Lugar de referência para a memória e a identidade do povo Guarani, a Tava, localizada na área que corresponde ao Sítio Histórico de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões (RS), foi construída e habitada por seus ancestrais a pedido de sua divindade, Nhanderu. Esse lugar sagrado foi reconhecido como Patrimônio Cultural do MERCOSUL. A decisão foi tomada e anunciada no XVII Encontro da Comissão do Patrimônio Cultural do MERCOSUL, que acontece durante os dias 30 e 31 de outubro, em Montevideo no Uruguai.
Com o propósito de incentivar o cuidado e o reconhecimento de bens culturais, o Núcleo de Pesquisa em Direito do Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o Escritório Técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Ouro Preto (MG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) elaboraram o Manual Para Quem Vive em Casas Tombadas.
Há um mês, o Brasil perdia um de seus patrimônios mais antigos e representativos. Destruído por um incêndio que apagou mais de 200 anos da história arquitetônica do Paço de São Cristóvão, edifício que serviu de residência da família real, e reduziu a pó milhares de itens do seu acervo (muitos dos quais únicos no mundo), o Museu Nacional tenta se reerguer após a tragédia.
A inacabada Feira de Trípoli, projetada por Oscar Niemeyer para a capital do Líbano, pode se tornar patrimônio mundial da humanidade da Unesco. Concebida nos anos 1960 a pedido do então presidente Fouad Chéhab, a feira tinha como objetivo simbólico forjar uma imagem de modernidade para o país.
A Prefeitura de São Paulo voltou a debater a isenção de cobrança e o desconto do Imposto Predial e Territorial Urbano para imóveis tombados. Debatido nos mandatos de Gilberto Kassab e Fernando Haddad, o tema é foco de um projeto de lei que está sendo elaborado.
A proposta prevê a isenção do IPTU apenas para bens tombados que se localizam na região central da cidade de São Paulo, dentro de um perímetro que ainda está sendo definido, e não contemplará os que estão sujeito a restrições, como os localizados em bairros preservados - por exemplo Jardins e Pacaembu.
A riqueza cultural e excepcional beleza natural, faz de Paraty e Ilha Grande em Angra dos Reis um lugar sem igual. É o que defende a candidatura do primeiro sítio misto brasileiro a Patrimônio Mundial. Especialistas do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), órgãos assessores da Unesco, estiveram em missão no Brasil de 10 a 16 de setembro, para avaliar o reconhecimento mundial do sítio.
Tombado como Patrimônio Cultural Mundial, o Centro Histórico de Salvador (BA), no coração do Pelourinho, é o endereço da Catedral Basílica da cidade, uma construção datada do século 17. Uma das mais importantes construções sacras do país, a basílica passou por um processo de restauração de três anos e oito meses que, mais do que trazer de volta ao público os itens de já faziam dela uma obra única, revelou espaços e peças cuja existência era até então desconhecida ou que se julgavam perdidas.
Mais uma vez, quem estiver passando pela movimentada rua Araújo Porto Alegre, na esquina com a Avenida Graça Aranha, no centro do Rio de Janeiro (RJ), vai poder se encantar com a imponência doPalácio Gustavo Capanema e entender porque ele é um ícone do Modernismo, para o Brasil e para todo o mundo. Mais de 70 anos depois da inauguração do edifício, em 1946, toda a inovação de suas fachadas - trazida pelos mestres da arquitetura e das artes dos anos de 1930 -, foi restaurada e será entregue pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no próximo dia 20 de setembro.
https://www.archdaily.com.br/br/902355/icone-do-modernismo-palacio-gustavo-capanema-tem-fachadas-restauradasEquipe ArchDaily Brasil
Estação Ferroviária de Bauru. Foto: Rafael Kage/Flickr. Image via HAUS
No auge das ferrovias, em meados do século passado, o Estado de São Paulo chegou a ter cerca de 500 estações ferroviárias. Com o fim do transporte de passageiros por trens de longo percurso, durante a década de 1980 e início dos anos 1990, parte desse patrimônio ficou abandonada e, quando não sofreu saques e depredações, acabou ruindo por falta de conservação. Hoje, menos de 50% das estações continuam em pé, segundo a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF).
A destruição o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, não pode passar em branco. Essa tragédia deve servir como um grito de basta contra o abandono, negligência e destruição da memória nacional. A realidade, lamentavelmente, é que a situação do Museu Nacional não é única. Outras tragédias iguais podem ocorrer.
Os valores que nos identificam como sociedade não podem virar cinzas como o Museu Nacional. Conclamamos o Estado, os arquitetos e 2 urbanistas, as universidades, os intelectuais, as entidades de classe, enfim, a sociedade brasileira a se mobilizar.
O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), cumprindo sua missão de contribuir para o desenvolvimento técnico-científico e sociocultural do país e para a preservação do patrimônio cultural nacional, lamenta profundamente pela perda irreparável do Museu Nacional, instituição central da cultura e da ciência brasileiras localizada no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, que ardeu em chamas na noite do último dia 02 de setembro.
