O arquiteto paisagista de Pequim, Kongjian Yu, foi anunciado pela Cultural Landscape Foundation como o vencedor do Prêmio Internacional de Arquitetura Paisagística Cornelia Hahn Oberlander 2023 (Prêmio Oberlander). Kongjian Yu ganhou reconhecimento internacional por seu conceito de "cidades esponja", uma medida para lidar e prevenir inundações urbanas no contexto das mudanças climáticas aceleradas. O conceito foi adotado como política nacional na China em 2013, priorizando infraestruturas de grande escala baseadas na natureza, como zonas úmidas, corredores verdes, parques, proteção de árvores e bosques, jardins de chuva, telhados verdes, pavimentos permeáveis e biovaletas.
Yu foi selecionado pelo júri internacional do Prêmio Oberlander, que o reconheceu como "uma força para mudanças progressivas na arquitetura paisagística ao redor do mundo". Organizado bienalmente, o prêmio tem como objetivo reconhecer e dar visibilidade à arquitetura paisagística e às formas como ela pode abordar questões relacionadas às mudanças climáticas e à sustentabilidade.
Bienal das Amazônias. Foto: Cortesia de Juliana Godoy
As relações entre as águas e as diferentes vidas que habitam a Amazônia. Este é o ponto de partida para a primeira Bienal das Amazônias, que reúne 120 artistas de todos os países que abrigam o território da maior floresta tropical do mundo. Sob o título “Bubuia: Águas como Fonte de Imaginações e Desejos” a mostra tem a curadoria de Keyna Eleison e Vânia Leal, com colaboração de Sandra Benites e Flávia Mutran na conceituação do projeto, e está em cartaz em Belém. A exposição ganhou forma num edifício que foi remodelado para recebê-la e traz em sua expografia um diálogo constante com os materiais e culturas da região. Conversamos com a arquiteta Juliana Godoy, responsável pelo projeto expográfico, para saber como as subjetividades amazônicas foram traduzidas e conceitualizadas no âmbito espacial.
A partir de 21 de outubro de 2023 até 3 de março de 2024, o Vitra Design Museum receberá uma exposição retrospectiva apresentando o trabalho de Iwan Baan, reconhecido fotógrafo de arquitetura. A mostra Iwan Baan: Momentos na Arquiteturaoferece uma visão abrangente do extenso portfólio de Baan, apresentando a habilidade do artista em capturar a essência da arquitetura contemporânea, juntamente com os contextos urbanos e sociais associados a ela e as pessoas que habitam esses diversos espaços.
Em Paris, no décimo terceiro arrondissement, o escritório de arquitetura Moreau Kusunoki concluiu o Le Berlier, uma torre de madeira de 50 metros de altura que inclui unidades residenciais e uma série de outros serviços. Localizado na confluência de diversos fluxos urbanos, redes e escalas, o projeto busca equilibrar inovação, monumentalidade e conforto doméstico. O novo complexo residencial conta com uma fachada em grelha feita de madeira carbonizada e pré-temperada.
Um bairro nobre em Dar es Salaam, Tanzânia. Imagem: Scott Beyer
No hipertecnológico século XXI, a América do Norte urbana é, em grande parte, uma economia de serviços. A cidade de Nova York, por exemplo, atualmente é dominada por uma combinação de serviços financeiros de alto nível, tecnologia e outras profissões especializadas, enquanto as profissões de baixa escolaridade se concentram no turismo, na entrega de alimentos e em outros empregos no setor de serviços. Empregos de chão de fábrica, onde existem, ocorrem por um legado de zoneamento exclusivamente industrial. Os usos da terra agrária, como a “agricultura urbana”, são quase inexistentes, um hobby esotérico dos gourmets.
Nesta entrevista do Louisiana Channel com Yasmeen Lari, a renomada arquiteta paquistanesa fala sobre o papel dos arquitetos e as mudanças de perspectiva necessárias na indústria hoje em dia. Premiada com a RIBA Royal Gold Medal 2023 por seus esforços humanitários, Lari enfatiza a necessidade de repensar a indústria da arquitetura para lidar com as disparidades sociais e deficiências de recursos. Na entrevista, Lari reflete sobre sua educação, formação arquitetônica e sua prática atual.
A Trienal de Bruges 2024 anunciou o seu tema, "Espaço de Possibilidade", assim como a lista de artistas e arquitetos participantes. De 13 de abril a 1º de setembro de 2024, o evento ocupará as ruas e o centro histórico de Bruges, na Bélgica, com exposições de arte contemporânea e arquitetura. Os curadores desta edição, Shendy Gardin e Sevie Tsampalla, escolheram 12 artistas e arquitetos que irão desafiar os espaços dos bairros da cidade, em resposta ao tema, que os convida a explorar o potencial oculto da cidade.
O escritório de arquitetura Parabase foi selecionado para desenvolver uma série de lotes da Areal Walkeweg, na Basileia, visando criar um edifício de habitação social integrado a um centro migração. A solução arquitetônica, intitulada "Elementa", reutiliza componentes de projetos desconstruídos, transformando as antigas colunas e lajes de piso em paredes e elementos de fachada. O projeto foi escolhido a partir de um concurso aberta, em que o júri elegeu a solução da Parabase pela sua forte estética aliada ao reuso criativo de elementos pré-fabricados de concreto.
A imaginação e a formulação de políticas são inseparáveis. Um futuro desejável primeiro deve ser imaginado para depois ser possível conceber políticas que possam concretizá-lo. Na arquitetura, em particular, estamos constantemente imaginando o futuro, uma atividade intrínseca ao verbo projetar, e essa familiaridade com o ato nos faz responsáveis por ditar rumos e regras que poderão contribuir ou não com curso do planeta.
