Em um brilhante artigo para o Der Spiegel, "The New Monuments to Digital Domination" (Os Novos Monumentos para a Dominação Digital), o autor Thomas Schulz não apenas cita os estranhos escritórios das atuais gigantes da tecnologia - do "disco voador" da Apple aos "biodomes" da Amazon - mas também identifica o que eles têm em comum: a horizontalidade. E por quê? Porque um "playground aberto e criativo" sem limites (como pavimentos ou paredes) é "a perfeita fábrica de ideias: o ambiente espacial ideal para trabalhadores digitais extremamente produtivos que continuamente despejam inovações que mudam o mundo". E apesar disso significar que a privacidade já não existe mais nestes espaços de trabalho, Schulz não se mostra tão surpreso - afinal, "as pessoas não têm direito a uma vida privada na era digital." Confira este brilhante artigo aqui.
Infinitos blocos de concreto cobrem a paisagem do centro da Cidade do México e de seus subúrbios. Do chão é possível perceber que as casas se estendem para longe, em todas as direções, mas não se sabia que de cima parece uma "mancha de concreto" absolutamente estonteante, registrada pelo fotógrafo mexicano Pablo Lopez Luz.
Qualquer pessoa que tenha usado o metrô de Londres sabe que esta pode ser uma experiência sufocante - mesmo no inverno. Atualmente, todo o calor gerado no subsolo se perde, enquanto que as pessoas na superfície colocam seus aquecedores no máximo para aquecer suas casas. Isto fez com que o prefeito de Londres tivesse uma grande ideia: aproveitar o calor gerado pelo metrô para aquecer as casas e, ao mesmo tempo, diminuir em 60% as emissões de carbono da cidade.
Painéis solares são frequentemente um acréscimo nos projetos, tornando-se meios para um fim. Mas por que não fazer deles as estrelas do espetáculo? Um artigo publicado recentemente na Metropolis Magazine mostra a Mega Estação de Energia Solar Kagoshima Nanatsujima, a maior instalação deste tipo do Japão. Uma resposta simbólica ao desastre nuclear de 2011 em Fukushima, a estação de energia é apenas um dos projetos nesta transição para o Japão se tornar o mercado de energia solar que cresce mais rápido no mundo. Leia o artigo completo aqui.
Proposta vencedora do escritório White Arkitekter para a competição "Resilient Rockaway" em Nova Iorque
A Fundação Rockefeller selecionou o primeiro grupo de cidades para o "100 Resilient Cities Centennial Challenge.” Cada cidade foi escolhida por demonstrar "um comprometimento em construir seus próprios meios de se preparar, resistir e se recuperar rapidamente de abalos e tensões." Mais de mil registros e quase 400 inscrições de cidades de todo o mundo foram feitas. Após uma cuidadosa análise de cada uma das cidades e seus respectivos desafios, as seguintes 33 foram escolhidas.
Crossrail, "o maior projeto de infraestrutura da Europa, custando mais, por exemplo, que as Olimpíadas de Londres", vem trilhando aos poucos seu caminho sob Londres. Podendo acessar a labiríntica coleção de túneis subterrâneos, Rowan Moore, do The Observer, disse que - apesar da superficial exaltação em torno disso - este empreendimento de £5 bilhões eventualmente valerá o investimento: além dos túneis e trilhos haverá cerca de 300 mil m² ("ou cerca de seis Gherkins") de espaços comerciais, e 100 mil m² de "áreas públicas". Leia o artigo completo aqui.
É frequente escutar que o século XXI será o século das cidades. A cada mês cerca de 200 mil pessoas passam a viver em cidades, e a ONU prevê que em 2050 setenta por cento da população mundial viverá em zonas urbanas. Com isso explode o fenômeno das megacidades, que se não quiserem sucumbir ao caos que pode produzir uma demanda por serviços cada vez mais incontrolável, se vêem obrigadas a transformar-se no que se tem chamado de Smart Cities, desenvolvendo infraestruturas mais eficientes, inteligentes e respeitosas em relação ao meio ambiente. Atualmente todas as iniciativas urbanas devem ter a categoria smart, desde a experiência de passeio em uma praça pública, a forma de consumir no restaurante, até o caixa automático de um banco.
