandes obras de infraestrutura a fim de alavancar o desenvolvimento nacional analogamente a planos anteriores existentes.
https://www.archdaily.com.br/br/941563/usina-hidreletrica-de-belo-monte-a-desterritorializacao-dos-ribeirinhos-do-rio-xinguBruna Ribeiro Alves e Maytê Tosta Coelho
O projeto piloto da primeira usina fotovoltaica flutuante da cidade de São Paulo começou a operar no dia 28 de fevereiro de 2020 no reservatório Billings, junto à usina elevatória de Pedreira. Foram investidos R$ 450 mil em equipamentos e o empreendimento de 100 kilowatts passa a ocupar uma área de mil metros quadrados.
No meio da rua, depois de adquirir um campus de tecnologia abandonado em Mountain View, Califórnia, o Google contratou a Clive Wilkinson Architects para criar um novo campus corporativo - Googleplex 1.0 - com ele. Cortesia: Benny Chan / Fotoworks
A energia incorporada no ambiente construído é um recurso não natural precioso. É hora de começar a tratá-la como um.
Na sede do Googleplex em Mountain View, Califórnia, o Google tem o que é, sem dúvida, um dos campi corporativos mais sustentáveis da América. Possui um novo complexo de 1 milhão de metros quadrados em um terreno de 42 acres, com edifícios futuristas monumentais do arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels e do britânico Thomas Heatherwick. Mas esses lugares não são os mesmos. Embora o novo campus tenha, sem dúvida, sido desenvolvido com um senso de dever ambiental, o campus radicalmente sustentável é o vizinho, usado pelo Google desde 2003. Previsivelmente - e felizmente - eles continuarão usando-o. Construído em 1994, já foi o lar corporativo de uma empresa de tecnologia anterior de Palo Alto, a Silicon Graphics.
https://www.archdaily.com.br/br/933006/inovacao-na-arquitetura-chega-de-novos-edificiosThomas de Monchaux
Com a quantidade de informações e tecnologias que dispomos atualmente, seja de pesquisas acadêmicas ou dos próprios fabricantes dos produtos de construção, sobra muito pouco espaço para empirismos e experimentações ao projetarmos nas escalas mais diversas. Ainda mais quando equívocos na especificação de projetos representam enormes custos e dores de cabeça. Isso quer dizer que muito antes da construção e a ocupação do edifício, é possível entender claramente como o edifício funcionará termicamente, qual sua capacidade de geração de energia fotovoltaica e mesmo quanto de energia será necessário para resfriá-lo e/ou aquecê-lo. Há softwares, ferramentas e aplicativos que permitem quantificar todas essas decisões de projeto, para evitar erros, deseconomias, geração de resíduos e garantir a eficiência de todos os materiais aplicados.
Projeto Tercer Sonido, Madri, Espanha. Image Cortesia de CicloVivo
O C40 Cities, coalizão formada por cidades de várias partes do mundo, lançou um concurso que elegeria as melhores soluções para transformar espaços urbanos subutilizados em projetos resilientes e de carbono neutro. Chamado de Reinventing Cities, o concurso escolheu 15 ideias inovadoras que podem “reinventar” o futuro das cidades.
O Brasil acaba de superar a marca de 2.000 megawatts (MW) de potência operacional em sistemas de geração centralizada solar fotovoltaica, ou seja, usinas de grande porte, conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa, sustentável e cada vez mais competitiva, atingiu um total de 2.056 MW de potência instalada operacional, o equivalente a 1,2% da matriz elétrica do país. Com isso, passa a ocupar a posição de 7ª maior fonte do Brasil, ultrapassando a nuclear, com 1.990 MW (1,2%) provenientes das usinas de Angra I e Angra II, localizadas no Rio de Janeiro.
As configurações de casa dos sonhos foram atualizadas. Ao menos esta é a sensação de quem tem paixão por minimalismo e sustentabilidade e conhece o lar de Martin Freney e Zoe. Localizada em Adelaide, na Austrália, a residência foi construída pelo casal inspirado no Earthship, uma arquitetura sustentável que tem como base a reutilização de materiais para gerar o menor impacto ambiental possível.
Usina de energia solar Suvilahti de Helen. Os clientes podem alugar painéis e monitorar sua produção em tempo real na página da usina. Assim, os cidadãos podem se tornar produtores de energia solar. No fundo é a antiga usina de Suvilahti, hoje um centro cultural. Atribuição da foto: Katri Tamminen / Helen
Na busca pela neutralidade de carbono, a cidade de Helsinque, na Finlândia, anunciou seus planos de ação para minimizar as emissões de gases do efeito estufa até 2035. A empresa de energia Helen Ltd, responsável pela calefação, energia e refrigeração distrital, tem como objetivo aumentar essa política, convertendo seus processos de produção de energia, em grande parte, de carvão e gás natural, em produção de energia neutra em relação ao clima, eliminando totalmente as emissões de dióxido de carbono até 2050.
Architecture, form and energy é uma série de documentários filmados no início de 2018 em Londres e na Cidade do México, com a participação de seis arquitetos do Reino Unido, Estados Unidos, Malásia e México. A ideia vem da criação de um documento eletrônico para disseminar temas que inspiram a evolução da arquitetura contemporânea a partir da influência da natureza, clima, relação entre forma e energia, escolha eficiente de materiais e tecnologias adequadas.
