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Ciclismo urbano: O mais recente de arquitetura e notícia

Ciclovias, entre desenho urbano e saúde pública

As ciclovias, com suas faixas distintas e sinalização dedicada, têm ganhado destaque na paisagem urbana de muitas cidades ao redor do mundo. Seus impactos abrangem desde a redução do tráfego rodoviário até a promoção de um estilo de vida mais saudável e sustentável. O episódio 212 do Arquicast aborda esse tema crucial, com a participação da arquiteta e mestre em engenharia de transportes Janaína Amorim, sócia da Metrics Mobilidade. Na conversa, foram discutidos os melhores exemplos globais, as tendências em design e arquitetura, e o impacto das ciclovias na saúde pública.

Fortaleza recebe prêmio de US$ 1 milhão para investir em infraestrutura cicloviária

Para ajudar nas celebrações do Dia Mundial da Bicicleta, comemorado em 3 de junho, 10 cidades do mundo receberam um presente e tanto: foram selecionadas para receber um importante apoio na construção de infraestrutura cicloviária inovadora e opções de mobilidade sustentável para seus residentes. A iniciativa da Bloomberg Philanthropies ganhou o nome de BICI, abreviação do inglês para Bloomberg para Infraestrutura Cicloviária.

Fortaleza, no Brasil, vai receber um prêmio especial de US$ 1 milhão. Adis Abeba, na Etiópia; Bogotá, Colômbia; Lisboa, Portugal; Milão, Itália; Mombaça, Quênia; Pimpri-Chinchwad, Índia; Quelimane, Moçambique; Tirana, Albânia; e Wellington, na Nova Zelândia, receberão US$ 400 mil em financiamento.

Projeto recolhe bicicletas abandonadas para iniciativas sociais em São Paulo e Rio de Janeiro

Desde 2011, o Instituto Aromeiazero promove a campanha “Bike Parada não Rola”. A iniciativa consiste na articulação entre síndicos e síndicas de condomínios residenciais para realizar a identificação de bicicletas abandonadas nos bicicletários dos prédios. 

5 Lições latino-americanas para a implementação de infraestruturas para a bicicleta

5 Lições latino-americanas para a implementação de infraestruturas para a bicicleta - Imagem de Destaque
Ciclovia em Bogotá, Colômbia. Foto © Alcaldía de Bogotá

A pandemia da Covid-19 levou muitas cidades a acelerar a implementação de ciclovias pop-up ou temporárias para facilitar viagens seguras durante os períodos mais críticos da crise sanitária. Muitas dessas ciclovias foram inovadoras em seus contextos – vide o caso de Buenos Aires, que implementou, pela primeira vez, ciclovias em grandes avenidas, oferecendo conexões mais diretas para quem pedala.

A lei das ruas para se tornar uma cidade mais adequada às bicicletas

A lei das ruas para se tornar uma cidade mais adequada às bicicletas  - Imagem de Destaque
Proposta para uma Times Square livre de carros em Nova York. Imagem via 3deluxe

Ao longo do último século, os carros foram o elemento dominante no planejamento de cidades e municípios. Pistas para veículos, expansão de faixas, estacionamentos e garagens foram sendo criados e usados enquanto continuamos nossa dependência pesada em carros, deixando os planejadores urbanos com a tarefa de desenvolver maneiras criativas para tornar as ruas mais seguras para ciclistas e pedestres. Mas muitas cidades, especialmente algumas na Europa, se tornaram exemplos de ideologias progressistas sobre como projetar novos espaços para nos tornarmos livres dos carros e repensar as ruas para torná-las mais amigáveis aos pedestres. Será que já estamos experimentando a morte lenta dos automóveis pelo mundo e favorecendo os que preferem caminhar ou andar de bicicleta? E se sim, como isso pode ser feito em uma escala ainda maior?

Cidadãos de Berlim propõem maior área livre de carros do mundo na capital alemã

A organização Volksentscheid Berlin Autofrei (Decisão Popular por uma Berlim livre de carros) propôs um plano para limitar os automóveis dentro do Ringbahn da capital alemã, um longo anel rodoviário em torno da cidade, uma medida que pode formar a maior área livre de carros do planeta se for aprovada. A iniciativa liderada por cidadãos tem o objetivo principal de proibir os carros particulares na região central de Berlim, com a exceção de veículos de emergência, caminhões de lixo, táxis, veículos de entrega, e moradores com mobilidade limitada, que receberiam licenças de acesso especial.

