Recentemente, a construção do arranha-céu BD Bacatá (Bogotá Downtown Bacatá) em Bogotá alcançou o simbólico 58° pavimento, superando em altura outro edifício que dominou o skyline da capital colombiana por quase quatro décadas: a torre Colpatria, de 196 metros, inaugurada em 1979. Nesse mesmo momento, a torre também se converteu na construção mais alta da Colômbia, mesmo antes da construção de seus dez últimos pavimentos.
Com um ritmo de construção de um pavimento a cada três dias, o BD Bacatá está a alguns passos de se tornar o segundo arranha-céu mais alto da América do Sul, superado apenas pela torre Gran Santiago (300 metros) do complexo Costanera Center em Santiago, Chile.
Celebrando sua recente 2015 Skyscraper Competition, a eVolo compilou uma lista dos projetos mais inovadores apresentados no concurso. Vinte arranha-céus de treze países se destacaram dos demais por suas formas pouco ortodoxas e soluções criativas para problemas socioambientais. Os desenhos vanguardistas variam desde microclimas autossustentáveis a extensas redes aéreas de bicicletas, abordando problemáticas culturais, sociais e sustentáveis do futuro através de estratégias inovadoras.
Conheça os 20 arranha-céus mais inovadores a seguir.
De 480 projetos enviados de todas as partes do mundo, 3 vencedores e 15 menções honrosas foram selecionados pelo júri da 2015 Skyscraper Competition, organizado pela eVolo.
Veja os vencedores e as menções honrosas, a seguir.
Nenhum arquiteto desempenhou um papel tão importante na definição do skyline de Manhattan no século XX como o Ralph Thomas Walker, vencedor da AIA Centennial Gold Medal e apelidado pelo New York Times de "Arquiteto de Século". [1] Mas um escândalo envolvendo alegações de contratos roubados por um funcionário de seu escritório precipitou sua retirada do mundo da arquitetura e sua queda a um relativo anonimato. Apenas recentemente sua prolífica carreira foi reexaminada e seu trabalho se tornou tema de uma exposição na Walker Tower em 2012.
Entre o dia 01 e 19 de fevereiro desse ano, uma empresa chinesa de elementos pré-fabricados ergueu, na cidade de Changsa, a torre Mini Sky City, um arranha-céu de 200 metros de altura e 57 pavimentos - isto é, três pavimentos por dia -, com capacidade para 4 mil trabalhadores e 800 apartamentos residenciais.
Com o histórico de quebrar recordes na construção civil, a Broad Sustainable Building - companhia encarregada da construção do arranha-céu - afirma que 95% dos componentes construtivos do edifício de 180 mil metros quadrados foram pré-fabricados e, posteriormente, montados no local por 1.200 operários.
O escritório Rüdiger Lainer and Partner divulgou planos de construir no próximo ano o maior arranha-céu de madeira do mundo, que se localizará na região de Seestadt Aspern, Viena. 76 por cento da torre de 84 metros de altura será construída com madeira em vez de concreto, evitando a emissão de 2.800 toneladas de CO2 na atmosfera (o equivalente a dirigir um carro 40 quilômetros por dia durante 1.300 anos).
"Acho importante que todos pensem de modo diferente agora. Temos madeira, que é um material perfeito para construção. Ela era usada há 200 anos, era perfeita naquela época e é perfeita agora", comentou Caroline Palfy, líder de projeto do escritório, sobre a decisão dos arquitetos de usar madeira por seus benefícios ambientais.
Mais detalhes e uma vista interna de um apartamento, a seguir.
Teve início a construção da torre residencial de 61 pavimentos de altura de Pei Cobb Freed & Partners, localizada na histórica Back Bay de Boston. O empreendimento de US$ 700 milhões será o edifício residencial mais alto da cidade e a torre mais alta desde a John Hancock Tower, também projetada por Pei Cobb Freed em 1976.
"O projeto permite-nos considerar mais uma vez como um edifício alto, juntamente com o espaço aberto que ele configura, pode responder criativamente à necessidade de crescimento ao passo que mostra respeito ao entorno urbano histórico", disse Henry Cobb, do escritório Pei Cobb Freed & Partners.
O prefeito de Taichung, Lin Chia-lung, paralisou temporariamente o andamento da ambiciosa Taiwan Tower de Sou Fujimoto, dizendo que prefere pagar uma multa por quebrar o contrato do que gastar os estimados 15 bilhões de dólares taiwaneses (aproximadamente 450 milhões de dólares americanos) para realizar o "problemático" projeto.
A torre inspirada em uma figueira tinha a pretensão de se tornar a "versão taiwanesa da Torre Eiffel", bem como um modelo de arquitetura sustentável ao receber o certificado LEED Gold por suas capacidades de gerar energia. Sua superestrutura de aço - que pretende erguer às alturas uma fatia triangular de 300 metros de comprimento do Taichung Gateway Park - não tem propositalmente "nenhuma forma óbvia" e deveria ser percebida enquanto fenômeno.
Ano passado, a construção de arranha-céus bateu todos os recordes. Segundo um novo relatório do Council of Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH), em 2014 foram construídos 97 edifícios com mais de 200 metros de altura. Desses, 11 tinha mais de 300 metros, rendendo-lhes a nomeação de "super altos". Esses são os números mais altos já registrados, com 2011, por exemplo, dando lugar a apenas 87 edifícios de mais de 200 metros.
Além disso, em 2014 a altura total dos edifícios construídos (23.333 metros) bateu o recorde de 2011 de 19.852 metros. Com grandes países como a China se tornando cada vez mais urbanizados e a economia global se recuperando da recessão, o CTBUH espera que esses números apenas aumentem. Veja os detalhes do relatório do conselho e saiba o que esses números podem dizer sobre o futuro da construção de arranha-céus, a seguir.
