Em dezembro de 2021, chegava em Bogotá, na Colômbia, a jovem nascida e criada da favela do Colombo. Passaporte carimbado, mãos trêmulas e uma mistura de medo e alegria. Eram os primeiros passos para o novo, o desconhecido, a mudança e o aprendizado fora dos muros, a realização do primeiro intercâmbio, de um sonho até pouco tempo distante.
Durante aproximadamente dois meses, aquele seria o meu lar, um lugar que já foi marcado por violência, sangue derramado e insegurança, e ainda considerado um dos países mais desiguais do mundo.
Torre Taikoo Green Ribbon / ARUP. Image Cortesia de ARUP
Discutir neutralidade em carbono na arquitetura não deveria pautar somente materiais locais e novas tecnologias, já que muitos são os aspectos que impactam na cadeia produtiva da construção civil. Desde o projeto até a obra, sem perder de vista o contexto e o sistema econômico da nossa sociedade, a indústria da construção é responsável por parte considerável da energia consumida mundialmente. Para interferir em tal realidade é necessário expandir as frentes de atuação, questionando qual o lugar da construção civil em nossa sociedade.
Compreender como as sombras vão agir numa área e ao redor dela é um entendimento necessário para garantir maior qualidade espacial. As sombras podem influenciar na iluminação natural - portanto, na percepção do espaço - e também em questões de conforto térmico. Sendo assim, mapear suas projeções e visualizar seus movimentos durante cada estação do ano pode ser fundamental para aprimorar o seu projeto. A boa notícia é que existem ferramentas simples que ajudam a visualizar isso na sua cidade e em ambientes naturais.
https://www.archdaily.com.br/br/979078/mapeando-a-sombra-nas-cidades-a-trajetoria-solar-em-ferramentas-digitais-e-interativasEquipe ArchDaily Brasil
Paredes de argila têm uma alta inércia térmica. Isso significa que funcionam como um amortecedor do clima, criando um atraso térmico no fluxo de calor do exterior para o interior, absorvendo o calor durante o dia e liberando-o durante a noite. O material é especialmente adequado para climas quentes e secos, como o de Gando, onde Francis Kéré construiu sua primeira escola. Após anos estudando no exterior, Kéré retornou à sua comunidade natal com o intuito de construir um espaço para que as crianças pudessem estudar e a adoção dos mesmos materiais historicamente utilizados ali causou estranhamento, como ele contou nesta palestra. Foi a junção dos materiais e técnicas locais com o conhecimento adquirido o que deu força ao projeto.
https://www.archdaily.com.br/br/978920/como-francis-kere-usa-os-materiais-para-responder-as-condicoes-climaticas-locaisValeria Montjoy and Eduardo Souza
Casa de cultura na aldeia de Itaoca Guarani. Image Cortesia de Grupo ][ Fresta
Trabalhando na interseção entre projetos arquitetônicos o sociais, o Grupo ][ Fresta foi um dos escritórios agraciados pela Premiação IAB 2021 na categoria Urbanismo, Planejamento e Cidades. O trabalho destacado propõe um conjunto de infraestruturas e equipamentos culturais e comunitários em 12 aldeias guaranis e tupis distribuídas em 24 mil hectares de terra ao sul da maior cidade do país.
A indústria de tecnologia no Japão continuou servindo como uma força motriz fundamental, com todo o país sendo conhecido por suas inovações tecnológicas em vários setores. Ultimamente, a maioria das indústrias e empresas começaram a mudar seu foco para o tema do desenvolvimento sustentável, com a inclusão dessas mesmas tecnologias para trabalhar em direção a metas de energia zero.
Em tempos de uma pandemia global em andamento e reuniões constantes de vídeo, mais e mais pessoas têm buscado melhorar suas estantes em casa para não apenas criar cenários de tela apropriadamente elegantes, mas também comunicar credibilidade. Há até uma conta do Twitter sobre o assunto, que mostra que nem todo mundo tem uma coleção de livros para expor ou o espaço adequado para armazenar obras de arte. Seja qual for o seu sonho de prateleira pessoal - mesmo que isso envolva gatos - aqui estão cinco elementos de design que irão ajudá-lo a aproveitar ao máximo uma ferramenta que você não sabia, além de exemplos reais de como eles estão sendo usados para melhorar as estantes em projetos em todo o mundo. Veja a seção de estantes no Architonic para mais inspiração e exemplos de produtos.
Nas discussões arquitetônicas atuais, a sustentabilidade é um tema chave. As empresas de arquitetura adotam o termo como uma parte fundamental de seu ethos de design, e as escolas de arquitetura globalmente integraram o projeto de arquitetura “verde” como um componente central de seus currículos. Essa conversa sobre sustentabilidade também foi filtrada em ações mais individuais que podem ser tomadas em seu contexto imediato. On-line, por exemplo, há muitos guias sobre como tornar sua casa mais ecológica e eficiente em termos de energia.
Quase ninguém compra um automóvel pelo preço indicado com dinheiro em mãos, aqueles que procuram comprar um carro olham também para o custo mensal de possuir um. As casas são nosso maior investimento, e a maioria dos proprietários tem tanto orgulho de sua casa quanto de seu carro e igualmente têm medo do custo de manutenção. Portanto, não é de surpreender que as casas “autossuficientes” usem a mesma tática de vendas, provando seu valor na promessa de não pagar contas mensais de energia.
