Embora o design e o layout dos banheiros que usamos atualmente seja milenar, ainda assim eles são considerados um dos cômodos mais difíceis de projetar e reformar. Existem muitas regras a serem seguidas durante os primeiros estágios do planejamento de um banheiro, especialmente porque envolve “pré-planejamento” e associação de encanamento, circuitos elétricos, conexões em cantos e áreas pequenas de piso. Vamos explorar os fundamentos do encanamento e onde alocar cada acessório para otimizar o layout do banheiro, facilitando seu projeto “faça você mesmo” de reforma ou criando o espaço do zero.
Nesta segunda edição das entrevistas em vídeo dos profissionais do ArchDaily, Christele Harrouk, editora-chefe do ArchDaily, reuniu-se com Mat Cash, coordenador do estúdio Heatherwick Studio, Signe Nielsen, diretor fundador da MNLA, e David Farnsworth, diretor da Arup, para discutir o projeto colaborativo em uma das mais recentes áreas verdes da cidade de Nova Iorque, o Parque Little Island no Pier 55.
Acreditando que um criador tem um dever para com a sociedade, Philippe Starck é um designer de muitas facetas cujos projetos abrangem várias disciplinas. Da arquitetura e interiores ao design industrial e de mobiliário, o portfólio de Starck é "focado no essencial" e em "melhorar a vida do maior número de pessoas possível". Autor do famoso espremedor de limão para a Alessi, é conhecido por ultrapassar os limites do design em objetos do dia a dia.
Com dez mil criações, concluídas ou ainda por vir, Philippe Starck é um pioneiro em “fazer coisas no caminho da ecologia”. O ArchDaily teve a oportunidade de conhecer o designer no Salone del Mobile 2021 e discutir sua abordagem de projeto, visões e sua mais recente criação de compensado para Andreu World.
Os Emirados Árabes Unidos ganharam o Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional na Bienal de Veneza de 2021 por sua contribuição intitulada Wetland, com curadoria de Wael Al Awar e Kenichi Teramoto. Selecionada por um júri formado por Kazuyo Sejima (presidente do júri, do Japão), Sandra Barclay (Peru), Lamia Joreige (Líbano), Lesley Lokko (Gana-Escócia) e Luca Molinari (Itália), a contribuição vencedora da 17ª Arquitetura de Veneza Biennale explora a geografia local dos Emirados Árabes Unidos para encontrar alternativas ao cimento, um dos principais emissores de dióxido de carbono do mundo.
Nos deparamos diariamente com uma abundância de imagens de interiores de apartamentos e casas, frequentemente espaços amplos e bem iluminados, pés-direitos generosos e com grandes aberturas. Espaços integrados e semi-abertos, varandas e sacadas que dissimulam os limites entre espaços interiores e exteriores, cozinhas impecáveis e estantes de livros do piso ao teto. Entretanto, por trás das imaculadas paredes brancas destes elegantes espaços domésticos, escondem-se outros ambientes menos cândidos: espaços sem ventilação ou iluminação natural, os quais ainda hoje, são dedicados às pessoas responsáveis por manter a imagem da casa casta, pura e impoluta.
Neste país de muitas contradições, a organização espacial de nossos ambientes domésticos—estejam eles localizados em uma estrutura do século passado, em uma casa dos anos 50 ou em um apartamento cheirando a novo—reflete um legado “colonialista” enraizado em nossa cultura e que insiste em perseverar até os dias de hoje. Proprietários e patrões, ou pelo menos uma boa parte deles, nunca se deteve a refletir sobre as atuais condições dos espaços habitados por seus subordinados e trabalhadores domésticos, não apenas em relação ao espaço físico em si, mas principalmente em termos de salubridade, conforto e qualidade de vida.
