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Mobilidade: O mais recente de arquitetura e notícia

Manual de projetos para incentivar o uso da bicicleta em comunidades do Rio de Janeiro

O texto e entrevista a seguir foram escritos por Maria Fernanda Cavalcanti e originalmente publicados na página The CityFix Brasil.

As bicicletas já fazem parte do cotidiano das comunidades Brasil afora, mas como promover o seu uso e propiciar condições melhores para os usuários? O Manual de Projetos e Programas para Incentivar o Uso de Bicicletas em Comunidades reúne experiências bem sucedidas na área da mobilidade urbana sustentável e da utilização da bicicleta como meio de transporte. A publicação é uma tentativa de trazer respostas práticas como forma de guia técnico para os projetos municipais.

Madri inaugura sistema público de bicicletas elétricas

BiciMAD é o nome do sistema público de bicicletas elétricas recentemente inaugurado em Madri. O objetivo desse sistema é proporcionar um meio alternativo de transporte limpo para os cidadãos e fomentar o uso de bicicletas na cidade.

O sistema compreende 1.580 bicicletas distribuídas entre 123 estações localizadas no centro da cidade e nos bairros de Moncloa, Salamanca, Retiro, Pacífico e Arganzuela e funciona de forma ininterrupta (24 horas por dia, todos os dias da semana). As bicicletas têm autonomia de cerca de 70 quilômetros.

Uso da bicicleta como meio de transporte urbano gera economia de US$ 4,6 bilhões nos EUA

Quando uma política promove o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, é comum que esta se justifique pela economia que o ciclismo urbano gera. Este é um tema muito importante quando se considera, por exemplo, que em média 16% dos orçamentos familiares nos Estados Unidos são gastos com o transporte, e ainda mais alarmante é a constatação de que esta cifra sobe para 55% nas famílias mais pobres.

Esse e outros temas são abordados no informativo “Pedaling to Prosperity”, elaborado pela Liga de Ciclistas Americanos em colaboração com outras organizações, que traz diversos dados sobre o aumento do uso da bicicleta como meio de transporte urbano, a porcentagem dos deslocamentos diários de bicicleta em todo o país (EUA) e o custo de manutenção de uma bicicleta em comparação com o de um automóvel.

Veja alguns destes dados a seguir.

Novo plano de transporte de Washington cogita implementar tarifação viária no centro financeiro da cidade

Desde 2003, quando o centro de Londres começou a implementar as tarifas viárias, ou seja, desde que foi fixada uma taxa para transitar pelo centro da cidade, o número de automóveis diminuiu 30%, a qualidade do ar aumentou e foram gerados US$2 milhões, posteriormente aplicados em novas infraestruturas de transporte.

Aplicativo para ciclistas ajuda a projetar ciclovias no Oregon, EUA

Os ciclistas e corredores que utilizam o aplicativo Strava podem controlar o tempo, as distâncias e as rotas percorridas, transformando, assim, o app em uma base de dados que indica quais os caminhos favoritos dependendo das condições climáticas e da hora do dia.

“BikeLine”: Guia para ciclistas que combina rotas digitais e físicas

Como as pessoas se deslocam de bicicleta pela cidade? Essa foi a pergunta que o arquiteto Jorge Toledo, integrante da Ecosistema Urbano, se fez após percorrer Madri em duas rodas. A experiência de Toledo não foi nem um pouco agradável, tampouco segura, devido à falta de ciclovias conectadas e sinalização.

Numa segunda tentativa escolheu uma rota alternativa e utilizou um aplicativo com GPS que, apesar de tê-lo ajudado, o fez passar longe das atividades comerciais, sociais e culturais da cidade.

Essas experiências desagradáveis levaram a organização Ecosistema Urbano a tentar melhorar a experiência do ciclismo urbano com o BikeLine, um aplicativo que funciona como um guia e ajuda o ciclista a se movimentar pela cidade, combinando rotas físicas – sinalizações no chão – com as digitais e incluindo dicas de atividades nos trajetos e locais de destino.

Saiba mais sobre o projeto a seguir.