No dia 26 de abril completou-se 32 anos do desastre nuclear de Chernobyl ocorrido em 1986, com a explosão do Reator 4 da usina nuclear na Ucrânia, causando a morte direta de 31 pessoas, a dispersão de nuvens radioativas pela Europa e o desmantelamento efetivo de 30 km de terras em todas as direções desde o centro da explosão. Trinta e dois anos mais tarde forma-se uma leitura dual da paisagem: uma de extremos de engenharia e outra de inquietude e desolação.
A medida que se transcorre o aniversário do desastre e suas consequências, exploramos o passado, o presente e o futuro da arquitetura de Chernobyl traçando o caminho de uma paisagem que ardeu no fogo, mas que ainda pode ressurgir das cinzas.
Especialistas em energia renovável da Universidade de Exeter, na Inglaterra, desenvolveram um bloco de vidro com células solares embutidas. A ideia é que, com a disseminação da tecnologia, seja possível construir uma casa ou edifício inteiro usando blocos que geram energia na fachada.
O produto recebeu o nome de Solar Squared, e testes feitos na universidade demonstraram que eles garantem isolamento térmico e permitem que a luz natural entre nos edifícios.
A densidade urbana é um ponto muito importante para o futuro das cidades. Seguindo os princípios do Desenvolvimento Urbano Orientado pelo Transporte Sustentável (DOTS), por exemplo, entre os fatores que cidades mais compactas conseguem melhorar está a eficiência energética dos prédios. Agora, uma pesquisa publicada na PNAS comprova que quanto mais dispersa a população, maior o consumo de energia.
O arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker, Thom Mayne, concluiu recentemente uma pesquisa sobre o futuro da cidade de Houston em relação ao seu espraiamento urbano e rápido crescimento. O estudo, desenvolvido juntamente com 21 estudantes da Universidade de Houston e os professores Matt Johnson, Peter Zweig e Jason Logan, foca em modos de abordar os problemas que surgem com a história falta de planejamento da cidade em conjunto com o desregulado crescimento industrial. Estas abordagens incluem a remodelação da atual infraestrutura de energia, mudando o mercado imobiliário e a densidade urbana através de leis de zoneamento e novas ideias.
Recentemente, o Museum Gardens se tornou o lar do Triumph Pavilion que acontece anualmente e nesta edição focou no tema "energia". Neste contexto, o "Energy Pavilion", projetado pelo Five Line Projects, assumiu uma abordagem multidisciplinar em relação ao tema, lidando com a sustentabilidade social, o movimento e o poder da comunidade. O pavilhão consiste em um lugar de encontro lúdico, concebido para explorar o impacto que tem uma única ação positiva em seu entorno.
Uma pessoa durante toda a sua vida dá, em média, 150 milhões de passos. Se o movimento dos passos das centenas ou milhares de pedestres fosse aproveitado para produzir energia, conseguem imaginar os lugares que poderiam ser iluminados?
A empresa britânica Pavegen já imaginou, e em 2009 desenvolveu uma espécie de ladrilho que, ao ser pisado, gera energia elétrica e ilumina os espaços públicos. Com essa invenção, eles transformaram um campo de futebol de uma favela no Rio de Janeiro no primeiro do mundo a produzir eletricidade a partir do movimento dos seus jogadores.
Além disso, também aplicaram esses ladrilhos em lugares muito utilizados, como o terminal 3 do aeroporto de Londres – o mais transitado do mundo – e uma estação de trens na França, por onde passam, diariamente, mais de 5 mil pessoas, a fim de demostrar que esta tecnologia é uma alternativa que pode ser aproveitada nas cidades como uma fonte de produção de energia limpa e pouco invasiva.
Confira os vídeos dos 3 projetos da Pavegen, a seguir.
Qualquer pessoa que tenha usado o metrô de Londres sabe que esta pode ser uma experiência sufocante - mesmo no inverno. Atualmente, todo o calor gerado no subsolo se perde, enquanto que as pessoas na superfície colocam seus aquecedores no máximo para aquecer suas casas. Isto fez com que o prefeito de Londres tivesse uma grande ideia: aproveitar o calor gerado pelo metrô para aquecer as casas e, ao mesmo tempo, diminuir em 60% as emissões de carbono da cidade.
Em meados de 2014 a cidade mais congestionada de Israel começará a construir o que promete ser o meio de transporte mais moderno e de fácil massificação já criado. O SkyTran é o primeiro monotrilho de levitação magnética que foi desenvolvido com tecnologia espacial no Space Ames Research Center da NASA e criado em conjunto com a empresa norte-americana SkyTran.
Os designers do projeto em TelAviv, Israel, asseguram que os passageiros poderão pedir um táxi através de uma página na internet ou um aplicativo de celular, que o preço de sua passagem será mais barato que o de um táxi convencional e que, com a implantação de painéis solares, ele se tornará o meio de transporte mais ecológico do mundo.
Prosseguindo com o artigo da semana passada, continuamos com as outras 5 ideias sustentáveis para transformar as cidades, apresentadas pela organização dinamarquesa Sustainia.
6. Projetar a cidade aproveitando a luz natural
Um novo método de projetar a cidade é a otimização da distribuição de luz do dia, para revitalizar os edifícios e bairros e, por sua vez, reduzir o consumo de energia. A luz natural é um recurso valioso para ser aproveitado nas cidades e, por isso, Henning Larsen Architects e seus associados desenvolveram um método de planejamento urbano sustentável que analisa sistematicamente os mapas de incidência solar nas áreas urbanas e edifícios, implementando-o através de uma estratégia operacional para a reabilitação sustentável de habitações no âmbito da cidade.
Mais sobre as últimas ideias sustentáveis para transformar as cidades a seguir.