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Análise Urbana e Territorial: O mais recente de arquitetura e notícia

Precariedade urbana na construção da cidade: O caso dos municipios da periferia de Buenos Aires / Guillermo Tella

A cidade é um conjunto organizado de lugares e de espaços que os atores sociais constróem sob as posibilidades estruturais para desenvolverem suas vidas. Associar os processos de reprodução social na construção da cidade permite interpretar os crescentes fenômenos que conduzem à fragmentação social, à acumulação diferencial e à participação desigual da população no acesso ao espaço urbano.

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É possível pôr em prática políticas progressistas nas grandes cidades latino-americanas de hoje?

Nestes primeiros anos do século XXI a maioria das grandes capitais latino-americanas está sob governo de partidos ou coalisões progressistas ou de esquerda, com um importante apoio popular. São cidades de alta visibilidade, com meios para realizar políticas transformadoras num sentido democrático e de justiça social. Referimo-nos a Cidade do México, Bogotá, Quito, Lima, La Paz, Santiago, Montevidéu, São Paulo, Caracas. Destaca-se a ausência de Buenos Aires, que teve governos duvidosamente progressistas nos anos 90 e início dos 2000 e hoje é governada por uma direita neoliberal que substitui a justiça pela demagogia. Uma experiência (ruim) a ser levada em conta.

Um governo progressista que pretende consolidar políticas de reforma precisa durar, ao menos, dois ou três mandatos. Para fazer progredir a cultura política democrática nos parece muito conveniente realizar uma análise dessas experiências, como começaram suas jornadas, os primeiros resultados de suas políticas e seus atuais desafios. Não pretendemos agora realizar esta análise de todas as cidades citadas, o conhecimento não seria suficiente e não caberia em um artigo de periódico. Exigiria ao menos uma série. Apenas pretendemos propor alguns critérios do que pode ser uma política de esquerda ou progressista a partir de um conhecimento básico dos casos citados. Como avaliar uma política de esquerda? Consideramos três critérios e cada um deles se situa em uma escala diferente.

Os dados do Facebook sobre migração e o crescimento das megacidades

Hoje 15% da população mundial usa o Facebook, o que equivale a 1,19 bilhões de usuários ativos mensais. Esta grande quantidade de usuários permitiu a esta rede social ter uma base de dados expressiva sobre diversos assuntos.

Um exemplo de como estes dados podem ser utilizados é esta interessante análise, realizada a partir dos perfis de seus usuários, sobre o fenômeno da migração populacional em direção às megacidades que acontece atualmente no mundo todo.

Perspectivas sobre Lima: A Reconstrução da Cidade Existente

Lima é uma cidade metropolitana, a capital do Peru, com mais de 8,5 milhões de habitantes. É o centro comercial, financeiro, cultural e político do país. A metrópole se estende principalmente dentro da Província de Lima e, em uma proporção menor, dentro da Província de Callao, onde se encontram o porto marítimo e o aeroporto internacional. A autoridade do governo local é a Prefeitura Metropolitana de Lima.

A cidade é responsável por 35% da produção industrial e é o centro financeiro do país. Os principais setores econômicos são: a indústria, o comércio e os serviços e, dentro deste, especialmente o turismo. Inicialmente a cidade foi chamada de Ciudad de los Reyes, centro religioso importante para seus residentes. Durante o Virreinato - domínio da Coroa Espanhola sobre vários países da América do Sul, sendo sua principal conquista o território peruano. Deu-se desde o século XVI até o século XIX -, a Espanha edificou sobre as fundações de cimento das construções indígenas, de grandes casarões, catedrais e praças. 

Lima também foi conhecida como a “cidade jardim” devido ao grande número de parques que possuía, especialmente no início do século XX. Desde meados do século XX, a cidade começou a receber um significante número de imigrantes do campo, devido ao êxodo rural que se intensificou entre as décadas de 1950 e 1960. Isto provocou um aumento substancial na quantidade de assentamentos informais (favelas) e no número de habitantes.

Cidades sul-africanas: Os contrastes no cenário pós-Apartheid

O Centro Africano para as Cidades da University of Cape Town recentemente realizou um workshop intitulado “Informal Settlements: Urban Develop Challenges”. Em março deste ano foram produzidos debates acadêmicos, visitas de campo, reuniões com funcionários e caminhadas por assentamentos informais.