Habitantes de São Paulo chegam a perder um mês por ano no trânsito

Enquanto a noção de "tempo livre" é, por natureza, associada a escolhas individuais e estar momentaneamente "livre" em relação às demandas da vida cotidiana, a quantidade e qualidade de tempo que temos à nossa disposição está intimamente ligada às forças da cidade. Quando o congestionamento aumenta, a quantidade e qualidade de tempo livre dos moradores da cidade diminui. O congestionamento reduz as oportunidades das pessoas de construir amizades, diminui a energia para praticar hobbies fora do trabalho e esgota o tempo que as pessoas têm para viver, não se deslocar. Com as crescentes taxas de aquisição de automóveis contribuindo com o aumento dos congestionamentos, os prefeitos estão tomando medidas para inverter esta tendência – tanto em relação aos impactos sobre a qualidade de vida dos moradores como em relação ao custo econômico de permanecer parado no trânsito.

As cidades brasileiras de São Paulo e Belo Horizonte mostram que isso depende tanto das políticas municipais como de mudanças individuais. Deve-se modificar as estratégias de mobilidade centradas no automóvel, impulsionando o Brasil em direção a um futuro de mobilidade sustentável e alta qualidade de vida para seus habitantes urbanos.

NY lança competição de aplicativos que melhorem a segurança no trânsito

Em Nova Iorque, somente no ano de 2013, ocorreram 14.845 acidentes entre motoristas e pedestres. Buscando reduzir este número, o NYC Media Lab, a Escola Politécnica de Engenharia da NYU e a empresa de comunicações AT&T lançaram a competição Connected Intersections que convida projetistas e engenheiros a desenvolver aplicativos que alertem os pedestres, ciclistas e motoristas quanto a situações perigosas relacionadas ao trânsito.

Um dos requisitos essenciais é que o aplicativo não distraia os usuários, mas apenas os informem sobre potenciais perigos.

Mais detalhes a seguir.

Espaços de pedestres em NY e Paris: cidades mais seguras e com menos automóveis

Do total de trajetos diários realizados em Nova Iorque, 34% são feitos a pé, enquanto que em Paris essa marca alcança 32%, apenas nos dias úteis.

Esses números sugerem que os espaços públicos construídos na última década nessas cidades - projetados com foco nos pedestres - permitiram consolidar e melhorar a mobilidade nessas áreas metropolitanas, criar lugares mais seguros para o trânsito de pedestres, transformar espaços que antes eram destinados aos automóveis em lugares para a escala humana, construir ciclovias segregadas e diminuir o uso dos automóveis nas regiões centrais.

A seguir os números que mostram o impacto positivo dos espaços de pedestres nessas cidades.

“The Snake”: a nova ponte para ciclistas de Copenhague

Muitas cidades do mundo estão investindo em infraestrutura para ciclistas com o objetivo de promover esse modo de transporte e suas muitas vantagens para as cidades. Uma das cidades que lideram essa tendência é Copenhague, considerada uma referência mundial no ciclismo urbano.

“The Snake” é a nova ponte para ciclistas da capital dinamarquesa que será inaugurada oficialmente amanhã, 28 de junho.

O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável que busca diminuir o uso do automóvel em Madri

Aumentar em 25% as áreas de pedestre, construir mais vias para os ônibus de transporte público e dar-lhes preferência nos cruzamentos, limitar o tempo dos estacionamentos para os automóveis e aumentar a quantidade de bicicletas publicas elétricas, são algumas das medidas que propõe o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) para Madri, a serem implementadas a partir desse ano até 2020.

Com elas, a prefeitura pretende fazer da capital espanhola uma cidade destinada à cidadania e não aos veículos, convertendo-a num lugar mais amigável para os pedestres, diminuindo os acidentes de transito, a contaminação ambiental e restringindo o uso do automóvel, sobretudo no centro.

Sabia mais detalhes do PMUS a seguir.

Rodovias urbanas: Por que algumas cidades se desfazem delas?

Trinta mil metros quadrados livres para novos usos urbanos, um viaduto a menos e apenas uma via de automóveis para cada sentido. É isso que se vê desde o início de março na Avenida Sabino Arana, em Bilbao (Espanha), depois que as autoridades demoliram parte da estrada, que era uma das principais vias de acesso à cidade, para (futuramente) gerar espaços mais agradáveis e adequados à escala dos habitantes.

Embora ainda não esteja definido o destino do terreno onde antes estava o viaduto, a Prefeitura de Bilbao anunciou que promoverá consultas públicas com os cidadãos para discutir ideias sobre os usos do novo espaço urbano. Até o momento já foram apresentadas propostas para a construção de um bulevar e um parque infantil.

Este é mais um exemplo dos esforços empreendidos por algumas cidades para oferecer mais espaços seguros e de qualidade para pedestres e veículos não motorizados. A substituição de rodovias e outras infraestruturas voltadas para o transporte individual motorizado (frutos de políticas rodoviaristas) por espaços públicos agradáveis, seguros e pensados para a escala das pessoas é o tema tratado pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITD ) e pela Embarq na publicação "A Vida e Morte das Estradas Urbanas".

40 mil vagas de estacionamento deixarão de existir para dar lugar a ciclovias em São Paulo

Em vista da extinção de cerca de 40 mil vagas de estacionamento na cidade de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad afirmou, nesta última quarta-feira, que as vagas de automóveis não farão falta para a cidade e tampouco atrapalharão o transito da maior cidade do país.

A medida prevê que as milhares de vagas de estacionamento dêem lugar a construção de ciclovias e ciclofaixas, uma iniciativa que, segundo o prefeito, tirará São Paulo do século XIX e lhe garantirá um lugar no século XXI.

Cinco soluções alternativas de mobilidade urbana

O teleférico urbano mais longo do mundo, redes de escadas rolante instaladas ao ar livre, um funicular que funciona como um metrô e um bonde suspenso que está em funcionamento desde 1903 são alguns dos exemplos que têm solucionado os problemas de mobilidade das pessoas em setores de difícil acesso, diminuindo o tempo de viagem e tornando os percursos mais atrativos.

Dos cinco casos que lhes apresentamos, dois são sul-americanos. Conheça-os a seguir. 

Iniciativa propõe placas de orientação para pedestres em Porto Alegre

Ex-alunos do Colégio Farroupilha, de Porto Alegre - RS, juntamente com a organização Shoot the Shit, elaboraram e instalaram uma série de placas de sinalização que auxiliam os pedestres a se locomover na capital gaúcha.

As placas mostram a distância até importantes lugares da cidade - como o Parque da Redenção, o Hospital de Clínicas, o Parque Marinha, ícones de Porto Alegre - além de contar com um código QR, que pode ser escaneado através de um smartphone, fornecendo outras informações aos pedestres.

Bicicletas públicas de NY: Primeiras avaliações após um ano de funcionamento

No final de maio, o sistema de aluguel de bicicletas públicas de Nova York, o Citi Bike, completará um ano de funcionamento, período suficiente para realizar as primeiras avaliações em relação ao seu uso.

E isto foi o que fizeram três pesquisadores das universidades de Columbia e Nova Yorkbuscando saber se os ciclistas que mais usam o sistema tem um convênio casual (diário ou semanal) ou anual, os horários em que se alugam mais bicicletas e quais são alguns dos locais mais trafegados da cidade. 

Câmara dos Vereadores de São Paulo aprova mudanças no Plano Diretor Estratégico

Câmara dos Vereadores de São Paulo aprova mudanças no Plano Diretor Estratégico - Imagem de Destaque
© Romullo Baratto

Após ter sido aprovada pela Comissão de Política Urbana de São Paulo no dia 24 de abril, a proposta de substitutivo do Plano Diretor Estratégico foi aprovada nesta quarta-feira, 30 de abril, pela Câmara dos Vereadores de São Paulo com 46 votos favoráveis contra dois contrários.

Momentos antes da votação, mais de 3.000 manifestantes que reivindicavam a aprovação do plano como forma de se avançar na discussão sobre a política urbana da cidade. Em face dessas manobras regimentais, os ânimos se inflamaram e a polícia reagiu, mais uma vez, de forma abusiva sobre manifestações públicas, tentando conter manifestantes que protestavam pelo seu direito à cidade com bombas de gás e violência.

A proposta da gestão Fernando Haddad (PT) será levada a segunda e definitiva votação, que deve ocorrer até o final do mês de maio.

Leia a seguir o manifesto do Movimento pelo Direito à Cidade no Plano Diretor:

Espaço Público e Mobilidade fundamentam palestras no XX CBA

Aproxima-se um dos momentos mais esperados do XX Congresso Brasileiro de Arquitetos (XX CBA) – que acontece neste mês, de 22 a 25 de abril, em Fortaleza, no Centro de Eventos do Ceará. Com nove importantes nomes da arquitetura, do Brasil e de outros países, o grupo temático “Espaço Público e Mobilidade” promete enriquecer o debate sobre o direito à cidade, na perspectiva do planejamento urbano. As inscrições com valores especiais seguem até o dia 11 de abril e se aplicam a estudantes, sócios do IAB e para grupos.