A obra de Robert Venturi - e o movimento pós-modernista que se desenvolveu paralelamente a sua carreira - foram momentos que frequentemente causam discórdia dentro da história da arquitetura. Para os modernistas mais ferrenhos, sua apropriação de estilos históricos era uma afronta à arquitetura da contemporaneidade. Para os mais tradicionalistas, o classicismo transformado em cafonice foi um insulto imperdoável à elegância do passado.
https://www.archdaily.com.br/br/902538/destaques-da-semana-complexidade-e-contradicaoKatherine Allen
A maioria das pessoas vivem hoje em cidades, que estão crescendo rapidamente. Estamos vivendo na era da urbanização, uma era que começou no início do século 19, quando grandes massas de pessoas decidiram estar mais perto umas das outras em vez de perto da terra. Não existe dúvida de que mais cedo ou mais tarde a grande maioria de nós, humanos, estaremos vivendo em cidades.
https://www.archdaily.com.br/br/902532/ainda-nao-e-verdade-que-8-em-cada-10-pessoas-vivem-em-areas-urbanasWRI Brasil
O Common Edge já publicou sobre a herança anti-urbana do arquiteto e empreendedor John Portman. Vale a pena entrar em mais detalhes sobre esses projetos, já que parece que aprendemos muito pouco com seus fracassos.
Vamos começar com Detroit. O Renaissance Center foi um dos seus maiores e mais celebrados projetos. Mas esse complexo de sete arranha-céus interconectados apresenta algumas questões difíceis para os planejadores urbanos hoje: pode o centro de Detroit se recuperar totalmente desse desenvolvimento gigantesco e mal pensado? E, mais importante, por que outras cidades não aprenderam com suas lições claras?
A organização espacial de um restaurante ou bar é essencial para o seu sucesso. Diante desse desafio de projeto, alguns arquitetos obtiveram êxito ao propor espaços que melhoram a experiência gastronômica oferecida por estes estabelecimentos.
Dito isto, veja a seguir 50 estabelecimentos gastronômicos em plantas e cortes para inspirar seu próximo projeto.
Comemorado mundialmente todos os anos, o Dia Mundial Sem Carro surgiu como uma iniciativa para estimular a reflexão acerca do uso excessivo do automóvel nos deslocamentos realizados cotidianamente pela população global, e seus impactos no meio ambiente. A ideia propõe que motoristas não utilizem o automóvel durante este dia permitindo melhora da qualidade do ar e da vida nas cidades, incentivando a caminhada e o uso de meios de transporte não poluentes, como a bicicleta.
A data foi iniciada oficialmente em 1997 na França, sob o título de Car-Free Day, posteriormente espalhando-se pelo território europeu e em seguida, por todo o mundo. Com a força ganha pela data, em 2002 foi lançada a Semana Europeia de Mobilidade, sob a realização de uma agenda dedicada especialmente a discussões e atividades com o objetivo de aguçar o senso crítico da sociedade aos males que o uso do automóvel tem sobre a qualidade do ar, meio ambiente, ser humano e cidades. Pesquisadores como Jane Jacobs, Jan Gehl, Jeff Speck, entre muitos outros, já evidenciaram que o uso indiscriminado dos automóveis causa consequências negativas para os ambientes urbanos.
‘Hololightkeeper’ um modelo conceitual que se destaca por usar tecnologias holográficas, faz homenagem a uma estrutura arquitetônica que se transformou em relíquia: o farol. Primeiramente idealizado par auxiliar na navegação marítima, guiando os marinheiros até terra firme, e servindo de apoio para barcos em situações perigosas, os faróis foram substituídos por tecnologias modernas, e o edifício perdeu sua função. A partir deste princípio, o Studio NAB projetou o ‘Hololightkeeper’ na tentativa de resgatar a tipologia deste edifício desmaterializando a estrutura do farol e mantendo seu simbolismo histórico.
