Os melhores (e piores) países para as mulheres na arquitetura

Como parte da pesquisa sobre maiores escritórios de arquitetura do mundo, este ano o BD também incluiu uma pesquisa sobre os melhores e piores países para mulheres arquitetas - particularmente aquelas que desejam trabalhar para grandes companhias. Para criar estes rankings, o BD encontrou a proporção de arquitetos e arquitetas em diversos países, procurou dados sobre licenças maternidade e paternidade, e também sobre o custo médio para se criar uma criança em relação ao salário médio de um arquiteto ou arquiteta. Leia mais sobre os resultados (por vezes surpreendentes) a seguir.

Talvez o resultado mais surpreendente da pesquisa sejam os países no topo da lista quanto à proporção entre arquitetas e arquitetos (estes resultados foram tomados da pesquisa sobre os maiores maiores escritórios de arquitetura do mundo )

1. Vietnã (0.7 arquitetos para cara arquiteta)

2. Turquia (0.8)

=3. Suécia(1)

=3. Noruega(1)

=4. Alemanha(1.3)

=4. França(1.3)

5. Espanha(1.4)

Embora estas proporções - sobretudo no Vietnã, Turquia, Suécia e Noruega - sejam louváveis, elas foram tomadas com base em uma pequena amostra, sendo impossível simplificar a realidade do cotidiano de trabalho com base em um número reduzido. Por isso o BD também criou listas dos 5 melhores e 3 piores países para as mulheres arquitetas baseado na proporção quantitativa entre homens e mulheres na profissão, licença maternidade, licença paternidade e custo de se criar uma criança.

Os 5 melhores

1. Suécia

A Suécia é a vencedora quando se leva em consideração todos os fatores. Não apenas tem uma proporção equilibrada entre mulheres e homens na arquitetura, mas também tem o maior tempo de licença maternidade, com cerca de 60 semanas pagas (e paternidade, com cerca de 8,5 semanas pagas). Outro fator importante é que os custos para se criar uma criança é de apenas 7,1% de um salário médio.

2. Noruega

A Noruega é outro país com uma proporção equilibrada entre homens e mulheres na arquitetura e licença paga para os pais - 34 semanas para as mães e 12 para os pais. Os custos para se criar um filho são um pouco mais elevados, cerca de 16,8% do salário médio.

3. Alemanha

Na Alemanha, o equilíbrio próximo entre mulheres e homens na profissão (1,3) também é válido para as licenças , ambos os pais têm 12 meses com 65% do salário pago (para pais solteiros são 14 meses). Mães, no entanto, têm 14 semanas de salário integral. Os custos para criar uma criança atingem 14,1% de um salário médio.

4. Dinamarca

Apesar da proporção entre os sexos ser menos equilibrada (1,5) a Dinamarca apresenta um bom sistema de licenças maternidade e paternidade: as mães e pais tem 52 semanas de salário integral entre eles, e escolhem como querem dividir estas semanas. Os custos de vida de uma criança equivalem a 11,2% do salário médio.

=5. Espanha

A Espanha tem uma distribuição quase igual entre mulheres e homens na arquitetura, 1,4. Seu sistema de licença é menos impressionante, com 16 semanas para as mães e 15 dias para os pais, porém os custos de um filho são de apenas 8,2% de um salário médio.

=5. França

A França é similar à Espanha, com uma proporção de 1,3, licença maternidade de 16 semanas e paternidade de 14 dias pagos. Os custo de uma criança são um pouco elevados, 16,5%. Entretanto, uma cláusula na constituição garante 26 semanas de licença maternidade após o terceiro filho.

Os 3 piores

1. Japão

Com uma proporção de 9 arquitetos para cada arquiteta, o Japão lidera a lista dos piores países para uma mulher na arquitetura. Sua legislação para licença é também impiedosa: 14 semanas paras as mães com 60% do salário, e nenhum período de licença para os pais.

2. EUA

Apenas 5 dos 50 estados norte americanos contam com legislações de licença maternidade e paternidade (e mesmo nestes estados, a licença é de apenas 6 semanas), isto, somado ao fato de que o custo de se criar um filho é de 38,1% do salário médio de um arquiteto, faz dos EUA um forte competidor a ser o pior lugar para um arquiteto ou arquiteta criar uma família.

3. Reino Unido

O Reino Unido oferece apenas 6 semanas de licença maternidade com 90% do salário, e apenas 2 semanas de licença paternidade. A licença para as mães pode ser estendida a 33 semanas, contudo, elas recebem apenas £136.78 por semana neste período, consideravelmente menos que um salário mínimo. O Reino Unido também apresenta um altíssimo custo para se criar uma criança, chegando a 40,9% do salário médio de um arquiteto ou arquiteta.

Sobre este autor
Cita: Stott, Rory. "Os melhores (e piores) países para as mulheres na arquitetura" [The Best (and Worst) Countries to Be a Female Architect] 20 Dez 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-161640/os-melhores-e-piores-paises-para-as-mulheres-na-arquitetura> ISSN 0719-8906

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