Em uma análise do edifício 20 Fenchurch Street de Rafael Viñoly, também conhecido como "Walkie-Talkie" ou "Walkie Scorchie" após o reflexo do sol em sua fachada ter criado um raio de calor que chegou a derreter alguns carros, Rowan Moore questiona a preocupação de Londres com edifícios icônicos e seus projetos de planejamento guiados pelo mercado. Usando o 20 Fenchurch Street como exemplo, Moore argumenta que o edifício não apenas parece "não ter nenhuma relação com seu entorno", mas seu Sky Garden - um terraço na cobertura do edifício proclamado o "parque público mais alto do Reino Unido" - é um símbolo de uma economia desconcertantemente desequilibrada.
A fabricante de elevadores ThyssenKrupp divulgou seu mais recente avanço tecnológico, um elevador multidirecional sem cabos que tem o potencial de revolucionar a dimensão e a forma dos arranha-céus do futuro. Operando através de tecnologia magnética similar à utilizada nos trens Maglev, com cada cabine contando com seu motor individual, o sistema de elevadores "MULTI" cria a possibilidade das cabines se deslocarem também horizontalmente, permitindo, por sua vez, que diversas cabines operem em um único sistema.
A lista a seguir dos dez edifícios mais altos já demolidos, compilada por Michael Aynsley, foi originalmente publicada em BuzzBuzzHome.
Antes de começar a contagem regressiva, uma ressalva: esta lista considera apenas edifícios que foram demolidos intencionalmente por seus proprietários. Se incluísse todas as estruturas em altura que não estão mais de pé, as posições de número um, dois e quatro seriam ocupadas por três edifícios do World Trade Center, tragicamente destruídos em 11 de setembro de 2001.
Após ter suas obras embargadas pelo Ministério Público Estadual (MPE-SC) por danos ambientais, o (futuro) edifício mais alto do Brasil - o Infinity Coast, em Balneário Camboriú - obteve da Justiça a liberação para continuar os trabalhos de construção.
Prevista para ter 66 pavimentos e 240 metros de altura, a obra fora embargada há pouco mais de dois meses pois parte do edifício está localizado a menos de 12 metros do Canal do Marambaia, desrespeitando a distância mínima de 30 metros estabelecida pela legislação federal.
Com um total de 73 edifícios de mais de 200 metros, 2013 foi o segundo ano mais bem sucedido em termos de construção de arranha-céus em todo o mundo, de acordo com o mais recente relatório do "Edifícios em Números" do Conselho sobre Edifícios Altos e Habitat Urbano (CTBUH). A partir de um aspecto geral, a Ásia responde por três quartos dos edifícios mais altos, em comparação com a América que teve apenas 3 arranha-céus. Destes, o Panamá é o único país representando a América Latina e a América Central no ranking, com o Financial Center Bicsa e o Centro de Artes na Cidade do Panamá. Por sua vez, a América do Norte possui o 1717 Broadway, nos Estados Unidos.
Todos nós sabemos o que o crítico de arquitetura Banksy pensa sobre 1 World Trade Center. Ele vergonhosamente o chamou de "shyscraper" em um artigo que o New York Times se recusou a publicar. Mas isso não impediu o artigo de circular e irritar moradores de Nova York. É possível encontrá-lo em seu site, ridicularizado para aparecer como uma manchete de primeira página.
Nele, ele escreve "Lembra uma criança muito alta em uma festa, deslocando desajeitadamente os ombros tentando não se destacar na multidão. É a primeira vez que vejo um arranha-céu tímido." É claro, isso não impediu o Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH) de celebrá-lo recentemente como o edifício mais alto nos Estados Unidos da América. Uhull!
Mas quem se importa? Nova York tem muitas outras coisas acontecendo urbanisticamente e arquitetonicamente, que fazem a altura ser menos importante do que costumava ser, se não totalmente inútil. Intervenções de infraestrutura do tipo mais horizontal, como o High Line por exemplo, parecem mais significativas. Diante da complexidade urbana real e desenvolvimento desigual, buscar altura é simplista, enquanto os problemas reais permanecem pelas ruas, sem relação com direitos aéreos, vistas, ângulos de acesso a luz solar, e horizontes bloqueados.
E ainda assim, muitas cidades do mundo continuam a privilegiar torres altas como ícones de poder econômico e político.
O New York Times publicou o filme "A Short History of the Highrise" (Uma Breve História da Verticalização) - um documentário interativo que explora 2500 anos de história mundial ligada à verticalização das habitações e algumas questões quanto a igualdade social em um mundo cada vez mais urbano. Organizado em quatro pequenos filmes - "Mud" (Barro), "Concrete" (Concreto), "Glass" (Vidro) e "Home" (Casa) - os espectadores podem se aprofundar em cada tema e explorar documentos extras enquanto assistem ao filme. Confira o documentário aqui.
O que foioutrora o símbolo de um futuro financeiro brilhante para Caracas é agora a favela mais alta do mundo: a Torre de David, na Venezuela. O arranha-céu inacabado de 45 pavimentos foi invadido no início dos anos 90, após ter sua construção embargada devido à uma crise financeira e ao inesperado falecimento de David Brillembourg, que compartilhava seu nome com o edifício.
Com o governo municipal há algum tempo lidando com a falta de habitações, muitos moradores já passaram a maior parte de suas vidas na Torre. E apesar da reputação do local como reduto de criminalidade, os moradores se organizaram para construir uma comunidade independente, abastecida (ainda que precariamente) pela rede elétrica e sanitária.