O incêndio da Quinta da Boa Vista não somente deixou em ruínas um conjunto arquitetônico declarado patrimônio nacional, mas também destruiu milhões de peças e documentos históricos pertencentes ao seu acervo, que estavam entre os mais representativos da história brasileira, de relevância mundial. Trata-se, portanto, de uma perda irreversível, que está sendo lamentada por todos que se preocupam com a cultura e a memória brasileiras, no país e no exterior.
https://www.archdaily.com.br/br/901328/a-irreparavel-perda-do-museu-nacional-carta-aberta-do-iabEquipe ArchDaily Brasil
Este mês, no dia 17, foi comemorado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico. Criada em 1998 para homenagear o historiador e primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Rodrigo Melo Franco de Andrade, que completaria um século de vida naquele ano, a data tem por objetivo reforçar a importância do reconhecimento e da valorização do patrimônio histórico e cultural do país.
Hoje, 17 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, data que institui reconhecimento ao esforço pela preservação dos bens de significância popular, histórica e artística no território brasileiro. Comemora-se a data no mesmo dia em que nasceu o historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade, que teve importante papel na criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Criado no ano de 1937, é o órgão responsável por promover e organizar todo o processo de preservação do Patrimônio Cultural Nacional, e “proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras”. [1]
Na 17ª reunião da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, ocorrida em 1972, surgiu por conta da necessidade de identificar bens inestimáveis e irremovíveis das nações, constatando que o patrimônio cultural e o patrimônio natural vinham sendo cada vez mais ameaçados de destruição, não só pelas causas tradicionais de deterioração, mas também pela evolução da vida social e econômica que agravam com fenômenos de alteração ou da destruição ainda mais terríveis.
De acordo com um comunicado publicado na página da UNESCO, a Lista do Patrimônio Mundial é um legado de monumentos e locais de grande riqueza natural e cultural que pertencem a toda a humanidade. Os sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial cumprem uma função de marcos do planeta, de símbolos da consciência de Estados e povos sobre o significado desses lugares e emblemas de seu apego à propriedade coletiva, bem como da transmissão desse patrimônio para as gerações futuras.
Cortesia de Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
Com o objetivo de valorizar os diversos grupos que construíram o patrimônio cultural da cidade de São Paulo e ajudaram na formação da identidade paulistana, a Secretaria Municipal de Cultura promove, nos dias 18 e 19 de agosto, a Jornada do Patrimônio com o tema “Uma Cidade, Muitas Mãos”.
A Jornada do Patrimônio tem uma programação gratuita e diversificada com o objetivo de aproximar a população dos espaços históricos ou com valor afetivo que fazem parte da história da cidade. Ao todo, serão realizadas 320 atividades, distribuídas em roteiros, palestras, oficinas, visitação a imóveis, visitas guiadas e lançamentos de livros.
Inundações na basílica de São Marcos. Imagem: Procuradoria da Basília de São Marcos, via El País
Segundo patrimônio construído mais visitado da Europa, atrás apenas do Coliseu em Roma, a Basília de São Marcos em Veneza recebe anualmente mais de 5 milhões de visitantes. Suportando este contingente, os pisos de mosaico bizantino do século XI parecem, no entanto, sucumbir ao efeito das marés da cidade flutuantes.
As ondulações no chão da basílica são perceptíveis à olho - os pés já não as tocam há uma década, sendo permitido caminhar apenas sobre tapetes sintéticos - chegando a rachar nos pontos mais críticos, sobretudo no centro do edifício. Atualmente, apenas 20% das figuras geométricas de mármore e pedra são originais, o restante foi restaurando ao longo dos últimos 10 séculos pelos artesãos da Fábrica de São Marcos.
Localizado em frente ao atual Parque O'Higgins, o conjunto projetado pelo escritório Bresciani Valdés Castillo Huidobro (BVCH) em 1952 é um dos modelos mais importantes de habitação social promovido pelo setor público no Chile, já que se implanta harmoniosamente no tecido urbano, responde adequadamente às diferentes escalas do conjunto - volume e apartamentos -, e acima de tudo, resulta em uma obra entendida e apropriada por aqueles que a habitam.
A inspeção foi realizada em um trabalho conjunto entre o Ministério de Cultura, o Ministério de Relações Exteriores, a Prefeitura de Cartagena e o especialista Luis María Calvo, conselheiro do ICOMOS, onde se apresentaram diferentes planos e projetos em favor da salvaguarda do patrimônio e outras ações. Esta visita tinha o objetivo primordial foi fornecer uma opinião técnica e formular recomendações ao país para melhorar o estado de conservação do Porto, de Fortalezas e do Conjunto Monumental de Cartagena, e não emitir nenhum juízo de valor durante a visita.