No México, a prática da autoconstrução ainda é um assunto que divide opiniões entre a comunidade de arquitetos, com adeptos tanto à favor quanto em contra a esta prática extremamente convencional e difusa por todo território. Entretanto, ainda que longe de ser um consenso entre os profissionais da construção civil, os processos autônomos de construção são uma realidade inegável e que se impõe sobre condições econômicas, culturais e sociais — não apenas no México, mas como um fenômeno que desconhece quaisquer tipo de fronteiras. Pensando nisso, ao longo dos últimos anos, arquitetos e arquitetas deram início à uma série de iniciativas com o principal objetivo de desenvolver e disponibilizar materiais informativos, guias de apoio e manuais de acompanhamento aos processos de autoconstrução, abordando temas de segurança, bem estar e em última instância, colocando em evidência uma prática que a cada dia se torna mais difícil de omitir.
Juscelino Kubitschek, embora lembrado por ter executado o projeto de Brasília, não foi seu idealizador. A vontade política para a construção de uma nova capital no interior do país vem desde 1808, com a ideia de elevação do status do Brasil como país e a simbolização do desenvolvimento pós-independência. O caráter desenvolvimentista, ou então da busca pelo novo, foi base da argumentação da maioria dos defensores da mudança, cada um com uma vertente diferente.
Um dos fatores mais importantes a se levar em consideração quando se projeta um edifício é o clima específico do lugar. O clima pode ser um verdadeiro obstáculo e até um grande desafio, principalmente quando se trata de projetar em situações extremas. Nestes casos, se faz necessário utilizar materiais isolantes e desenvolver soluções práticas que possam favorecer as condições de conforto no interior do edifício. Entretanto, a maioria dos países latino-americanos como o México, possui um clima pra lá de privilegiado, algo que se transforma em um ponto à favor dos arquitetos, os quais podem então explorar relações mais diretas entre a arquitetura e a paisagem.
A arquitetura pop-up se aproveita de pequenos espaços para criar experiências intimistas. Como estruturas temporárias e nômades, pavilhões pop-ups não são novidade no mundo da arquitetura, remontando à antiguidade quando era utilizadas durante diversos tipos de festivais. Levando a arquitetura para além de seus limites, estruturas temporárias têm como principal objetivo chamar à atenção do público, divulgando identidades, marcas e/ou produtos em contextos muito especiais. Atualmente, esta abordagem está se transformando em algo mais do que apenas intervenções efêmeras, influenciando decisivamente a maneira como pensamos e concebemos nossos edifícios.
A New Generations é uma plataforma europeia que analisa os mais inovadores e promissores escritórios de arquitetura da Europa, promovendo um espaço para trocas, discussões, teoria e produção de arquitetura. Desde 2013, o New Generations já envolveu mais de 300 escritórios com os mais diversos programas culturais, desde festivais, até exposições, oficinas, entrevistas e, ainda, testou novos formatos experimentais de eventos.
É possível que ainda tenhamos muito caminho pela frente no que se refere à relação com a diversidade de flora e fauna nos habitats urbanos, mas é surpreendente como a arquitetura que encara essa abordagem se revela rápida, fácil - e até divertida.
Na prática, como estamos promovendo lugares para animais e plantas nas cidades?
Corais são fundamentais à vida marinha. Às vezes chamados de florestas tropicais do mar, formam alguns dos ecossistemas mais diversos da Terra. Eles servem como área de refúgio, reprodução e alimentação de dezenas de espécies no mar, e sua ausência afeta a biodiversidade local. Da mesma forma que a humanidade polui e destrói, também pode remediar e incentivar a criação de mais vida. É por isso que, frequentemente, são noticiados naufrágios de embarcações antigas ou o afundamento de estruturas de concreto para a criação de recifes artificiais. Em Hong Kong, pesquisadores vêm desenvolvendo estruturas impressas em 3D com materiais orgânicos que podem favorecer a criação de novas oportunidades no fundo do mar.
Acessibilidade em arquitetura é um conceito muito abrangente. Quando se trata de projetar espaços acessíveis, é importante considerar todos os tipos de limitações. Para aqueles arquitetos que compreendem o valor e a importância do desenho universal, as necessidades de uma pessoas com deficiencia visual não são muito diferentes das necessidades de todos nós.
Estratégias inclusivas são vitais para que todos os usuários, com suas diferentes limitações, sejam capazes de compreender e se relacionar da melhor forma com o espaço. Pensando nisso, selecionamos três projetos acessíveis exemplares e inclusivos à pessoas com deficiencia visual; uma casa, um edificio e um espaço público.
Desde a década de 1990, um grande número de cidades na China está passando por uma renovação urbana. Estimulados por esta reconstrução urbana facilitada pelo estado, arranha-céus estão sendo construídos rapidamente nas principais cidades a fim de atrair classes médias ricas para estes locais resultando em inúmeras relocações e deslocamento da classe trabalhadora, tal processo é conhecido como “gentrificação”.
À medida que as cidades e os bairros estão sendo completamente gentrificados para atender ao gosto da classe média e impulsionar o crescimento econômico, os recursos do solo urbano estão sendo tratados com potencial econômico crescente, deixando pouco espaço para o desenvolvimento da vida urbana nas ruas. Ao analisar as práticas de cinco arquitetos na criação de espaços públicos urbanos habitáveis, este artigo vai discutir os desafios e oportunidades da revitalização urbana na China sob gentrificação.