As pessoas têm necessidades fundamentais que devem ser atendidas para sobreviver, que incluem: oxigênio, água, comida, sono e abrigo. Eles também possuem demandas secundárias, uma das quais é o acesso à luz do dia. Ao pensar em como os edifícios podem manter as pessoas saudáveis, é importante lembrar que a luz natural é essencial para o bem-estar; de fato, os ritmos circadianos humanos dependem dela.
Em nosso país vizinho, o Paraguai, tijolo pode significar muitas coisas. Desde paredes, divisórias, muros, anteparos, lajes, abóbadas, pisos e pavimentos. Ao longo das últimas duas décadas, a arquitetura contemporânea paraguaia não só evidencia a grande versatilidade deste nobre material, mas sobretudo nos mostra a capacidade de seus arquitetos em reinventar constantemente a sua aplicação, explorando a fundo todo o seu potencial expressivo.
Entrar em uma loja de elétrica pode ser intimidador. À primeira vista, todas as luzes ligadas, milhares de lustres e abajures chegam a cegar. Depois, na parte das lâmpadas, estantes com dezenas de opções, formas, cores, preços, usos. Em cada uma das embalagens, tabelas informativas com números que parecem não fazer o menor sentido. Lúmens, temperatura de cor, potência, rendimento. São muitos os termos para nos confundir. Mas antes de desistir de tudo e sair correndo para a casa com a opção mais barata e ao ligar a lâmpada se sentir em uma funerária sinistra em uma cidade do interior, algumas informações podem te ajudar muito. Sabemos que um bom projeto luminotécnico pode melhorar muito o seu projeto. E uma iluminação mal pensada pode arruiná-lo ou afetar negativamente os seus ocupantes. Reunimos algumas informações que podem te ajudar na próxima vez que uma lâmpada queimar na sua casa.
A introdução de novas técnicas e materiais, juntamente com as inovações na infraestrutura, resultantes da revolução industrial, abriu o caminho para a habitação vertical. Investigando especificamente um período de tempo em que um fluxo populacional foi direcionado para as cidades e as divisões de classes sociais foram questionadas, este artigo analisa a evolução da planta residencial na Europa entre 1760 e 1939.
Estudando a transformação da unidade habitacional durante a revolução industrial até o período entre guerras, este artigo destaca quatro exemplos proeminentes que repensaram os layouts tradicionais e responderam aos desafios de sua época. Ainda hoje influentes, os modelos mencionados, restaurados para uso, fazem parte do tecido urbano do século XXI. Localizados em Londres, Paris, Amsterdã e Moscou, as plantas mostram os padrões de bem-estar interior em constante mudança, diretamente ligados a uma metamorfose mais ampla, equalizando e proporcionando o crescimento das populações urbanas. Descubra a evolução das unidades habitacionais, desde as casas geminadas até as cidades-jardim da Inglaterra; o Bloco de Haussmann, uma vida vertical para uma burguesia moderna; a Extensão de Amsterdã, das Alcovas aos Blocos de Habitação Social; e a Transition Type House na Rússia.
Em teoria, as vagas de estacionamento têm apenas uma função: estacionar um carro com segurança até que ele seja usado novamente e, em termos de projeto, as garagens são flexíveis e simples, exigindo intervenções mínimas. No entanto, os estacionamentos hoje em dia não são mais considerados espaços de função única. Quanto mais vazio o local, mais potencial ele tem para integrar funções adicionais. Arquitetos e urbanistas redefiniram os estacionamentos tradicionais, acrescentando instalações recreativas e comerciais à estrutura. Em vez de uma planta típica com marcações amarelas e brancas no chão, agora estamos vendo estruturas convidativas que incorporam fachadas verdes e playgrounds na cobertura, com lava-carros, cafeterias e áreas de trabalho / estudo.