Tombado como Patrimônio Cultural Mundial, o Centro Histórico de Salvador (BA), no coração do Pelourinho, é o endereço da Catedral Basílica da cidade, uma construção datada do século 17. Uma das mais importantes construções sacras do país, a basílica passou por um processo de restauração de três anos e oito meses que, mais do que trazer de volta ao público os itens de já faziam dela uma obra única, revelou espaços e peças cuja existência era até então desconhecida ou que se julgavam perdidas.
Como promover a discussão baseada em dados confiáveis durante as eleições, e a incorporação de indicadores de mobilidade urbana aos planejamentos a serem apresentados posteriormente, quandos os eleitos assumirem seus mandatos? Concentrada nesta pergunta, a equipe do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil) têm feito um esforço, em parceria com a Purpose Climate Lab, para influenciar as campanhas das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
A estratégia é promover a articulação entre organizações e movimentos sociais que atuam localmente nas agendas de mobilidade e sustentabilidade. De posse de indicadores apurados e disponibilizados na plataforma MobiliDADOS, estas organizações passam a dispor de subsídios importantes para a incidência no debate eleitoral. A ferramenta apresenta dados ilustrados e contextualizados sobre a realidade do transporte em diversas cidades e regiões metropolitanas, fornecendo insumos para questionar as propostas dos candidatos aos cargos do Executivo e do Legislativo.
https://www.archdaily.com.br/br/902354/mobilidados-as-politicas-de-mobilidade-urbana-nas-eleicoes-de-2018ITDP Brasil
A biomimética na arquitetura não define a forma ou busca que seja parecido com isso ou com aquilo. O objetivo é que tenha na arquitetura uma solução que desempenhe a estratégia que foi observada na natureza. Não é exatamente a forma pela forma, não se pretende copiar formas, e sim uma razão mais profunda das formas. E vai muito além de se inspirar somente em formas. Se observa contexto, sistemas, inter-relações e é nestas associações que está a verdadeira beleza da biomimética. A criação arquitetônica é livre pois está apenas sendo inspirada por um design principle, que é a estratégia de como a natureza faz o que o projeto busca como desempenho para uma determinada demanda. É um processo de co-criação entre a biologia e a arquitetura, é de fato transdisciplinar.
https://www.archdaily.com.br/br/902325/inspiracao-na-natureza-muito-alem-da-forma-a-biomimetica-na-arquiteturaAlessandra Araujo, Pedro Lira, Manoela Machado e Julia Ximenes
Intervenções na Rua Joel Carlos Borges garantem maior segurança aos pedestres. Foto: Pedro Mascaro/WRI Brasil
Ainda que todos sejamos pedestres, muitas vezes quem está atrás do volante não respeita o espaço, o tempo ou a prioridade de quem anda a pé. Esse é um dos motivos que faz de qualquer caminhada nas cidades um desafio. Além das questões de segurança pública, a hierarquia e o consequente desenho urbano que configuram as vias urbanas brasileiras dificultam o atendimento dos direitos básicos dos pedestres.
https://www.archdaily.com.br/br/902194/tres-direitos-dos-pedestres-que-podem-ser-assegurados-por-meio-do-desenho-urbanoWRI Brasil
Le Corbusier declarou em seu texto seminal, Towards a New Architecture, que “... o homem olha para a criação da arquitetura com seus olhos, que estão a 1,70 metros do chão”. Códigos lógicos e racionais como esse configuram os padrões para grande parte da produção arquitetônica - mas, é claro, essas "normas" são tão construídas quanto a própria arquitetura. Esse padrão em particular é especialmente irrelevante ao projetar para crianças, em que as premissas arquitetônicas centradas em adultos não se aplicam e nem devem ser aplicadas.
