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Cidades: O mais recente de arquitetura e notícia

Como as “fronteiras desertas” levam as cidades à decadência

Municípios diversificados, intensos e com combinações de usos possuem as sementes de sua própria regeneração, com energia de sobra para solucionar os problemas e as necessidades que apareçam, defende a jornalista, escritora e ativista Jane Jacobs em seu livro “Morte e vida de grandes cidades”. Lançada em 1961, a obra é uma referência até hoje para planejadores urbanos que desenvolvem cidades para pessoas, com vias seguras, vibrantes e que incentivam a circulação de seus moradores em diferentes horários e para a realização de variadas atividades. A partir da análise de localidades dos Estados Unidos, a autora afirma que a melhor maneira de desenhar ou reurbanizar os municípios é olhando para os indivíduos e como eles se movimentam pelas ruas e as utilizam — e não partindo de visões idealistas.

Concurso de fotos #MuvucaNaRua: inscrições abertas

Carnaval, festas de São João, esportes coletivos e aniversários em praças são alguns exemplos de celebrações e encontros nas ruas e espaços públicos que voltaram com tudo em 2022, após dois anos bastante restritos e severos devido à pandemia da Covid-19.

Apoiando-se nisso, a Semana do Caminhar: o retorno (às ruas), realizada pelo SampaPé! e organizações parceiras de todo o Brasil, promove o concurso de fotos #MuvucaNaRua, que convida cidadãs e cidadãos a publicar em suas redes sociais registros de encontros de muitas pessoas se divertindo juntas ao ar livre, de novo.

Mais do que sair de casa, as atividades públicas

Cidades testam sistemas de transporte público gratuito para promover a mobilidade sustentável

Cidades testam sistemas de transporte público gratuito para promover a mobilidade sustentável - Imagem de Destaque
Foto por Uno Raamat on Unsplash. Imagem Tallinn

Várias cidades têm experimentado taxas oscilantes nos serviços de transporte público em um esforço para promover a mobilidade sustentável, aliviar o congestionamento e diminuir a desigualdade social. Em fevereiro passado, Salt Lake City interrompeu a cobrança de tarifas por um mês para reduzir as emissões de carbono na região. No final de março, a cidade italiana de Gênova estendeu o acesso gratuito a algumas de suas redes de transporte público, após uma experiência bem-sucedida iniciada no final de 2021 em um plano ambicioso para se tornar a primeira cidade italiana com transporte gratuito. Enquanto isso, o pequeno ducado de Luxemburgo se tornou o primeiro país do mundo com transporte público gratuito em 2020.

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Vencedores do Prêmio UIA 2030: contribuições da arquitetura para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Na décima primeira sessão do Fórum Urbano Mundial em Katowice, Polônia, a União Internacional de Arquitetos (UIA), juntamente com a UN-HABITAT, anunciou os vencedores do Prêmio UIA 2030. Buscando reconhecer contribuições da arquitetura para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e a Nova Agenda Urbana, esta edição premiou obras da Alemanha, Hong Kong, Argentina, Bangladesh e China dentre um total de 125 projetos de 40 países. As obras premiadas demonstram qualidade de projeto e alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Organizado em seis categorias — Categoria Aberta; Melhorando a Eficiência Energética; Habitação Adequada, Segura e Acessível; Planejamento Territorial Participativo, Eficiente e Inclusivo; Acesso a Espaços Verdes e Públicos; e Utilizando Materiais Locais —, os jurados escolheram um vencedor por seção, mas não conseguiram identificar um vencedor geral na categoria aberta e optaram por reconhecer seis projetos como Altamente Recomendados, homenageando no total 5 premiados e 15 recomendações.

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Rem Koolhaas sobre o fenômeno dos arranha-céus e o potencial dos Emirados de reinventar a urbanização

Rem Koolhaas, co-fundador do Office for Metropolitan Architecture (OMA), ganhador do Prêmio Pritzker em 2000 e um dos mais proeminentes teóricos do urbanismo hoje em dia, foi um dos primeiros a questionar o fenômeno dos arranha-céus e sua influência na transformação da cidade. Particularmente intrigado com a região do Golfo Pérsico e as ambições urbanas desta área, em 2009, durante a 9ª edição da Bienal de Sharjah, fez uma palestra sobre o potencial de reinventar a urbanização nos Emirados Árabes Unidos.