Muitos arquitetos e arquitetas são conscientes da importância de se levar em conta todos os sentidos humanos quando projetam seus espaços e edifícios. Ao abordar a percepção espacial do usuário como o resultado de uma somatória de diferentes sensações, a qual não pode ser reduzida a mera experiência visual do espaço, arquitetas e arquitetos são capazes de projetar edifícios e espaços cada vez mais inclusivos e acessíveis. Felizmente, ao longo das últimas décadas testemunhamos na arquitetura um enorme salto em relação a construção de espaços e edifícios mais acessíveis e acolhedores, principalmente em se tratando de pessoas com algum nível de restrição motora, porém, ainda estamos devendo muito em relação aos usuários com limitações cognitivas ou que passaram por algum tipo de experiência traumática.
A cura de pessoas com traumas não é nada simples e tampouco há um tratamento específico que possa servir à todos os pacientes. Nestes casos, a recuperação é uma longa jornada e que exige muito esforço do indivíduo, de tudo e todos ao seu redor. Muitas vezes, as vítimas de trauma são aconselhadas a passar mais tempo ao ar livre, em contato direto com a natureza. Mas e os espaços interiores? Considerando que atualmente a maioria de nós costuma passar praticamente 90% do tempo em espaços fechados, é imprescindível que a arquitetura destes ambientes de cura também seja concebida para promover a eficácia dos processos terapêuticos. Embora a primeira imagem que nos vem à mente seja um espaço com iluminação e ventilação natural abundante, materiais naturais e cores neutras, será mesmo que estes espaços contribuem para os processos de cura?
Para uma criança pequena, entender o conceito do tempo e a passagem dele é algo muito difícil. Isso justifica a impaciência por esperar algo ou a confusão para lembrar algo que ocorreu no passado. Elas vivem apenas o presente e essa noção do tempo é aprendida aos poucos. Mas aceitar a passagem do tempo e o envelhecer é algo que nos atormenta mesmo após adultos. As lucrativas indústrias de produtos cosméticos e cirurgias plásticas comprovam como a humanidade busca controlar ou negar a passagem do tempo, algo que nos corre pelas mãos e é implacável.
O Prêmio Pritzker de Arquitetura, a maior honraria em nosso campo profissional, foi concedido a Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal, fundadores do escritório Lacaton & Vassal. A dupla francesa é famosa por seus projetos de habitação sustentável e pelo Palais de Tokyo, uma galeria de arte contemporânea em Paris. Em suas três décadas de atuação, a firma vem se dedicando ao “enriquecimento da vida humana”, beneficiando os indivíduos e apoiando a evolução da cidade.
Mais um ano e mais um Dia Internacional da Mulher. Embora recentemente o debate sobre gênero tenha recebido considerável atenção, a batalha pela equidade está longe de acabar. Mesmo no século XXI, a arquitetura ainda pode ser uma profissão desafiadora para as mulheres. No entanto, o progresso está acontecendo e, em 2020, Yvonne Farrell e Shelley McNamara se tornaram a 4ª e 5ª mulheres a receber o prêmio Pritzker desde a sua criação em 1979.
Sem limitar nossa cobertura do tema ao dia 8 de março, o ArchDaily reconhece todos os dias a força feminina que está moldando o ambiente construído em todo o mundo. Na verdade, Mulheres na Arquitetura é um dos principais pilares da nossa estratégia de conteúdo. Este ano, para o Dia Internacional da Mulher, o ArchDaily decidiu apresentar uma semana inteira de conteúdo dedicado, com entrevistas exclusivas e editoriais instigantes. Junte-se a nós e conheça mulheres que estão se destacando no universo da arquitetura, do design e do ambiente construído.
Usina de energia e centro de recreação urbana CopenHill / BIG. Image
Qualquer atividade humana impacta de alguma forma o meio ambiente. Algumas menos, outras muito mais. Segundo o United Nations Environment Programme (Unep), o setor da construção é responsável por até 30% de todas as emissões de gases que contribuem ao efeito estufa. Atividades como mineração, processamento, transporte, operação de indústria e combinação de produtos químicos resultam na liberação de gases como o CO2, CH4, N2O, O3, halocarbonos e vapor d' água. Estes, quando lançados na atmosfera, absorvem uma parte dos raios do sol e os redistribuem em forma de radiação na atmosfera, aquecendo o planeta. Com uma quantidade desenfreada de gases sendo lançados cotidianamente, essa camada é engrossada, fazendo com que a radiação solar entre e não consiga sair do planeta, acarretando em impactos quase incalculáveis para a humanidade, como desertificação, derretimento das geladeiras, escassez de água, tempestades, furacões, inundações, alterações de ecossistemas, redução da biodiversidade.