Como parte da pesquisa sobre maiores escritórios de arquitetura do mundo, este ano o BD também incluiu uma pesquisa sobre os melhores e piores países para mulheres arquitetas - particularmente aquelas que desejam trabalhar para grandes companhias. Para criar estes rankings, o BD encontrou a proporção de arquitetos e arquitetas em diversos países, procurou dados sobre licenças maternidade e paternidade, e também sobre o custo médio para se criar uma criança em relação ao salário médio de um arquiteto ou arquiteta. Leia mais sobre os resultados (por vezes surpreendentes) a seguir.
O FestivalMid-Autumn é uma das festas mais típicas de Hong Kong, sendo celebrada durante os dias de lua cheia do oitavo mês do calendário chinês. Neste ano o festival aconteceu em setembro, no Parque Victoria em colaboração com o projeto Lantern Wonderland, que contou com Rising Moon, um pavilhão luminoso feito com7 mil garrafas plásticas e que representa um hemisfério da lua, com a outra parte sendo refletida na lagoa do parque.
O pavilhão foi feito pelo escritório Daydreamers Design para ser entendido como um símbolo de reunião em torno a uma lua que promova o cuidado com o meio ambiente.
Para ter sucesso hoje em dia, as bibliotecas devem abordar muitas questões diferentes, algumas tradicionalmente relacionadas às bibliotecas e outras nem tanto. Suas novas missões de múltiplas facetas devem contar com um grande projeto, características fortes e programas de atração de público. Assim é como as bibliotecas podem se converter em lugares onde se desenvolve a vida comunitária e as pessoas podem interagir. Retomando o artigo anterior “Como criar uma grande biblioteca?”, a seguir publicamos a segunda parte:
O empreendedor francês Christian Bourdais convocou oito arquitetos para projetar oito residências de férias em uma reserva de 50 hectares, localizada a cerca de duas horas de Barcelona. Até ai, nada fora do normal. No entanto, cada participante no experimento "Solo Houses" recebeu o que todo arquiteto sonha (e dificilmente consegue): carta branca. Os resultados, ao gosto de Sou Fujimoto, Pezo von Ellrichshausen, e outros, são impressionantes. Veja os projetos a seguir.
Para ajudar na escolha do presente perfeito para os arquitetos que você conhece, o nós do ArchDaily Brasil selecionamos 11 produtos em uma lista que vai agradar a todos os gostos. Veja todos eles a seguir e não esqueça de comentar quais presentes você tem em sua lista ou gostaria de ganhar este ano.
Neste ano o município Medellín lançou um concurso público internacional para revitalizar o Rio Medellín. Há alguns dias a proposta vencedora para o anteprojeto arquitetônico, paisagístico e urbano - do escritório Latitud Taller de Arquitectura y Ciudad - foi anunciada. O projeto procura regenerar as áreas adjacentes ao rio para que este volte a conectar a cidade através de novos espaços públicos.
O projeto se baseou em quatro estratégias: estabelecer o rio como eixo ambiental de Medellín, incluir os riachos, integrar os vazios verdes à rede ecológica da cidade e reciclar os espaços abandonados que apresentam potencial. Com estes eixos, a empresa tem como objetivo que os riachos que desembocam no rio convertam-se em novos caminhos e que convirjam transversalmente no rio, juntando-se às áreas verdes de Medellín.
No final do mês de outubro foi realizada a primeira versão do Festival Internacional Abierto Mexicano de Diseño, que exibiu mostras de arte e projetos no Centro histórico da capital, com o propósito estreitar os laços entre a cultura e as pessoas no espaço público.
