O Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), projetado pelo arquiteto e urbanista José Portocarrero, venceu o prêmio BREEAM Awards 2018 como o melhor edifício sustentável das Américas e também venceu na categoria voto popular. Com base nas casas indígenas, referências em bioclimática, o edifício em Cuiabá (MT) se destaca pelo conforto térmico e utilização máxima da iluminação natural. Sua cobertura em duas cascas, possibilita o resfriamento interno do prédio e a captação de água da chuva, filtrada e armazenada para uso na irrigação do jardim e lavagem de pisos.
O Congresso de Iniciação Científica em Arquitetura e Urbanismo (CICAU) tem como proposta ser uma instância de reflexão e intercâmbio destinada a estudantes, docentes e formados em Arquitetura e Urbanismo e carreiras afins, onde se busca focalizar, interpretar, analisar e debater os problemas atuais e nossas cidades a partir da iniciação científica e a pesquisa acadêmica - prática essa que carece atenção na formação de um estudante de arquitetura e urbanismo. Por isso, acreditamos que se deve reforçar a importância da pesquisa e do estudante como protagonista para uma melhor formação como arquiteto e urbanista.
A proposta do OVO Grąbczewscy Architekci, um edifício com uma série de jardins horizontais sobrepostos na fachada, ficou com a terceira colocação no concurso para o novo Centro de Ciências da Małopolska em Cracóvia, na Polônia. O concurso sugeria um projeto para uma instituição cultural inovadora de forma arquitetônica emblemática que representaria a criatividade, a abertura e liberdade de pensamento. Como reflexo do que tem sido incentivado pelas políticas da cidade e da região, o centro também pretende investir em modelos de construção sustentável, eficiência energética e programas educativos que possam inspirar o engajamento dos visitantes.
Projetado e desenvolvido pela Fiction Factory, uma empresa de Amsterdã, Wikkelhouse traduz-se vagamente como "casa embrulhada". Esta casa modular sustentável é criada exclusivamente com papelão como seu material de construção principal e é personalizável em tamanho e função.
Platinum City, Primeira Cidade Pós-Humana / Sean Thomas Allen; Reino Unido. Imagem Cortesia de Jacques Rougerie Foundation
Nove projetos visionários focados na vida em lugares inexplorados do mar e do espaço sideral foram anunciados como vencedores da competição Jacques Rougerie de 2017.
Fundada em 2011, a competição visa promover a criatividade dos jovens arquitetos, desafiando-os a concluir "projetos inovadores, audaciosos e promissores" que imaginem novos métodos de desenvolvimento sustentável dentro dos domínios do mar e do espaço sideral.
As apresentações arquitetônicas foram concedidas este ano dentro de três categorias: Inovação e Arquitetura para o Mar, Inovação e Arquitetura para o Espaço, e Arquitetura e Aumento do Nível do Mar. Nessas categorias, os projetos foram selecionados em três disciplinas: o grande prêmio geral, o prêmio "Foco" e o Coup de Coeur.
Através da biomimética, GCP Arquitetura & Urbanismo, criou o projeto de um hotel no sul da Bahia que se inspira em soluções da fauna e flora para promover melhor conforto térmico nos edifícios e menor impacto ambiental para sua operação.
Futura identidade visual da Oxford Street pedestrianizada ainda não está pronta. Imagem: TfL. Image via TheCityFix Brasil
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, lançou esse mês o esboço do novo plano para a cidade que, segundo ele, marca uma ruptura com os planos anteriores. E ele não está exagerando, já que entre as novas metas a serem perseguidas até 2029 estão a quase completa proibição de estacionamentos para carros e a construção de 650 mil novas habitações. Enquanto o plano ainda está em sua versão inicial, os esforços da capital inglesa para conter a poluição do ar fazem avançar o processo de pedestrianização de uma de suas principais avenidas centrais, a Oxford Street, e até a apostar em biocombustível derivado do café para mover os ônibus pela terra da Rainha.
A plataforma de ensino online SDG Academy lançou recentemente uma série de cursos online gratuitos sobre temas que abrangem desde desenvolvimento sustentável e urbanização até mudança climática e uso de recursos naturais. Segundo a descrição em sua página, a SDG Academy "cria e faz a curadoria de cursos gratuitos de nível superior sobre desenvolvimento sustentável, voltados para estudantes de todo o mundo."
As cidades concentram, atualmente, mais da metade da população mundial. Segundo dados da ONU, 54% da população vive em áreas urbanas, e esse número pode passar para 66% até 2050. A distribuição desse contingente, na maioria dos casos, ocorre de forma desigual, lotando as grandes cidades. Até 2014, 453 milhões de pessoas viviam nas 28 megacidades mundiais. Entre essas, 16 são asiáticas, quatro são latino-americanas, três são europeias, três são africanas e duas são norte-americanas. Fica claro, portanto, que as cidades possuem vital importância para as causas ambientais. Iniciativas criadas nos grandes centros urbanos podem ser replicadas mundialmente.
O jornal inglês The Guardian formou uma lista de sete cidades do mundo que colocaram em prática grandes iniciativas na busca pelo desenvolvimento urbano sustentável.
Último Dia sem Carro em Paris proibiu a circulação de veículos em toda a cidade. Foto: Laura Azeredo, via TheCityFix Brasil
O futuro de uma nova Paris já vem sendo noticiado há alguns meses. Desde que a atual prefeita, Anne Hidalgo, assumiu o cargo, seu desejo de uma cidade com cada vez menos carros vem se realizando em pequenas (ou nem tão pequenas) ações. No entanto, parece que esse objetivo ganhou uma data perfeita para ser alcançado: os Jogos Olímpicos de 2024.