A potência comercial de uma cidade: Estratégias de revitalização urbana

Buenos Aires é a cidade central de uma extensa região metropolitana que congrega cerca de 14 milhões de habitantes e que se estende radialmente por mais de 50 km a partir da Praça de Maio, seu núcleo de fundação e sede do governo nacional. Esta cidade, que abriga quase 3 milhões de pessoas que nela moram permanentemente, recebe a cada dia – via transporte público ou particular – mais de 5 milhões de pessoas que moram nos municípios vizinhos e que vem desempenhar suas atividades de trabalho. Todas estas circunstâncias lhe dão uma grande potência em termos de desenvolvimento comercial em suas diferentes áreas.

Perspectivas sobre Buenos Aires: uma aproximação ao modelo morfológico

A cidade de Buenos Aires passa por um processo de revisão de sua legislação, tanto urbana quanto de edificações, devido a situações de colapso estrutural que algumas construções apresentaram nos últimos anos. A partir desta perspectiva é necessário trazer elementos que contribuam para configurar um novo status administrativo na gestão da cidade que, além da reformulação do corpo normativo, defina novos mecanismos de apresentação, revisão, aprovação, controle e registro da realidade construída. Assim, este estudo proposto pretende ser um insumo básico para a definição de novas regras.

Perspectivas sobre Nova Iorque: uma aproximação ao modelo morfológico

Nova York é a cidade mais populosa do Estado de Nova York, nos Estados Unidos. Com 8,4 milhões de habitantes em 830 km² é centro de uma região metropolitana com 22 milhões de pessoas. É um dos centros nevrálgicos da economia mundial, juntamente com Paris e Tóquio, sendo um dos principais centros de finanças, seguradoras, imobiliárias, meios de comunicação e artes dos Estados Unidos.

Perspectivas sobre Berlim: Uma cidade em constante reconstrução

Berlim é a cidade capital da República Federal da Alemanha, com seu distrito central de 3,4 milhões de habitantes e centro da área metropolitana de Berlim/Brandenburgo, com 4,4 milhões de habitantes. Sua população tem aumentado significativamente desde o final da Segunda Guerra Mundial. Após a reunificação alemã. Em 3 de outubro de 1990, Berlim converteu-se em uma cidade-estado independente, assim como Hamburgo e Bremen.

Espaço público, teste da cidade democrática

A cidade é espaço público 

Seminário “Santiago, metrópole em transformação"

O Observatório das Metrópoles e o Instituto de Estudos Urbanos da PUC Chile promovem, no dia 08 de julho no IPPUR/UFRJ, o seminário “Santiago, metrópole em transformação” a fim de avançar o projeto de análise comparada sobre dois dos maiores centros urbanos latinoamericanos – Rio de Janeiro e Santiago. Com o apoio da Fondecyt/CNPq, o evento contará com a participação dos professores Carlos de Mattos, Pedro Banne, Arturo Orellana e Luiz Fuentes, que abordarão temas como financeirização, solo urbano e população, qualidade de vida e crescimento urbano na capital chilena. O seminário é gratuito e aberto a todos os interessados.

Desenho ativo: fazendo a experiência da calçada

O departamento de Planejamento da Cidade de Nova York publicou recentemente dois documentos sobre o desenho ativo nas calçadas e outras vias. Ambos apresentam a obra não a partir daqueles que a constroem, mas aqueles que realmente a utilizam. É centrado no ponto de vista do pedestre, ou seja, se priorizou a pessoa que habita e experimenta a calçada. Em “Desenho Ativo: Fazendo a experiência da calçada”, foi utilizado o marco conceitual da “sala de calçada” para lidar com a complexidade das políticas urbanas, os usuários e a forma física da configuração da experiência dos pedestres neste espaço público.

“Transformações Sócio Territoriais nas Metrópoles de Buenos Aires, São Paulo e Santiago”

As repercussões da globalização no desenho urbano de três cidades latino-americanas – Buenos Aires, São Paulo e Santiago – são estudadas neste livro por uma equipe de arquitetos, pesquisadores, políticos, geógrafos, historiadores e sociólogos dos países analisados. Ao longo do livro, este fenômeno é investigado desde sua influência nos processos de fragmentação e segregação social e, também, desde o surgimento de condomínios que intervém no desenho urbano e que, segundo o livro, constituem “novas cidades”.

Como ser um cidadão "placemaker": pensar mais leve, mais rápido e mais econômico (Parte II)

Com este artigo finalizamos a série de três artigos que relatam o conceito de Placemaking e a importância dos cidadãos no desenvolvimento de suas cidades. Revise a primeira parte deste post aqui.

O trabalho de muitas pessoas pode tranquilamente ser realizado ao ar livre, contudo, por diversas razões, a maior parte destes trabalhos acontecem em locais privados, ao invés de servirem para animar o espaço público. No entanto, cidadania ativa não significa que tudo seja trabalho (e nada seja lúdico), já que, “qualquer tipo de comunidade (que apoie a participação) não irá apenas solucionar os problemas que os vizinhos querem resolver”, explica Matt Leighninger, o diretor do Consórcio da democracia deliberativa. “Também deve haver a celebração do que se tem feito, através da socialização, com música, comida, entre outros temas.”

Ranking das dez cidades com maior custo de vida de 2013

Luanda é a capital da Angola, na costa atlântica da África. Nesta cidade-porto vivem cinco milhões de pessoas que na sua maioria trabalham na produção de bebidas, tecidos, cimento, plásticos, metais, cigarros e sapatos. Este ano, assim como em 2011, Luanda foi catalogada como a cidade com maior custo de vida para os estrangeiros, segundo o estudo anual elaborado pela consultora Mercer.

O informe “Custo de vida 2013” analisou 214 cidades nos cinco continentes tomando, basicamente, Nova York como referência quanto a custos, comparando mais de 200 artigos em cada cidade, como habitação, transporte, comida, roupa, utensílios para o lar e entretenimento. Ainda que as cidades europeias - especificamente da Suíça- estejam dentro do ranking, a maioria dos postos mais altos são ocupados por cidades da Ásia e África.

O Distrito Central Zapopan: Um novo polo de desenvolvimento sustentável na Região Metropolitana de Guadalajara

O contexto metropolitano 

A região metropolitana de Guadalajara (Z.M.G.), junto a Monterrey é a segunda em importância no México. Formada por oito municípios, abriga 4.434.8781 habitantes numa superfície de 2.734 km² e neste momento, se caracteriza pelas ações urbanas desarticuladas dos municípios que a integram², o que acabou por formar uma cidade baixa e extensa, sem hierarquias claras e carente de estrutura urbana coerente que suporte seu crescimento. Neste contexto, Zapopan se posicionou como o município líder da Z.M.G., reflexo de possuir o maior índice de desenvolvimento urbano³ no Estado de Jalisco e o nono maior índice a nível nacional. Ainda que siga tendo uma população menor (1.243.756 habitantes) que o município de Guadalajara (1.495.189 habitantes), sua dinâmica populacional é ascendente, enquanto o centro tradicional segue num fenômeno de perda de população há aproximadamente 20 anos.

Mecanismos para a tomada de decisões no planejamento das cidades

Nossas cidades crescem e se transformam no ritmo da população que abrigam. No caso particular da cidade de Buenos Aires, um dos principais desafios que deverá ser afrontado na próxima década está vinculado ao forte processo de segregação social e urbana que atravessa. O espaço público expressa, cada vez com maior ênfase, as desigualdades urbanas causadas pelas elevadas diferenças sociais, acentuando os contrastes e a distribuição assimétrica das oportunidades no território urbano.

Neste âmbito, o conjunto de grandes projetos que acabam de ser lançados (com uma inusitada agilidade) acaba por não fazer mais do que destacar um cenário especialmente direcionado a consagrar e contribuir com a segregação na cidade. A execução de mais habitações de luxo nas bordas de Puerto Madero, a criação de um polo audiovisual em plena zona portuária, a instalação de uma área de transferência de cargas no sudoeste da cidade e a transformação das ferrovias em torres e shoppings ajardinados exemplificam claramente esta dinâmica que se instala.

Intervir na dinâmica da cidade

Sobre o processo de transformação do território

A cidade de San Miguel é a sede do município homônimo, localizado a noroeste da Região Metropolitana de Buenos Aires. Conta com cerca de 300 mil habitantes, distribuídos de maneira díspar e aglomerada. A importância desta cidade se deve a seu papel histórico como sede regional e às propícias condições paisagísticas, ambientais e de acessibilidade.

Constitui uma centralidade metropolitana na coroa de cidades definidas pelo Rio Reconquista (San Fernando, Tigre, San Miguel, Moreno, Merlo). Na última década esta cidade viu modificada sua dinâmica; resultado de um fenômeno de verticalização que expulsou muitas famílias tradicionais de algumas regiões devido à pressão exercida sobre o valor da terra.