A escolha do centro como local de exibição foi feita pela organização, pois esta parte da cidade é considerada uma sede natural pelo valor cultural que os mais de 1.400 edifícios lhe conferem, além de ser um espaço muito percorrido, com mais de dois milhões de pessoas passando por ali diariamente.
As palestras e exposições feitas para o festival giravam em torno do tema central - os comércios - levando em conta que estes possuem técnicas de trabalho de criação coletiva, que reúnem os projetistas e os cidadãos na construção de mostras, e são feitas com materiais reciclados e sustentáveis. Uma das intervenções urbanas que eclodiram nas ruas do centro da cidade, com a ajuda das pessoas que passavam pelo local, foi projetado pelo estúdio El Último Grito.
Altamente elogiado: Acomodações para Oceanological Observatory por Banyuls-sur-Mer de Atelier Fernandez & Serres. Imagem Cortesia de The Architectural Review
Os vencedores do 2013 AR+D Awards for Emerging Architecture foram anunciados! O prêmio, apresentado por The Architectural Review e agora em seu 15° ano, viu "projetos de lugares tão diversos quanto Bloomsburye e Himalaia". Este ano mais de 350 inscrições foram analisadas por quatro renomados jurados, incluindo Sir Peter Cook, e resultaram em quatro vencedores que irão dividir um prêmio de £10,000. Veja os quatro vencedores e dez projetos altamente elogiados a seguir...
Dubai foi selecionada para sediar a Exposição Mundial de 2020, vencendo a Turquia, Brasil e Rússia. Isto significa que o escritório HOKcontinuará seus trabalhos no masterplan de 438 hectares para o local de Expo.
"Esta vitória atesta o comprometimento dos cidadãos dos Emirados Árabes Unidos em criar um próspero futuro para seu país e região", disse Daniel Hajjar diretor administrativo do HOK em Dubai. "Estamos orgulhosos por termos liderado o projeto para o local da Expo e por estarmos associados ao projeto vencedor de Dubai."
Mais de 25 milhões de pessoas são esperadas durante os seis meses de duração da Expo. Esta será a primeira vez que um cidade do Oriente Médio sedia uma exposição internacional. Saiba mais detalhes sobre o projeto do HOK.
O conceito de planta livre revolucionou a arquitetura - prometeu luz, espaço e colaboração entre usuários (sem mencionar um modo mais eficiente em termos econômicos de reunir muitas pessoas em um espaço). Hoje, ela praticamente se tornou um padrão de projeto - mas a que custo?
Um novo relatório dos pesquisadores Jungsoo Kim e Richard de Dear, publicado pelo Journal of Environmental Psychology, conclui que a planta livre traz consigo sérios problemas colaterais - isto é, a falta de "privacidade sonora" - que superam suas qualidades positivas. Além disso, segundo seus resultados, a planta livre nem mesmo apresenta melhorias quantificáveis na comunicação entre as pessoas.
Cada vez mais as pessoas ao redor do mundo vêm escolhendo a bicicleta como meio de transporte. A infraestrutura para os ciclistas (ciclovias segregadas do tráfego de veículos, ciclofaixas, etc.) é cada vez mais importante e necessária em muitas cidades de todos os continentes.
Se você perguntar a um ciclista o que é preciso para fazer uma boa ciclovia, certamente ouvirá muitas histórias sobre processos burocráticos e sobre cidadãos céticos, além de que um desenho ineficiente coloca o espaço do ciclista em disputa com o dos pedestres e motoristas.
Autor das obras Modern Architecture, a Critical History e Studies in Techtonic Culture, Frampton nasceu no Reino Unido em 1930, onde se formou na Architectural Association School of Architecture, e é atualmente professor na Universidade de Columbia, nos EUA, onde vive.