Estamos muito longe da meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais e evitar os piores riscos das mudanças climáticas. Mas essa meta ainda é possível, de acordo com o mais recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC) – e essa esperança deve orientar as decisões político-econômicas desta década, segundo o WWF-Brasil.
No urbanismo, os subúrbios podem ser um tópico controverso. Isso em parte porque o termo possui definições nebulosas e em constante mudança. Em sua forma mais simples, os subúrbios são comunidades residenciais a uma distância que se afasta um pouco do coração das áreas metropolitanas. O contexto americano vê os subúrbios com alguma hostilidade, com práticas racistas como o "redlining", um legado sombrio para determinados locais do país. Num sentido mais superficial, os subúrbios americanos têm sido frequentemente criticados por sua uniformidade visual — retratados como moradias sem alma, ausentes de um senso de comunidade.
No mês passado, vimos os 20 projetos residenciais mais visitados apresentados no ArchDaily durante 2020. Abrangendo quatro continentes e 15 países, os estilos e desenhos variaram amplamente e cobriram uma gama de diferentes climas, contextos visuais e necessidades de clientes. No entanto, notamos uma semelhança entre alguns projetos selecionados localizados principalmente no Vietnã e na Indonésia: a prevalência de jardins suspensos e plantas trepadeiras. Abaixo, examinamos essa tendência com mais detalhes, discutindo como ela é usada nestes projetos específicos e de forma mais geral.
https://www.archdaily.com.br/br/954425/agregando-jardins-suspensos-a-arquitetura-residencialLilly Cao
San Juan de Lurigancho, Lima, Perú. Imagen de MarcoRosales. Image vía Shutterstock
O IPCC divulgou seu último relatório sobre a crise ambiental, "Mudança Climática 2022: impactos, adaptação e vulnerabilidade". As novas observações advertem que medidas prioritárias urgentes devem ser tomadas sobre a adaptabilidade do ambiente construído, indicando que globalmente o crescimento mais rápido da vulnerabilidade urbana tem sido em assentamentos informais e não planejados, e em centros urbanos de pequeno e médio porte em países onde a capacidade adaptativa é limitada devido a sua renda - uma situação recorrente na América Latina.
8 de março é uma data estabelecida pela ONU em 1975 para lembrar a luta pela igualdade de direitos e pelo sufrágio universal. Esta comemoração reúne os esforços das mulheres que exigiram seu direito de votar, de trabalhar, de ter uma formação profissional, de ocupar cargos públicos e de combater a discriminação no espaço de trabalho. Esta luta é fruto do trabalho das mulheres que se sacrificaram pela causa. Vários eventos que vivemos diariamente mostram que a situação social mudou. Entretanto, é essencial que tanto homens quanto mulheres se comprometam com o progresso e a justiça a fim de que as coisas aconteçam.
A pegada de carbono e emissões de CO2 são assuntos importantes em nossas conversas sobre como criar um futuro mais sustentável. Ao longo do tempo, diferentes empresas, organizações e indivíduos prometeram alterara seus estilos de vida e hábitos para realizar mudanças que mostrem que eles são dedicados a combater as mudanças climáticas. Especialmente no setor de design, no qual edifícios geram quase 40% das emissões anuais de CO2 entre operações diárias e construção/demolição, os arquitetos há muito tempo sentem a pressão de explorar novas maneiras e provar que estão fazendo sua parte.
Quando examinamos diferentes escalas de emissões, uma pergunta normalmente vem à tona: como podemos medir diferentes níveis de impacto? É nossa responsabilidade individual reciclar e nunca mais usar canudos de plástico? Será que isso tem um grande impacto? Será que mais fabricantes de carros precisam encontrar alternativas para automóveis abastecidos por gasolina? Será que os arquitetos precisam apenas encontrar materiais sustentáveis? Quais são medidas factíveis que provocam um impacto verdadeiro?
O que faz de um projeto de interiores um espaço saudável tanto para a nossa mente quanto para o nosso corpo? Essa foi a questão central do nosso tópico do mês de março “Interiores e bem estar”.
A política do Carbono Zerotem como intuito criar uma espécie de balança ecológica para neutralizar a emissão de gases do efeito estufa. Diversos estudos relatam que o setor da construção civil é um um dos principais responsáveis pelo desequilíbrio no qual nos encontramos atualmente, afinal, consome recursos naturais em escala gigantesca e ainda constrói edifícios que não colaboram com a manutenção do meio ambiente. Sendo assim, buscar por caminhos para uma arquitetura neutra em carbono se tornou fundamental e um deles está em aprender com mestres do passado, como o arquiteto brasileiro João Filgueiras Lima, o Lelé.
A Price Tower é o único edifício de grande altura feito pelo famoso arquiteto americano Frank Lloyd Wright e um de seus únicos projetos orientados verticalmente. Localizado em Bartlesville Plains, Oklahoma e encomendado pela empresa local de petróleo e produtos químicos H.C. Price Company, a torre de uso misto é significativa não só pela sua singularidade dentro da obra do arquiteto, mas também pelos seus materiais e desenho estrutural. Algumas das inovações desenvolvidas por Wright, que surgiram pela primeira vez em meados do século 20, ainda são úteis e eficazes até hoje.
https://www.archdaily.com.br/br/959013/licoes-do-unico-arranha-ceu-de-frank-lloyd-wright-validas-ate-hojeLilly Cao