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Milão implantará "Super-Ciclovia" que cobrirá toda cidade até 2035

Como parte da política de incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte, o Conselho Metropolitano de Milão aprovou seu projeto Biciplan “Cambio”, um novo sistema que introduz corredores chamados “superciclo” por toda a cidade. Assim, o projeto tem como objetivo valorizar o ciclismo, a preservação ambiental e a segurança e o bem-estar da população. O plano complementará as ciclovias já existentes com a adição de 750 quilômetros de novas vias que ligarão as 133 comunas da cidade à região metropolitana, aumentando a cobertura interna do sistema de vias em 10% e 20% em uma escala maior.

Milão implantará "Super-Ciclovia" que cobrirá toda cidade até 2035 - Image 1 of 4Milão implantará "Super-Ciclovia" que cobrirá toda cidade até 2035 - Image 2 of 4Milão implantará "Super-Ciclovia" que cobrirá toda cidade até 2035 - Image 3 of 4Milão implantará "Super-Ciclovia" que cobrirá toda cidade até 2035 - Imagem de DestaqueMilão implantará Super-Ciclovia que cobrirá toda cidade até 2035 - Mais Imagens

4 Maneiras de desenhar ruas seguras para bicicletas

Desde o começo da pandemia de Covid-19, a bicicleta se tornou uma alternativa ainda mais popular, resiliente e confiável para os deslocamentos cotidianos, e ciclovias temporárias (ou pop-up) são cada vez mais comuns em grandes cidades ao redor do mundo. Entre março e julho de 2020, 394 cidades, estados e paísesrealocaram espaços das ruas para que as pessoas pudessem caminhar e pedalar com mais facilidade, eficiência e segurança.

Cidade ativa: o que Amsterdã pode ensinar sobre saúde e mobilidade?

Uma cidade ativa é aquela que estimula seus habitantes a serem fisicamente ativos em seu cotidiano. Isso não quer dizer que ela almeja transformar os cidadãos em atletas olímpicos, mas que dispõe de espaços para ciclistas e pedestres se locomoverem com segurança e de infraestrutura adequada para que pessoas de todas as idades possam praticar esportes, se divertir e relaxar ao ar livre. Dessa forma, as atividades físicas, em maior ou menor intensidade, se tornam parte natural do dia-a-dia da população. 

Pás de turbinas eólicas viram bicicletários na Dinamarca

Enquanto alguns países estão apenas começando a aproveitar seu potencial eólico, outros já estão substituindo turbinas antigas por modelos mais novos e eficientes. Com isso, surgiu a questão: o que fazer com as pás das turbinas, um imenso material de difícil reciclagem?

A tecnologia de energia eólica cresceu rapidamente nos últimos 15 anos. Dada a vida útil de 20 anos – das atuais pás de turbinas eólicas – elas precisarão ser descartadas em um futuro próximo. Pensando nisso, empresas do setor criaram o programa Re-Wind, que apoia pesquisadores de várias partes do mundo a buscarem alternativas para reuso dos materiais das turbinas. O projeto explora o potencial de reutilização das lâminas das pás em estruturas arquitetônicas e de engenharia. 

Ciclovia de plástico reciclado é inaugurada no México

Uma ciclovia modular e pré-fabricada foi recentemente inaugurada no Parque Florestal de Chapultepec, na Cidade do México. O modelo é feito com resíduos plásticos pós-consumo, cujo design inteligente oferece ainda drenagem e armazenamento de água pluvial.

Os plásticos reaproveitados na construção da ciclovia seriam descartados ou incinerados. Outra vantagem é que se o material se desgasta, pode ser reciclado novamente criando uma vida útil cíclica.

