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Cinema e Arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia

O poder das emoções: como o espaço nos comove?

“O sabor da maçã está no contato da fruta com o paladar, não na fruta em si”, disse uma vez Jorge Luis Borges. O gosto não é algo em si, sua experiência é o resultado de um encontro. Da mesma forma, as emoções não estão contidas na arquitetura, mas são sentidas apenas a partir do encontro do corpo com o espaço, quando este se torna um lugar. Como o ambiente afeta o modo como nos sentimos? Essa é a pergunta que move a dupla de artistas e cineastas Ila Bêka e Louise Lemoine em seu mais recente empreendimento, o livro The Emotional Power of Space, que será lançado no dia 17 de maio em evento que antecede a abertura da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023.

Tornar o imaginário visível: as cidades futuristas do cinema

O cinema revela por meio da cenografia uma vasta composição de cidades, tornando-se um meio interessante para discutir as suas transformações. Essa arte permite que diretores explorem ao máximo seus universos imaginativos, através de cenários montados, efeitos visuais e especiais e toda a composição da imagem. Em muitos filmes, diretores apresentam cidades futuristas, vivenciadas pelos personagens do enredo, que, por muitas vezes, se apresentam inteiramente novas aos nossos olhos. É através da busca do espectador de compreender e apropriar-se desses espaços cenográficos que a cidade se revela no cinema.

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Filme "Kochuu" contempla a Capsule Tower de Kisho Kurokawa

"No fundo ainda há uma tradição japonesa invisível", diz Kisho Kurokawa em um trecho do filme Kochuu. Ele coloca ênfase na tradição japonesa, uma tradição arquitetônica que rejeita a simetria apesar do uso de alta tecnologia. Ele contempla a Nakagin Capsule Tower (1972) uma torre residencial e de escritórios de uso misto localizada em Tóquio, Japão. O primeiro projeto da arquitetura de cápsulas metabolista construído para uso permanente.

O filme 'Kochuu' de Jesper Wachtmeister se baseia na influência e nas origens da arquitetura japonesa modernista. Através de visões de futuro, tradição e natureza, amplifica elementos da tradição japonesa e seu impacto no design nórdico. A narrativa nos conta como os arquitetos japoneses contemporâneos se esforçam para unir os caminhos do homem moderno com as velhas filosofias para cria algo novo.

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“A Broken House”: filme retrata fenômeno da imigração e a saudade de casa

“A Broken House” é um documentário dirigido por Jimmy Goldblum que retrata a história de Mohamad Hafez, um cidadão sírio que se mudou para os Estados Unidos em um visto de entrada única para estudar arquitetura e não pôde mais voltar para seu país natal. Enfrentando seu destino, canalizou a saudade de casa em seu trabalho artístico e começou a produzir esculturas em miniatuira de sua terra, construindo a "Damasco de suas memórias".

“Se você não pode voltar para casa, porque você não cria sua casa". Ao contar a história das pessoas que lá habitam, o projeto arquitetônico ganha uma dimensão política após o início da guerra civil síria, retratando a extensão da destruição sofrida pela cidade, humanizando os refugiados e compartilhando suas histórias. 

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Arquitetura, cinema e realidade virtual em Jogador Nº 1 de Steven Spielberg

O cinema é uma ótima ferramenta para estimular discussões e reflexões sobre o espaço que vivemos, dialogando profundamente com a arquitetura e o urbanismo através de cenários e locações. Os filmes podem abordar questões atuais sobre esses campos de estudo e introduzi-los nas suas narrativas, abrindo caminhos para novos debates.

O longa de 2018, Jogador Nº 1, dirigido por Steven Spielberg, nos traz uma série de questões sobre urbanismo, relações sociais, cidades contemporâneas, conflitos ambientais e também como as novas tecnologias podem interferir na relação do indivíduo com os espaços públicos. Ao longo do texto, serão apresentadas discussões sobre como esses fatores se fazem presentes no nosso convívio e nos novos conceitos de cidade. 

