
Em maio de 2016 abria-se a 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza, talvez o evento mais importante e emblemático da arquitetura internacional desde a década de 1980, quando foi criada. Tal abertura trazia, entretanto, uma novidade: pela primeira vez o evento tinha como curador um latino americano – Alejandro Aravena. Esse destaque não seria isolado na carreira recente do arquiteto que fez parte da comissão julgadora do Prêmio Pritzker de 2010 a 2015 sendo laureado no ano de 2016. Desde logo é fundamental perceber que tal destaque não assume caráter de absoluta exceção e pode, de certo modo, ser entendido como a ponta de uma valoração e visibilidade que a arquitetura chilena contemporânea passa a receber a partir de finais da década de 90.