O Projeto Urbanístico das Hortas do Direceu, da Prefeitura Municipal de Teresina, elaborado pelos arquitetos urbanistas Gabriela Uchoa, Valério Araújo, Cíntia Bartz e Lívia Macêdo, recebeu o Prêmio "Ciudad para las Personas" do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, na categoria Mobilidade sustentável. Os finalistas apresentaram os projetos durante o Congreso Internacional de Urbanismo y Movilidad, em Buenos Aires, onde um júri elegeu os projetos vencedores. Uma equipe multidisciplinar composta pela Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito e a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Leste envolveu-se ativamente no projeto.
Barcelona quer trazer as áreas verdes para próximo de toda a população. Foto: Jamison Wieser/Flickr-CC. Image Cortesia de TheCityFix Brasil
Barcelona, a segunda maior cidade espanhola, já virou referência em muitos aspectos devido ao planejamento urbano voltado às altas densidades, às medidas de redesenho urbano e a ações pela qualidade de vida da população. Grande parte das iniciativas fazem parte dos esforços para combater a poluição do ar e seus consequentes problemas. Agora, ao observar a distribuição dos espaços verdes, Barcelona traçou um plano que deverá transformar a cidade.
Recentemente, o prefeito de Nova Iorque, Bill de Blasio, anunciou novas regras para reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa da cidade. A ideia é fazer com que os proprietários dos edifícios modernizem seus prédios com projetos que visem a redução do impacto ambiental.
A queima de combustíveis fósseis utilizados para disponibilizar calefação e água quente em edifícios é a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa da cidade de Nova Iorque. Em breve, espera-se que haja melhorias em aquecedores de água quente, telhados e janelas, caldeiras e sistemas de distribuição de calor.
Mais de mil metros acima do nível do mar nas encostas da serra de Alborz em Gilan, no norte do Irã, uma vila que remonta a 1006 DC agita-se com a vida. As estruturas castanho-ocre de Masuleh seguem o declive da montanha em que a vila se implanta - ou melhor, brota - dando à aldeia a sua qualidade mais incomum: os telhados de muitas casas se conectam diretamente ou formam parte da rua servindo às casas acima.
Terceira edição do evento internacional em São Paulo está marcada para dias 22 e 23 de novembro, na FAAP, com a presença de importantes nomes como Patricia Espinosa, Naresh Ramchandani, Guto Requena e Marcelo Ebrard
O What Design Can Do São Paulo – WDCD SP volta ao Brasil destacando o impacto social do design. A conferência anual se dedicará à questão mais importante de nosso tempo: as mudanças climáticas. Palestrantes de renome de todas as disciplinas do design farão parte do evento e irão explorar o papel que o design pode cumprir. Em paralelo, a Violência contra a Mulher segue sendo tema de pesquisa do evento.
Neste ano, a conferência será mais dinâmica do que nunca, com um expressivo conjunto de palestrantes do Brasil e do mundo. Incluindo o designer de comunicação Naresh Ramchandani (Pentagram
Pensar em metas climáticas remete geralmente à busca por soluções no transporte das grandes cidades ou na queima de carvão nas indústrias, por exemplo. Mas resultados muito importantes no processo de combate ao aquecimento global podem vir de uma área ainda pouco explorada: a eficiência em edificações. A relevância deste setor se comprova em números. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), as construções respondem por 30% das emissões globais de CO2 induzidas por seres humanos. Sendo a redução de gases de efeito estufa (GEE) a principal meta de tratados internacionais, como o Acordo de Paris, medidas que promovam a sustentabilidade em edificações podem ter um peso muito importante para o Brasil cumprir suas metas.
ATUALIZAÇÃO: A Justiça negou o pedido do Ministério Público para barrar a construção de jardins verticais em São Paulo como forma de compensação ambiental. Para o juiz Luis Manuel Fonseca Pires, "há muitos critérios técnicos, não abordados amplamente na inicial [do Ministério Público], que devem ser considerados; igualmente, há diversas situações fáticas que podem ora autorizar a compensação ambiental, ora desaprová-la, mas o pedido não faz distinção alguma e pretende a difusa e irrestrita suspensão de sua aplicação".
O Ministério Público e a 1ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente de São Paulo ajuizaram uma ação pública que visa proibir a Prefeitura de SP de autorizar a construção de jardins verticais como forma de compensação ambiental. Para o promotor Marcos Stefani, autor da ação, estes jardins deixam a cidade mais verde, entretanto, "mas não como uma forma aceitável para a remoção de espécies arbóreos."
SAO PAULO THROUGH THE LOOKING-GLASS [seis cenários impossíveis para sp], com Eduardo Pimentel Pizarro
“Alice laughed. […] ‘One can’t believe impossible things.’ ‘I daresay you haven’t had much practice,’ said the Queen. ‘When I was your age, I always did it for half-an-hour a day. Why, sometimes I’ve believed as many as six impossible things before breakfast.”
A partir deste trecho do livro “Through the Looking-Glass”, de Lewis Carroll, e à contrapelo da realidade, o objetivo do curso é experimentar, teórica e projetualmente, a proposição de seis cenários “impossíveis” para a cidade de São Paulo, direcionados por seis eixos temáticos: edifícios;