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Além do hegemônico: arquitetura e urbanismo em outros territórios

O ano de 2021 foi turbulento – a pandemia causada pelo novo coronavírus persiste, obrigando as indústrias de design e construção a continuar se adaptando por dois anos seguidos. À medida que os métodos de trabalho remoto e comunicação continuam a ser ajustados e aprimorados, uma infinidade de eventos virtuais fez com que o discurso arquitetônico fora dos paradigmas ocidentais e eurocêntricos pudesse ocupar um espaço central na discussão da arquitetura global.

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Vídeo mostra a reforma do Museu Kunsthaus Zürich de David Chipperfield

Os cineastas de arquitetura 9sekunden colaboraram com os arquitetos do escritório de David Chipperfield para criar um curta-metragem sobre a extensão do Museu Kunsthaus em Zurique, Suíça. O recurso mostra a jornada dos visitantes pelo novo edifício, encontrando a instalação interativa "The Sense of Things" do renomado coreógrafo William Forsythe. Percorrendo a arquitetura, combinado com a curiosidade das pessoas entrando no espaço, o filme destaca a interação entre cultura, urbanidade e o ambiente construído da cidade de Zurique.

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Herzog & de Meuron lança vídeos sobre suas últimas obras em Hong Kong, Duisburg e Seul

O ano de 2021 não foi extremamente um ano perdido para muitas empresas do ramo da construção civil, muito pelo contrário. Apenas no último quadrimestre, a Herzog & de Meuron concluiu a construção de três importantes instituições museais ao redor do mundo: o M+ em Hong Kong, o projeto de Ampliação do Museu Küppersmühle em Duisburg e a Sede ST International e SONGEUN Art Space em Seul. Para celebrar estas novas adições ao já vasto repertório de obras da dupla de arquitetos suíços, e procurando destacar algumas de suas abordagens mais inovadores, a Herzog & de Meuron lançou recentemente uma série de três pequenos vídeos-documentários sobre cada uma destas obras—focando nas diferentes abordagens utilizadas e na forma como cada projeto se apropria de seus contextos e localizações geográficas específicas.

Le Corbusier, arquitetura moderna e cinema: entrevista com Paula Vilela e Gustavo Novais

Neste episódio do Arquicast, a conversa é sobre um filme que, apesar de ambientado no único projeto de Le Corbusier efetivamente construído em toda a América Latina, tem toda sua trama centrada em um elemento arquitetônico, digamos, quase secundário, do ponto de vista compositivo da obra: o muro da divisa dos fundos. Estamos falando do premiado filme argentino O Homem ao Lado. As relações de vizinhança e a própria arquitetura servem de ponto de partida para os diretores falarem de temas espinhosos como direito de propriedade, desigualdade social, cultura e intolerância.

Squid Game / Round 6: minimalismo cool e espaços de opressão

Pessoas morrem em Squid Game. Muitas pessoas. Mas apesar de violência ser um dos ingredientes mais apelativos para o sucesso (ou fracasso) de uma produção para televisão, não é por isso apenas que a série se tornou tão popular no mundo todo. Cultura pop, cenários hipnotizantes e uma trama repleta de metáforas sociais contribuem para isso. 

Lançada pela Netflix no dia 17 de setembro deste ano, Squid Game (conhecida também como Round 6) já é a maior série realizada em um idioma que não o inglês, disse Ted Sarandos, co-CEO e Chefe de Conteúdo da plataforma de streaming, e tem grandes chances de se tornar a maior série já produzida pela gigante do entretenimento. Escrito e dirigido por Hwang Dong-hyuk, o survival thriller narra a jornada de 456 pessoas mergulhadas em dívidas que competem por um generoso prêmio em dinheiro de 45.6 bilhões de wons – aproximadamente R$210 milhões.

4 Filmes para entender o pós-modernismo na arquitetura e no urbanismo

Filmes vêm sendo estudados por arquitetos e outros profissionais interessados no campo da arquitetura e urbanismo por oferecerem uma perspectiva mais sutil e responsiva de nossa disciplina, nos informa o arquiteto e professor finlandês Juhani Pallasmaa. A partir de suas particularidades técnicas e estéticas, o cinema pode ir além da simples representação e ser um poderoso meio de transmissão de ideias e conceitos ligados à arquitetura e o espaço urbano.

