"O morador urbano de hoje não sabe de onde vem ou como são produzidos os alimentos que consome ou como eles são distribuídos. Nós nos tornamos dependentes de grandes e poderosas corporações que trazem grandes quantidades de alimentos de fazendas industrializadas aos nossos supermercados. Mas todo o processo permanece oculto, é massivamente complexo e, em última análise, insustentável." Carolyn Steel, autora de Hungry City, em sua palestra TED."How Food Shapes Our Cities" (Como o alimento molda nossas cidades).
Em algumas partes do mundo, as pessoas estão lentamente começando a "revolução dos alimentos." A necessidade causada pela crise econômica ou a mudança de mentalidade das pessoas que procuram comer melhor para prevenir doenças quase epidêmicas, como a obesidade, têm impulsionado a ação das pessoas, tomando a situação em suas próprias mãos e se tornando apicultores urbanos ou "agricultores de telhado."
Na América Latina, apesar de seus muitos benefícios aparentes, esta questão ainda não é foco de debates cotidianos, mas timidamente vêm alcançando algumas famílias. Apesar da participação de grupos comunitários e da pressão política serem vitais para promover esses movimentos, também o poderia ser o projeto arquitetônico.
Veja, a seguir, alguns programas de agricultura urbana de sucesso na América Latina e uma série de propostas internacionais que podem nos dar idéias como a arquitetura pode apoiar essa revolução, se colocarmos o alimento no centro do projeto.