Por ocasião do jubileu de ouro dos Emirados Árabes Unidos, marcando 50 anos desde que foram fundados em 1971, 50U, publicado pela Archis, explora os diferentes desenvolvimentos no Golfo, esta região que "testemunhou a transformação de uma cidade parcialmente nômade, parcialmente baseada na comunidade em uma sociedade metropolitana globalmente ativa”. Depois de Al Manakh, em 2007, seguido em 2010 por Al Manakh Cont’d, 50U conta a história dos Emirados Árabes Unidos por meio de 50 retratos de pessoas, plantas e lugares. O livro também compartilha um trecho da palestra de Koolhaas em 2009 que reflete sobre as condições contemporâneas, focando especificamente em sua leitura de Dubai, seu envolvimento arquitetônico e suas previsões urbanas futuras.

As cidades mais populosas do mundo em 2022

Atualmente, metade da população mundial vive em cidades, segundo os últimos relatórios da ONU-Habitat, e as previsões mostram que esse número deve aumentar para dois terços da população até 2050. Essa realidade intensifica exponencialmente os desafios urbanísticos, tornando mais evidente do que nunca a necessidade de transformação de nossas cidades. Anualmente, a estimativa da população mundial avalia o crescimento das cidades e o número de moradores que vivem em áreas metropolitanas para que as tendências globais sejam analisadas. Em 2022, a lista dos 20 países mais populosos manteve-se semelhante à edição de 2021, com ligeira alteração em números e posições. Tóquio manteve o status de maior cidade do mundo, com 37 milhões de habitantes, enquanto Delhi e Xangai seguiram em segunda e terceira posições.

Comparando os resultados com a edição de 2021, a única queda que pode ser observada no top 20, envolve ambas as cidades japonesas, Tóquio e Osaka. O restante da lista teve, em média, um crescimento de 1,8% no total de pessoas residentes em regiões metropolitanas. De fato, as cidades africanas Kinshasa, na República Democrática do Congo, e Lagos, na Nigéria, reuniram as taxas mais altas, com um aumento de residentes de 4,39% e 3,54%, respectivamente, em 1 ano. A maior cidade do continente americano ainda é São Paulo no Brasil, seguida de perto pela Cidade do México e Buenos Aires. Na Europa, Istambul é a mais populosa, com mais de 14,5 milhões de habitantes.

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Áreas verdes reduzem impacto das enchentes nas cidades

Áreas verdes reduzem impacto das enchentes nas cidades - Imagem de Destaque
Foto: Kelly Sikkema, via Unsplash

Infelizmente, todos os anos, testemunhamos tragédias humanas e ambientais causadas por chuvas em diferentes partes do Brasil. Com as mudanças climáticas, a tendência é que estes eventos se intensifiquem: cheias dos rios, alagamentos nas cidades, deslizamentos de encostas e, com isso, mortes, pessoas desalojadas ou desabrigadas, infraestrutura destruída e grandes prejuízos financeiros, ecológicos e humanos.

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Estética da ruptura: os efeitos das mudanças abruptas na paisagem urbana

Espaços públicos desempenham um papel significativo na organização de cada comunidade, mas definir o que os diferencia de outros espaços da cidade não é uma tarefa fácil. Uma vez que esses espaços começam a se instalar na memória coletiva das comunidades locais, tornam-se elementos-chave que concentram a imagem mental de uma cidade. Enquanto esse processo geralmente acontece com espaços urbanos, monumentos e elementos arquitetônicos isolados também podem se tornar marcos para a vida urbana de uma determinada região. Então, o que acontece quando eventos catastróficos como incêndios, guerras ou mesmo a pandemia alteram essa imagem?