Neste momento de mudanças climáticas, decorrente do acúmulo de práticas irresponsáveis ao longo de séculos, a ideia do futuro passou a ser invadida por um medo, um alerta que determinaria a sobrevivência da nossa existência. A arquitetura, juntamente com outras disciplinas, passou a canalizar esforços para reexaminar, reconceitualizar e reformular suas práticas rumo ao futuro que precisamos alcançar. Para além das estatísticas e projeções, a abordagem da arquitetura em relação à ação climática traz à tona inúmeros conceitos, entre eles, a necessidade de uma revisão histórica para a criação desse futuro.
Na encruzilhada, três mulheres com suas histórias e ancestralidades buscam vencer a demanda com um padê necessário: a construção de uma narrativa que tenta expurgar dos escombros epistêmicos algumas perguntas que nasceram da observação de como algumas pessoas reagiram ao fato de que um ‘favelado chique’ recebeu um prêmio internacional. O ca(u)so é o prêmio na categoria “Casas” da premiação internacional de arquiteturaBuilding of the Year 2023 do ArchDaily, que fora concedido ao “Barraco do Kdu”, uma casa que expressa planejamento, design, concreto exposto, tijolo à vista, boniteza, poesia, mas… Desde sua concepção, trata-se de uma casa “fora do lugar” – e isso gerou incômodos. Neste texto, abordamos os (in)cômodos e as materialidades; as disputas de narrativas; o que está “fora do lugar” e quem classifica; território; design; estética; gingas; desautorização do discurso sobre si e outros atravessamentos.
https://www.archdaily.com.br/br/1007765/in-comodos-reflexoes-sobre-uma-casa-de-favela-premiadaAmália Cristovão dos Santos, Ana Carolina C. dos Anjos e Amanda Resende Castilho
A Sagrada Família, uma das obras mais famosas e inacabadas de Antonio Gaudí, está avançando em direção à conclusão. No final de setembro, cinco das seis torres centrais foram finalizadas. Desde janeiro, quando as torres dos Evangelistas Lucas e Marcos foram concluídas, duas torres adicionais, dedicadas aos Evangelistas Mateus e João, foram coroadas com estátuas do escultor Xavier Medina-Campen, marcando sua conclusão. A Junta Constructora del Temple Expiatori de la Sagrada Família, fundação responsável pela construção, anunciou uma missa especial no dia 12 de novembro para marcar a inauguração, iniciando a iluminação das quatro torres ao longo de toda a temporada de Natal.
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Usina do Gasômetro. Foto: Ana Paula Hirama, via VisualHunt.com
Está em andamento a atualização do Plano Diretor de Porto Alegre. Muito tem se falado do futuro da cidade, mas o que podemos aprender com o passado para promover mais dinamicidade, caminhabilidade e gerar maior qualidade de vida para os cidadãos? Afinal, uma cidade mais agradável retem e atrai talentos, gerando inovação e riqueza. Neste artigo, faço uma retrospectiva dos momentos mais marcantes da evolução urbana de Porto Alegre, dividindo-os em quatro grandes períodos.
No sul de Burkina Faso, compartilhando fronteiras com a região norte de Gana, está Tiébélé; uma pequena vila que exibe padrões fractais de volumes circulares e retangulares, abrigando um dos mais antigos grupos étnicos da África Ocidental: a tribo Kassena. Com casas vernaculares que remontam ao século XV, a vila possui um caráter distintivo através de suas paredes pintadas com símbolos. É uma arquitetura de decoração de paredes onde a comunidade utiliza seu envoltório como uma tela para formas geométricas e símbolos do folclore local, expressando a história e a herança cultural. Essa arquitetura é o produto de uma colaboração comunitária única, onde todos os homens e mulheres da comunidade são responsáveis pela construção e acabamento de qualquer nova casa. Essa prática serve como um ponto de transmissão da cultura Kassena entre as gerações.
Com base em Teerã, e Nova York, a ASA North surge como exemplo de uma prática arquitetônica focada na maleabilidade e adaptabilidade. Selecionada na iniciativa Novas Práticas ArchDaily 2023, a ASA North está na vanguarda da fusão entre arquitetura e arte. O ArchDaily teve a oportunidade de entrevistar Ahmadreza Schricker, seu fundador, e conversar sobre sua carreira e prática.
Ahmadreza Schricker é um arquiteto cuja jornada foi moldada por seu trabalho com Herzog & de Meuron e seu tempo com o renomado OMA. Seu estúdio ASA North, é conhecido pela premiada reutilização adaptativa do Museu de Arte Contemporânea e Centro Cultural Argo, uma antiga destilaria que foi premiada no ciclo Aga Khan 2020-2022. O projeto é um testemunho do trabalho que a ASA North realiza, aproximando lacunas entre passado e futuro, tradição e contemporaneidade. A entrevista também vai além da ASA North, explorando sua empresa irmã, ASA South. Baseada no mundo virtual, a ASA South desafia limites convencionais e reimagina a prática arquitetônica na era digital.
Com um portfólio de projetos diversificados e altamente característicos, sobretudo no que diz respeito às suas representações, o escritório de arquitetura fala é marcado por um processo criativo ousado, refinado e dinâmico. Fundado em 2013 pelos arquitetos Filipe Magalhães, Ana Luisa Soares e Ahmed Belkhodja, o fala tem sede na cidade de Porto, Portugal, e costuma trabalhar em diferentes escalas: "de territórios a casas de passarinho".