Ciclovia de plástico reciclado é inaugurada no México - Image 1 of 4Ciclovia de plástico reciclado é inaugurada no México - Image 2 of 4Ciclovia de plástico reciclado é inaugurada no México - Image 3 of 4Ciclovia de plástico reciclado é inaugurada no México - Image 4 of 4Ciclovia de plástico reciclado é inaugurada no México - Mais Imagens

Do emergencial ao permanente: transformando a infraestrutura cicloviária para além da pandemia

Quando a pandemia de Covid-19 estourou, a preocupação com a transmissão do vírus no transporte coletivo levou muitas pessoas a optarem por outras alternativas de mobilidade – principalmente pedalar. A bicicleta ganhou popularidade tanto para uso recreativo quanto como meio de transporte, uma tendência especialmente evidente nos Estados Unidos, no México, na Colômbia, na Alemanha e na França. Nos casos de França, Alemanha e Estados Unidos, a média semanal de uso da bicicleta aumentou respectivamente em 4%, 7% e 20% em relação aos números de 2019.

Buenos Aires expande rede cicloviária para avenidas principais em resposta à Covid-19

A infraestrutura cicloviária tem crescido rápido nas cidades latino-americanas ao longo da última década. Cidades como Bogotá e Santiago mais do que dobraram a extensão de suas redes cicloviárias. Uma boa notícia, pois estudos mostram que cidades que priorizam infraestrutura segura registram reduções significativas no número de mortes e ferimentos de ciclistas e somam benefícios econômicos consideráveis a partir da redução de congestionamentos e de pedidos de licença médica.

Ainda assim, boa parte da infraestrutura cicloviária já existente nas cidades latino-americanas foi construída em vias locais e secundárias. A implementação pode ser mais fácil em ruas menos movimentadas, mas também diminui a eficiência e o impacto geral do uso da bicicleta, além de criar problemas de segurança. Os ciclistas tendem a procurar por atalhos e pelos caminhos mais diretos, possivelmente gerando interações perigosas com os carros quando entram em vias arteriais não planejadas para o transporte não motorizado.

CicloMapa: um mapa colaborativo da infraestrutura cicloviária das cidades brasileiras

Ao longo de 2019, o ITDP e a União de Ciclistas do Brasil (UCB) trabalharam em conjunto para disponibilizar um mapa para facilitar e ampliar o acesso a dados sobre a infraestrutura cicloviária nas cidades brasileiras. Em setembro do ano passado, o público votou no nome que seria dado à plataforma, e o CicloMapa foi lançado no Fórum Nordestino da Bicicleta (FNEBici) em Aracaju.

De Rua do Cais a Rua Completa: intervenção em Salvador devolve vitalidade à Rua Miguel Calmon

A Rua Miguel Calmon foi cenário de transformações importantes em Salvador. Até o início do século 20, antes da construção do aterro em que foi erguido o lado esquerdo da via e um novo porto para a cidade, ela se chamava Rua do Cais e era banhada pelo mar. Cem anos depois, a rua no bairro Comércio tornou-se a primeira Rua Completa da capital baiana e um dos símbolos das intervenções que têm revitalizado seu centro histórico.

7 Mitos sobre ciclovias (e qual é a verdade)

Ao passar de carro ao lado de uma ciclovia, é difícil não ouvir um comentário como “ela está sempre vazia”, “isso tira espaço dos carros” ou “as lojas perdem clientes”. Mas será que essas afirmações têm algum fundo de razão? Veja alguns mitos muito populares sobre as ciclovias – e qual é a verdade sobre elas.

São Paulo planeja implementar 170 km de ciclovias até 2020

O novo Plano Cicloviário de São Paulo, apresentado recentemente pelo prefeito Bruno Covas, prevê a implementação de 173,3 quilômetros de novas ciclovias e ciclofaixas na capital. A proposta, que faz parte do ajustes no Plano de Metas da administração municipal, também compreende a requalificação de 310,6 quilômetros existentes.

Primeira ciclovia pré-fabricada de plástico reciclado é inaugurada

Quando se trata de sustentabilidade a Holanda está sempre inovando. A mais recente novidade vem de Zwolle, cidade que já ganhou várias vezes o título de mais verde. Por lá, está sendo testado um trecho de ciclovia construída com resíduos pós-consumo que seriam descartados ou incinerados.

Para desenvolver o material, foram usadas garrafas de plástico velhas, copos de cerveja de festivais, embalagens de cosméticos e móveis de plástico. Ainda em fase piloto, a ciclovia possui 70% de plástico reciclado em seus 30 metros de comprimento, embora a ideia seja futuramente criar uma ciclovia feita inteiramente de plástico reciclado.