Com o intuito de conferir privacidade, as janelas de banheiros são comumente caracterizadas por suas dimensões reduzidas e peitoris elevados. Por outro lado, iluminação natural, assim como a ventilação, possui papel importante na salubridade e conforto dos espaços dos banheiros. Por isso, em alguns casos, a procura por uma maior incidência de luz nestes interiores amplia o horizonte de possibilidades para suas aberturas.
A economia compartilhada, um sistema econômico onde indivíduos dividem aluguéis e partilham seus bens pessoais —incluindo propriedades e veículos—, foi severamente afetada pela crise de COVID-19. Empresas que movimentam bilhões anualmente como o Uber, o Airbnb, redes de compartilhamento de bicicletas assim como uma enorme variedade de espaços de coworking têm sido obrigados a se ajustar e criar novas estratégias para garantir que seus clientes se sintam seguros, redefinindo a rota de seus negócios em um momento de tantas incertezas.
Não é nenhum segredo que as Tiny Homes (casas de pequena escala) tornaram-se extremamente populares nos últimos anos - um significante da vida boêmia minimalista em resposta aos excessos dos dias atuais. De trailers reformados a casas Muji pré-fabricadas e cápsulas Nestron futurísticas, o mundo da arquitetura viu uma variedade de pequenas casas ganharem atenção viral na última década. À medida que essa tipologia se espalha mais pelo mundo, as comunidades dessas casas também proliferaram, surgindo na América do Norte, Nova Zelândia, Leste Asiático e muito mais. Essas comunidades combinam o estilo de vida pitoresco de vida minimalista com espaços coletivos para interação social, reunindo famílias e indivíduos com interesses semelhantes em vizinhanças da moda. Examinaremos várias dessas comunidades abaixo.
https://www.archdaily.com.br/br/947327/casas-minimas-e-espacos-coletivos-comunidades-de-tiny-houses-ao-redor-do-mundoLilly Cao
Você já se fez essa pergunta? Pode parecer estranho imaginar, à primeira vista, que nem sempre tivemos janelas em nossas construções, nem tão pouco elas eram vedadas por um material transparente capaz de permitir a entrada de iluminação natural em recintos escuros ou de fazer uma barreira contra o frio: o vidro.
O tema deste mês no ArchDaily, como viveremos juntos, convida a refletirmos sobre a forma como habitamos os espaços com os outros. Este artigo se concentrará em tal questão a partir de dois conceitos que, ao coexistir em harmonia, podem resultar em um futuro viável para o desenvolvimento: viver e trabalhar.
Este aprofundamento faz parte do repensar do distanciamento social. Devemos realmente nos distanciar da socialização para mitigar a propagação da COVID-19? A pandemia nos desestabilizou, e talvez se as palavras escolhidas para a palavra de ordem emergente desta conjuntura fossem repensadas em um espírito mais otimista, poderíamos obter algo como: empatia a 2m de distância. Desta forma, o mesmo efeito é alcançado para o distanciamento como medida de precaução, com a diferença de pensar na entidade coletiva, construindo assim o tecido social que emerge nos espaços onde trabalhamos e vivemos.
Entre janeiro e dezembro de 2018, atendendo as demandas de moradia de comunidades indígenas, o Grupo ][ Fresta iniciou um trabalho de consultoria técnica de arquitetura para as comunidades das etnias Guarani e Tupi, situadas no estado de São Paulo, nos municípios de São Paulo, São Bernardo do Campo, Mongaguá, Praia Grande e Itanhaém.
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito de um Plano Básico Ambiental (PBA), pré-requisito para o licenciamento ambiental de um empreendimento situado em territórios indígenas.
Ao longo dos últimos meses, em razão da crise sanitária que está afetando a todos nós, fomos forçados a nos afastar uns dos outros e retroceder silenciosamente para dentro de nossas casas. Neste contexto, fomos bombardeados constantemente com uma enxurrada de diferentes narrativas, relatos íntimos de pessoas confinadas e preocupadas com o futuro de nossas cidades. Como uma resposta imediata, muitas delas fugiram para suas casas de praia, retiros no interior ou até para a casa dos pais — tudo por um pouquinho mais de espaço ao ar livre.
Uma cidade é um espaço compartilhado onde cada indivíduo busca a realização de seus desejos e objetivos. As ruas, calçadas e espaços públicos permitem o encontro e o contato entre os diversos, fortalecendo o senso de comunidade. A mobilidade urbana tem papel fundamental no desenvolvimento social e econômico das cidades, especialmente na qualidade de vida dos cidadãos. Não se trata apenas de transporte, mas da forma pela qual as pessoas se deslocam na cidade, interferindo no tempo e energia utilizados pelos cidadãos e, também, na migração, na comunicação, na formação das redes sociais pessoais, nos fluxos de tráfego, na habitação, na saúde e na distribuição espacial dos mais diversos locais de interesse. Segundo Ole B. Jensen, “cidades e lugares contemporâneos são definidos pela mobilidade e por seus fluxos.”