Por mais que tentemos não nos abalar com a opinião dos outros, receber um reconhecimento é algo muito poderoso. Reconhecimento carrega consigo uma audiência cativa (e muita expectativa), não apenas admiradores, mas também "caçadores de recompensa" - ou, cinicamente, aqueles que sempre estão prontos para capitalizar algo para si com o trabalho dos outros. Para os arquitetos, reconhecimento pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição. Muitos escritórios se mantém fiéis a uma ideia ou conceito; Porém, à medida que o reconhecimento vai chegando, diluído em forma de rótulos, torna-se cada dia mais difícil entender o que está sendo reconhecido. Esta semana, divulgamos uma série de premiações significativas no campo da arquitetura - além de uma entrevista estrondosa com dois arquitetos determinados a questionar os rótulos que acompanham os galardões. Leia a nossa revisão da semana.
https://www.archdaily.com.br/br/902160/destaques-da-semana-reconhecimento-no-mundo-da-arquiteturaKatherine Allen
Uma instalação no Karolinska Institutet, na Suécia, é inteiramente revestida por painéis de concreto translúcido, mesclando concreto e plástico bolha, interagindo processos de alta e baixa tecnologia. Trata-se de um espaço amorfo com qualidades acústicas únicas e que funciona como um espaço para palestras.
Os painéis foram criados pressionando concreto de alta performance entre duas camadas de plástico bolha, criando superfícies com milhares de cavidades e perfurações, as quais absorvem ruídos e difundem os sons de alta frequência. O resultado é um ambiente onde grande parte dos ruídos indesejáveis e ecos são absorvidos.
A produção de vinho é uma indústria que combina forte atividade econômica com um importante legado cultural. Embora existam vários programas relacionados ao setor do vinho, geralmente, a imagem mais comum é a dos espaços onde ocorre, de fato, a transformação da uva na bebida. No entanto, há uma multiplicidade de atividades agrupadas em torno da vinicultura que desempenham um papel importante quando se trata de promover a indústria, como salas de degustação, centros de educação, vendas ou salas de distribuição.
A seguir, apresentamos 27 exemplos de arquiteturas voltadas à indústria do vinho.
O Neelam Cinema é um dos três teatros construídos em Chandigarh, cidade modernista planejada por Le Corbusier. Construído pouco depois da independência da Índia no início dos anos 1950, o cinema está localizado na movimentada área industrial do Setor 17. Projetado pelo arquiteto Aditya Prakash sob a orientação de Le Corbusier e seu primo Pierre Jeanneret, a estrutura modernista permanece até hoje em sua forma original e continua projetando filmes de Bollywood. No entanto, sem a proteção como Patrimônio Mundial da UNESCO, o futuro do cinema permanece incerto. Abaixo, o fotógrafo britânico Edmund Sumner discute sua experiência de fotografar o cinema de 960 lugares, o coração da cidade, e um ícone de Chandigarh.
Considerando que uma obra de arquitetura possa ser fotografada, representada ou simplesmente definida verbalmente, ela também pode ser protagonista de uma obra cinematográfica. Isto fica muito claro em Arquitectura en Corto, um ciclo de curta-metragens sobre inovações e tendências na arquitetura contemporânea.
"A vitalização de vídeos nas redes sociais e dispositivos móveis; custos de produção mais acessíveis e, sobretudo, a necessidade de divulgar e comunicar projetos e processos cada dia mais complexos e inovadores, são algumas das tantas causas que levam a arquitetura a aproximar-se ainda mais desta forma de expressão", explicam Roca Gallery e Technal, organizadores do Arquitectura en Corto.
Basta circular pelas cidades brasileiras, perdendo horas em congestionamentos ou esperando ônibus ou metrôs que passam lotados – ou não existem! – para constatarmos que elas estão longe de alcançar um padrão razoável de funcionamento. E mesmo quem, supostamente protegido por muros, entra muito pouco em contato com as condições precárias que marcam a situação habitacional de milhões de famílias, se assusta com o aumento do número de pessoas morando nas ruas ou a evidência desta precariedade, quando alguma tragédia, como o incêndio no Edifício Wilton Paes de Almeida, ganha as páginas dos jornais e outras mídias. É de se esperar, portanto, que o tema das cidades, e da moradia e do transporte, em particular, estejam presentes nos programas de governo dos candidatos à presidência da República.