Gary Cooper como Howard Roark numa daptação de The Fountainhead. King Vidor, The Fountainhead (Warner Brothers, 1949). Cortesia de Metropolis Magazine
Howard Roark, o arquiteto fictício imaginado por Ayn Rand em "The Fountainhead", possivelmente fez mais para a profissão no século passado do que qualquer arquiteto real - inspirando centenas de pessoas a entrar na arquitetura e moldar a percepção do público. E, de acordo com Lance Hosey, Diretor de Sustentabilidade da RTKL, isso não poderia ser mais prejudicial. Em seu recente artigo "The Fountainhead All Over Again", para a Metropolis Magazine, ele detalha porque isso é um problema tão grande, indo tão longe a ponto de acusar o protagonista ditatorial de Ayn Rand de cometer terrorismo arquitetônico.
A trama foi criada em 1943, há exatos 70 anos. Na versão do filme (Vontade Indômita), alguns anos depois, Gary Cooper representou Howard Roark, o personagem famoso concebido a partir de Frank Lloyd Wright. Desde então, The Fointainhead (A Nascente - versão em livro) de Ayn Rand, seu "hino em louvor ao indivíduo" (New York Times), fez com que muitos jovens quisessem se tornar arquitetos. O falecido Lebbeus Woods escreveu que a história "teve um enorme impacto sobre a percepção do público sobre os arquitetos e a arquitetura, para melhor e para pior." Eu diria que para pior. Na verdade, The Fountainhead continua a ser a representação perfeita de tudo o que há de errado com a profissão.
"Claramente os padrões da paisagem australiana serviram de referência audaciosa, gráfica e sensível para proporcionar uma experiência única ao usuário". O prêmio deste ano para o melhor projeto paisagístico no World Architecture Festival 2013 foi concedido a um jardim botânico em um antiga pedreira na Austrália. Situado em Cranbourne, nos arredores de Melbourne, o jardim australiano foi projetado pelo escritório de paisagismo Taylor Cullity Lethleane pelo especialista em plantas Paul Thompson.
Conhecido por sua qualidade incomparável perícia, o laureado do Pritzker 2009 e vencedor da Medalha de Ouro do Prêmio RIBA em 2013, Peter Zumthor, foi recentemente convidado a palestrar na Escola de Arquitetura da Universidade de Tel Aviv. Em uma palestra intitulada "Presença em Arquitetura - Sete Observações Pessoais", Zumthor compartilhou algumas das inspirações por trás de seus maiores projetos, dando-nos uma visão sobre sua atmosfera poética, mental, e (alguns podem dizer) "quase divina".
Os Sete Pontos de Zumthor sobre "Presença", a seguir...
Cerca de 40% da área de Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha, é coberta com áreas verdes, como cemitérios, centros esportivos, jardins, parques e praças. Para uni-los em conjunto com passeios e ciclovias, a cidade lançou o plano Rede Verde, que tem como objetivo eliminar a necessidade de automóveis para o deslocamento das pessoas nos próximos 20 anos.
Pela localização dos espaços verdes na cidade, o projeto seria o primeiro a conectar essas áreas que não estão no centro da cidade e que, segundo Angelika Fritsch, ajudaria na "criação de um sistema integrado."
Desde a primeira vez que desenvolveu a tipologia para o projeto Quinta Monroy em Iquique, Chile, a "casa metade pronta" se tornou quase uma assinatura do ELEMENTAL: eles utilizaram a técnica em outras cidades no Chile, bem como em seu projeto Monterrey, no México. A tipologia foi desenvolvida como um meio de lidar com orçamentos extremamente limitados, permitindo aos governos prover habitações para seus cidadãos a preços incrivelmente baixos, todavia, criando casas que suprem as necessidades de seus moradores e ainda adquirem valor com o passar do tempo. Recentemente, o escritório aplicou a teoria no projeto Villa Verde Housing, publicado no ArchDaily Brasil.
Saiba mais sobre a tipologia e como ela foi aplicada em Villa Verde, a seguir...