Bêka & Lemoine percorrem a casa futurista de Giacomo Balla em seu último filme

A dupla de cineastas Bêka & Lemoine acaba de lançar seu mais recente filme, OSLAVIA. The cave of the past future, realizado especialmente para a exposição Casa Balla - From the house to the universe and back, em cartaz no MAXXI Museu de Roma. O filme consiste em um passeio pelo interior da residência e ateliê onde viveu o pintor futurista Giacomo Balla. O apartamento onde o artista residiu e trabalhou de 1929 até o fim de sua vida será aberto ao público pela primeira vez durante o período da mostra.

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"Fazemos uma psicanálise do espaço": entrevista com Ila Bêka e Louise Lemoine

Poucos campos da cultura e das artes apresentam tantos pontos de contato com a arquitetura como o cinema. A constatação não é nova e vem sendo debatida no plano teórico por autores de ambas as áreas desde o início do século XX. Em relação à prática, a arquitetura vem buscando incorporar aspectos imateriais do cinema na mesma medida em que este tem servido como meio de discussão, representação e denúncia de temas pertinentes àquela e ao espaço urbano.

Exemplo disso é a produção da dupla ítalo-francesa Bêka & Lemoine, cujos filmes mostram um olhar sensível aos pormenores e singelezas da arquitetura e do espaço urbano. Seu portfólio – composto atualmente por 30 títulos, entre longas e médias-metragens – lança luz sobre o cotidiano urbano de diferentes cidades do mundo e revela uma mirada atenta aos aspectos mais banais da vida humana no espaço.

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Corpos, cinema e espaço: veja a programação completa do Arquiteturas Film Festival

Seguindo os temas das edições anteriores do festival que abordaram questões contemporâneas relativas ao ambiente construído, o Arquiteturas Film Festival, que acontecerá entre os dias 1 e 6 de junho em Lisboa, continua a oferecer um fórum aberto para discussão, por meio de histórias audiovisuais pessoais, coletivas e globais vindas de todos os cantos do mundo.

A 8ª edição do Arquiteturas explora o tema Bodies Out of Space através de uma excursão sobre a construção social do espaço conectado a um fio que circula dentro das suas próprias narrativas de dominação. Narrativas também sobre identidade que muitas vezes é retirada ou forçada a representar o nosso corpo. Contra algumas suposições atuais, vemos este paradigma perceptivo — um epítome da visão de nossos tempos — como fundamentalmente social, espacial e corporal. 

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A atmosfera do espaço revelada em filmes de arquitetura

Ao longo das últimas décadas, a arquitetura descobriu no cinema uma importante ferramenta para explorar novas formas de apresentar e representar o espaço. Construindo narrativas visuais capazes de emocionar os espectadores, os filmes de arquitetura adicionam mais profundidade à nossa forma de experimentar o espaço. Neste contexto, explorando uma série de filmes realizados pela 9sekunden, este artigo procura analisar de que forma o cinema está enriquecendo a experiência do espaço na arquitetura.

"Nomadland" questiona a noção de casa através da jornada de uma nômade moderna

“Não, não sou uma sem-teto. Sou apenas uma sem-casa. Não é a mesma coisa, né?" Questionando a noção de lar e casa, Nomadland conta a história de uma mulher de sessenta anos que perde tudo na grande recessão. Fern, interpretada pela atriz Frances McDormand, deixa para trás sua cidade após a morte de seu marido e a falência da única indústria que sustentava a região. A protagonista decide embarcar em uma jornada sem rumo certo, vivendo em sua van como uma nômade pelas vastas paisagens do oeste americano.

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Cinema Nouveau: a arquitetura dos cinemas

O Cinema espelha a arquitetura. Enquanto a pandemia de Covid-19 fecha os cinemas em todo o mundo por meses, a indústria olha para o futuro com o objetivo de repensar a experiência de ir ao cinema. Décadas atrás, em 1920, à medida que as multidões se aglomeravam no cinema após a pandemia de 1918, a indústria se transformava ao responder a novos modos de assistir a filmes juntos.

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