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Cem dias de guerra na Ucrânia: UNESCO verifica danos em 139 locais

Sexta-feira, 3 de junho, marcou 100 dias de guerra na Ucrânia. Um dos muitos efeitos devastadores tem sido a destruição de ambientes urbanos e rurais. O patrimônio cultural e arquitetônico da Ucrânia está sob ameaça. Em 30 de maio, a UNESCO verificou danos em 139 locais afetados pela guerra em andamento. A lista inclui 62 locais religiosos, 12 museus, 26 edifícios históricos, 17 edifícios dedicados a atividades culturais, 15 museus e sete bibliotecas. Segundo a UNESCO, os edifícios mais afetados incluídos na lista estão em Kiev. Ainda assim, os danos também são encontrados nas regiões de Chernihiv, Kharkiv, Zaporizhzhya, Zhytomyr, Donetsk, Lugansk e Sumy. Isso representa uma avaliação preliminar de danos para bens culturais feita através da verificação cruzada dos incidentes relatados com várias fontes confiáveis. Os dados publicados serão atualizados regularmente.

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Como bairros de uso misto podem reduzir a criminalidade

O planejamento e o projeto de bairros e empreendimentos de uso misto estão em alta. Muitos dos lugares que frequentamos apresentam uma variedade de programas, trazendo muitas das atividades do nosso cotidiano para um só lugar. Mas os espaços de uso misto fazem mais do que apenas criar uma diversidade de experiências nas cidades – eles também podem contribuir para reduzir as taxas de criminalidade.

Uma vista do alto: a história das torres de observação

Há algo mágico em ver uma cidade do alto. Ter um novo ponto de vista e olhar através de um horizonte em vez de olhar para ele é um dos sentimentos mais poderosos e inspiradores que existem. As plataformas de observação não são apenas maravilhas arquitetônicas, mas também uma espécie de ícone cívico, orgulho de uma cidade. Hoje em dia não é apenas a altura que atrai as pessoas, mas também a programação de bares, passeios e bungee jump.

Deficientes são as cidades, não os seus cidadãos

Cidades com deficiências são aquelas que apresentam espaços e ambientes que impedem ou dificultam o acesso, a participação e a interação do cidadão, independentemente de qualquer perda ou anormalidade relacionada à sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatómica. Convido os leitores para que, comigo, mudem o foco da abordagem sobre as deficiências, transferindo para as cidades e os ambientes construídos a incapacidade em atender de maneira digna e eficaz a diversidade das habilidades e capacidades inerentes aos seres humanos.

Cinema Urbana - Inscrições abertas para 2ª edição do Seminário de Arquitetura e Cinema

Cinema Urbana

Inscrições abertas para
2ª edição do Seminário de Arquitetura e Cinema

Até 1 de junho de 2022

A Cinema Urbana realizará a 2ª edição do Seminário de Arquitetura e Cinema, onde serão apresentados artigos científicos que divulgam pesquisas relacionadas à essa interseção entre arquitetura, cidades e cinema. O tema desta edição é “Imaginar Mundos Possíveis”.

O seminário terá o formato híbrido com sessões presenciais no Espaço Cultural Renato Russo nos dias 16 a 20 de Agosto de 2022 das. As palestras previstas serão transmitidas online e ao vivo.

O seminário acontece concomitantemente à quarta edição da Mostra Internacional de Cinema de Arquitetura

Arquitetura e assistência: reformulando a pesquisa sobre assentamentos informais

A quase sete quilômetros do verde do Parque Uhuru, no centro de Nairóbi, fica o assentamento informal de Kibera. É uma área cujo caráter urbano é composto por telhados de ferro ondulados, paredes de taipa e uma complicada rede de postes de energia. Kibera, neste momento, é um lugar bem conhecido. Muito já foi escrito e pesquisado sobre essa “cidade dentro de uma cidade”, desde suas questões de infraestrutura até sua navegação na pandemia do COVID-19.

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Nova York transformará hotéis subutilizados em moradias populares para combater a crise habitacional

Nova York transformará hotéis subutilizados em moradias populares para combater a crise habitacional  - Imagem de Destaque
© Iwan Baan

O prefeito de Nova York, Eric Adams, expressou seu apoio a uma lei estadual que facilitaria para a cidade a conversão de hotéis subutilizados ou vagos em moradias acessíveis e de apoio. O prefeito estimula os legisladores do estado de Nova York a desbloquear uma ferramenta crítica no combate à crise da habitação a preços acessíveis e combater a falta de moradia no processo. A estrutura de conversão proposta pelo projeto de lei permitiria que as autoridades criassem unidades habitacionais acessíveis a dois terços do custo e a um terço do tempo necessário para a construção de uma casa de baixo custo.