Como arquitetos, uma das nossas maiores preocupações deveria ser de que forma é possível diminuir as emissões de carbono incorporados nas construções. Conseguir mensurar, quantificar e qualificar os impactos é um primeiro caminho.
Apesar de todos os obstáculos e dores, 2020 não nos decepcionou em termos de conteúdo. Reagindo à situação global, a equipe de editores do ArchDaily abordou todas as questões urgentes que desencadearam o estado de turbulência mundial este ano. Enquanto todo o planeta estava em pausa, nossos redatores produziam editoriais exclusivos, explorando temas e preocupações da atualidade. Escrevendo artigos em 4 idiomas, inglês, espanhol, português e chinês, este grupo oferece perspectivas locais e globais, alcançando todos os interessados em arquitetura.
Buscando oferecer inspiração e conhecimento aplicados à área, os melhores artigos do ArchDaily exploraram assuntos distintos em formatos variados. Nossa plataforma concentrou seus esforços em cobrir uma vasta gama de temas, desde as consequências da pandemia sobre o ambiente construído, as cidades e suas transformações, conhecimentos técnicos e especificações materiais, até a inteligência artificial e o futuro.
Temos visto uma maior atenção com a utilização da madeira na construção civil de alguns anos para cá. Com todas as preocupações em relação à sustentabilidade e a pegada de carbono nas edificações, novos métodos construtivos têm sido desenvolvidos junto a possibilidades inovadoras no uso deste material. De fato, a madeira pode ser considerada um material renovável, desde que a exploração seja sustentável, e se tomado alguns cuidados no seu manejo, permitindo que as florestas se regenerem naturalmente. Mas é a versatilidade da madeira é o que a torna tão onipresente nas edificações. De tábuas, vigas, assoalhos, até a telhas e isolantes térmicos e acústicos, a madeira pode estar presente em diversas etapas da obra e com distintos graus de processamento e acabamento.
O Relatório Brundtland, de 1987 -“Nosso Futuro comum”- trouxe a noção de que o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas". Desde então, o termo sustentabilidade tem sido cada vez mais popularizado e, muitas vezes, banalizado nos nossos cotidianos. Na indústria da construção civil isso não é diferente. Por mais que saibamos que para construir, precisamos destruir, de que forma é possível mitigar os impactos na construção, durante a vida útil e na demolição das edificações? Um edifício sustentável, na sua concepção, construção ou operação, deve reduzir ou eliminar os impactos negativos e podendo até criar impactos positivos no clima e meio ambiente, preservando recursos e melhorando a qualidade de vida dos ocupantes. Dizer que um edifício é sustentável é algo fácil e até sedutor. Mas o que torna, exatamente, uma construção sustentável?
Responder isso pode não ser tão simples. É por isso que nos últimos 30 anos foram criadas diversas certificações de sustentabilidade de edificações, que através de avaliações terceirizadas e imparciais de diversas esferas, são verificados os aspectos sustentáveis de uma construção. Cada uma delas concentra-se em aspectos particulares e, muitas vezes, são mais focadas em determinadas regiões do mundo. Enquanto há certificações que atestam se a edificação atende ou não a critérios de eficiência ou impactos, outras criam distintas classificações, segundo a pontuação recebida pela edificação para os diferentes aspectos. Abaixo, listamos algumas das principais certificações de sustentabilidade existentes no mundo, alfabeticamente, suas principais aplicações e uma breve explicação: